Água de barrela

Água de barrela Eliana Alves Cruz
Eliana Alves Cruz




Resenhas - Agua de Barrela


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Cachamorra 24/05/2023

A história das mãos que verdadeiramente construíram o país
QUE LIVRO MARAVILHOSO!
Poucas vezes nos últimos anos me vi tão empolgado com uma leitura a ponto de aproveitar cada minuto do meu tempo livre para voltar as páginas desse livro.

A narrativa é cativante. A autora consegue entrelaçar a história de sua família aos fatos históricos do período narrado. Ao longo das páginas, você se vê abraçado e abraçando essas mulheres poderosas e que tanto lutaram pelo seu espaço.

Eu, como homem branco, me vi em lágrimas muitas vezes pela leitura dessas histórias. Saio dessas páginas mais sensível ao privilégio que nossa sociedade racista e classista impõe.

Haja fôlego para a luta. E quando perder, a lembrança estará essas histórias, vai me exigir respirar e seguir.

Gratidão por essa escrita. ?
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Bookster Pedro Pacifico 23/05/2023

Água de barrela, de Eliana Alves Cruz
Escolhido para o mês de março do Desafio Bookster 2023, o livro traz um relato intenso sobre o brutal e centenário período de escravização que marcou o país. A narrativa é contada, sobretudo, a partir de personagens femininos, percorrendo várias gerações de uma família, desde a captura forçada de pessoas no continente africano, passando pela abolição da escravização, até os dias atuais.

E para escrever “Água de barrela”, a habilidosa escritora carioca foi atrás da história de sua própria família, utilizando da ficção para tapar os diversos buracos que o apagamento histórico da população escravizada sofreu. É uma impressionante mistura de aspectos históricos com a história de personagens que tiveram que enfrentar todos os tipos de violência para tentar sobreviver. São muitas mulheres fortes que sonham em ser tratadas da forma que merecem.

Há cenas bem explícitas que, apesar de terem respaldo em práticas recorrentes, são difíceis de ser lidas. É um retrato muito rico sobre um longo período da nossa história, que vai além da proibição legal da escravização. A autora consegue nos mostrar como tantos anos de sofrimento, que estão arraigados na estrutura social, não podem ser apagados de um dia para o outro.

A escrita é simples e fica difícil de largar a leitura. Um daqueles livros que merecem ser lidos. Recomendo muito! Para quem se interessar, ainda tem um bate-papo muito legal no canal do YouTube, que contou com a participação da autora e da historiadora Luciana Brito.

Nota 9,5/10

Para mais resenhas, siga o @book.ster no instagram.

site: https://www.instagram.com/p/CsUlxz5skrB/
Fernanda 23/05/2023minha estante
Por enquanto o melhor do ano, nao canso de indicar ??


ondejacyviu 01/06/2023minha estante
Nossa, quero muito ler esse.


Gabriela Vianna 24/07/2023minha estante
Gostei da sua resenha, colocarei em minha lista!




youcancallmejunior 16/05/2023

"A violência alquebra o espírito."
Que livro impactante e necessário!

A autora compartilha conosco a história de sua família ao longo de gerações com maestria, fruto de uma extensa pesquisa sobre seus antecessores. Ela expõe a realidade crua e repleta de sofrimento causada ao povo negro por séculos (e ainda sentida hoje) na sociedade brasileira.

Além disso, é um prazer poder conhecer as histórias de cada uma dessas mulheres, verdadeiras guerreiras!

"Água de Barrela" deveria ser leitura obrigatória. Uma verdadeira aula de história do Brasil!
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Let 08/05/2023

?A justiça é o nosso caminho?
Leitura excepcional. É um livro que narra fatos históricos que muitos de nós já conhecemos ou sabemos, e que traz como ponto principal as sequelas trazidas pela escravidão e a desigualdade e exclusão intergeracionais vivenciadas pela população negra. Ainda assim, nunca é demais falar sobre esse tema tão importante, ainda mais quando é tratado de forma tão forte e sensível como nesse livro. Mais do que tratar da nossa herança escravagista e do racismo estrutural, a autora traz nomes, identidades e personalidades para as pessoas negras que vivenciaram - e vivenciam - isso na pele, mostrando como estão todos conectados, de alguma forma, pela luta e pela resistência.

