Ensaio sobre a lucidez

Ensaio sobre a lucidez José Saramago




Resenhas - Ensaio sobre a Lucidez


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Nathália 16/06/2020

José Saramago
O autor tem uma escrita bem peculiar, os diálogos entre os personagens são bons e levam à reflexão. Esse livro é continuação do livro Ensaio Sobre a Cegueira, confesso que gostei mais deste, minha expectativa para o segundo livro eram altas, esperava saber mais o que aconteceu com cada personagem daquela história e como tudo foi voltando ao que era. O livro tem um olhar mais político sobre a situação, a situação do governo após o caos, com a preocupação em relação a culpa do ocorrido e o medo de um ataque político.
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rschuwenk 24/01/2023

O que acontecer quando ninguém faz nada pra algo acontecer pode sempre surpreender a quem não esperava nada
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Renato 17/03/2020

Ensaio sobre a lucidez
Após quatro anos da cegueira branca que assolou a população, o país passa por um outro fenômeno raro: o do voto em branco. Devido a um número muito alto de abstinênciade votos o governo declara a sua saída da capital e esta entra em estado de sítio. Em Ensaio sobre a Lucidez Saramago faz uma crítica aos governos ditatoriais e aos que se dizem democráticos e ilustra por meio da ficção do que esses governos são capazes de fazer para se manterem no poder.
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Ká - @shotdaspalavras 06/02/2022

E se a maioria da população votasse em branco?
É isso que acontece na capital de um país imaginário relatado no livro Ensaio sobre a lucidez.
Usando a democracia, os eleitores parecem querer questionar o sistema governamental.
O título do livro remete ao famoso livro Ensaio sobre a cegueira e os acontecimentos se passam quatro anos após a cegueira branca.
Em Ensaio sobre a lucidez, José Saramago retoma personagens e situações deste outro livro. Por isso, a recomendação é ler Ensaio sobre a cegueira antes.
Diante da situação, o governo entra em guerra com a população, tentando descobrir quem votou em branco e porquê.
Mas o voto é sigiloso e cada pessoa vota como quiser, certo?
E esse é só o começo de tudo!
Tive alguns momentos arrastados nessa leitura, mas valeu a pena pelas reflexões que proporcionou.
Uma crítica à política e aos meios de comunicação.
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Dani 19/04/2021

Críticas ao sistema de poder
As premissas se apresentam nos primeiros capítulos e, a partir de determinado momento, a história se entrelaça com o Ensaio Sobre a Cegueira.
Ótima crítica ao sistema de poder político e suas artimanhas.
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Francisco 26/07/2021

Quando a democracia vive crise de representatividade, resta aos cidadãos o voto em branco. Assim, Saramago projeta uma nova epidemia branca.

Resgatando personagens de Ensaio Sobre a Cegueira, Saramago cria uma narrativa com elementos da política moderna, as conspirações, as mentiras fabricadas, o bode expiatório e a incapacidade do governo de não conseguir representar quem os elegeu ou deveria eleger.
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Rafael 18/12/2021

"É regra invariável do poder que, às cabeças, o melhor será cortá-las antes que comecem a pensar, depois pode ser demasiado tarde".
Considero complexa a tarefa de emitir uma opinião sobre o livro "Ensaio sobre a Lucidez”, uma vez que, a obra ao chegar ao seu final me causou uma incomum sensação de frustação. Essa resistência, talvez, possa ser justificada pelo recente término da leitura, sendo necessário quem sabe mais tempo para digeri-la. A genialidade do autor é indiscutível, seu humor típico que percorre todo o livro e a facilidade com que é capaz de prender a atenção do leitor por meio de histórias que remetem a eventos singulares, com consequências bem narradas e amarradas. Saramago está entre os grandes, sem dúvida. Entretanto, preciso desabafar que, o sentimento em relação ao primeiro livro (Ensaio sobre a cegueira) foi exatamente o oposto. Essa obra que resenho me levou desde o seu início a criar muitas expectativas positivas que conduziriam a um final memorável, todavia, quando esse momento chegou, a inconformidade prevaleceu. Acredito que não tenha sido o único. Paciência, assim é a vida real. OK. Não quero ser inconveniente e dar spoilers a quem ainda não teve a oportunidade de ler esse bom livro. A história é curiosa e original. O tema, uma peculiar revolução democrática, espontânea, sem lideranças instituídas (aparentemente), que toma conta da capital de determinado país, onde a população, em massa, decide votar em branco, dá margem ao leitor para ter esperanças que a voz do povo será ouvida e que dias melhores seriam possíveis. Entretanto, como é de se esperar, quem está no poder não ficará nada contente com a situação narrada e não poupará esforços para acabar com a ameaça ao poder consolidado e estabelecido. Ah! Cabe destacar que tudo isso se passa no mesmo cenário em que a cegueira branca se espalhou caoticamente quatro anos antes, e conta com personagens em comum da última narrativa. Sempre vale a pena ler Saramago!
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Suzanie 16/07/2013

