Água de barrela

Água de barrela Eliana Alves Cruz
Eliana Alves Cruz




Resenhas - Agua de Barrela


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Fabiana.Windjaba 30/12/2022

"Nem todo mundo guerreia gritando"
Que livro!!!

A história se Anolina, Martha, Damiana e toda a família (de sangue e extensa) retrata não apenas memórias familiares, como é o fiel retrato da história do Brasil lido a partir da história da Bahia.
Uma história que poderia se assemelha com a da minha família e de tantas outras famílias negras do país.
O livro fala das continuidades coloniais, mas sobretudo trata da luta de tantas mulheres que fazem a terra tremer e promovem rupturas.
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Natalia.Tamaio 25/12/2022

Uma honra conhecer a história dessa família brasileira
Água de Barrela é um livro que me inspirou sentimentos mistos. Confesso que no começo foi MUITO difícil de ler, talvez porque eu esperava mais uma ficção histórica ? iniciei a leitura sem saber do que se tratava ? e o que encontrei foi um romance histórico, real, trazendo a história da família da autora, a jornalista negra brasileira Eliana Alves da Cruz, desde os primórdios de como foram sequestrados da África para o Brasil para serem escravos. A autora tem uma escrita bem didática, então por vezes sentia como se eu estivesse lendo um livro de História. Principalmente por não se tratar de ficção, embora ela tenha trazido alguns pontos mais poéticos, havia poucos diálogos e muita contextualização histórica, e com isso tive bastante dificuldade no início, por vir da pegada de ler muitos livros de ficção.
Porém, do meio para o final, especialmente a partir da história de Martha, trisavó ou tataravó de Eliana, o livro começa a ficar muito interessante, principalmente porque você passa a admirar as mulheres da família da escritora: Martha, Damiana (bisavó da autora, filha de Martha) e Celina (vó da autora, filha de Damiana) são mulheres que lutaram para ter vidas diferentes e também para dar vidas diferentes a seus filhos por meio da educação, e percebe-se que essa se torna a maior riqueza da família e o que faz com que elas quebrem o ciclo de opressão e o destino traçado que muitos negros enfrentam como divida histórica após a liberação da escravidão: a miséria, a fome, o estar sempre à margem da sociedade. É realmente muito incrível saber que toda essa história FOI REAL, ver o exemplo concreto do que o conhecimento pode trazer à vida de alguém, e como as ancestrais mais antigas de Eliana lutaram ainda em meio a senhoras e senhores de engenho para mudar o destino da família. Realmente muito bonito, e me senti honrada de poder conhecer essa história mais a fundo.
O nome do livro se refere ao método que as negras utilizavam para lavar a roupa de seus senhores e, após a libertação, dos ricos: a água de barrela era o que fazia aquele processo artesanal deixar a roupa incrivelmente alva, e foi essa uma das tarefas que sustentou as mulheres da família.
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Augusto.Casoni 15/12/2022

Romances históricos talvez não sejam meus favoritos
Tive que lê-lo para uma bolsa da faculdade.

Acho que as vezes a autora patina mas construções da jornada, mas entendo que o destaque seja em momentos específicos. É um livro que conta a história não só de uma família, mas também do povo escravizado em nosso país.

Importantíssimo pra conhecer nossa história e ampliar o que pensamos saber sobre a época da escravidão.

Ótimo!
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Marcos Santos 07/12/2022

Uma história surpreendente que te prende do começo ao fim. A narrativa vai contar a história de uma família desde a África até ao Brasil. Onde os dois personagens iniciais serão escravizados. sendo que 1850, o tráfico negreiro já era proibido,mas isso não impediu os traficantes de escravos continuaram a opera por muitos anos. É interessante como as mudanças ocorrem lentamente e que somente as gerações futuras sentirá os seus impactos. E de como a marca da escravidão ficar impregnada, mesmo depois de muitos anos. Algo que achei relevante foi a parte da família percebe que a educação é a única forma de cada um nós, pode evoluir socialmente e financeiramente, e dessa forma conquista a liberdade.
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Cristiane 30/11/2022

