Stalker

Stalker Tarryn Fisher




Resenhas - Stalker


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ELB 05/08/2019

Antes de mais nada, preciso confessar (novamente, não canso de repetir o quanto eu amo essa mulher), Tarryn Fisher é minha autora favorita! Amo todas as loucuras que ela escreve, me envolvo em todos os livros e ela sempre tem um jeito de me alcançar que não importa o que escreva, eu amo!

Vou tentar contar o mínimo possível, por que esse livro me encheu de surpresa e eu não quero estragar isso para ninguém.

"Mãe desnaturada. Tem gente que não nasceu para ter filhos."

Começamos o livro com a Fig, e eu não vejo outro jeito de descrevê-la além de uma mulher louca e perturbada. Ela perdeu a filha meses atrás, mas não consegue seguir em frente, e em um dia, ela vê uma menina no parque, e nesse instante, se convence que aquela criança é sua filha que voltou.

Movida por esse sentimento de que é sua filha, ela descobre que a criança é a Mercy, filha da Jolene e Darius. E para conseguir ficar mais perto, ela vai se aproximando calmamente do casal. Então, ela compra a casa al lado, e começa a ser a vizinha perfeita, faz amizade com a Jolene, e de todas as formas possíveis ela vai se infiltrando na vida da família, que não tem a menor ideia das intensões dessa mulher.

Mas ai longo da convivência, os sentimentos de Fig vai mudando, agora ela começa a pensar em como Jolene tem a vida perfeita, a filha, o marido maravilhoso. E sua obsessão começa a intensificar. Tudo que a Jolene compra ou faz, Fig também decide fazer, e ao seu ver, de uma forma melhor que a própria Jolene.

A partir dai vamos acompanhando o desenrolar da história dessas três pessoas. E também não posso contar mais nada da história, porque você precisa das surpresas que contém nesse livro.

"Ver você conseguir as coisas sem merecer, e ainda por cima se esbaldar com elas, é um horror. Isso me revolta. Quem deveria tê-las sou eu, pois mereço muito mais que você. Na verdade, eu poderia ser uma versão sua melhorada. Sou todas as mulheres; tenho todas dentro de mim."

O começo do livro é todo narrado pela Fig - a psicopata, depois pelo Darius - o sociopata - e por fim pela Jolene - a escritora. E a cada mudança de narração, nós vemos que tudo o que acreditávamos era mentira. Esse livro me lembrou um ditado espanhol que meu avô sempre me dizia, a tradução é mais ou menos assim 'nesse mundo traidor nada é verdade nem mentira, tudo depende da cor do cristal com que você olha' e Stalker é exatamente isso, cada um tem a sua versão dos fatos e tudo só faz sentido no final.

E pooooorra, que final. Tive calafrios e fiquei andando pela casa falando: 'pqp, o que foi isso???'. A Tarryn encerrou o livro com uma maestria que faz você ter certeza que tudo isso aconteceu, apesar de toda a loucura, e depois de pesquisar um pouco, você descobre que isso aconteceu mesmo com a própria Tarryn. O que é verídico da história eu não sei, mas, segundo ela, foi bem parecido... É de dar calafrios!

Lambi o açúcar dos dedos e fiquei olhando pra ela. Estava ali a prova de que a doida varrida tinha discernimento. O desprendimento dela das etiquetas sociais e sua percepção aguçada dos humores eram os aspectos da Fig que eu mais apreciava. Ela chamava a gente de maluco, sendo que a desequilibrada era ela. Isso, de certo, tinha seu apelo sexual. O que menos me agradava nela eram os olhos esbugalhados. Meu Deus, eles me davam arrepios. Era até possível me imaginar transando com ela, mas aí eu lembrava dos olhos.

Suuuuper indico Stalker. Porém, sinceramente não sei nem como descrever esse livro. Até tem um certo romance, mas esse não é o foco do livro e é meio doentio. O propósito dele é mexer com a sua cabeça, é um romance psicótico se você insistir em rotulá-lo. Se você espera um romance fofo, aconselho que leia F#ck Love da autora (resenha aqui), se você procura o thriller dramático, um livro para mudar sua vida, leia O Lado Obscuro também da Tarryn (resenha em breve), a regra é: você precisa ler a Tarryn Fisher.

