Noites Tropicais

Noites Tropicais Nelson Motta




Resenhas - Noites Tropicais


45 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Rafo 16/06/2009

Forest Gump Tupiniquim
Nelson Motta é uma espécie de Forest Gump da Música Popular Brasileira - sempre se encontrava por perto dos principais eventos da MPB: estava no show onde Flávio Silvino apresentou o Rock, no nascimento da Bossa Nova, em contato íntimo com os tropicalistas, na guinada da carreira de Rita Lee, no nascimento do BRock... Daí fica a dúvida: Ele estava realmente lá ou se insere, tal qual um "efeito especial" em todas essas cenas? São realmente os momentos mais importantes da MPB ou só são importantes pq ele estava lá?
Enfim, vale como relato, é divertido, mas não presta pra quem quer conhecer a fundo nossa música...
Lucas.Araujo 06/08/2017minha estante
É bem por aí. Parece um cara bem relacionado no meio da galera, mas esse mito em torno dele, a forma como ele se vende não me convence mto não


DaniM 11/03/2020minha estante
a resenha mais engraçada e mais perfeita sobre esse livro




Moça Antiga (Larissa) 26/06/2018

Jornalismo "Dancin Days"
Nelson Motta, na função de jornalista, segue sendo um excelente letrista — aliás, vitorioso desde a “sacralidade” da MPB até a “heresia” do mainstream —; nisso, sim, lhe consagro com os mais entusiasmados elogios.

A bem da verdade, confesso, não sei como alguém assim insípido em termos de prosa pode, ao escrever versos musicais, ser capaz de distanciar-se tanto de si mesmo ao dizer coisas com tempero estilístico e universalmente comoventes (até mesmo na mais trivial letra Pop). Eu sei que não são vivências mutuamente excludentes (ser opaco ao opinar na vida e brilhante ao se personificar na arte), mas eu costumo pensar que são sim — e, por isso, acho difícil imaginar que o Motta de deslumbres como 'Cantador', 'De Onde Vens' ou 'Certas Coisas' é o mesmo sujeito que escreve pro Globo ou que apresenta aquele quadro, igualmente chapa-branca, no JG. Enfim, me dou eu mesma um xeque-mate: "longa é arte/ breve é a vida'!

Agora, vamos ao indefensável... Como narrador de fatos, ele é um marujo à deriva no mar da verdade — seu olhar, 'mistificador' (como diria Quércia rs), sempre superará a "monotonia" da realidade. Naturalmente, tal característica não se configuraria num defeito caso se tratasse de um escritor de ficção — às favas com os escrúpulos da verossimilhança — ; mas num jornalista, principalmente um com ares de "remanescente de tempos áureos", isso é um câncer que compromete todo o organismo documental.

Não digo que 100 % desta obra seja mentira — e é claro que nem se sustentaria legalmente, caso assim o fosse! Mas, isto sim, eu afirmo: tal e qual a história do 'Pedro e do Lobo', tanto Motta trai a realidade em diversos fatos invocados que, quando é sincero na reconstituição, naturalmente já nos pomos desconfiados da fonte. É que o 'parça' de Tim Maia traz consigo a qualidade e o defeito de ter sido testemunha ocular de alguns dos momentos culturalmente determinantes, privando da intimidade de alguns dos nomes mais estelares que compõem o Olimpo de nossa MPB — é aí que mora o perigo, pois ele confia ou superestima a própria memória afetiva (cá pra nós, a mais insegura e fantasiosa das fontes). Informações errôneas se espalham por sua narrativa — a ponto de eu seguir a leitura, mais pra sublinhá-las do que para 'minerar' dados jornalísticos.

Checar fontes? Pra quê? Amigo e parceiro do Dori Caymmi, isso há literais décadas — aliás, foi o primeiro letrista a compor com o filho do meio do clã Caymmi (desde antes de 1972; ano do primeiro disco de DorY, quando ele ainda grafava seu nome com Y)! E, mesmo assim, Nelson (que não é o Rubens, por pouco rs) comete a proeza de dizer (aí no livro) que Dori “é baiano”; sendo que, fato sabido até pelos bueiros do Andaraí, apenas seu pai é baiano — ele é carioca ele/ é carioca rs. Ok! Eis um desleixo bobo, coisa pra uma errata, mas que ilustra bem o nível de "pesquisa" de Motta ao ‘empilhar’ 'causos' sobre a nossa MPB.