Água de Barrela
Este livro proporciona ao leitor conhecer a história do Brasil por meio do olhar das mulheres negras trabalhadoras... Incrível conhecer a história desta família que teve seus antepassados escravizados, pelo olhar destes personagens vemos todas as mudanças ocorridas no país.
Mulheres fortes que superaram as dificuldades para oferecer o melhor para as filhas.
Leitura obrigada!
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Cleber 25/11/2022

Gerações
Na LC do Clube de Leitura Café e Boas Leituras. Que ótima escolha!
Uma história que atravessa gerações e gostei ainda mais quando a autora nos conta como foi que ela escreveu. Confesso que as vezes me perdi em meio a tantos nomes, mas a árvore genealógica ajudou muito, assim como as fotos.
Gostei de como a história foi se entrelaçando com as várias gerações, juntamente com os momentos históricos que o Brasil ia passando.
Por enquanto não vou falar mais para não dar spoiler e agora é só aguardar o encontro na LC.
Viva literatura brasileira!
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Carolina F. 15/11/2022

Maravilhoso!
Eu amei cada parte desse livro. Senti como se tivesse lendo a história sobre a minha família que tiraram de mim.
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Lucas990 13/11/2022

Este livro chegou até mim através de uma resenha curta e rápida de um vídeo no YouTube, e que bom que chegou, pois é leitura obrigatória.
O livro escrito por Eliana Alves Cruz nos conta muito mais do que a história da sua família, nos conta também a história de um país inteiro.
Eu amei a escrita da autora e amei ver grandes acontecimentos históricos através de outras perspectivas, assim como seus impactos nas vidas que até então não estavam em cima do palco.
Vale muito a leitura!
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deniferreira 27/09/2022

Um resgate histórico da família da autora, que atravessa os séculos 19 e 20 e traz um retrato do Brasil escravagista e dos sobreviventes a ele. Maravilhoso para conhecer melhor a nossa história como nação.
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Prof. Gabriel 19/09/2022

Império, racismo, república: o que mudou?
Livro muito bom. O começo eu achei um pouquinho arrastado, parecia mais um livro de história, mas esse começo é extremamente essencial, depois tudo começa a fazer sentido. É um romance que está para além da ficção, é a contagem da história de uma família que passou por muitas coisas para hoje pessoas como a Eliana possam ter uma vida diferente. Infelizmente, coisas que acontece no século XVIII, XIX que são relatadas no vídeo ainda acontecem hoje. Recomendo a leitura para qualquer pessoa. Demorei quase um mês para ler devido a outras leituras e tarefas, mas sem dúvidas é possível lê-lo em um final de semana, mas seria interessante fazer uma leitura mais atenta, porque tem muita coisa a ser observada.
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Rafa569 06/09/2022

#42: Água de Barrela - Eliana Alves Cruz

Começo essa resenha repetindo uma frase que já disse em outras resenhas: esse foi o melhor livro que li esse ano!

Em Água de Barrela, a autora Eliana Alves Cruz nos leva ao passado, até a África Ocidental, onde seus antepassados foram capturados e trazidos ao Brasil na época do tráfico de negros que eram escravizados. Akin (Firmino) é trazido em 1849, e seguimos a trajetória de muito sofrimento e escravidão ao longo dos anos, passando por fatos históricos do Brasil.

Só me toquei que era a história da família da própria autora quando estava na metade do livro, não tendo me atentado que seu nome aparece na árvore genealógica que há impressa nas primeiras páginas, e que ela nos traz essa informação na orelha do livro.
Esse tema de ancestralidade negra, e todas as questões de negritude e racismo têm me atraído muito ultimamente, pois eu mesmo me identifico como negro, só tendo chegado a esse entendimento há bem pouco tempo.
Sei o quanto é difícil ou quase impossível buscar registros de antepassados negros, visto que o governo brasileiro destruiu muitos documentos do período escravagista, numa tentativa de apagar essa "nódia" de sua história.

