Nihil

Nihil Carolina Mancini




Resenhas - Nihil


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Aelita Lear 29/06/2020

Intenso e horripilante.
Chega até ser difícil escrever uma resenha para esse livro. Eu poderia resumir em apenas uma palavra: LEIA! É um terror e uma distopia de arrepiar, muito intenso e bem escrito, você fica submerso neste livro.
Já fazia um tempo que eu rodeava esse livro, mas ainda bem que não li antes e nem depois. Li durante essa fase terrível que estamos passando, e fiquei ainda mais absorta nele por causa disso.
A leitura é muito fluída e rápida, mas é aquele tipo de livro que vai me acompanhar por muito tempo, tamanho o horror dos seus acontecimentos. Embora o fim fique bem aberto e inúmeras questões fiquem inexplicáveis, eu amei ele demais justamente por causa disso.
É de cair o queixo. Leiam essa obra prima.
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André 12/09/2020

Nunca pensei que um livro de terror fosse me fazer sentir esperança, mas é justamente essa a sensação final. Claro que antes disso senti angústia e desconforto, mas o fechamento do livro é bem tocante.

O livro é composto de microcontos narrando as experiências de diversas pessoas em um universo distópico. A autora trabalha isso mto bem, consegue fazer vários tipos de narrativa, em formatos variados, encarnando personagens bem diferentes e fazendo que as estórias sejam cativantes, vc se importa com os personagens, vc sente o que eles estão passando. Aliás, todo elogio à escrita da autora é merecido, escreve maravilhosamente bem, permite uma leitura fluída.

O livro vai abordando vários temas, como medo, solidão, depressão, amor, tristeza, sacrifício etc., mas, como eu disse, a nota final é positiva, falando sobre ter esperança, sobre como viver e não apenas sobreviver.

É um livro curto, dá pra ler em um dia e que tem uma carga enorme, permite uma reflexão verdadeira. Vale a pena demais ser lido.
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Duda 10/10/2020

É bom, mas não faz meu estilo
Acho que por não estar acostumado com poesia e estar esperando algo contrário ao que a história entrega, acabei não curtindo tanto quanto queria. É uma leitura rápida, mas confusa. Me senti muito lerda em certas partes por não entender referência ou reflexões que o livro queria passar.
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Vítor de Lerbo 15/08/2022

Um poema de horror
Terror e poesia podem andar juntos, e Nihil é uma bela prova. Numa narrativa com tanto lirismo quanto suspense, com tanta beleza quanto peso nas palavras, a autora apresenta uma distopia vista pelos olhos dos próprios sobreviventes, em diversos tipos de relatos. E, a todo instante, uma questão é latente: sobreviver é o suficiente?
O livro é curtinho, o que não tira em nada sua profundidade. Diversos temas densos são abordados com leveza, como a sanidade, o medo e a esperança. Vale destacar, também, o projeto gráfico que torna o livro físico uma obra de arte, com ilustrações que enriquecem ainda mais a trama.
Lançado antes da pandemia, Nihil é, de alguma forma, profético. O enclausuramento forçado, o distanciamento das pessoas que se ama, o medo do contágio, a desinformação propagada como verdade. E as dúvidas. O questionamento e a curiosidade nos fazem evoluir como espécie; por vezes, são, também, nossa derrocada.
Como toda boa distopia, Nihil causa medo porque apresenta uma realidade palpável, perfeitamente imaginável. Uma frase célebre me acompanhou durante toda a leitura: “o inferno está vazio e todos os demônios estão aqui”. E, novamente, o que mais assusta é o quão tangível é a ideia de uma sociedade em que o que manda é a necessidade por sobrevivência, seja qual for o preço.
A arte tem inúmeros atrativos. Um dos que mais aprecio é sua capacidade de nos tornar, simultaneamente, mais contemplativos quanto às belezas da vida e mais ativos para aproveitá-las. Cada relato em Nihil é um lembrete disso.
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Gárgula 31/03/2021

Nihil, de Carolina Mancini
Apenas leiam este livro!
Porque não li antes o livro Nihil, de Carolina Mancini? É a pergunta que me faço agora, depois de terminar o livro e perceber o quanto essa leitura me impactou.

