Rai 13/05/2020Retirando da estante de trocas agora mesmoEu não dava nada por esse livro, tanto que ficou intocado no meu guarda-roupa por meses (mais de ano). Sequer me lembro se comprei, ou se peguei em alguma troca (acho que comprei). Tinha colocado para troca aqui no skoob porque a sinopse não me chamou muita atenção, apesar de sempre ouvir falar bem do livro. Aí quarentena vai, quarentena vem, encarei tanto ele no armário que decidi dar uma chance.
E, meus amigos, não me arrependo de um minuto sequer. Me lembrou muito "Diga aos lobos que estou em casa", que eu amo, e só isso já me fez quase ir às lágrimas.
Michael me emocionou e me tocou de uma forma muito intensa. Seu isolamento proposital, seu medo das pessoas/multidões, de ter seu coração partido novamente, ele cuidando de G e de Chris. Pra mim, a melhor parte do livro são as memórias dele. Tudo que ele escreveu naquele caderno. Foi devastador.
Não me importei muito com o Ellis, confesso, porque senti que faltava mais que um pedaço nele. E esse vazio me incomodava. Ficava devorando as páginas esperando por mais do Michael, mais momentos deles juntos, mesmo com a presença de Annie. Annie de Verdade, que por sinal, era incrível, e acho que não recebeu a atenção que merecia nesse livro. Sei que o enredo gira em torno dos dois caras, e essa é a razão para tal, mas ela era mais do que "a mulher do Ellis", como a própria cena da livraria e o que ela fez depois comprova pra gente. Queria alguma carta, ou um capítulo do ponto de vista dela.
É um livro super triste, mas também muito bonito.