Satiricon

Satiricon Petrônio




Resenhas - Satíricon


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Reccanello 22/11/2021

Eita, povo que gostava de uma safadeza!
Mesmo sendo apenas uma pequena parte do texto original (grande parte da obra se perdeu no tempo), o livro é muito bom! Em uma muito bem feita cópia satírica dos estilos gregos da epopeia e do romance, a obra é uma série muito divertida de relatos soltos (mas não sem uma linha que os ligue a todos) através dos quais, entre uma sacanagem e outra do triângulo amoroso Encólpio/Gitão/Ascilto (e, depois, Eumolpo), Petrônio ao mesmo tempo retrata e tece ácidas e virulentas críticas à decadência, à imoralidade (ou, mesmo, à amoralidade), à devassidão e ao hedonismo da sociedade romana da época do Imperador Nero (o livro foi escrito por volta do ano 60 d.C.). Conquanto já valha apenas por seu valor histórico (que foge àquela forma comportada e acadêmica dos livros de história), o livro se nos revela surpreendentemente moderno, ao nos fazer questionar aquelas velhas e batidas falas de nossos avós, que teimam em afirmar que "no tempo deles as coisas eram diferentes". Será mesmo que eram?

site: https://www.instagram.com/p/CWmHFS6ArUh/
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Adonai 01/04/2021

Desejos de ter o texto completo
Durante a leitura, muitas conexões com outros movimentos de ler povoaram a cabeça e uma delas foi pensar um clássico da literatura mundial que transborda sexo, sexualidades e escapa de muitas "vergonhas" ou "pecados".

Além de ser um incrível registro daquele contexto em Nápoles, dos costumes e diversas expressões sociais, as relações e as performances, a leitura fez refletir em mim o quanto as religiões estragaram nossa vida e questionar até quando seguiremos assim. Uma pena não termos acesso ao texto todo, mas o que já temos marca tantas coisas que vale a pena uma releitura. Resta também ver o filme inspirado na obra, talvez eu goste assim como gostei desse livro.
Dan 01/04/2021minha estante
Comprei esse livro ontem. Deve ser muito bom!


Adonai 04/04/2021minha estante
Eu adorei, Dan! Até penso em reler daqui um tempinho




Mari 18/09/2020

Roma dos Césares
Relato da vida dos cidadãos pertencentes as classes desfavorecidas da Roma dos Césares... Cheio de situações cômicas e muito realismo
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03/06/2020

Decadência moral
Série de relatos soltos (talvez porque grande parte da obra foi perdida) que retratam a decadência, amoralidade e devassidão. Com mais de 2 mil anos, ainda assim traz reflexões sobre a contemporaneidade, como já dizia Eclesiastes "...e não há nada de novo sob o sol".
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jaircozta 14/03/2020

A sátira que prova que existimos há muito tempo
#livro Satíricon
#autor Petrônio

Satíricon é uma obra de arte. Um clássico universal. Infelizmente o texto não nos chegou plenamente, mas, perdas à parte, conseguimos aproveitar toda a narrativa crítica e pungente do período neroniano que esta obra do romano Petrônio apresenta. Embora um clássico, o heterocentrismo tirou-o de órbita de estudos, mas sem impedir sua existência.

Petrônio constrói uma sátira ou saturae, pros latinos, denunciando com humor, genialidade capciosa e honestidade o cotidiano dos personagens Encópio, seu ex-amante Ascilto e seu servo e amante de 16 anos, Gitão, bem como sua lida com a fúria do deus Príapo.

A obra, divertida, única, narra peripécias em forma de breve epopéia dos três personagens (com direito a intervenção dos deuses como na Odisseia de Homero), nos dando um clássico da literatura LGBTQIA+ num dos contextos mais controversos da história da humanidade.
É uma obra que nos mostra como a cultura queer e as relações homoafetivas são tão anteriores quanto a nossa capacidade de pensar sobre o mundo e estar nele.
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Márcio 14/07/2019

Li na minha adolescência
Um retrato ds Roma antiga e seus costumes, para quem gosta de História um excelente livro
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Beatriz3345 11/12/2018

Escrito no séc. 1, satiricon é um dos romances mais antigos.
A história pode ser observada com uma sátira sobre a sociedade Romana da época.
Ao mesmo tempo que se tem verdadeiras comédias há também duras tragedias.
Acompanhamos a história de dois homens que são amantes e um servo que se torna causa de desavença entre os dois amantes.
Fiquei abismada com a libertinagem da época e porque caralhos agora NO SÉCULO 21 o povo quer falar de família tradicional brasileira.
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Ana 14/02/2018