Aquela espécie de ‘eminência parda’ em volta dos gênios, o autor dos versos de 'Dancin Days' não é só um típico carioca "suingue/ sangue-bom", ele se tornou viciosamente aquele sujeito neutro (inclusive como crítico musical) — incapaz de apontar falhas, tem existido pra “encher a bola” dos seus contemporâneos; rasgando-se em elogios ‘batidos’ ou repetindo constatações melhor dissecadas por críticos de fato.

Em se tratando estritamente da face jornalística... Penso que segue sendo o deslumbrado garoto classe média alta: que teve a sorte de estar no lugar certo, na hora certa, cercado das pessoas certas — claro, eu não diminuo seu merecimento ou magnetismo pessoal ao ter permanecido no meio deles. E outra: até acho bonito, me identifico com sua real emoção ao rememorar os seus verdes anos dourados… Pero o que ultrapassa meu critério pessoal, é que suas 'noites tropicais' e suas 'verdades' (tropicadas rs) não chegam a sequer roçar os fatos tal como ele são.

O que há de válido, nesse relato auto consagrador, é justamente quando NM se concentra em falar das suas próprias intimidades afetivas. Como seu caso amoroso com Elis, "talarico", sob as "barbas" do seu então melhor amigo Ronaldo Bôscoli (que era ainda casado e sempre às turras com a Pimentinha. Reza a lenda que, numa das mais célebres brigas do casal, a gauchinha teria arremessado pela janela, para horror de Ronaldo, sua estimada coleção de vinis de Sinatra — Aldir esqueceu de usar esse episódio na sua 'Incompatibilidade de Gênios': "meus vinis do 'The Voice' ela botou pra voar" rs). Ou ainda e é outro épico 'affair': o posterior relacionamento com a Marília Pêra (segundo Nelson, essa sequência de paixões folhetinescas teria sido o pivô de um inicial atrito entre Elis e Pêra que, depois, tornaram-se 'best friends').

Quando se concentra nos ‘detalhes tão pequenos’ de sua intimidade com grandes nomes, aí sim, brota algo próximo de autenticidade além da miragem jornalística. Embora, até nesse ponto, 'Noites Tropicais' ainda privilegie o espetáculo; digo isso porque, ao focar nessas intimidades, Motta só o faz com riqueza de detalhes nos nomes que foram abraçados no seio popularesco (nos demais, se limita a economizar episódios pitorescos).

Eu como já tenho experiência própria com o jornalismo, tentando representar com fidedignidade a classe, consigo separar o joio do trigo nesse deserto de verdades plantadas. Mas se você, leitor, procura uma obra para se embasar com dados biográficos sobre MPB... Acho melhor buscar uma fonte mais segura (recomendo nomes como Ruy Castro ou Sérgio Cabral; esse segundo foi um mestre na arte de encadear histórias que viveu cara a cara, mas mantendo referências seguras). Se seu objetivo é apenas se distrair com um livro inofensivo, sem compromisso com fontes fidedignas, então leia essas meias verdades douradas — se mentiras sinceras te interessam, vá na fé!

Ponto FORTE: Nelson é um sujeito constituído da substância de suas memórias. Se o "dize-me com que andas e eu te direi quem és" lhe for aplicado, ele é alguém incrível.

Ponto FRACO: ele põe muita fé no seu mosaico da realidade. Mais que ser abençoado com a estadia no lugar certo, um jornalista precisa ser um fiel restaurador dos fatos; um cético, principalmente, de sua própria memória.





site: https://www.facebook.com/lay.gouveia.ba
Vera.Lucia 03/08/2022minha estante
guria, você tem probleminha.....


