Mulheres e poder

Mulheres e poder Mary Beard




Resenhas - Mulher e Poder


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Mama 18/03/2023

Uma reflexão sobre o lugar das mulheres na história
Ler Mary Beard é muito prazeroso, pois ela trata assuntos pesados de uma maneira simples e descomplica. Neste livro ela traça uma reflexão sobre o lugar das mulheres no poder ao longo da história, bem como os meios pelos quais a sociedade se utiliza para suprimir, há séculos, a independência e a tomada de poder por parte das mulheres. Leitura rápida e prazerosa.
Maria.Jiennalle 20/03/2023minha estante
eita orgulho danado dessa mulher, meu pai


Mama 20/03/2023minha estante
Kkkkkkk o que o Pibic e um TCC não faz, né?! Lendo muito pra dar conta ?




Pah 14/04/2021

Um livro feminista liberal. Trata de uma area muito específica do feminismo, com uma vertente que eu não gosto. Acho que poderia ser uma obra muito mais completa se tratasse do feminismo de forma mais abrangente.
Mari 14/04/2021minha estante
nossa esqueci q tenho q ler isso
tb




Queria Estar Lendo 12/05/2018

Resenha: Mulheres e Poder
Mulheres e Poder - Um manifesto reúne duas palestras da historiadora e feminista Mary Beard, que foram transformadas em livro. Lançado aqui no Brasil pela editora Planeta, que enos cedeu um exemplar para resenha, este livro é de uma leitura poderosa e necessária.

Beard é um nome reconhecido no universo feminista contemporâneo e este foi o primeiro ponto que fez eu me interessar por esse livro. O fato dela trabalhar o silenciamento feminino, ou no caso a associação ao discurso público com a voz masculina, de uma maneira a remeter aos primórdios dos mitos gregos foi uma grata surpresa. Já li alguns livros e artigos feministas - não tantos quanto eu gostaria -, mas nenhum até então tinha abordado a questão do silenciamento feminino por este ponto de vista.

"Discursar publicamente era uma -se não a - característica que definia a masculinidade. Ou, para citar um famoso chavão romano, o cidadão masculino da elite poderia ser sintetizado como vir bonus dicendi peritus, "homem de bem, perito na fala"."

Como a própria autora escreve, já nos mitos gregos como em A Odisséia percebemos o silenciamento das mulheres por parte dos homens, neste caso o ato de Telêmaco ao mandar a mãe - Penélope - calar-se quando esta se manifesta na frente de um grupo. A voz, principalmente quando em ambientes públicos, sempre foi masculina. Cabe ao homem a tarefa e o dom de discursar, e, portanto, a vida pública e política.

É a partir de pontos e observações como este que a autora traça paralelos, desde a Grécia Antiga até os dias atuais, explicando como sempre foi negado o poder da oratória às mulheres. Que tal um pequeno teste: pense sobre os grandes discursos da história, pensou? Agora me diga quantos deles foram proferidos por mulheres? E, destes, sobre o que elas falavam e em que posição da sua lista elas apareceram?

Eu, pessoalmente, pensei em dois. Mas não foram os primeiros a vir em mente. Os dois que pensei, nesse caso, pertenciam a mulheres negras e que falavam exatamente sobre o fato de ser mulher. Sojourner Truth e Chimamanda Adichie. O que reforça outro aspecto muito importante: quando, enfim, é dado as mulheres o poder da fala, a elas é resignado o ato de falar por e sobre as mulheres. A voz feminina, mesmo quando ouvida, é restringida. O público, o comum, o de interesse geral não cabe à voz feminina. Pois o ato da oratória ainda é, mesmo nos dias de hoje, masculino.

"Na maioria das circunstâncias, uma mulher que falasse em público não era, por definição, uma mulher."

Isto fica claro quando pensamos nas figuras femininas de poder e em como seus discursos são avaliados e moldados de maneira a ficarem mais aceitáveis ao público, ou seja, masculinos. Por que as mulheres quando em situação de poder tendem a usar terninhos, quase sempre masculinizados, enquanto que por sua vez as primeiras damas optam por saias ou vestidos? Não seria esta mais uma forma de masculinizar a mulher quando em representação de poder?