Minha versão eu li no formato de ebook, que peguei na Amazon porém você agora tem a chance de ter o livro físico que está com a campanha de financiamento coletivo aberta no Catarse (clique aqui e apoie). O livro é o vencedor do prêmio Narrativa de Horror Longa do evento Odisseia de Literatura Fantástica, de 2019. O livro ainda terá o posfácio de Cid Vale Ferreira, o que agrega ainda mais na obra.

Uma névoa que a tudo encobre
A autora nos joga em um mundo destruído e coberto por uma névoa estranha. O confinamento dos sobreviventes, desprovidos de tudo o que você pode imaginar, leva-os à mais imperativa loucura. Forçados a conviver consigo mesmo, aqueles que permanecem vivos relembram suas vidas e, na maioria dos casos, seus próprios erros. Para muitos, a insanidade é até mesmo libertadora, mas para outros, uma maldição.

O texto de Mancini é absolutamente trágico e poético. Você achará inclusive poesias em suas páginas. Todas são belas, com uma visão lírica que permeia a obra inteira que marca o desenvolvimento das várias narrativas. Um livro ao mesmo tempo aterrador e lindo, que hoje remete certamente ao que vivemos durante este confinamento pandêmico. Podemos traçar paralelos, visto que a neblina maldita da ignorância já nos cobre, além de a cada dia estarmos mais sós. O texto de Nihil talvez tenha nuances proféticas e essa reflexão é uma das que marcam a leitura.

A obra de Mancini me traz a lembrança não apenas do conto O Nevoeiro de Stephen King, assim como de livros onde eventos desconhecidos quebram a fina camada de civilização que existia. Textos assim são excelentes, certamente por nos permitir repensar o olhar que temos sobre o mundo. Sem dúvida alguma, ao terminar a narrativa de Nihil, você terá uma experiência muito similar.

Considerações finais
Em resumo, não deixe de ler Nihil, de Carolina Mancini, sabendo de antemão que na primeira página você precisa deixar sua esperança de fora. Talvez ela tenha traçado um novo caminho ao inferno, diferente do de Dante. Entretanto, para saber se isso é verdade ou não, você terá de ler esta obra.

Um livro que traz gatilhos para aqueles que estão sensíveis, principalmente em razão do confinamento, mas corajoso pelo retrato que desnuda sobre o autoconhecimento. O trabalho de Carolina Mancini é belo e assustador. Talvez seja um dos mais fiéis retratos de nossas almas, o qual nós nos recusamos a ver.

O livro está em financiamento coletivo no Catarse e você precisa apoiá-lo antes que a estranha névoa chegue até você!

Boa leitura!

Resenha publicada no blog Canto do Gárgula

site: https://cantodogargula.com.br/2021/03/23/nihil-de-carolina-mancini/
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@autorajessicadias 01/08/2021

Essa é a palavra que resume o livro: profundo, tudo é muito profundo. Você afunda no cenário, nos sentimentos e na vontade da descoberta. Me flagrei tentando engolir meu próprio medo enquanto passava as páginas.
Parabéns à autora pela escrita elegante e envolvente, que pairou como uma névoa em minha cabeça. Obrigada por essa obra maravilhosa!
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Luíza 06/05/2020

Diferente
O livro me prendeu desde o início, não conseguia largar porque queria saber mais e ele é super curto então dá pra ler tudo de uma vez. Gostei muito da escrita da autora e da maneira que ela conduz a história. Ficaram coisas que eu não entendi direito mas nesse caso isso não me incomodou, acho que o objetivo do livro não era deixar tudo explicado mesmo. Não li muitos livros na vida mas achei diferente de todos que já li e gostei bastante.

