O Livro e a Espada

O Livro e a Espada Antoine Rouaud




Resenhas - O Livro e a Espada


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Jeff.Rodrigues 24/03/2018

Resenha publicada no Leitor Compulsivo.com.br
O Império está ameaçado por revoltas. Os defensores da República se multiplicam não só nos domínios longínquos, mas também na sala ao lado. A luta pelo poder nunca é honesta, tampouco justa. A ambição move os atos de nobres e militares. O povo é um joguete nas mãos de quem melhor sabe jogar. A vingança move objetivos de vida e dificilmente é aplacada pelo correr dos anos. Acima de tudo isso, a honra e a lealdade cismam em persistir. Por mais que tudo ao redor ameace esfarelar, ainda há homens que valorizam sua honra, seu nome e os ideais que um dia juraram defender. A combinação de todos esses elementos não só resume, como faz de O Livro e a Espada um dos melhores lançamentos do ano.

Quando a sede pelo poder começa a falar mais alto e um Império não atende mais aos anseios de quem o sustenta, poucos são aqueles que persistem até o fim. Talvez somente uma pessoa: Dun-Cadal Daermon. O general é um personagem inesquecível e que encarna os principais valores já perdidos ou não tão mais valorizados assim. Já velho e entregue à bebida, ele vai nos conduzir pelos caminhos de sua memória para reconstituir os últimos passos do Império, um reino fictício, mas com boas doses de inspiração na realidade. Alternando passado e presente, em mudanças sutis que acontecem entre um parágrafo e outro, o que exige atenção dos leitores, a narrativa que acompanhamos é vigorosa, poderosa, fascinante. Os capítulos versam sobre a formação de homens, cavaleiros, nobres e também sobre a podridão de seus atos. Lealdade e traição convivem lado a lado e num vai-e-vem de reviravoltas, as emoções e surpresas nos tiram o fôlego a cada virada de página.

Em um segundo momento, a figura do pupilo, o protegido Rã e os conflitos de sua formação. Protagonista das principais reviravoltas e dos momentos mais decisivos do livro, Rã é um personagem que tem muito a contar e com ele mergulhamos nas profundezas da formação humana, nos recônditos mais particulares e que não é dado a ninguém conhecer. Sua figura pode soar controversa, seus atos podem soar errados ou extremamente justos, mas ele consegue nos conquistar e dele esperamos o futuro, a partir do próximo livro da série.

Para além de tudo isso, Antoine Rouaud construiu um romance de cavalaria com pitadas de suspense e fantasia para fã nenhum colocar defeito. As batalhas, treinamentos, guerras, complôs, dragões e assassinos misteriosos… Tudo está ali e nada é gratuito. O enredo se desenrola e vai nos fisgando a cada novo acontecimento, ou melhor, reviravolta. Elas são muitas e servem para atiçar o fôlego. O Livro e a Espada não tem momentos arrastados. Há sempre algo sendo tramado na página seguinte e isso nos leva adiante até um desfecho correto. Não falta nada e não há excessos.

O Império está ameaçado. A República está à espreita. Batalhas se desenham no horizonte. O Livro e a Espada vai te conduzir por esses caminhos. Há muito aprendizado nestas páginas. Deixe-se levar por elas…

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2018/03/19/resenha-o-livro-e-a-espada-antoine-rouaud/
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Karini.Couto 18/03/2018

>>>PRIMEIRA FRASE DO LIVRO
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Jessé 16/03/2018

Ficha Técnica


O Livro e a Espada

Autor: Antonie Rouaud

Ano de Lançamento: 2018

Nº de Páginas: 400





É, Antoine Rouaud sabia o que estava fazendo, pois criou uma história fantástica. O Livro e a Espada nos apresenta Dun-Cadal, um dos maiores generais do Império, mas que hoje não é nada além de um bêbado. Viola, historiadora, encontra o velho Dun, com um único objetivo: extrair dele informações sobre Eraed, a lendária Espada do Imperador, que muitos acreditam ser mágica. Entretanto, Viola acaba ganhando um pouco mais que informações sobre Eraed: bêbado, Dun-Cadal decide contar seu passado de glória à moça.

Dun-Cadal foi um grande general, temido por muitos, e deu sua vida pelo Império. Vitórias atrás de vitórias, ele buscava mais uma, mas tudo acabou dando errado, e ele quase foi morto. Um garoto salvou-lhe a vida, e só queria uma coisa em troca: queria que Dun-Cadal o treinasse. Seu desejo era tornar-se o maior cavaleiro que esse mundo já viu. O general pergunta seu nome e, ao dizer que não tem mais um nome, Dun passa a chamá-lo de Rã, já que o garoto tem tanta afeição por esses animaizinhos.



O desenvolvimento da história é simplesmente fantástico. Por mais que haja alguns momentos "cabeça-dura", o general e o garoto se dão muito bem e, como prometido, Rã está dando tudo de si, provando a Dun-Cadal que estava falando sério quando disse que queria se tornar o melhor cavaleiro do mundo.