Grandes mulheres da política internacional servem de exemplo nesse aspecto, como Angela Merkel que chegou a ficar conhecida pela alcunha de "a dama de ferro". Mas não apenas nas questões práticas do discurso se encontra o silenciamento feminino ou na forma como a mulher deve se apresentar e portar, ele está também nas comparações e ridicularizações feitas às mulheres que ousam participar da vida pública. Hillary Clinton foi uma que teve sua imagem reproduzida das mais diversas formas vexatórias durante sua campanha a presidência contra Trump, em alguma delas tendo até mesmo seu rosto associado a imagem de Medusa, enquanto Trump substitui Teseu, em uma cena clara de violência.

Mas não é preciso ir tão longe e olhar para fora, aqui mesmo no Brasil temos exemplos claros de como são tratadas as mulheres que almejam ou alcançam o poder na vida pública. A ex-presidenta Dilma Rousseff, por exemplo, foi diversas vezes atacada não em sua figura como pessoa pública mas em sua essência feminina. Comentários quanto a sua beleza, sexualidade e afins foram feitos inúmeras vezes, até mesmo pela mídia. E independente da opinião política de qualquer um, é inadmissível olhar para os adesivos feitos com a imagem da então presidenta que foram colados em carros e que claramente insinuavam o ato do estupro e achar que "tudo bem".

"Em outras palavras, não temos modelo para a aparência de uma mulher poderosa, a não ser que ela se pareça bastante com um homem."

Recentemente eu e Bianca, também aqui do blog, escrevemos um artigo analisando alguns comentários feitos em uma live da presidenciável Manuela D'Ávila e as coisas ali contidas eram de cair o queixo. Alguns exemplos do que encontramos foi: vai cuidar da sua filha, não sabe nem cuidar da própria casa, é bonitinha mas não entende de nada, tá virada no cão de tão feia, anda fumando muita maconha, vai lavar uma louça, quanto tu cobra para limpar um banheiro, e até mesmo uma falando sobre ter uma vaga no puteiro da vizinhança esperando por ela. Sim, acreditem, nós analisamos 400 comentários que, em boa parte, tinham esse tipo de conteúdo. O que apenas comprova o ponto da autora, não é possível olhar para tudo isso e não identificar uma tentativa óbvia - e muitas vezes eficaz - de silenciar as mulheres.

Não deixem que eles no calem. O silêncio leva a subjugação e nós já sofremos demais com isso. Tenham voz, gritem, lutem. E, para isso, se informem. O termo "feminismo" assusta muitas pessoas, eu sei, mas uma simples pesquisa basta para perceber que isso é só mais uma artimanha deles para negar nossa união e evitar nossa revolta. Afinal, se tivermos medo de nos unir como poderemos lutar?

"Não se pode, com facilidade, inserir as mulheres numa estrutura que já está codificada como masculina; é preciso mudar a estrutura."

Livros como Mulheres e Poder servem exatamente para isso, para abrir nossos olhos para situações que vivenciamos no dia a dia e nem percebemos, para comportamentos prejudiciais que repetimos sem nem ter conhecimento, e, principalmente, para entendermos que não há nada de novo nisso. Os mecanismos de opressão e subjugação feminina já existem há muito tempo, e cabe a nós impedir que eles continuem se reproduzindo.

Mulheres e Poder - Um Manifesto é um aviso, uma reflexão e um primeiro passo. Não tenham medo de dá-lo, e não deixem que seja o último. Se a oratória é um dom masculino, deixemos então que eles ouçam nossa grito e temam nossa fúria.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/05/resenha-mulheres-e-poder-um-manifesto.html
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a.bookaholic 26/05/2018

Mulheres e Poder reúne dois discursos de Mary Beard sobre a mulher na sociedade. Exemplificando casos desde os antigos encontrados na literatura e nas artes, indo até os dias atuais na política e no mundo empresarial.

