Raissa T. 30/01/2022
Começo esta citando Frank Barat, organizador deste livro:
" Ângela é a prova de que é possível sobreviver, resistir e superar a força máxima do poder corporativo e o Estado focado na destruição de alguém importante porque esse alguém inspira a solidariedade coletiva. Ela é prova de que o poder do povo funciona, de que há alternativa possível e de que a luta pode ser bela e estimulante. Algo que nós, como seres humanos, precisamos vivenciar. "
O tom das entrevistas e discursos selecionados esta publicação é de que precisamos de mudanças sistêmicas para enfrentar os engodos do capitalismo ( machismo, racismo e opressões). Para isso precisamos entender que os movimentos de luta que fazemos aqui no Brasil, contra o militarismo, contra morte de crianças negras, contra desapropriação de famílias sem terra, estão ligados aos movimentos estadunidenses contra o racismo estatal, contra o complexo industrial prisional, e também estão ligados à luta contra o apartheid palestino.
Não sei se falando assim parece uma leitura complexa e com academicismo, mesmo com rigor teórico, Ângela nos traz todos essas e outras questões de forma didática instigante nos levando a refletir que, é na conexão, na interseccionalidade e no reconhecimento de que outras narrativas também são nossas histórias, é conseguiremos entender que a luta pela liberdade das opressões é coletiva e do povo.