Lucidez Nacional - um novo partido?
O absurdo geralmente nos remete ao irreal. Mas não se o contador de histórias for um Jose Saramago. É o que se pode pensar de Ensaio sobre a Lucidez, em que apresenta-nos um país onde as eleições tiveram por resultado nada menos que 83% dos votos em branco, quantitativo inédito em todo o mundo. E, para não escaparmos à peculiaridade da situação, atenta-nos o narrador para outro fato digno de nota pelos dirigentes deste país: que votos em branco remete à brancura do ocorrido ali há certos anos - a cegueira branca.

Para contar o desenrolar dos acontecimentos, o autor escreve com grande fluidez e um estilo delicioso, regado a muita ironia. E, por mais absurda que possa parecer, trata-se de uma história certamente atribuível a qualquer país, pela observação dos meios empregados e da retórica construída para sustentá-los. Convence-se facilmente disso com a sentença do comissário de polícia: "[É absurdo, é completamente absurdo.] Aprendi neste ofício que os que mandam não só não se detêm diante do que nós chamamos absurdo, como se servem deles para entorpecer as consciências e aniquilar a razão".

Sob alguns aspectos lembrei-me de O Processo, de Kafka. No nível individual, a angústia de perceber-se manipulado, sem conhecer os reais motivos; no coletivo, a força do discurso institucionalizado, que tem o condão de transformar as manobras do poder em verdades irrefutáveis e necessárias ao bem geral. Não poderia haver título melhor para tal obra, capaz de revelar ao leitor atento não só a lucidez do autor, como também a sua - reconhecedor dessa realidade -, e a de uma nação - por que não ser otimista a este propósito, se o próprio narrador o foi?
Douglas 21/09/2020minha estante
Ótima resenha. Deu vontade de ler, Suzani.


Suzanie 27/09/2020minha estante
Q legal Douglas, mto bom poder contribuir pra um interesse maior em Saramago ?


Douglas 27/09/2020minha estante
;)




Carolina. 28/02/2021

O voto em branco e o ensaio sobre a lucidez...
O livro é provocador, pois nos faz pensar em um ousado debate político: o que aconteceria com a democracia se o resultado de uma eleição fosse uma maioria esmagadora de votos em branco?
A narrativa do livro não me prendeu, achei bem cansativa a leitura, pela forma que foi escrita (diferente de Ensaio sobre a Cegueira - que me prendeu do início ao fim).
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Dani Carrara 01/06/2021

Triste. Para ser sincera, gostaria de não ter lido esse livro. A leitura é ótima e bem reflexiva, mas gostaria q o Saramago não tivesse colocado as personagens de Ensaio Sobre a Cegueira no meio. Triste.
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Bruna.Toledo 08/04/2023

Demorei a engatar a leitura nesse livro. O início me pareceu meio devagar e, como Saramago insere os diálogos dentro dos parágrafos, com pouca ou nenhuma pontuação, fica difícil acompanhar o raciocínio. Mas depois que você se acostuma a história flui mais facilmente.