E como termina? Nesse caso não há um fim, pois a narrativa continua na vida de Eliana, de seus filhos e familiares. A História (aqui com letra maiúscula) não tem início, meio e fim, ela é contínua, e as lutas do povo negro continuam.
Destaco no livro a garra e fibra das mulheres, antepassadas de Eliana, em muitas gerações e que são narradas no livro: Ewá Oluwa (Helena), Anolina, Martha, Damiana, Celina...

Um livro essencial para entender nossas raízes, como Brasil e como povo negro, em dias que ainda ouvimos o absurdo de que racismo não existe no Brasil. E nem vou entrar em críticas ao atual governo, isso fica pra uma outra resenha...
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Biblioteca Álvaro Guerra 02/09/2022

Água de Barrela é um romance histórico escrito por Eliana Alves Cruz, que conta a história da família da autora desde o primeiro familiar sequestrado na África e demais descendentes que viveram durante o tempo da escravidão no Brasil, até chegar aos dias atuais. O livro revela as agruras da escravidão, as diferenças sociais e raciais entre negros e brancos evidenciadas pela organização das relações e hierarquias. O título faz menção à um alvejante caseiro, muito utilizado pelas mulheres negras escravizadas, que tinham que lavar as roupas de seus senhores.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788592736408
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Camilla11 23/08/2022

O mais impressionante desse livro é perceber que são histórias de pessoas reais que simplesmente se mantiveram vivas, atravessaram os séculos e chegaram até nós tão conservadas! Que presente! Essa é a história não contada nos livros de história. A quem gostou indico muito a leitura de ?Um defeito de cor?
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Jéssica 22/08/2022

Um compromisso com a ancestralidade
Em combate ao esquecimento, Eliana Alves Cruz reinventa as histórias dos muitos personagens de sua linhagem a partir das lembranças da velha tia Anolina, percorrendo os passos que seus antepassados fizeram desde o roubo em África à submissão a uma nova vida de violação e resistência no Brasil. Diante de uma longa história que ultrapassa gerações de sua família, Cruz situa-os no contexto histórico à época, segunda metade do século XIX e durante todo o século XX, reconhecendo os impactos da proibição do tráfico transatlântico, as relações escravocrata-escravizado, posteriormente a Guerra do Paraguai, epidemias, a declaração da Lei Áurea, a instituição da República, o declínio da então aristocracia; realça, ainda, as sequelas e os fantasmas do colonialismo nos ditos tempos de "liberdade".

Existem alguns furos na narrativa devido a falta de informações, certos personagens são pouco desenvolvidos, em especial Dodó e os subsequentes ? já na reta final da obra ?, e alguns episódios históricos poderiam ter mais atenção, mas a autora entrega o que propõe. Consegue bem explicitar a relevância da religiosidade e dos laços entre a comunidade negra, que se rearranjava em uma rede de resistências que sobreviveu ao tempo, desde Firmino à própria Eliana; contando o cotidiano em prol da distância das amarras com a subserviência da nova escravidão. Ou, simplesmente, como cantou Gil: "Mesmo depois de abolida a escravidão/Negra é a mão de quem faz a limpeza/Lavando a roupa encardida, esfregando o chão/Negra é a mão, é a mão da pureza/Negra é a vida consumida ao pé do fogão/Negra é a mão nos preparando a mesa/Limpando as manchas do mundo com água e sabão/Negra é a mão de imaculada nobreza".

Nesse sentido, foi durante o período pós-abolição que resguardava uma luta diária contra a precariedade da vida, que Martha, Daminana e Celina puseram uma nova ótica sobre a educação e suas possibilidades de mudança ? frutos que seriam colhidos na admissão de Eloá em uma faculdade de direito.
Percorrendo pelas inúmeras tramas, nascimentos e mortes, trabalho e diversão, barrela ou educação, a autora constrói uma história em muito rica, marcada pelas dificuldades e o sentimento esperançoso pelo futuro, em favor da vida. É uma obra que não acaba, que se permite contar a vida de todos, que retorna ao passado para dizer o agora, para se reconhecer no agora. Cruz, assim, recompõe as peças de sua família.
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