Vox (eBook)

Vox (eBook) Christina Dalcher




Resenhas - Vox


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janaina.lagini 30/10/2022

É pela democracia
Ironicamente terminei esse livro no dia mais importante para a nossa democracia. Vox passa num Estados Unidos que as mulheres só podem falar 100 palavras por dias, onde as minorias e qualquer que tenha alguma atitude imoral (pela definição do governo) fica num campo de concentração.
Adivinha como o país dito como a maior democracia chegou nesse ponto? Homens brancos religiosos e conservadores se sentiram ameaçados pela conquista de direitos das pessoas marginalizadas. Parece meio que o Brasil de hoje, não?
Esse livro mostra como não lutar pelo o que é nosso pode ser prejudicial, não sair nas ruas, não protestar, não se impor pode se voltar contra nós mesmos.
O livro é bom, mas acho que tem certas cenas que poderiam ser mais desenvolvidas e melhor narradas.
Ademais, hoje, amanhã e sempre é pela democracia!
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Danielle 08/06/2022

Seria isso uma realidade próxima e/ou não?
Não apenas pela temática e pelas problemáticas expostas, Vox conquista por sua própria construção. A narrativa em primeira pessoa nos torna mais próximos de Jean, o que permite um rápido envolvimento com a leitura. Ainda, os capítulos curtos dão agilidade ao enredo, fazendo com que o leitor não sinta vontade de desgrudar das páginas. Não demorei a me sentir na pele da protagonista e adorei como a autora trabalhou seus conflitos emocionais, principalmente no que diz respeito ao que ela sente em relação aos homens da sua família. As personagens, inclusive a própria Jean, não são perfeitas, e essa gama de aspectos torna tudo mais palpável, mesmo que o contexto da trama seja mais distante por ser distópico. Minha única crítica a Vox fica para sua resolução. Os acontecimentos finais do livro se dão muito rapidamente. Assim, ao mesmo tempo em que algumas passagens ficaram inclusive um pouco confusas, devido à agilidade com que acontecem, finalizei o livro sem sentir o impacto que ele poderia causar se seu final fosse mais desacelerado. Foi uma ótima leitura, sem dúvida alguma, mas que não me marcou ao ser finalizada.
No geral, é uma leitura que recomendo a todos para que seja possível refletir sobre muitos dos pontos em que ela toca.
DANILÃO1505 08/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Fabiula 07/07/2022

Esse é aquele livro que de induz a pensar em várias coisas, e que vai fazer você ficar mexido com a leitura.

A autora consegue fazer com que acenda uma chama de questionamentos, e que disquemos nossas ações.

Acho muito difícil, alguém ler VOX, e continuar vivendo em uma bolha.

Esse é um livro que recomento.
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Bianchi 22/10/2020

FALE MAIS!!
BOM esse livro apesar de ser muito comparado com O conto da aia, não me atraiu tanto como este.
A leitura foi bem fluída, com capítulos curtos. Porém o final deixou a desejar em explicações, senti que faltou mais informações para o fim da trama, como se ainda desse pra ter pelo menos umas 100 páginas ainda sabe?
A obra é interessante, e me fez pensar na "liberdade" que tenho hoje, e como posso continuar tendo. Refleti na importância de votar conscientemente. Gostei sim da temática, porém senti que dava pra ter algo mais.
Leitura válida é claro, apesar dos contras.
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Maria8750 11/11/2022

Vox
Esse livro me fez pensar o quão real e possível ele pode ser, e isso me deixou extremamente assustada.

Ele faz refletir sobre o fanatismo religioso, e sobre nossa própria liberdade, coisas simples como nos comunicarmos.

Esse livro me fez sentir raiva, frustração e ao mesmo tempo me alertou a tudo que está acontecendo agora, e que se não nos mantermos alertas e lutarmos contra, estaremos cada vez mais perto do enredo deste livro.
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191 28/09/2022

Achei a história um pouco difícil de entender, os eventos acontecem rápido demais e isso faz o leitor ficar um pouco confuso e com dificuldade em acompanhar a história. Porém, a obra não é ruim
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Jennifer 13/02/2023

Reflexivo
O começo do livro é incrível, entrega tudo o que promete, ele te faz sentir raiva e pensar na nossa realidade mas o final é meio nada a ver em vários aspectos.
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Fabi_Colaco 14/02/2024

Voz
?O SILÊNCIO PODE ENSURDECER!?
"Vox", é um verdadeiro passeio pelos limites da liberdade, igualdade e sanidade em um mundo distópico. Imagine poder falar apenas 100 palavras por dia!

Assim como em "The Handmaid?s Tale" (O Conto de Aia), nos Estados Unidos, um governo fundamentalista religioso decide restringir a linguagem das mulheres, retirando-as do mercado de trabalho e de outras áreas sociais, acreditando ser a solução para os problemas do país. Mas aqui está o diferencial: "Vox" não foca apenas nos bastidores do governo, ele mergulha na vida dos cidadãos comuns, revelando os problemas que enfrentam em suas famílias, trabalhos e vizinhança.