O que mais ficou marcado pra mim foi a imensa luta das mulheres negras em tentar mudar a posição social que lhes foi imposta, o que só foi possível, na família, após muitas gerações, apesar do esforço absurdo feito por todas. Mostra que a ascensão social de uma pessoa negra não é fruto apenas do esforço individual, mas também de toda uma luta empreendida pelas gerações anteriores.
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Denise.Mineiro 02/05/2023

Romance histórico que conta a história da família de Eliana Alves Cruz, autora do livro. O livro inicia com a história do sequestro do primeiro familiar, na África e vai descrevendo a história de vida de seus descendentes que viveram durante o tempo da escravidão no Brasil, até chegar aos dias atuais. Fatos históricos são descritos entrelaçado a história dessa família protagonizada principalmente por mulheres fortes e batalhadora! Grande parte da narrativa se passa em Salvador e Cachoeira o que pra mim, baiana que sou, foi de extrema importância pra me aprofundar e conhecer um pouco mais das histórias de minha terra e curiosidades sobre minha cidade! ??
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Eric 30/04/2023

O tempo passa, e só mudam as barrelas
Água de Barrela é uma mistura de alvejantes caseiros de cor preta utilizadas pelas mulheres escravas para lavar as roupas brancas dos senhores do engenho. É também uma metáfora fortíssima que dá nome ao título, onde as relações entre pretos e brancos se vinculam pautados na exploração dos corpos e privilégios sociais. 

Neste romance histórico, acompanhamos a História do Brasil através do olhar de uma geração de mulheres pretas, da escravidão até os dias atuais. Uma narrativa que começa durante o tráfico negreiro desencadeado pelas guerras dos povos nativos na África Subsaariana e passa por momentos importantes da nossa história. Escravidão, Epidemias, Abolição da Escravatura, Guerra do Paraguai, Proclamação da República, Decadência das Oligarquias, Revolução de 30 e muito mais. 

Ler Água de Barrela é uma experiência, Eliane Alves Cruz, jornalista e escritora, conta a história real da sua família, a qual viveu todos os tipos de violência racial. Os pilares da sobrevivência sempre foram as mulheres pretas, as quais batalharam muito para transformar a vida dos filhos e encontrar na educação o único caminho da liberdade. 

Os personagens dessa narrativa, assim como sua escrita, são emocionantes. Como eu sofri em cada geração. A autora compartilha passagens dolorosas e violentas da exploração durante os anos. A lei Áurea foi essencial, mas o que vem depois? Em todas as gerações, a sobrevivência só mudou de forma. Falta de oportunidade, machismo, servilismos e repreensão policial são alguns dos muitos desafios enfrentados por Damiama, Celina, Martha e Dasdô.

Água de Barrela é uma aula sobre as feridas desse país, fazia tempo que não lia nada como isso. Um romance carregado de fortes emoções, desperta uma revolta gigante e mostra a construção do racismo em toda estrutura social. 

Em seu desfecho, Eliane revela a revolta dos descendentes dos proprietários de escravos com a Princesa Isabel e o irônico desfecho que confirma o orgulho da elite nacional, mesmo falida, se mantém no alto para parabenizar conquistas idênticas
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Camila.Felippio 19/04/2023

Água de Barrela
Achei uma linda história. Mulheres fortes, com garra e fibra q sobreviveram e sobrevivem nesse país tão desigual. Entender a história delas eh entender melhor a história desse país.
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Ana Luísa 14/04/2023

O livro narra a história de uma família e suas varias gerações, desde a chegada no navio negreiro.

Contada por mulheres fortes que lutam pelos sonhos, o pano de fundo é a história do Brasil. As coisas no país podem mudar, mas a vida não muda sem muita luta.