No presente, enquanto Viola houve a história do antigo general, um antigo assassino está à solta, matando os antigos companheiros do general. A história é dividida em duas partes e, pouco antes do fim da primeira parte, há um gigantesco plot twist.



Particularmente, me senti mais atraído pela primeira parte. Não que a segunda metade do livro seja ruim, mas saber toda a história de Dun-Cadal, até aquele ponto, foi mais interessante do que veio a seguir. Afirmando novamente, não foi uma segunda parte ruim, apenas menos impactante que a primeira, mas igualmente cheia de reviravoltas.



Num tom quase poético, Antoine Rouaud nos entrega uma obra fantástica, completa de reviravoltas e movida à vingança. A cada descoberta, fica difícil não virar a página para saber as consequências daquele ato. A leitura é fluida e, como dito acima, a narração alterna entre passado e presente. Tomando cuidado para não se perder, pode ter certeza de que esse é um livro que vale muito a pena ler.



Algumas guerras são travadas com espadas; outras, com armas. Há um livro que possui o destino dos homens e, do outro lado, uma espada que, segundo a lenda, é indestrutível.



Nota: 4 canecas (4/5)







site: www.dicasdojess.com
Bruna 16/03/2018minha estante
Resenha maravilhosa ?




Acervo do Leitor 01/03/2018

O Livro e a Espada de Antoine Rouaud | Resenha | Acervo do Leitor
Império sob ameaça, o alvorecer de uma república fragmentada, e construída sob bases sombrias. Um general – que outrora figurava entre os grandes – em decadência, um pupilo atormentado pelo seu passado e em busca de reencontrar seu espaço, e um assassino à solta que faz de sua lâmina, sangrar o sangue dos justos. E se tudo isso não bastasse, há um amor que jurou resistir as maiores tragédias, há um livro que alimenta o destino dos homens e uma espada lendária capaz de destruir o indestrutível. Se você precisa de mais motivos para ler este livro, talvez você não goste do gênero de Fantasia.

“Lançado ao fogo, não queima…
Passado ao fio da lâmina, não raga.
É feito do murmúrio dos deuses e nada, jamais, irá destruí-lo”

O Livro e a Espada é uma verdadeira montanha russa de emoções, o autor francês Antoine Rouaud está à todo momento mudando o rumo e o destino dos personagens. O livro possui em suas páginas, uma soberba construção de sentimentos conflitantes. Nossa garganta ficará seca em certos momentos, nosso coração tenso à expectativa de uma batalha e nossos olhos marejados com uma história que vai muito além do comum. Dun-Cadal Daermon é daqueles personagens que ficará marcado em nossa memória. Sua coragem e compaixão é inspiradora. Rã, seu pupilo, possui diversas camadas, que vão nos sendo apresentadas gradativamente ao longo da leitura. As diversas tramas e reviravoltas valem todo o apreço que este livro me ganhou.

Dun-Cadal é um general enviado pelo imperador para conter uma revolta que cresce a cada dia. Após uma difícil batalha, o cavaleiro se vê aos cuidados de um garoto calado que possui o sonho de ser somente, o maior cavaleiro do mundo. Juntos eles vão aprendendo juntos, o valor da honra, coragem, disciplina, determinação, vingança e do amor. O Livro e a Espada se passa em um mundo fictício, mas que traz muitas referências do nosso. O fantástico está inserido em uma habilidade que poucos detém, chamada Sopro, que quando usada pode destruir até mesmo quem o usa. Há algumas criaturas, mas que são inseridas muito mais como plano de fundo e que pouco agregam à trama como um todo. O livro é muito mais sobre a obscuridade humana e a queda de seus valores.

“Chega um dia em nossa vida, o cruzamento daquilo que fomos com aquilo que somos e aquilo que seremos. Nesse momento, ao término de tudo, é que decidimos qual será o nosso fim. Com orgulho ou vergonha da trajetória percorrida.”

A obra possui uma certa oscilação lá pela sua metade após uma grande revelação. Confesso que a primeira metade me ganhou pouco mais que a segunda, não que isso seja um demérito, mas fica um sentimento de que o autor poderia encorpar as primeiras 200 páginas, e finalizá-lo com um plot-twist arrebatador. A segunda parte reserva os momentos mais tensos e emocionantes, mas a simplicidade de sua primeira metade me encantou. O livro faz bastante alternância entre o passado e o presente, e precisamos estar atentos para não nos perdermos durante a leitura. Leitura esta que é incrivelmente fluída. A escrita do autor é fantástica!

“Em minha mão esquerda, o Livro, em minha mão direita a Espada, e a meus pés, o mundo…”

SENTENÇA
O Livro e a Espada é surpreendentemente incrível! Um dos melhores lançamentos do gênero e que – por ora – não está causando o impacto que merece. Quando pensamos no livro mesmo após tê-lo finalizado, é porque ele realmente acalentou nosso coração e imaginação. Faça um favor a si mesmo: corra para a livraria mais próxima e compre esta pérola. E sim, teremos continuação!

site: http://acervodoleitor.com.br/o-livro-e-a-espada-resenha/
Anne - @literatura.estrangeira 12/03/2018minha estante
Que resenha incrível!


Duda 21/03/2020minha estante
"A guerra é como o amor, e o amor é como a guerra"?




Lina DC 28/02/2018

Primeiro livro de uma saga extraordinária, "O Livro e A Espada" é uma obra dividida em duas partes. Narrado em terceira pessoa, a primeira parte se passa na idade portuária de Massália durante o período da República. É lá que a jovem Viola, uma historiadora no Grão Colégio de Émeris está à procura de um idoso bêbado que fica contando histórias sobre o tempo do Império, dentre elas a história sobre a Espada do Imperador Eraed.

O homem que ela está procurando é Dun-Cal, que na época do Império era o general mais temido de todos por sua sagacidade, determinação, coragem e por não ter medo do que falar o que pensa. Diferentemente dos demais generais, Dun-Cal não veio de uma família proeminente, nem era um homem abastado. Sua origem humilde não agradou os demais generais, mas como Dun-Cal tornou-se um dos favoritos da Vossa Majestade Imperial Asham Ivani Reyes. Infelizmente, agora ele é um velho amargo, bêbado e cheio de ressentimentos ao ver que seus antigos colegas deixaram de lado sua honra para migrarem para cargos importantes na República.

Na primeira parte do livro teremos a história de Dun-Cal, no presente e suas memórias do passado. Começaremos pela Batalha de Salinas, o pontapé inicial da queda do Império. O que deveria ser um simples caso de opiniões divergentes, tornou-se uma batalha longa, sangrenta e definitiva graças ao ego do general local: Étienne Azdeki. Azdeki é o tipo de homem que vive do prestígio da família, da antiga fama e dos feitos de seus antepassados. Etilista, cabeça dura e metido a sabichão é um dos maiores desafetos de Dun-Cal, que não aguenta sua ineficiência. Quando Dun-Cal e outros generais como Négus são convocados para remediar a situação, a revolta já se encontra fora do controle e se torna uma verdadeira guerra.

O leitor acompanha todos os acontecimentos da Batalha de Salinas, inclusive o período de quase morte do protagonista e sua lenta recuperação. O protagonista é guiado por sua honra e pela promessa que fez em defender o Império e acredita piamente nos líderes e no governante e soberano da nação. Durante os anos que sucederam a Batalha de Salinas, Duncan acaba se afeiçoando ao Rã, o garoto que o salvou. Ele o treina, o ensina e o coloca embaixo de suas asas, mas os estratagemas políticos que ocorrem por trás dos bastidores causam uma grande reviravolta.

"-Por você. Por você e por mim. Que ironia... Eu sempre soube dar a morte... - saiu do cômodo e, fechando a porta ao passar, concluiu com voz rouca: - ... mas nunca soube dar a vida..." (p. 117)

Na segunda parte do livro temos o lado oposto dessa batalha. Desde o começo da história temos um nome do incitador da revolta. Aqui temos o que realmente aconteceu e quem são os culpados pela revolta, mas também vemos a saga de um sobrevivente que precisou renegar tudo e todos para sobreviver. 

É nesse momento que conhecemos em detalhes a história de alguns refugiados de Salinas, como Esyld Orbey, a filha do ferreiro, que inicialmente foi vista como inimigo até ser apadrinhada por alguém importante, ou a história do Duque de Page, um antigo general visto como degenerado, mas que conseguiu chegar na posição atual sendo extremamente observador. Temos também a história de Aladzio, um inventor muito inteligente que é importante para alguém poderoso, ou a Ordem de Fangol, a Ordem responsável pela escrita. 

Temos inúmeros elementos fantásticos nessa série, como dragões e habilidades únicas como O Sopro, habilidade que poucas pessoas possuem, mas que é simplesmente alucinante. O autor mesclou esses elementos com um pano de fundo político, onde observamos inúmeras manipulações, traições e reviravoltas causadas por homens gananciosos, que almejam o poder e a fama.

"- Um símbolo que você teve o cuidado de não deixar em Émeris. Não surpreende que um homem que passou a vida servindo e dando tudo de si a um Império queira levar consigo um pedaço dele... antes que tudo arda em chamas." (p. 186)

"O Livro e a Espada" é uma história de vingança e redenção, honra e política. Com muito sangue, suor e lágrimas, os personagens vão sobrevivendo as situações mais impensáveis e a perdas inconsoláveis. Para os fãs de longas jornadas, com heróis que passam por inúmeras turbulências e precisam "renascer" para alcançar seu destino, essa série é leitura obrigatória. O título do livro encaixa-se perfeitamente com o enredo, pois explica dois elementos que sustentam o local. A capa é simplesmente incrível pois combina com o enredo, é impactante e chama a atenção.

"-Eles são os deuses. Não estão brincando conosco. Transformam nossa vida em narrativas, em histórias, em sagas. Para que a humanidade alcance seu ápice. Eles conhecem o início e o fim dos tempos. Temos que agradecer-lhes por terem nos dado a vida e um destino cujo sentido a eles pertence." (p. 160)

site: http://viajenaleitura.com.br/
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