A dra. Jean McClellan, uma mãe, esposa e ex-cientista especialista em neurolinguística, agora vive em um mundo onde não pode trabalhar, ler, escrever, dirigir ou mesmo falar livremente com seus filhos e esposo. Mulheres, incluindo crianças, são controladas por controladores de palavras em forma de pulseiras, que aplicam choques quando o limite de 100 palavras por dia é excedido e esses vão aumentando de intensidade até que a pessoa pare de falar ou desmaie.

Uma mulher fala em média 20 mil palavras ao dia. Você consegue pensar em como seria sua vida se falasse apenas 100? Jean teve que pensar em cada palavra dita, cada vontade suprimida, cada xingamento que ela gostaria de fazer. A maior preocupação dela é com sua filha mais nova e com o seu desenvolvimento. Sendo a cientista que é, ela sabe que todo o desenvolvimento de sua garotinha estará comprometido se ela for impedida de falar.

Jean se recrimina por não ter percebido o que estava acontecendo a sua volta, sua amiga feminista e ativista Jackie sempre a avisava, mas Jean achava que era exagero e também não tinha tempo para essas coisas, já que precisava cuidar de sua carreira e família. Quando o novo governo começou a tirar as mulheres de seus empregos, a revogar seus passaportes, a impedi-las de ter contas em bancos, já era tarde para Jean protestar.

Seu marido, um médico e membro da elite do governo, não era uma má pessoa, porém ele não se comprometia exatamente com as causas que acreditava serem corretas e isso foi causando um sentimento de decepção em sua esposa especialmente pela falta de possibilidade de diálogo e também porque os homens passaram a ter que trabalhar dez, doze horas por dia, já que sem as mulheres na outra ponta das relações trabalhistas, os homens tinham que cumprir várias horas, tornando-os ausentes em suas famílias.

Mas tudo muda quando Jean é a única profissional que poderia ajudar o irmão ferido do presidente, ela recebe uma licença especial para poder falar e trabalhar. Em uma conversa com o marido, ele reclama em voz alta que preferia quando ela não podia falar. E aqui fica evidente que esse é o verdadeiro perigo da normalização da opressão, quando as pessoas começam a se acostumar com as situações absurdas impostas e se adaptam a elas, tudo vai se tornando normal, deixando de chocar ou causar repulsa, basta ver relatos de policiais nazistas quando lhes perguntaram por que seguiam com práticas tão cruéis mesmo não concordando com elas.

Outra preocupação de Jean é seu filho mais velho. A autora coloca cenas de um ano antes em vários momentos, antes da vida mudar drasticamente, onde aulas de teorias fundamentalistas cristãs começaram a aparecer nas escolas. O que parecia inócuo, inocente, começa a surgir aqui e ali sob a alegação de defesa de uma sociedade mais justa, um ano depois, seu filho mais velho é totalmente a favor do novo sistema e chega a tratar a mãe como uma empregada, dizendo que a função de cuidar da casa é da mulher e não de todos os moradores.

A narrativa é intensa e provoca reflexões sobre questões sociais contemporâneas, especialmente relacionadas à igualdade de gênero, à liberdade individual, o crescente poder econômico e político de países ditatórias que dão pouco ou nenhum espaço as mulheres e não incomum, restringem direitos que elas já haviam adquirido no passado.
Essa história também nos mostra que grandes mudanças governamentais começam de forma pequena, em grupos como igrejas, escolas e assim vão ganhando força. Foi inevitável não sentir calafrios lendo esse livro, porque é inevitável ir estabelecendo pontos entre a ficção e a realidade, pois todos os dias vemos nos noticiários o número crescente, em países democráticos, de apoiadores de narrativas de países ditatoriais.

Fiquei decepcionada com o final da história, poderia ter sido mais aprofundado, a autora passou muito rapidamente por algumas situações interessantes como as explicações científicas do projeto onde ela trabalhava e o final fica meio em aberto para alguns personagens. Ele tinha espaço para ser bem mais robusto do que foi, me passou a impressão que a autora cansou e quis acabar logo com a trama, uma história que poderia ter sido excelente, mas que, sem dúvida, deixa uma marca duradoura.

Mas não se engane, "Vox" é uma leitura emocionante, capaz de provocar calafrios ao traçar paralelos entre ficção e realidade, por destacar o poder ditatorial crescente e a resistência insuficiente diante da supressão de direitos.
Se você ainda não é um ávido leitor, corre o risco desse livro ser a porta de entrada para um mundo de emoções e reflexões, você pode se apaixonar pela leitura!