Roma sacana
Ouvi falar certa vez que esse foi um dos primeiros livros em prosa escritos.
Fiquei muito curiosa para ler essa relíquia, e apesar de achar a história bem arrastada e excessivamente descritiva algumas vezes, gostei bastante, principalmente por já ter assistido ao filme de Fellini e por conta das descrições homoeróticas.
O livro conta as aventuras e desventuras de Encolpio, que descortina um retrato da Roma Antiga, com sua decadência, suas orgias, suas mazelas e futilidades.
Encolpio é apaixonado por Gitão, seu lindo escravo adolescente, que também desperta desejo no amigo de Encolpio, chamado Ascito. Depois de ser rejeitado pelo belo e jovem escravo, Encolpio começa uma peregrinação na qual encontra todo tipo de gente e de coisas. Dentre os acontecimentos que Encolpio presencia, ele vê um desfile de prostitutas e também uma orgia organizada por um homem que trocou a esposa por um jovem garoto, o que não era incomum na Roma daquele tempo.
Entre uma descrição de sacanagem e outra, Petrônio vai tecendo, pelas vozes de seus personagens, críticas ácidas à sociedade romana de tempos remotos e imemoriais.
Um livro muito bom, que já valeria por si só devido seu caráter histórico.



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GeanPerius 18/08/2017

Comédia à la romana.
Petrônio retrata a Roma do século I d.C., relatando uma história divertida, mais próxima da realidade do povo na época de Nero. Foge ao habitual da história comportada, sisuda dos livros com caráter acadêmico.
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Luísa Coquemala 06/04/2017

O que dizer sobre o Satíricon? Antes de tudo, acho necessário dizer que o Satíricon não é um livro fácil ou imediato. No meu caso, por exemplo, acredito que tenha subestimado o livro e agora, relendo-o, tenha entendido um pouco melhor sua magnitude.

É claro que por ter uma estrutura fragmentada e construção diferente do que estamos acostumados, não é um livro que imediatamente arrebata o leitor, o traz para dentro da leitura. É necessário um pouco de esforço para entender (ou até supor) o que está acontecendo, o que as partes perdidas poderiam esconder.

Mas há, sobretudo, duas coisas que me encantam no livro - e que, acredito, estão relacionadas. É sobre elas que eu gostaria de falar.

Primeiramente, o Satíricon, quando olhamos de perto, faz referência a uma série de estilos diferentes - satirizando-os na maioria dos casos. Os dois estilos onde isso se torna mais imediato são a epopeia e o romance grego. Em relação aos romances gregos, temos o triângulo amoroso Encólpio-Gitão-Ascilto (depois Eumolpo) como sátira aos casais sempre apaixonados desses romances; quanto às epopeias, temos não apenas pequenas referências particulares (Gitão se escondendo embaixo de uma cama como Odisseu em uma ovelha para fugir do Ciclope, uma guerra falida narrada em estilo épico, o reconhecimento de Odisseu aqui transportado para o pênis de Encólpio), mas também a estrutura vem à tona: Encólpio ofendeu o deus Príapo e, basicamente, o livro fala da peregrinação do jovem para expiar seu pecado. Para tanto, seguido pela cólera do deus, a personagem vai se deparar com várias aventuras que, apesar de parecem isoladas, constroem o todo para sua expiação - lembrando, é claro, a estrutura da famosa Odisseia. Ademais, tudo está sempre recoberto de lascívia: temos orgias, cenas de voyeurismo e Encólpio, para ser punido, torna-se temporariamente impotente.

E, apesar de uma representação cômica de personagens que não são nobres de sangue (a maioria delas são personagens que cresceram na vida, como o ex-escravo Trimalquião), o que demonstraria, para Auerbach, um certo limite no realismo do livro, Satíricon se mostra, ao mesmo tempo, surpreendentemente moderno! Pois o que Petrônio fez, no fundo, ao satirizar os estilos conhecidos (e, em dado momento, as próprias regras poéticas de Horácio) é reivindicar, para tempos novos, uma nova representação - e não uma representação qualquer, mas uma viva, recheada de crítica e originalidade. E isso traz, também, um caráter interessante para a própria história do romance! Pois, pensando em Satíricon, vislumbramos a ideia do romance que nasce como um gênero contestador de uma poética rígida e, além disso, como um gênero que subverte outros - estacionários, cujo modelo era ensinado e repetido exaustivamente na educação da época.