Eu gostei bastante de Ensaio sobre a lucidez. É um livro que permanece muito atual, com interesses políticos guiando toda a agenda dos governantes em detrimento do bem-estar da população. Não é um livro tão emocionante e cheio de reviravoltas como Ensaio sobre a cegueira, mas é uma leitura que vale a pena.
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bea 19/11/2023

2 ESTRELINHAS
Me sinto um tanto mal por ter dado apenas duas estrelas para o Saramago, principalmente se levar em consideração que Ensaio Sobre a Cegueira é um dos melhores livros que já li na vida.
Mas infelizmente, eu me decepcionei com Ensaio Sobre a Lucidez.

Apesar de conter diversas metáforas atuais, humor genuíno e uma ótima escrita, eu confesso que fiquei bastante entediada em determinadas partes, o fato do livro ser pequeno não foi o suficiente pra me conformar, cada capítulo parecia mais longo que o anterior.
Houveram, sim, algumas partes que foram boas, mas não sustentaram o que a obra resultou num todo.

E falando em resultados, esse final me deixou extremamente angustiada, e aposto que fará o mesmo com quem leu Ensaio Sobre a Cegueira. Me livrando da responsabilidade de expor spoilers, só digo uma coisa: eu gostaria que não tivesse acabado assim.

Ao todo, é sempre bom conhecer novas obras desse autor tão único e excepcional. Seu talento não é diminuído em nenhum momento, na verdade é, repetidamente, apontado. Principalmente quando notamos o que ele faz quando escolhe o prelúdio posto no início do livro, para o capítulo final. Um gênio.
JurúMontalvao 19/11/2023minha estante
??




Natália 06/05/2024

Saramago e sua genialidade
É uma manhã chuvosa de votação. Os partidos do meio, da direita e da esquerda disputam a eleição. Mas algo inusitado acontece: a grande maioria das pessoas que compareceu para votar não opta por nenhum dos três partidos, ou seja, a maioria simplesmente vota em branco.

Seguindo a lei, novas eleições devem ocorrer. No entanto, nada muda na nova eleição e quase a totalidade dos eleitores novamente vota em branco. Diante dessa situação, um verdadeiro caos se instala na nação. O governo se vê perdido e trata como subversivo qualquer suspeito de ter cometido tamanho ato contra a nação.

"Ensaio Sobre a Lucidez" não se assemelha apenas no título ao livro anterior de Saramago, "Ensaio Sobre a Cegueira". "Ensaio Sobre a Lucidez" é praticamente uma continuação de"Ensaio Sobre a Cegueira", pois retoma personagens e situações que remetem ao cenário apocalíptico após a grande epidemia de cegueira branca.

Diante o que passaram após o primeiro cego ter perdido a visão e como o governo lidou com toda a situação em "Ensaio Sobre a Cegueira", após 4 anos da epidemia de cegueira o povo usa de seu maior símbolo de indignação e democracia: o voto. É através do voto em branco que o povo toma as rédeas da situação e mostra toda a sua insatisfação com a sucessão do governo.
E é muito interessante a análise que Saramago faz ao mostrar a fragilidade do sistema político, as alegorias, as reflexões levantadas ao longo do livro. A lucidez nesse livro se opõe à loucura, ao desvario apontados em "Ensaio Sobre a Cegueira". É muito interessante a conexão entre os dois livros... de um lado o governo autoritário frente a uma epidemia e a falta de sabedoria para lidar com toda aquela situação catastrófica de cegueira coletiva e após 4 anos, a coragem da população em reagir de maneira pacífica através do voto. Esse livro não propõe uma substituição do sistema governamental, mas sim, propõe o questionamento.

Confesso que achei esse livro inicialmente bastante arrastado e cansativo. Eu sentia que a ideia era genial, mas a narrativa estava cansativa. Mas após ter lido cerca de metade do livro, a leitura pegou ritmo e se tornou extremamente interessante e prazerosa. Eu sabia que Saramago não me decepcionaria e foi dito e feito. Que história sensacional.
Recomendo muito a leitura, mas caso não tenha lido "Ensaio Sobre a Cegueira" aconselho que o faça antes de ler "Ensaio Sobre a Lucidez".
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