Moça Antiga (Larissa) 18/07/2023minha estante
Ui! Como diriam lá pras bandas do Twitter, neste mesmo tipo de situação em que uma pessoa aleatória se indigna (pessoalmente ferida!) com uma crítica específica direcionada *a obra do artista* A ou B -- e, é claro, ataca pessoalmente o autor da crítica sem, no entanto, rebate-lo com argumentos --: _Sai do fake, Nelsinho Motta rsss. DICA para manter futuras discussões produtivas: leia sobre a falácia Argumentum ad hominem, Vera MOTTA rs. "Ataca-se pessoa que apresentou um argumento e não o argumento que apresentou. A falácia ad hominem assume muitas formas. Ataca, por exemplo, o carácter, a nacionalidade, a raça ou a religião da pessoa. (...) **Todavia, o carácter ou as circunstâncias da pessoa nada tem a ver com a verdade ou falsidade da proposição defendida**".




Felipe 10/02/2010

Um passeio junto com nosso ídolos
É difícil definir este livro de Nelson Motta, exitem algumas possibilidades: de memórias, uma autobiografia, uma biografia da música brasileira da segunda metade do século XX ou ainda um romance histórico ou baseado em fatos reais. Qualquer uma das possibilidades define bem "Noites Tropicais".
O protagonista é o próprio Nelson Motta, que não se limita a contar sua vida ligada a música; fala dos pais, filhas, namoradas, esposas e de suas angústias - quase uma análise. Os coadjuvantes principais já são por si só um motivo para lê-lo: João Gilberto, Elis Regina, Caetano, Tim Maia, Chico, Gil, Marisa Monte e todos os monstros sagrados da MPB.
O livro começa junto com o início da Bossa Nova, com o lançamento de "Chega de saudade" de João Gilberto, e junto com a música a paixão de Nelson Motta por ela. No início o que tedia um pouco o leitor são vários nomes dos bastidores do movimento da Bossa Nova que são completamente desconhecidos para nós, mas com quem Nelson Motta teve contato e que, segundo sua narrativa, tiveram papel importante para a consolidação da música popular brasileira.
Os detalhes dos bastidores dos festivais são um deleite ao leitor, que como eu, nasceu muito depois do auge destas disputas de cantores e compositores. Os programas de televisão que eram verdadeiros musicais também são descritos em detalhes, incluindo os apresentados por Elis e Jair (O fino) e por Vanderleia, Roberto e Erasmo (Jovem Guarda), ambos pelo Record e que provocavam uma rivalidade entre estes mitos de nossa música. O papel de Nelson como jurado em alguns programas tem destaque em sua narrativa deste período que termina com o declínio dos festivais e a ascenção das telenovelas e do "Programa Silvio Santos".
Outro destaque é o nascimento do Tropicalismo tendo como pano de fundo os primeiros anos do regime militar e o AI-5 em 1968. Com a repressão e censura vieram a prisão de Chico, Caetano e o exílio deles e de muitos outros. Neste período Motta narra a grande popularidade de Wilson Simonal e sua queda acusado de ser dedo duro para a máquina de repressão dos militares. Mas o surgimento da carreira de Tim Maia é contada com entusiasmo pelo autor.
A vida amoroso de Nelson Motta se torna interessante quando ele conta o seu romance extra-conjugal com Elis Regina e a forma como ela o rompeu pelo telefone. Após Elis, Nelson se casa com Marília Pera e Elis tenta retornar o seu romance com ele ao melhor estilo pimentinha, objetivo não logrado de acordo com Motta.
Os pontos de destaque da década de 1970 são o surgimento de Raul Seixas e seu parceiro musical de primeria hora Paulo Coelho, o movimento disco e o auge das discotecas no fim da década e o papel fundamental de Motta para o sucesso das Frenéticas e o início de sua carreira como dono de casas noturnas. Entre estas casas a quase mítica Noites Cariocas.
Já na década de 1980, a morte de Elis e John Lennon dão um toque de dramaticidade ao livro. Mas logo o clima se eleva de novo com surgimento do Rock Brasil com a Blitz, Gang 90, Paralamas entre muitos outros citados por Motta.
Para o fim Nelson Motta deixou a descrição de como orientou uma garota - então com 19 anos - até chegar hoje a ser, para muitos incluindo eu, a maior cantora do Brasil: Marisa Monte.
O único senão do livro é a total ignorância na narrativa do que se passa musicalmente abaixo de São Paulo. Tirando Elis e Lupicínio, Motta não cita nada da música gaúcha. Nem mesmo quando fala das bandas de rock cita Engenheiros do Hawaii ou qualquer integrante da cena rockeira gaúcha que tem força desde a década de 1980. Parece que para Nelson Motta música brasileira é do Paraná para cima, vai ver que é por isto que o livro se chama "Noites Tropicais", e como o Rio Grande do Sul está abaixo do Trópico de Capricórnio não faz parte da história contada de forma tão irrestível por Nelson Motta de parte da música brasileira da segunda metade do século XX.
Daniel 17/01/2013minha estante
Felipe, mas ele narra os fatos e as personalidades que ele acompanhou de perto. Não tinha como ele estar no sudeste e no sul ao mesmo tempo...