A estrada de Xangô é a justiça e ela chega
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Jubs 12/04/2023

Gostei muito da estrutura de como a narradora passa pela história da sua família desde os primórdios da escravidão. Como foram crescendo, as dificuldades enfrentadas por todo o preconceito, dificuldades e conquistas. É uma história muito intimista.
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Sara277 11/04/2023

Xangô é rei
Um romance histórico que começa no reino Oye (hoje pertencente a Nigeria) e desembarca na Bahia de todos os santos. Uma história que mostra as diferentes formas de colonização dos corpos negros e a luta para a libertação que perdura até hoje.
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Thali 10/04/2023

Li este livro participando do Desafio Bookster 2023, e foi uma grata surpresa.
A autora narra a história de sua própria família, desde os primeiros antepassados tirados da Africa para serem escravos no Brasil. Conforme os anos passam vamos acompanhando as histórias de várias gerações dessa família e conjuntamente as histórias das épocas de escravidão, das famílias ricas donas dos Engenhos, da abolição, da situação dos negros nesse período, da política na Bahia... Enfim, é incrível como a autora vai costurando sua história com a história do país, com personagens muito bem construídos e leitura muito fluida. Pra quem gosta de narrativas baseadas em fatos históricos reais é uma leitura extremamente interessante.
Super recomendo!
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Lilian 09/04/2023

Necessário!
Leia esperando sentir muitas emoções, sobretudo tristeza em razão dos tantos sofrimentos pelos quais tantas gerações passaram em razão da escravidão e suas eternas cicatrizes. A autora fez uma ampla pesquisa, relatando a história da sua família, e é impossível não se sensibilizar com tantos relatos desumanos. Sabe-se o quanto, até hoje, são perceptíveis os impactos deste período horrendo da nossa História, e a leitura aproxima o leitor desse cenário de crueldade, para que, de fato, não haja dúvidas do quão terrível foi e da grande necessidade de ações afirmativas em nosso país, em razão da dívida histórica com a população negra.
O livro é uma verdadeira aula de História.
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Gislaine 09/04/2023

Assim se estabelece uma cultura
Tantas mulheres e nomes que se resumem nas que eu conheci e que também fizeram parte da minha história... As lavadeiras, faxineiras, empregadas domésticas que sempre estiveram segregadas as mesmas funções por tantos anos!
Fico muito feliz em observar ao longo dos últimos anos que algumas conseguiram se desvencilhar da escravidão e se tornaram expoentes nos seus ramos de atuação que nada tem a ver com o servir!
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Olgashion 08/04/2023

Que livro minha gente, perpassa a história de um século, desde a chegada dos negros logo após a lei pra inglês ver até os dias atuais. E como a população negra está intrinsecamente ligada ao crescimento do Brasil, continuando a ser escravizada mesmo depois da Lei Áurea, outra lei pra inglês ver
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Lurdes 08/04/2023

Uma família sobrevivente. A autora vai, pouco a pouco, reconstruíndo a história de sua família e dividindo conosco suas descobertas.
A partir de relatos de tias, mãe, avó, bisavó, Eliana passou a pesquisar e foi conseguindo localizar e resgatar a documentação de que se utilizou para a escrita do livro.

A narrativa acompanha a saga da família desde 1850, com a vinda de
?wà Oluwa e Akin para o Brasil, no veleiro Boa Ventura após uma viagem de cerca de 50 dias.

A partir daí, acompanhamos as sucessivas gerações que vão moldando o caráter de verdadeiras guerreiras.
Outros personagens surgem e criam vínculos, sejam eles de amizade, quando se trata de outros escravizados, ou de poder e opressão, no caso dos senhores de escravos.
Conhecemos o jovem Firmino, que consegue sua alforria indo lutar na Guerra do Paraguai, a pequena Anolina, quituteira talentosa que, ainda criança, conquista o Imperador com seus doces, quando este visita a localidade, e tantos outros.

A maior parte da narrativa acontece na Bahia e depois, no Rio de Janeiro, para onde parte da família se muda.

Confesso que no início demorei um pouco a me conectar com os personagens pois sentia falta de uma protagonista mais forte.
As referências históricas e a apresentação das famílias que detinham o poder político e econômico tomavam conta de grande parte da narrativa e desviavam um pouco o foco.
Mas entendo a necessidade da autora em nos munir destas informações para nos situar historicamente aos acontecimentos.

Mas aí vem a abolição e surge Damiana que era a protagonista que eu buscava, forte, determinada, apaixonada e apaixonante.

A leitura, a partir dai, adquire uma força nova, talvez alimentada pela esperança de novos tempos, livres dos grilhões da escravidão.Não foram tempos fáceis, como ainda não os são, mas vamos, junto com a autora e os personagens, comemorando cada conquista, cada passo dado em direção a novas oportunidades de trabalho, estudo e dignidade.
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