No primeiro discurso, A Voz Pública das Mulheres, fala dos momentos em que somos silenciadas ou que ocorrem os chamados mainsplanning (quando um homem desmerece os conhecimentos de uma mulher e a explica detalhada e exaustivamente um assunto mesmo que ela já saiba aquilo). Que mulher nunca foi taxada de histérica somente por defender uma opinião sobre determinado assunto? Tem uma frase nesse discurso que, para mim, resumiu bem: "Não é o que ela diz que as detona, é o simples fato de dizerem". E realmente, consigo lembrar de várias situações que soaram assim na minha vida, que nada tinha a ver com o que eu estava falando, e sim porque quem falou foi uma mulher.

No segundo discurso, intitulado Mulheres e Poder, Beard aborda a dificuldade de encontrarmos mulheres em altos cargos e também exemplifica as retaliações sofridas pelas poucas que podemos encontrar. É aquela história: quando você é mulher e está num cargo alto, seus erros serão duplamente julgados e apontados. Você tem que se mostrar melhor do que o exigido pela função para se mostrar merecedora.

Mulheres E Poder é um livro curtinho, mas ao mesmo tempo com ótimo conteúdo. A edição é super caprichada, com capa dura e várias ilustrações.

site: https://www.instagram.com/a_bookaholic/
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Mila F. @delivroemlivro_ 19/06/2018

Duas palestras.
Women and Power (2017) no Brasil Mulheres e Poder - Um Manifesto é o material impresso de duas palestras realizadas pela estudiosa e professora inglesa de Clássicos na Universidade de Cambridge Mary Beard. No Brasil já temos outro livro publicado dessa escritora: SPQR Uma História da Roma Antiga.

As duas palestras aqui presentes são "A voz pública das mulheres" realizada originalmente em 2014 e "Mulheres e poder" realizada em 2017, obviamente o material impresso passou por uma edição mais cuidadosa da escritora que acrescentou uma explanação mais minuciosa das ideias.

Sem dúvida, Mulheres e Poder é uma leitura é bem informativa onde busca ilustrar quando começou esse tratamento diferenciado e inferiorizado das mulheres e o quanto isso vem repercutindo ao decorrer dos séculos, pois não se pode ao certo medir quando tal comportamento se tornou "padrão", afinal os textos mais antigos já mostram a mulher sem voz e subjugada ao homem.

Mary Beard vai buscar nos textos clássicos gregos escritos antes de Cristo onde fazem alusões a personagens femininas e a partir daí começamos a ver que a mulher está numa posição submissa há muitos anos, posição que não se justifica apenas pelo sexo ser diferente, mas arraigada em preconceitos culturais e imaginários, fato que repercute, sobretudo, quando as mulheres querem ter voz política e são emudecidas, silenciadas ou o mais comum: ignoradas e agredidas pelos homens e até mesmo por algumas mulheres!

Quando a mulher quer ter voz, inevitavelmente os homens ao longo da história vem tentando se fazer de surdo ao não escutar as mulheres, considerando suas ideias bobas e inferiores, ainda em nossa atualidade quando algumas mulheres tentam se expressar sofrem diversos tipos de agressões, não só físicas e verbais, mas agressões virtuais que objetivam a disseminação do ódio, do preconceito e autoritarismo, buscando talvez restaurar um comportamento feminino submisso já ultrapassado. Não, por mais que as mulheres sejam agredidas e ameaçadas, não irão mais andar para trás. O futuro é algo que buscamos alcançar com liberdade de não termos ideias e ações subjugadas aos pensamentos machistas arcaicos.

Para finalizar, Mary nos incentiva sempre buscar conhecimento afim de que tenhamos cada vez mais propriedade sobre nossa própria história e nossos objetivos de luta para que não nos calemos e saibamos argumentar contra as vozes opressoras, pois somente assim poderemos efetivamente nos apropriamos de direitos e vozes igualitárias. Sermos ouvidas no dia a dia, nos dará mais e mais voz política e teremos mais poder quando a alcançarmos.