majuluna 25/11/2023

Histórico
Livro leve, divertido, cheio de histórias inesperadas e de encontros musicais ainda mais inesperados que contam a história da musica brasileira que existe hoje.
Vale cada minuto de leitura ?
AndrAa58 26/11/2023minha estante
Me deu vontade de ler ?




Lucas.Araujo 06/08/2017

Portifólio do autor
Nunca fui grande simpatizante do autor mas me propus a ler este título acreditando no valor histórico do livro. São relatadas algumas histórias interessantes, mas o livro mais parece um portifólio de Nelson Motta. O egocentrismo se destaca em suas histórias repletas de mulheres com pernas lindas, mulheres gostosas, mulheres belíssimas, mulheres que cantam como negonas, negões enormes e esteriótipos mil. Claro que essas descrições eram normais na época, mas não passam despercebidas na narrativa onde o autor se coloca como figura central na história da música que se passa basicamente em apartamentos luxuosos da zona sul da cidade maravilhosa.
Vera.Lucia 03/08/2022minha estante
não é que seu comentário tem um "Q" de dor de cotovelo?




Valesi 13/01/2009

Excelente livro do Mestre Nelson Motta; autobiográfico, conta a história da música brasileira desde o fim das ranchinhas até o início do sertanejo (ou seja, a parte que presta). Todos os principais músicos do país estão retratados lá.
Obra fundamental prá quem gosta de música, e prá quem gosta de uma boa história também.
comentários(0)comente



Desativado por enquanto 12/11/2011

É um grande resumo que abrange desde os anos 60 com a bossa-nova, os anos 80 com a dancing days e o rock brasileiro, até início dos anos 90.
Para quem gosta de bastidores, de histórias vividas de perto por alguém que esteve bem junto dos protagonistas da história da nossa música popular brasileira, este é o melhor livro!

Não sou muito de biografias e autobiografias, acho elas pedantes. Mas este serve como pequenos contos rápidos que vão do choro a gargalhada.
comentários(0)comente



Luh 29/12/2009

Muito gostoso de ler:
Nelson Motta em Noites Tropicais aborda a MPB de maneira clara, consisa, bem-equilibrada e como muito bom humor. Nesse trabalho, o jornalista faz uma espécie de auto-biografia e situa o leitor em momentos-chave para se entender o periodo de contrução da MPB e os movimentos musicais que a antecederam, bem como os que a precederam.

É uma leitura leve, gostosa e muito feliz, do inicio ao fim. É daqueles livros que a gente não quer parar de ler.

Pra quem não é especialista e quer saber tudo sobre bossa nova, festivais, jovem guarda, discoteca, rock, não tem bibliografia mais indicada.

Enfim, é leitura obrigatória de quem sabe das coisas, pra quem quer saber das coisas!
comentários(0)comente



Carolina Corrêa 30/03/2024

Espetacular
Não conseguiria dar outra nota à nossa maior enciclopédia musical: Nelson Motta.
O homem que esteve em todos os lugares, com todas as pessoas, que conheceu tudo, vivenciou tudo e, impressionantemente, criou quase tudo.
Qualquer resenha mais aprofundada entregará spoilers.
Apenas leiam e "escutem" a narração do autor.
comentários(0)comente



Afonso74 02/05/2010

relato da história da cultura brasileira pelo grande "boa-praça-amigo-de-todos" Nelsinho Motta
Deleitem-se aqueles que querem saber mais da música e cultura brasileira das décadas de 1960 à 90 sob o olhar privilegiado de Nelson Motta.