Algo novo, inteiramente novo. Um sopro de ar fresco que nos ajuda a vislumbrar coisas que viriam séculos depois. Eis Satíricon.
Kevin 25/11/2017minha estante
Olá, Luisa! Conheci o Satíricon quando eu estava lendo um livro muito antigo que encontrei aqui em casa (A Arte de Amar- Ovídio), e enquanto pesquisava sobre ele me deparei com a versão da Cosac Naify que infelizmente não será mais produzida. Vc possui essa versão? Venderia?




mateusss 01/02/2015

Bacanais em Roma
O único lado negativo desse livro é que você sofre por saber que ele é apenas 10% da obra original e o restante simplesmente não existe mais =(
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Thomas 01/11/2014

Ficção da vida privada
Ao narrar as aventuras de dois amantes e um criado - que também se faz de amante em muitos momentos -, Petrônio mostra como o hedonismo imperava ao lado do César na Antiga Roma. Banquetes, poligamia, vinho e libido permeiam os poucos fragmentos que sobraram desta obra, considerada a primeira novela da história.

Sabendo transitar perfeitamente de momentos mais trágicos para aqueles realmente hilários e misturando prosa com poesia, Petrônio não só conta a história dos protagonistas, mas também os costumes e hábitos de uma cultura antiga que até hoje causa fascínio por sua riqueza e prolixidade.

Mesmo sendo escrita há quase dois milênios, uma obra atual, que mostra vícios e desvios ainda hoje presentes no ser humano.

Pena que a obra inteira não pôde chegar a nós.
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Fred Fontes 04/01/2013

E surge a sátira moderna...
Satiricon é um daqueles livros que está na minha estante desde quando eu era criança. E em todas as minhas idades eu o olhava de soslaio, com um olhar de ignorância maior que curiosidade, e, eu diria, até medo de abrir algo escrito no século I da nossa era. Que diabos haveria ali dentro? Em que linguagem aquilo estaria escrito?
Com a velhice (não do livro, mas a minha), após descobrir que coisas com 2 mil anos ou mais de idade podem ser surpreendentemente modernas e atuais, rompi a barreira dos séculos que me mantinham afastado dessa obra e ousei descerrar aquele sarcófago literário.
Assim como me ocorreu quando li Homero ou Voltaire, constatei que o ser humano de 3.000 AC, do século I e do século XVII é o mesmo. E em todas essas diferentes eras da humanidade surgiram escritores geniais. Petrônio, bem vindo à minha lista!
O livro narra as aventuras de 3 amigos (amigos íntimos, inclusive no sentido sexual da palavra) numa vila romana no século I. A questão da sexualidade é interessante. Já vi comentários a respeito de obras romanas dizendo que elas abordam a homossexualidade. Discordo. Entendo que o conceito de hetero ou homossexualidade sequer existia nessa época, pelo menos da forma como os temos hoje. Sexo era sexo e pronto! Não estava mais associado à procriação que à diversão, e, portanto, pouco importava se era feito entre iguais ou não. Mas, para utilizar os conceitos modernos, digamos que todos os personagens, e, parece-me, toda a população de Roma, são bissexuais ou pansexuais ou que termo se queira dar para aqueles que encaram o que lhes convêm, sem ligar para detalhes de gênero.
Mas a sexualidade não é o tema do livro, mas apenas um dos elementos, o que me leva a desculpar-me por um parênteses tão longo a esse respeito, necessário, todavia, para se afastar qualquer interpretação equivocada que de que o livro teria como um de seus motes a sexualidade em si.
Voltando à história, nossos três protagonistas se metem em confusões sucessivas, a la "Cândido" (de Voltaire), de forma hilária. Fogem da morte o tempo todo. Participam de banquetes e orgias, têm amantes em comum (de ambos os sexos), sofrem de ciúmes, passam fome, levam porrada, e apresentam a malícia e o jogo de cintura que acompanham o ser humano desde priscas eras.
Destaque para o banquete de Trimalchão, um rico sem berço, ex-escravo liberto que herda uma fortuna de seu ex-dono falecido. Um verdadeiro churrasco na laje de uma mansão na favela. Em vez da cerveja e da pinga, claro, o vinho, mas de resto é uma sátira totalmente atual do "novo rico".
Leitura rápida e prazeirosa, com diversão garantida.
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