Se você ainda tem dúvidas, só posso complementar que as histórias da Tarryn fogem do convencional, te fazem pensar fora da casinha, e muitas vezes te deixam em uma confusão de sentimentos, fora que seus personagens são tão complexos e nunca são o que apresentam, sempre há mais por baixo.

A edição da Faro está lindíssima como todos os livros deles, a diagramação e revisão impecável, vale todos os centavos que investimos nesse livro. Stalker é uma história que vai mexer com seu psicológico e irá te chocar até as últimas páginas. Um livro forte e viciante como nenhum outro. Inicialmente o livro foi lançado como Bad Mommy (Péssima Mamãe) mas recentemente foi alterado para I Can Be a Better You (Eu posso ser melhor que você).

site: http://www.everylittlebook.com.br/2019/05/resenha-stalker-tarryn-fisher.html
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Diana 06/08/2019

História fraca, esperava mais, algo mais sombrio, pesado.
Terminei o livro e pensei: Foi só isso?
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Kris 22/08/2019

não consigo terminar
Eu abandonei esse livro umas três vezes e tentei o máximo para tentar terminá-lo, mas não dá. Não consigo... é péssimo. Eu fiquei tão animada no começo achando que teria um desfecho bem legal, mas a história é massante e sem sentido.
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Taty 20/09/2019

"Nada mais ardiloso e irremediavelmente mau que o coração. Quem poderá compreender?" Jeremias 17:9
Deprimida após sofrer um aborto espontâneo, Fig Coxbury passa seu tempo em praças observando as crianças que poderiam ser sua filha. Até que uma menininha brincando com a mãe despertar uma obsessão. Logo, Fig se vê mudando de casa e de bairro não por necessidade, mas porque a casa vizinha oferece tudo o que ela mais deseja: a filha, o marido e a vida que pertence a outra pessoa.

A história é contada sob três pontos de vista. O primeiro é da nossa Stalker Fig. Os outros dois não vou citar aqui! O livro me surpreendeu bastante por causa desses pontos de vista. Achei que a história deu engrenada, deu um quê a mais. A leitura é rápida e a narrativa é empolgante, envolvente, foi bastante explorado o lado psicológico, as obsessões e dupla faces dos personagens, no entanto o final ficou a desejar, achei que a autora se perdeu. Não se pode dizer que é um livro ruim, a escrita é boa, só o final mesmo que achei sem graça, mas quem for ler o livro sem esperar um final mirabolante com grandes reviravoltas, talvez possa gostar!
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Nanda 28/09/2019

Saltker
Muita loucura! Terminei sem entender e surgi personagens que nem aparecia antes, achei sem sentido e sem explicação. Mas ao mesmo tempo é instigante..
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Aline 29/09/2019

Stalker
Quem conhece meu blog sabe que já li todos os livros lançados da Tarryn Fisher pela editora parceira Faro editorial, ela simplesmente tem uma narrativa que envolve o leitor e não o deixa largar o livro até finalizar a última página. Por esse motivo eu não poderia deixar de conferir o lançamento da autora e posso dizer que assim como os anteriores ela conseguiu me deixar intrigada e me fazer pensar sobre as atitudes que alguns seres humanos tomam por motivos mesquinhos. Para quem gosta de dramas do cotidiano com toques de suspense essa é minha dica. No final do texto vocês encontrarão o link das resenhas dos outros livros da autora.

Como o próprio título indica essa história terá foco em uma 'Stalker'/uma perseguidora (alguém que importuna de forma insistente e obsessiva uma outra pessoa). Aqui a história é inspirada em um caso vivido pela própria autora. Em 'Stalker' a perseguidora irá se aproximar como amiga e tentará se tornar sua perseguida para depois roubar a vida dela (amigos, família ...); quando paro para pensar nessa situação confesso que fico bem assustada.