O autor, com um texto ágil e sem cair em níveis de detalhe que só interessariam aos que viveram tais épocas, acaba cativando o leitor mais jovem à querer conhecer mais sobre cada um dos músicos mencionados no livro. E assim acabei adquirindo o "Chega de Saudade" do Ruy Castro logo após a leitura do Noites Tropicais.

(o livro Noites Tropicais já conta com versão de bolso, portanto mais em conta)
comentários(0)comente



Joubert 21/09/2010

História da Música ou Biografia?
Não sei se foi intencional ou acidental... Porém um livro que se apresentou como a história da música brasileira dos anos 50 até 90 se transformou numa perfeita, bem contada e divertida autobiografia. Ainda bem!! Pois comecei a ler o livro esperando ver causos da músicas contado pelo "parceiro do Lulu Santos"... quebrei a cara e queimei a língua... Nelson Motta foi e é onipresente em todos os momentos da MPB (Música Popular Brasileira ou Música Pra'pular Brasileira), do teatro, da vida noturna carioca e paulista.... criador de jingles eternos... criador de músicas inesquecíveis... Descobri Nelson Motta como o coadjuvante mais "estrela" do universo artístico brasileiro...
comentários(0)comente



Natalia Cunha 04/07/2011

Esse livro é maravilhoso, com certeza uma das melhores biografias já escritas. Na verdade, a trama é tão cheia de fatos históricos e histórias de nomes conhecidos por todos nós, que nem se parece com uma biografia. O livro fala de praticamente todos os estilos musicais existentes no Brasil, desde a Bossa-nova até o início do Sertanejo, falando da vida íntima dos artistas e contando curiosidades e fatos sobre eles. A escrita é boa, a divisão em capítulos pequenos auxilia na leitura, pois a deixa mais fluida. Adoro o jeito como ele começava a falar de um artista e só dava suas características, fazendo com que nós, leitores, ficássemos curiosos e tentando descobrir de quem ele estava falando, para descobrirmos somento no final dos capítulos. Muito genial, faz você querer passar logo pra próxima página.
Pra qualquer amante de música brasileira, um relato de alguém que estava dentro de tudo que acontecia e sabe escrever maravilhosamente bem. Todos deviam ler, é muito bom!
comentários(0)comente



Leonardo 13/09/2011

Uma viagem lisérgica pela história da música brasileira.
Sexo, álcool, drogas, brigas, polêmicas, paixões, suicídios...
Por mais que pareça, isso não é Rock'N'Roll. Bem vindo ao mundo ainda não muito conhecido da tão aclamada Música Popular Brasileira.

Se você, assim como eu, é um admirador da música brasileira e não nasceu nos anos 50, 60 ou 70, sem dúvida esse é um livro que precisa ser lido. Não somente pelo conteúdo histórico, mas sim (e principalmente), pelos seus bastidores e segredos.
Desde o começo Nelson Motta deixa claro como será o ritmo de sua escrita e a dinâmica com o que ele tem a contar. Basicamente, leveza e naturalidade. O livro parece ter seguido o seu rumo natural, sem muitas interferências externas para melhorar isso ou aquilo, ou para fazer vender mais do que o esperado. Em termos gerais, pode-se dizer que o Noites Tropicais é uma série de contos musicais que tem como pano de fundo a vida do próprio autor. Ou, para quem preferir, contos autobiográficos que tem como pano de fundo o cenário musical brasileiro de 1955 até o início da década de 90. Essa miscelânea entre um e outro torna a leitura muito mais agradável, tirando o teor de um livro estritamente histórico e, por consequencia, fatídico demais para alguns leitores. Em muitos momentos, tive a sensação de estar em algum bar de frente para o mar de Ipanema tomando cerveja e ouvindo docemente cada uma das palavras que lia, como se um velho amigo estivesse a contar suas peripécias e amores da juventude...
Em suma, vejo que criador e criatura se misturaram nessas quase quinhentas páginas fazendo desta obra um registro único e verdadeiro do mais belo momento que já tivemos em nosso país, onde a música, era o suficiente.
comentários(0)comente



Raquel 25/07/2011

Muito bom!!!
comentários(0)comente



45 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR