Ensaio sobre a lucidez

Ensaio sobre a lucidez José Saramago




Resenhas - Ensaio sobre a Lucidez


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luizaslike 09/08/2021

Crise democrática e paranoias
A continuação de ensaio sobre a cegueira com um enredo diferente cujo desenvolvimento trará um liame com o livro anterior. o problema surge quando 4 anos após os acontecimentos inexplicáveis da cegueira branca do livro 1 as eleições na capital se tornam um fiasco após o resultado de 83% dos votos absolutos serem em branco. O governo diante do suposto ataque direto às instituições democráticas toma decisões horrendas e restringe a atuação política e as força policial de contenção do sistema representativo. partindo em debandada os principais órgãos da cidade. em nome de *controlar o inimigo invisível. deixando os habitantes da capital a mercê... Tem diversas discussões importantes sobre democracia, voto, atuação política autoritarismo e etc. é um espetáculo e a partir da metade isso vira um caldeirão. personagens antigos reaparecem para demonstrar o quando alguns políticos estão dispostos a fazer para confirmarem suas suposições infundadas resultado do mais vil delírio. compreende-se que por trás dos votos em branco estava a manifestação de desagrado contra o status quo e a febre da lucidez. o fim é um horror... saramago n tinha esse direito. tô acabada.
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Rosângela 10/02/2024

Incrivelmente chato
Propõe um problema e não dá solução. Nada acontece o livro inteiro, no final resolve acontecer alguma coisa mas é totalmente inútil pra história. Sem pé nem cabeça, não tem final, não tem uma explicação, não fez sentido. Achei uma perda de tempo e continuo ODIANDO com todas as forças a forma como Saramago escreve. O que ele tem contra pontuação correta, parágrafos, travessões, pontos finais? Que saco. Estou tão decepcionada, achei que seria um livro bom. A premissa é instigante, o livro é um cocô.
E os outros que eu li dele eu gostei, só pra constar: O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a cegueira e Memorial do Convento.
Tiago.Boaventura 26/03/2024minha estante
Dizem que é difícil de ler Saramago. Ainda não senti a necessidade de encarar esse autor. Esse dia vai chegar e espero encontrar tudo aquilo que falam de bom dele.




GioMAS 22/11/2022

Comunista, ateu e jornalista.
A obra de Saramago tem por base suas convicções políticas.

A ficção desenvolve um paralelo com a cegueira branca ocorrida há cerca de quatro anos. O foco da narrativa, ao contrário do livro precedente, é a atuação do Estado para conter uma suposta calamidade pública que, em verdade, nada mais é do que a pura e simples manifestação de um direito assegurado pelo Estado Democrático. O direito de votar em branco.

Nessa pegada, com ares de opressão e tensão social, Saramago crítica a democracia, as instituições e, principalmente, o Estado, enquanto ferramenta de controle, censura e violência.

Há de fato liberdade na democracia representativa?

A intertextualidade, metalinguagem e as metáforas seguem firmes nessa obra. Queria eu conseguir identificar todas as referências.

A construção da figura da heroína de "Ensaio sobre a Cegueira" é consagrada neste livro.
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jota 05/06/2013

Lucidez, cegueira e canseira
Ensaio Sobre a Lucidez, pela situação insólita que apresenta, lembra um pouco outro livro de Saramago que li ano passado, o engraçado As Intermitências da Morte. Não apenas porque a ação se passa num país ou lugar imaginário (que é, quase sempre, a cara de Portugal, claro), já um fato recorrente em várias obras dele, mas também por conta de seus infindáveis parágrafos, diálogos caudalosos (caso deste livro) e pontuação particular: ah, como sofre o leitor que se distrai um pouco durante a leitura! Então, não recomendaria Lucidez para quem vai ter o primeiro contato com a obra de Saramago e que desconheça certas particularidades de seu modo de contar histórias.

Algo mais leve, curto e interessante para conhecer sua escrita seria o livro Caim. Além disso, há em Lucidez várias referências a uma cegueira branca de “quatro anos atrás”, conforme afirma um personagem em certo trecho: “(...) alguma ligação terá de haver entre a recente cegueira de votar em branco e aquela outra cegueira branca que, durante semanas que não será possível esquecer, nos pôs a todos fora do mundo.” Ele está se referindo a uma situação que Saramago explorou em Ensaio Sobre a Cegueira. Livro que conviria, talvez, ser lido antes deste.

Mesmo porque alguns personagens de Cegueira participam da ação aqui e outros são mencionados, especialmente quando estão em cena dois agentes policiais, que se comunicam pelos codinomes de Albatroz e Papagaio-do-Mar, encarregados de investigar o, digamos, “crime do voto em branco”. Então, se o leitor tampouco viu o filme de 2008 (Blindness, dirigido por Fernando Meirelles), pode ser que fique sem entender alguma coisa. Ou não, não sei.

Em Intermitências as pessoas paravam de morrer; em Lucidez, de início, quase ninguém aparece para votar num domingo de eleição regional, embora tivesse sido um dia chuvoso demais. Como diz Saramago, “(...) não eram quatro pingos míseros, eram baldes, eram cântaros, eram nilos, iguazús e iangtsés.” Depois, dos que compareceram, vê-se que a maioria optou por votar em branco. Estupefatas e contrariadas, as autoridades convocam então outro pleito para um domingo depois, e desta vez os eleitores comparecem maciçamente. Mas, oh céus, agora são cerca de 83% de votos em branco na capital!

O que ocorre, então? Já que a população não se comporta como as autoridades desejam, é decretado o estado de sítio. À lucidez do povo, que demonstra sua insatisfação política, contrapõe-se a eterna cegueira dos detentores do poder: a de não querer enxergar as coisas mais além de como elas se apresentam. E as justificativas para esse estado de sítio e de situações insólitas, como certos atos cometidos nas ditaduras e nalguns países de democracia de fachada, são quase sempre risíveis se não fossem condenáveis. São atitudes de um governo eleito democraticamente, como diz um personagem a certa altura, “mas capazes de encher de orgulho qualquer ditador.” E como!

Os mandatários do país de Saramago esperam que, castigando a população, os eleitores se arrependam de seu comportamento eleitoral e a situação na capital volte à normalidade em breve. Mas os poderosos não se entendem às mil maravilhas: seus pontos de vista são divergentes, ocorrem discussões e disputas no próprio seio do governo. Especialmente quando se trata de achar os culpados pela atitude dos eleitores, “os incentivadores, os responsáveis, os criminosos pelos votos em branco”. Mesmo que esses culpados não existam ou não existam provas robustas contra supostos culpados – um deles justamente uma personagem de Cegueira, que retorna aqui, “a mulher do médico” (no cinema, Julianne Moore). Da mesma forma que no outro livro, em Lucidez nenhum personagem tem nome próprio, geralmente é designado pelo que faz: comissário, primeiro-ministro, inspetor, delegado do partido da esquerda (ou da direita ou do meio), prostituta, etc.

Muitas das situações apresentadas no livro encontram paralelo nas que ocorrem com frequência em certas republiquetas ditas democráticas, cujos governantes, para encobrir sua incapacidade, incompetência e especialmente sua falta de probidade ao lidar com a coisa pública, costumam jogar a culpa de seus erros, fracassos e escândalos na imprensa, nas oposições, no imperialismo americano, no sionismo internacional, etc. Também há trechos do livro em que os diálogos entre os personagens do governo e entre os da polícia parecem ou são tão burocratizados que é quase impossível que não nos sintamos, por instantes, mentalmente transportados para uma repartição de serviço público daqui ou alhures. Onde os cidadãos pagadores de impostos são quase sempre vistos com desconfiança enquanto políticos, governantes e simpatizantes são tratados com imerecida deferência.

Apesar de esquerdista (membro histórico do PCP), nos últimos tempos Saramago vinha dizendo que a esquerda “havia deixado de ser esquerda" e se tornado "estúpida", que os governos cada vez mais se transformaram "em comissários do poder econômico". As esquerdas, como se sabe, apreciam o gigantismo estatal, o estado inchado e gordo, abrigando a companheirada toda, muito bem paga, trabalhando pouco, quase nada produzindo de útil ou de inovador para o desenvolvimento de seus países. Pior, esquerdistas como os nossos tendem ainda à demagogia, ao populismo e assistencialismo. E volta e meia tentam sufocar a liberdade de imprensa. Tudo muito parecido com o que acontece em Lucidez. Ou vice-versa.

A primeira parte do livro é uma grande sátira aos políticos e às eleições; na segunda metade, que trata da investigação policial em busca dos culpados pela maciça votação em branco, é que se verifica o ataque de lucidez que acomete um dos investigadores e que justifica plenamente o título da obra. Obra esta que, infelizmente, não entusiasma tanto assim o leitor (e lhe dá até uma certa canseira), como os citados Caim, As Intermitências da Morte, Ensaio Sobre a Cegueira e outros livros de mestre.

Lido entre 23/05 e 05/06/2013.
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Leticia Garozi 10/09/2021

Enredo inteligente e bem construído, extremamente crítico e sarcástico, com o clássico pessimismo de Saramago.
No começo demorei a engatar na leitura, achei arrastada, e os capítulos sem um único parágrafo e frases rebuscadas não ajudaram. No entanto vale a pena insistir, ultrapassado o momento inicial a história se torna envolvente e interessante
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Pri | @biblio.faga 18/01/2022

Passados 4 anos desde os acontecimentos do livro "Ensaio sobre a cegueira", um certo país fictício e inominado, mais uma vez, encontra-se em uma situação estranha e sem precedentes: a apuração das eleições municipais revelou que quase a totalidade da população (83%) votou em branco, fato que culminou em uma séria crise política.

Posteriormente, esse fenômeno eleitoral seria descrito como uma "epidemia branca", assim, retomando o jogo de claro-escuro, Saramago cria uma comparação e, ao mesmo tempo, um belo contraste entre o fenômeno da cegueira (do livro anterior) com o exercício da lucidez no ato de votar: a deturpação (ou não) do símbolo máximo da democracia.

"Digamos que pôs a estopa e eu contribuí com o prego, e que a estopa e o prego juntos me autorizam a afirmar que o voto em branco é uma manifestação de cegueira tão destrutiva como a outra, Ou de lucidez, disse o ministro da justiça." (p. 172)

Como é costumeiro da obra do autor português, encontramos uma narrativa diferenciada, crítica e sagaz. Ao contrário do livro anterior, temos um enredo um pouco menos "sombrio" e com espaço para momentos de humor - destaque para os diálogos entre os membros dos partidos políticos, personagens que são propositalmente estereotipados.

Na trama, Saramago retoma personagens e situações, revivendo algumas das questões éticas e políticas abordadas no romance "Ensaio sobre a cegueira". Novamente, a natureza humana é posta à prova quando frente a frente com o desconhecido.

Dentre outros vários assuntos, "Ensaio sobre a lucidez", fala sobre a fragilidade do sistema político, dos rituais democráticos e das instituições que nos governam. Um livro que nenhum fã de distopia pode colocar defeito.

ps.: ao considerar que estamos em um ano de eleição para o presidente da República, sua leitura, além de oportuna, desponta quase como um dever cívico.

Quando puder, leia!

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/
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Carolizons 07/07/2020

Ensaio sobre a lucidez
Escolhi um momento bastante delicado para a leitura do livro. Difícil acompanhar até que ponto os que detêm o poder podem ir para provar uma verdade que só existe para comprovar suas narrativas mirabolantes. Viveram isso os personagens do livro, vivemos nós.
Thalita.Doretto 08/07/2020minha estante
Ah esse livro maravilhoso.




Helena Gáti 12/09/2020

Em uma espécie de continuação, com referências diretas ao cenário e aos personagens desenvolvidos em Ensaio Sobre a Cegueira, Saramago explora novamente a cor branca, dessa vez no formato de uma ?epidemia? de votos brancos.
Sem nenhuma explicação aparente, a cidade que ha 4 anos havia sido tomada por uma cegueira branca, agora vai às urnas e desestabiliza o sistema político-eleitoral ao manifestar sua desilusão com os partidos através do voto branco. Com sua genialidade única, Saramago desenvolve uma narrativa tragicômica e levanta uma série de reflexões a cerca do sistema democrático, a hierarquia política e poder do Estado.
Mais uma obra extraordinária do autor que envolve o leitor do começo ao fim. Um livro perspicaz, inteligente e indispensável. Uivemos!
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Andrea.Rodrigues 31/05/2021

Em uma capital o povo cansado de em todas as eleições estarem as mesmas opções de sempre, resolvem exercer um direito: votar em branco! Simples, ninguém ? eleito, povo se recusa a aceitar mais do mesmo.
Mas aqueles que sempre estiveram no poder não vão aceitar tão fácil assim. Pra eles se trata, com certeza, de um grupo de terroristas contra a pátria; para os que votaram em branco apenas um breve momento de lucidez coletiva.
A comunidade consciente do seu real poder, ficção das boas essa!
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Gilcimar 19/12/2022

Momento inoportuno para esta leitura
Devido ao estilo bem próprio e peculiar do Autor, a primeira metade do livro foi bem angustiante e confusa. Entretanto, ao me adaptar ao estilo do Autor, tão logo o texto rapidamente se desenvolveu.
Sobre a narrativa, achei o texto monótono e desestimulante.
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Thabata 13/02/2020

Como se chama a decepção? Ensaio sobre a lucidez
Ah, eu queria tanto ter gostado desse livro, queria mesmo. Não só por ser do saramago como por ser uma continuação de um livro que eu amei demais. Mas simplesmente não deu pra mim.

Apesar de a sinopse não ter me chamado atenção eu me propus a ler por causa do escritor (ainda quero ler outros livros dele), mas a estória foi bem aquém do que eu imaginava. Ela não é fluida, demora demais para as coisas acontecerem, dava pra tirar umas cem paginas tranquilamente.

Demorou para ocorrer as apurações dos votos e, mesmo depois, a narrativa foi uma enrolação só. Os poucos personagens que haviam se limitaram a tomar medidas absurdas para punir a população por terem votado em branco e para descobrir quem arquitetou esse "golpe contra a democracia". Aí podemos enveredar por vários questionamentos sobre as atitudes tomadas por tais personalidades e por esse aspecto o livro é bem válido, denso e pesado.

Os personagens do ensaio sobre a lucidez só aparecem nas últimas cem páginas desse e nesse ponto a estória engrena e fica mais dinâmica, mas o desenvolvimento ainda deixa a desejar. O final acabou com qualquer esperança que eu ainda tinha de gostar do livro. Simplesmente não o recomendo pra quem gostou do ensaio sobre a cegueira.

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Jonara 23/04/2010

Quatro anos após a cegueira branca que atingiu todos no país, cerca de 80% da população da capital vota em branco. O governo se desespera com esta manifestação de desprezo por aquilo que chamavam de "democracia" e resolve fazer novas eleições - sem sucesso, pois o índice de votos em brancos só aumenta. O desespero das autoridades fica cada vez maior, e a medidas para preservar o estado e a democracia vão pouco a pouco se tornando cada vez mais ditatoriais.
Estado de sítio, repressão, manipulação da imprensa... pouco a pouco a verdadeira face do governo se mostra, e seu rosto não poderia ser pior. A lucidez contagiosa que atinge o povo é considerada doença, a manifestação branca passa a ser considerada uma nova cegueira branca, de todas as formas é preciso encobrir a verdade.
Este livro é simplesmente belíssimo, chega a arrepiar. Quem já leu 1984, vai identificar várias teorias semelhantes. Recomendo ler primeiro o Ensaio Sobre a Cegueira, depois este. Vale a pena! São livros que nos fazem pensar.
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Gustav.Barbosa 05/12/2021

Uma nova epidemia
Uma outra epidemia, agora a dos votos em branco. José Saramago retoma a ambientação e os personagens apresentados em Ensaio Sobre a Cegueira, quatro anos após o acontecimento extraordinário da cegueira branca. Desta vez, ao se revelar o resultado de eleições municipais da capital do país fictício, um acontecimento semelhantemente inopinado se apresenta: a maioria da população, oitenta e três por cento dos votantes, prefere o voto em branco a votar nos partidos de Direita, do Meio ou de Esquerda. Um cenário improvável e melindroso que deixa o governo aturdido. O que teria dado na cabeça dos munícipes para que, sem aviso algum, resolvessem não escolher seus representantes de um dos três partidos? Estaria um ser maquiavélico por trás de tal perfídia? – Era o que o governo se perguntava.

Sem saber o que fazer, membros do poder executivo resolvem retirar da cidade qualquer sinal de poder do Estado, deixando-a viver a própria sorte. Na ausência de policiais para defenderem os cidadãos ou garis para limparem as ruas, a vida na capital seguia, ao contrário do que esperava a corja política, logrando de boa harmonia e organização.

O livro abre uma discussão sobre a fragilidade da nossa democracia, ou se o que se vive atualmente pode ser mesmo chamado de Democracia. A busca incessante dos membros do governo por um bode expiatório para o acontecimento parece dialogar com a tendência covarde de nossos representantes em tentar afastar de si suas incompetências diárias.

Saramago usa também aqui seu estilo único de escrita, e seu humor perspicaz costura toda a obra. Contudo, o romance ainda fica aquém do que se esperaria da sequência do magnífico Ensaio Sobre a Cegueira, mas cumpre o seu papel.
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Leticia 11/07/2021

Uma leitura que oferece uma infinidade de paralelos com a nossa conjuntura política, com a instabilidade da democracia nos dias atuais. Aqui temos uma sociedade em que 83% dos votos foram brancos, muito por conta da desesperança com os seus representantes, um governo alheio às necessidades da coletividade. Governantes que agem de forma totalitária, mas com um aparente discurso que estão defendendo a democracia (que coincidência, não??).

" O mais corrente neste mundo, neste tempos em que às cegas vamos tropeçando, é esbarrarmos, ao virar a esquina mais próxima, com homens e mulheres na maturidade da existência e da prosperidade, que, tendo sido aos dezoitos anos, não só as risonhas primaveras do estilo, mas também, e talvez sobretudo, briosos revolucionários decididos a arrasar o sistema dos pais e pôr no seu lugar o paraíso [...] Se encontram agora, por qualquer das muitas versões do conservadorismo moderado, acabaram por desembocar no mais desbocado e reacionário egoísmo. Em palavras não tão cerimoniosas,estes homens e estas mulheres, diante do espelho da sua vida, cospem todos os dias na cara do que foram o escarro do que são." (P. 110 e 111).
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