A história é dividida em três parte, seguindo primeiro a ótima da Stalker 'Fig' onde ela irá narrar os motivos da sua vida não estar dando certo e do seu maior sonho não poder se concretizar e o porquê dela escolher a quem deseja tirar tudo já que se acha no direito; o segunda parte é pelo ponto de vista é do Darius, psicólogo e marido da 'vítima', esse é daqueles personagens que se revela 'bonitinho por fora e podre por dentro' e por fim a narrativa de Jolene (escritora) que se mostrou alguém mais forte e determinada do que os outros a viam. Penso que essa narrativa em primeira pessoa fez o leitor se colocar no lugar do narrador, mas ao mesmo tempo ter como avaliar o todo no final do enredo e assim perceber como tudo se desenvolveu e tudo que poderia ter sido evitado.

Penso que todos somos responsáveis por nossos atos e escolhas e que nossa obrigação é buscar equilíbrio emocional para enfrentar as dificuldades que a vida nos apresentará e se caso não conseguirmos não podemos culpar ninguém nem tentar tirar o que é do outro por achar que merecemos mais que ele. Além disso a leitura desse livro me relembrou que precisamos ter cuidado com quem nos cerca, principalmente nos dias de hoje onde todos acompanham nossa vida pelas redes sociais; antes de entregar nosso coração e confiar em alguém precisamos tentar conhecer bem esse alguém para não nos colocarmos em perigo nem sofrermos por alguém que é falso e não quer nosso bem.

É isso meus amores, espero que tenham ficado curiosos para conferir esse enredo que acaba sendo um alerta para os leitores 😏😏😏

site: https://leiturasvidaepaixoes.blogspot.com/2019/01/stalker-tarryn-fisher.html
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Jéh - @cantinho_de_literatura 16/10/2019

Resenha | < #resenhacantinhodeliteratura > | Stalker - Quando a inveja se torna uma Obsessão | @tarrynfisher | @faroeditorial | 5 ?
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? Oi gente, como vocês estão? Hoje é dia de resenha aqui no Cantinho de Literatura.
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? E o livro da vez é Stalker - Quando a inveja se torna uma Obsessão da autora @tarrynfisher.
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??Eu podia me mudar pra aquela casinha charmosa com venezianas bege e uma oliveira na frente. (...) Quem sabe o que o futuro reservava??
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? Jolene vive com sua família, sua vida é calma e até bem pacata. Tudo muda quando Fig a vê pela primeira vez.
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? Fig se muda para a casa ao lado, e a princípio Jolene acha que encontrou uma grande amiga. Contudo, nem tudo é o que parece.
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??Não vamos taxar a Fig de perseguidora ainda. Nós mal a conhecemos.?
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? Pois bem, esse foi meu primeiro contato com o gênero thriller e posso dizer que estou totalmente apaixonado por ele.
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? No livro Stalker - Quando a inveja se torna uma Obsessão, o leitor é levado a acompanhar como uma stalker manipula, mente, cria situações, rodeia e até mesmo chega ao ponto de querer a vida de outra pessoa.
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? O assunto sempre me interessou, e esse mês o solicitei na parceria com a @faroeditorial . E posso dizer que ele me surpreendeu muito! A trama é muito bem amarrada.
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? Ele é dividido em 3 partes, e cada uma delas é narrada por um dos personagens centrais. Isso permite que o leitor tenha uma visão ampla do que está acontecendo com cada um deles. E claro, a cada página um segredo é revelado, uma meia verdade é descoberta.
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? A autora @tarrynfisher trouxe uma obra que surpreende, aterroriza e alerta sobre os stalkers. Principalmente, quando ela avisa que essa história de fato aconteceu com ela.
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? Uma leitura que prende a atenção do início ao fim. Não dá para largar o livro até a conclusão, pois a cada página uma nova emoção.
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? Ao finalizar, fiquei em choque com os acontecimentos finais.
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? A diagramação do livro foi um a mais, a @faroeditorial trouxe divisórias das partes com páginas escuras o que casou diretamente com a história.
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? Por hoje é isso! ??
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? Já leram? Conhecem? Se não, deixo a dica de um excelente thriller. ????
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@mamaetalendo 27/10/2019