?A única coisa necessária para o triunfo do mal é que os homens bons não façam nada.?
?Minha culpa começou há duas décadas, na primeira vez em que não votei, nas vezes incontáveis em que disse a Jackie que estava ocupada demais para ir a uma de suas passeatas, fazer cartazes ou ligar para meus congressistas.?
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BiaBozo 28/03/2023

Um livro que promete muito mais do que entrega. Em 336 páginas, o sentimento nas primeiras 200 é de que o livro não caminha, como se ainda estivesse construindo pernas.
Um começo interessante mas muito lento, o que deixa a leitura cansativa e muito arrastada, apesar de não ser um livro longo.
Passadas as primeiras 200 páginas o livro adquire uma pegada de ação muito interessante e pela primeira vez começa a entregar aquilo que todos fomos ler: uma revolução contra o sistema.
As últimas 50 páginas, em compensação, destroem o pouco que o livro chegou a oferecer. Um final extremamente bagunçado, muitas informações não ficam claras, cenas de ação fracas, primeiro plot extremamente previsível e segundo plot muito fraco. A finalização da história veio como uma tentativa de deixar tudo certo e acabou apenas dando a impressão de uma autora que não sabia como finalizar e copiou de todos os outros livros que já leu na vida.
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Aletheia (@almaletrada) 09/01/2022

Para mim é sempre difícil ler distopias, sempre me causa revolta, repulsa e medo! Isso se deve ao fato da minha mente inquieta fazer várias conexões com o mundo em que vivemos. Isso não tem a ver com direita ou esquerda, mas com atitudes e falas de políticos e pessoas que flertam com regimes totalitários! O que essa gente não entende é que, apesar de caminhos diferentes para se chegar ao objetivo, ditadores são ditadores e a história está aí para nós mostrar!!!

Nessa narrativa, somos apresentados a um Estados Unidos fundamentalista, ditatorial e opressor. As mulheres perderam todos os seus direitos, inclusive o de falar, só podendo se expressar com o máximo de 100 palavras por dia.

O enredo gira em torno da família McClellan, composta pelo pai, que possui um cargo de confiança no novo governo, a mãe, uma médica especialista em neurolinguística e 4 filhos. A partir deles temos um olhar que intercala passado e presente, nos revelando os processos que culminaram nesse governo extremamente opressor.

A trama se desenrola em torno de uma descoberta que Jean, ou dra. McClellan faz junto com sua equipe. Agora o governo escala esses profissionais para desenvolver projetos que vão favorecer cada vez mais os absurdos cometidos pelo alto escalão norte-americano, fortalecendo o poderio de controle social à partir da medicina.

O desenrolar é surpreendente, intrincando diversos personagens numa trama que culmina em um final acelerado e pouco verossímil.

Eu gostei demais da obra e, apesar de me causar mais desconto que O conto da Aia, está muito aquém dos escritos de Margareth Atwood.

Uma coisa pergunta que não quer calar é: porque as distopias sempre convergem em suas narrativas para um tipo de religião específica - o cristianismo - abordando sempre como um vilão nas estórias?
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Carlos Bennoda 31/12/2020

Brochante
Este livro foi gravado na minha mente no lançamento em 2018 depois de ler a sinopse. Em pleno 2020 estava com a mesma animação. Li.

O livro nos trás muitas reflexões sobre como o mundo pode mudar rapidamente com uma graduação sutil sem precisar um evento único. O livro nos alerta sobre o totalitarismo, sobre a opressão, sobre a não liberdade.

As mulheres tiveram sua voz reduzida a 100 palavras por dia. Utilizar 100 palavras por dia é priorizar o que é importante, a vox(significa voz) é preciosa.

A personagem vive nessa opressão até a oportunidade de mudar. Através do livros compreendemos o que é afasia, alguns processos linguístico. A necessidade de falar para aprender os signos linguísticos.

Sobre o livro: o livro é incrível, uma ideia excelente, mas... O fim foi decepcionante. Como se você estivesse em um parque que a cada momento estivesse subindo e se preparando para a queda emocionante ou a reviravolta e quando estivesse no todo... Você se percebesse no mesmo lugar da partida. Brochante como diz a @ybed_

Alguma interessante que esse livro me proporcionou. Vox é um partido espanhol de direita radical. O ex-assessor de Donald Trump, Steve Bannon, declarou apoio a Jair Bolsonaro.
Na Itália a movimento de extrema direita ganhando proporção e na Espanha muito forte. O medo não e algo distante. É real. Olhe quantos lideres extremistas e simpatizantes estão governando. É algo isolado? Não é articulado.

Encerrarei com esse quote: "Mas é. E minha culpa não começou quando assinei o contrato de Morgan na quinta-feira. Minha culpa começou há duas décadas, na primeira vez em que não votei, nas vezes incontáveis em que disse a Jackie que estava ocupada demais para ir a uma das suas passeatas, fazer cartazes ou ligar para meus congressistas".
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d0nielle 08/05/2024

IG: @silencioeutolendo
Nossa, a angústia que esse livro traz, me lembrou TANTO a realidade... Parece uma versão de O Conto da Aia. Senti medo e pena pela protagonista do início ao fim.
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