Em suma, apreciei bastante a leitura de Mulheres e Poder - Um Manifesto, mas confesso ser um texto bem mais elaborado e científico, o que de fato é, por se tratar de palestras talvez realizadas em um ambiente acadêmico, portanto, não acho um texto de compreensão tão acessível, culturalmente falando, para todos.

site: www.delivroemlivro.com.br
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Julia.Martins 18/10/2018

Bom livro introdutório sobre mulheres no âmbito do poder. Traz exemplos bem elucidativos de misoginia e machismo.
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Camis 21/11/2018

Excelente.
Explica o silenciamento das mulheres historicamente. Um livro excelente e fácil de ler. Recomendo a todas.
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Andressa Klemberg 21/05/2019

Leitura rápida e profunda
Um livro que flui super rápido, para ser lido em poucas horas de dedicação, visto que é uma adaptação de duas palestras, mas que traz uma análise bastante profunda sobre a história das mulheres em relação ao poder.
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Samantha @degraudeletras 13/07/2019

BEARD, Mary. Mulheres e poder: um manifesto. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018.

O primeiro texto, denominado A voz pública das mulheres, traça a construção histórica da mudez feminina, como o seu local de fala foi apagado durante séculos pelo patriarcado, e hoje, mesmo conhecendo termos como mansplaining, ainda é duro conquistar o nosso espaço e o reconhecimento nos grupos em que nos inserimos, pois historicamente o discurso publico sempre foi atrelado a figura masculina.

“[…] as mulheres, mesmo quando não são silenciadas, ainda pagam um preço muito algo para ser ouvidas […]” P.20.

O segundo, Mulheres no poder, discorre sobre a figura feminina em papeis de liderança e o quanto precisamos nos desdobrar ainda mais que os homens para conseguir uma parcela de reconhecimento. Principalmente no ambiente de trabalho, ser mulher é uma luta constante para demonstrar suas competências e não ser reduzida a estereótipos de beleza, como discutimos no capítulo 2 do livro O mito da beleza.

“Em outras palavras, não temos modelo para a aparência de uma mulher poderosa, a não ser que ela se parece bastante com um homem.” P. 63.

Ambos os temas são mais comuns do que podemos imaginar, diariamente lido com o público e percebo como é difícil, principalmente homens mais velhos, aceitar a fala de uma mulher. Diversas vezes já disseram pra eu “chamar meu chefe”, e quando MINHA chefe (não um homem como ele imaginava) chegava e dizia que sim, a pessoa tinha que fazer como eu estava dizendo, era uma indignação só. Ou quando a pessoa chega para o rapaz que senta ao meu lado e pergunta se pode scanear um papel, mas a scanner esta na MINHA mesa e não da dele. Enfim, com certeza você também tem uma história desse tipo para contar, infelizmente.

É interessante como Mary traz temas atuais, seja de casos que passaram na televisão ou de figuras políticas, que conversam com os exemplos trazidos dos Clássicos da Literatura, e ao mesmo tempo com cenas tão corriqueiras no cotidiano. Essa viagem histórica e cultural nos permite entender a construção social que molda a figura feminina em locais de liderança e os fantasmas que ainda precisamos combater diariamente.

site: https://degraudeletras.wordpress.com
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Aline 08/03/2020

Bom
O livro é bom, mas não me apaixonei. Por ser baseado em duas palestras da autora, é um pouco superficial, embora não deixe de trazer aspectos interessantes sobre o silenciamento e o afastamento das mulheres dos espaços de poder, reforçados desde a mitologia grega.

Leitura rápida e fácil. Pode ser concluída em torno de duas horas.
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Muriely 18/04/2020

Mulheres e poder
O livro é uma edição de duas palestras da autora, onde o principal tema abordado é a importância da mulher nos lugares de poder. E como o machismo estrutural, (visto de um olhar de uma mulher européia branca) influencia em vários e talvez todos os aspectos da conquista de espaços ditos "femininos" em cargos de poder. Enfim, é uma boa leitura para entender o feminismo hegemônico.
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ana 19/05/2020

livro bem escrito, mas a construção não fez com que eu me envolvesse no discurso. é bom por trazer o debate feminista à tona, mas representa apenas mais uma releitura de um discurso liberal.
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Viviane.Barros 09/09/2020

Gostie da forma ilustrativa para cada história contada. Muito bom!
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Leonardo.Mahmud 26/10/2020

Uma leitura fácil. Talvez minha crítica seria o excesso de uma visão anglo-saxônica
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