#Stalker #TarrynFisher #FaroEditorial - Sylvia Tavares
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A sinopse e o título já me instigaram. Amo tudo que envolve psicopatias e mulheres loucas e obsessivas ao estilo de Mulher solteira procura e Atração fatal.
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Devorei! Leitura super fluida, muito intensa, sem aquele peso de descrições excessivas e muito mimimi. Tem 3 narrativas, a da stalker, da vítima, e do marido da vítima. E isso sempre é muito interessante porque te mostra 3 verdades. A de cada um. E assim, dá pra entender o quadro como um todo.
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Darius é casado com Jolene, a vítima, e eles tem uma filha chamada Mercy. Ele é psicólogo e ela é escritora. A stalker é Fig Coxbury. E tudo fica muito louco quando entra na narrativa do marido da vítima. E aí o livro fica difícil de acompanhar e engolir.
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Um thriller psicológico na nova categoria ?Domestic Noir?, subgênero tendência desde Garota Exemplar. Cada nuance nesse livro é colocado de forma muito competente pela autora.
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Porém, após a insana narrativa do marido, que deveria ser a mais explicativa, afinal o cara é psicólogo, vem a da vítima, Jolene, que como sempre, custa a enxergar que o perigo mora ao lado.
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E aí mora o problema do livro na minha opinião: ele não tem um grande acontecimento ou clímax. E a história acaba tendendo para outro tema, meio surreal. O perigo para Jolene não mora somente ao lado... ?
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Quer mais um susto? A vítima, escritora no livro... é a Tarryn Fisher, autora na vida real e essa história aconteceu com ela. ?
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#mamaetalendo #devoltaaostrabalhos #primeiraresenhadoano #2019 #resenha #livros #leitura #livro #amoler #livroseleitura #instalivros #ler #literatura #livroseleituras #igliterario
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Pri | @biblio.faga 25/11/2019

“Stalker”, escrito por Tarryn Fisher, foi o segundo livro enviado pela TAG Inéditos, no mês de maio de 2018.

Na época, ainda não era assinante do clube, mas o título e a sinopse me instigaram de cara, e tive que adquirir meu exemplar. Afinal, sempre gostei de histórias que tivessem uma “pegada” meio psicológica. Gosto de ler sobre a potencialidade da mente humana.

Lido no mês de junho desse ano, foi uma leitura rápida e interessante, mas acredito que poderia ter sido melhor, pareceu que faltou algo.

A linguagem é acessível e os capítulos são curtos, logo, a leitura flui.

A premissa do livro é bem instigante, porém, não foi tão bem trabalhada e, devo confessar, a história tomou um rumo bem diverso ao que imaginava.

Um ponto forte da obra é a narrativa dividida em três perspectivas, sendo a primeira feita pela personagem Fig Coxbury, a segunda pelo Darius e, por último, pela ótica da vítima, a Jolene.

É deveras interessante ver a versão dada por cada protagonista e a percepção de cada personagem sobre como se desenrolaram os fatos.

Embora possa parecer repetitiva, essa fragmentação dá um “frescor” ao livro, e nos mostra como não existe uma única verdade, e como temos um olhar viciado quando o assunto é a nossa vida, portanto, nossa visão é sempre um tanto quanto suspeita. A memória, em regra, sempre nos é solícita.

Quotes:
"Na verdade, eu poderia ser uma versão sua melhorada. Sou todas as mulheres; tenho todas dentro de mim". (p. 11)
“Eu não sabia quem eu era (...) havia também um fascínio obscuro pela possibilidade de poder ser feia daquele jeito e ainda assim existir” (p. 129).

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/
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Biia Rozante | @atitudeliteraria 06/12/2019

Chocada... Muito bom.
É sempre interessante ler sobre a natureza humana, suas distorções e realidades que parecem surreais. Existe algo sobre essa dissimulação e complexidade que vicia, intriga e choca na mesma proporção. Confesso, que quando pego uma obra assim, minha maior vontade é de ter estudado psicologia para poder esmiuçar e compreender mais a fundo essas ações e comportamentos que por vezes parecem “normais”, revelando a verdade por trás disto apenas quando já é tarde demais.

Tarryn Fisher ousou. Ousou quando escolheu escrever um livro com três pontos de vistas que narram a mesma história, ou melhor, o mesmo momento contado através de três visões diferentes, e tudo isso em primeira pessoa. A Psicopata, o sociopata e a escritora. Mergulhar na cabeça destes três personagens e nos apresentar essas narrativas exige certa coragem. O que me leva a crer que nenhum dos narradores são confiáveis, portanto... desconfie de tudo e de todos.

“(...) As pessoas que prestam atenção aos detalhes não são tolas; é sinal de que veem de fato a gente. E isso implica um certo esforço. É preciso olhar para fora de si mesmo para enxergar os outros. Algo raro hoje em dia.”

STALKER nos apresenta como protagonista, Fig Coxbury uma mulher que logo de início já é diagnosticada com Transtorno de personalidade paranoide, o que só por aí já gera um alerta bem grande sobre sua cabeça. Ela está deprimida desde que sofreu um aborto, e tem estado completamente obcecada pela ideia de ter uma filha desde então e por essa razão tem como hábito ficar observando as mulheres com crianças a sua volta. Até que um belo dia, ela se depara com Jolene e sua filha, e algo dentro dela é atraído para essas duas. Fig as segue, e sua obsessão sobre ambas aumenta a ponto dela se mudar para a casa ao lado e sua atenção então deixa de ser apenas sobre a menininha e passa para a mãe, ou melhor, para toda sua vida. Fig quer ser Jolene, ter seu marido, seus amigos, sua rotina, ser uma versão melhorada dela.

“(...) Os olhos de uma pessoa podem atrair ou repelir a gente. (...) “Você já viu um psicopata se apaixonar? Há um bocado de idealismo, emoções inebriantes, e eles enxergam o que querem ver.””

Obsessão, carência, deboche são apenas algumas das características que rondam nossa protagonista. Existe algo sobre ela que enoja, enfurece e atormenta, mas também consegue nos arrancar risadas e até mesmo sentimento de empatia, pena. E dou os créditos dessa contradição e complexidade para a própria autora, que opta por não apresentar “mocinhos ou vítimas”, temos vilões, naturezas humanas deturpadas, comportamentos que aparentemente assustam, mas que soam em outros como normal, fazendo com que a realidade se mescle com a ficção, criando esse cenário onde o antagonista pode ser seu vizinho, amigo, ou porque não companheiro. Temos também uma humanização, pontos na narrativa que serve para emocionar, sensibilizar e aproximar o leitor do narrador da história, mas lembra o que falei lá no início? Ninguém é confiável de verdade.

ALERTA – PODE CONTER SPOILERS (mínimos, mas ainda assim que possam te irritar ou atrapalhar no decorrer da leitura, caso você seja um spoilerfóbico). Ao final farei uma conclusão, portanto pode pular para lá.

Hoje como já devem ter notado, comecei a resenha de maneira diferente, pois optei por focar mais na minha experiencia de leitura, do que no enredo em si, justamente para não ficar soltando spoilers gratuitamente. Mas existe dentro de mim, um grito que precisa ser solto, por essa razão coloquei o aviso de spoiler, pois daqui pra frente, pretende dar uma aprofundada em alguns pontos.

O que é a figura do primeiro narrador – A PISICOPATA?! Durante uma boa parte ali do início me sensibilizei com alguns de seus pensamentos, não conseguindo enxerga-la como vilã. Fig é dissimulada, carente, debochada, inteligente, sempre olhando, ou tentando nos fazer enxergar por seus olhos, distorcendo as situações e conversas, para justificar, ou dar ênfase naquilo que ela quer. Ela muda de opinião conforme seus próprios interesses. E pelo menos pra mim, isso funcionou, porque não sabia se a odiava, ou se simplesmente ficava Ok em relação a ela. Não que eu aceite seu comportamento, ou justifique sua loucura, estou apenas tentando dizer, que em alguns momentos ela se tornou mais humana e menos maluca aos meus olhos.

E então, chega a segunda narração e outro choque – O SOCIOPATA. Senhor... Darius se revelando narcisista, vivendo de mentiras, obcecado por problemas e loucuras, ocultando uma parte importante de sua personalidade. Não sei nem o que pensar, foi aterrorizante imaginar alguém tão doente, tratando de pessoas com problemas emocionais.

E por fim – A AUTORA. Jolene... Confesso que durante boa parte da narrativa tive vontade de sacudi-la, ninguém deveria ser tão complacente, altruísta, como se mesmo com todas as evidencias não fosse capaz de enxergar o que estava acontecendo bem diante de seus olhos. E quando ela começa sua narração entendemos que ela não era assim tão indiferente, se mostrando mais sóbria e ciente do que a rodeava. Mas por tudo que acompanhei ao longo de cada página, preferi não a rotular como sendo a mocinha.

- FIM DO SPOILER -

Chocada, acho que é assim que concluo a leitura e minha resenha. STALKER é uma leitura no mínimo perturbadora, me deixou um pouco paranoica por uns dias. Em um mundo onde as redes-sociais têm reinado, e as pessoas já não conversam mais tanto, ou se conhecem de verdade, é difícil não se sentir com um pé atrás. Existe tanta inveja, frustração, descontentamento, interesse por aquilo que se julga perfeito, que acaba aproximando essa ideia de stalkear e desejar aquilo que não se tem.

“(...) Quando a gente vive no interior da própria cabeça o tempo todo, as coisas se distorcem. Você tem que expressar seus pensamentos pra se conscientizar de que não é a única que está ferrada. E constatar isso faz uma diferença enorme.”

Apesar de ter gostado bastante da leitura e da escrita da autora, também preciso confessar que senti falta de alguns detalhes, pra mim teve uma troca de foco no que a história propunha, que é o interesse pela menininha e ser mãe, pela vida da Jolene como um todo. O final também julguei um pouco rápido e inconclusivo, me passando a ideia de que um circulo vicioso iria iniciar, uma espécie de caça incessante. Mas, nada que tire o valor da obra e que tem potencial para agradar muita gente. Outro ponto que ainda quero mencionar, é que se trata de uma leitura rápida, com uma escrita envolvente e crescente, ou seja, o livro pode até começar meio morno e linear, mas vai ganhando força com o passar dos capítulos.
Enfim, se vocês gostam de leituras que tirem da zona de conforto, que fale sobre naturezas humanas deturpadas, distúrbios comportamentais, essa é uma ótima dica, pois de modo geral me surpreendeu, sim.

Parabéns a Faro Editorial, que já dispensa qualquer comentário sobre suas edições. A qualidade e o carinho dedicado a cada obra são inquestionáveis.

site: http://www.atitudeliteraria.com.br/2019/03/stalker-tarryn-fisher-faro-editorial.html
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Libera 01/01/2020

Já imaginou ser vigiado por alguém? Ou pior; ter sua vida roubada por essa pessoa?
Pois este é o plano de Fig, uma mulher perturbada, que após perder sua filha, começa a perseguir Avery, um autora que vive bem com sua família: sua filha Mercy e seu marido Darius.
Fig coloca na sua cabeça que Avery não merece tudo o que tem, por não ser uma boa esposa e nem uma boa mãe.
"Ver você conseguir as coisas sem merecer, e ainda por cima se esbaldar com elas, é um horror. Isso me revolta. Quem deveria tê-las sou eu, pois mereço muito mais que você. Na verdade, eu poderia ser uma versão sua melhorada. Sou todas as mulheres; tenho todas dentro de mim."
A partir daí ela se muda para a casa ao lado e começa a envolver Avery em uma falsa amizade, invadindo sua residência e sua vida.
Desde o início já se consegue perceber a loucura de Fig. O livro, narrado em primeira pessoa, passa perfeitamente a imagem que Fig tem de Avery, sempre colocando defeitos e acusando-a de ser uma mãe ruim. Ela acredita que Mercy pertence a ela, então sempre se aproxima da menina, se oferecendo para ajudar, seja contando uma história ou colocando-a para dormir, tentando assim conquistar seu afeto.
Muitas vezes parece ser real o que Fig conta, então fica difícil saber o que é verdade e o que é fruto de sua imaginação, pois ela mesma acredita em si, tendo certeza que tudo o que faz é pelo bem de Mercy e Darius, como ela diz nas mensagens que troca com ele.
"Fiquei observando a janela do quarto do casal por um tempão. Cheguei a cogitar ir até o jardim deles escondida para bisbilhotar. As luzes se apagaram às onze horas e o Darius me enviou uma última mensagem."
O livro é divido em três partes, narrada por um personagem diferente a cada parte. E é bem aí que tudo muda, Comecei sentindo um misto de raiva e pena de Fig, pois ela realmente tem um problema psicológico, fica difícil julgar seu atos. Mas ao se colocar no lugar de Avery, não tem como não odiar Fig por tudo que ela faz, pela frieza de seus atos, ainda mais pelo carinho que Avery a trata, sempre a recebendo bem em sua residência.
Com o decorrer da leitura e com o ponto de vista de outros personagens, podemos perceber que nem tudo é o que parece, e que nem sempre podemos perceber como as pessoas podem ser terríveis, mesmo que não seja aparente.
Algo que me incomodou bastante foi a "inocência" de Avery. Por mais envolvente que Fig possa ser, acho que Avery ficou muito calma com toda a situação, quase não percebendo o que Fig planejava.
"Amor são flores! Amor são gestos nobres! Amor são viagens a Paris de mãos dadas! Amor é ela abrindo a boca toda vez que você quer enfiar o p** lá dentro."
A autora tem uma narrativa muito envolvente, o que faz com que a leitura tenha uma boa fluidez, deixando o leitor curioso com a próxima página. Infelizmente à partir da terceira parte, a história não desenvolveu bem, ainda acreditei que o fim poderia ser bem legal, mas o desfecho ficou meio no ar,e não me agradou. Pelo enredo que o livro traz desde o início, eu esperava um final tão impactante quanto a própria história, mas não aconteceu.

A edição está perfeita, folhas amarelas, fonte em tamanho confortável para leitura, a capa está bem legal, com a representação das personagens, a edição também traz imagem na 2º e 3º capas. Não encontrei erros que prejudicasse minha leitura, a editora sempre cuida para que os melhores livros cheguem para seus leitores.
Como um todo, recomento sim a leitura.


site: http://www.livrosdeelite.com.br/2019/07/resenha-stalker-quando-inveja-se-torna.html
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Aline @maesliterarias 30/01/2020

O livro é dividido em 3 partes, cada uma narrada por um personagem (Fig, Darius e Jolene), fiquei receosa deduzindo que seria repetitivo e que os 3 fossem falar dos mesmos acontecimentos apenas de uma ótica diferente. Mas Terryn me surpreendeu e fez com que fosse criada uma linha do tempo e a historia foi "andando". Os capítulos são curtos (adoro) e nomeados de maneira sarcástica e criativa.
.
Fig é louca, mas uma louca inteligente e obstinada que não vai parar até conseguir o que quer.
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Darius, marido de Jolene é um dos objetos de desejo de Fig. Super marido, super pai e faz de tudo para ver sua esposa Jolene feliz.
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Jolene é uma escritora, o maior alvo de Fig, pois é a vida dela que ela deseja. Como numa viagem, ela quer o pacote completo, marido, filha, casa...
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Toda a historia é revelada no decorrer do livro, não há praticamente nada para ser descoberto apenas na ultima página, que no meu ponto de vista ficou aberto, confesso que não é meu tipo preferido de enceramento para uma história e não acho que terá continuação. Mas mesmo assim não deixa de ser interessante e ser uma historia muito bem construída.

site: https://www.instagram.com/maesliterarias/
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Bell 04/02/2020

null
Que livro!! Não é um suspense, não existe nada pra se desvendar, não tem um final cheio de surpresas. Mas é extremamente REAL. Cruelmente real. Por isso é assustador.
Eu reconheci Fig.
Tive uma parecida em minha vida e tenho várias amigas que tb tiveram Figs pelo caminho.
Reconheci Darius tb.
E reconheci Jolene.
Me identifiquei, me questionei, me frustrei... Um misto de emoções.

Talvez esse livro tenha significado mto pra mim por tudo que vivenciei, tvz pra alguns pareça exagerado e irreal, ou até clichê (mulher solteira procura né?). Pra mim foi uma aventura incrível.

E cuidado, nem todos ao seu redor querem seu bem. Prestem atenção! Os sinais existem! E os padrões se repetem. .
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