Tô querendo ler mais livros nacionais e esse com certeza foi uma boa escolha.
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Cinthia.David 29/06/2020

Intenso e Intrigante
Uma realidade distópica, angustiante e caótica.
Uma espessa neblina domina o mundo, a névoa é o elemento predominante nesta obra. Quem tenta sair de casa ou não volta, ou volta sem partes do corpo e dentro de suas casas, as pessoas viam a comida acabar dia após dia e suas vidas serem transformadas brutalmente, ou seria arrancadas a palavra certa?
Os relatos dos sobreviventes são apresentados de diversas formas diferentes e esse é o ponto forte da obra. Cartas, relatórios, poemas, conversas dentro da própria mente, todos eles nos fazem caminhar por entre os acontecimentos e esta nova realidade.
A princípio parece apenas relatos foram de ordem, mas conforme vamos avançando nas leituras, vemos algumsa conexões interessantes entre eles. A névoa é intrigante e assustadora, e felizmente há repostas no fim da leituras, respostas estas que me deixaram bem pensativa e admirada. Gostei muito do assunto principal abordado; também achei interessante a maneira como a autora construiu e deu vida aos seus sobreviventes, todos eles possuem vozes distintas entre si e bem reais.
A capa e diagramação estão super caprichadas.Capa com textura aveludada, diagramação com letras diferenciadas em algumas partes,que dificultam um pouco a leitura, mas atribuem mais realidade aos relatos.Ilustrações diferenciadas, poéticas e bonitas
Confesso que a leitura foi desafiadora, pois não estou acostumada com a forma como a autora apresenta a história, para quem é acostumada com prosa, o estilo roteiro é bem desafiador. Por vezes me peguei tentando adivinhar quem falava ou como e onde os personagens estavam, no começo da leitura isso me causou muita confusão, mas aos poucos eu fui me libertando de certas amarras.

Espero que mais pessoas possam se aventurar pela névoa.
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Mii 14/09/2021

Amei
Nihil é uma história super interessante que fala sobre o medo. Em um mundo onde a nevoa além de cegar mata, nos é dado pequenas narrativas que nos permitem entender e conhecer esse mundo caótico.
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Guinho 07/10/2020

UMA OBRA DE ARTE EM FORMA DE SUSPENSE! 👏👏👏👏
Após finalizar a leitura de Nihil, veio a imagem de um quadro na minha mente, daqueles bem surrealistas que só uma visão artística para decifrar a mensagem que a pintor passou. Então, se você tem uma visão técnica, ou seja, está acostumado a histórias padronizadas: bem detalhadas descrições de personagens e cenário, vai estranhar este livro. Nihil tem uma trama episódica que se concentra nos acontecimentos da chegada da névoa - para mim, a "protagonista" do livro!. Entretanto, através da escrita sensível da autora, não é difícil entrar rapidamente na situação caótica que os personagens vivem e sentir a desesperança deles.
Apesar de ter traços de horror e thriller, a obra de @artesdecarolinamancini pode também adentrar no drama, no sci-fi e principalmente, na filosofia, pois sua mensagem nos faz questionar: "será que teríamos ainda nossa humanidade pela sobrevivência contra uma ameaça mortal?"
Não posso deixar de citar a diagramação linda da Editora Estronho e as belas ilustrações internas que - pasmem! - é da própria autora e ajudaram a imergir no clima narrado pelo texto. Como disse no início, Nihil não é para todo mundo. Então o recomendo para os que tem uma sensibilidade mais artística e uma mente mais fora dos padrões literários.
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Thainá - @osonharliterario 21/04/2021

Uma névoa devastadora e um isolamento desumano
O mundo foi devastado por uma misteriosa e mortal névoa; bombas caíram do céu. As pessoas, ao menos as que sobreviveram ao terror de uma morte angustiante e repentina ao serem tocadas pela neblina, foram obrigadas a se trancarem em suas casas, lacrarem suas janelas e viverem em uma quarentena eterna. Pelo menos até a sanidade e a comida aguentarem ou até alguém chegar para salvá-los.

Nihil contém diversos relatos desses sobreviventes, onde podemos conhecer suas dores, seus sofrimentos e suas relações com a morte que espreita logo ali, a alguns passos. Todos estando à beira da loucura, sendo inevitável a construção de uma nova vida repleta de medo, isolamento e solidão. Como sobreviver – e como querer continuar vivo – nesta situação, neste mundo?

Eu me senti presa naquele lugar, angustiada, querendo eu mesma sair dali correndo, não aguentando mais apenas sobreviver ao lado dos personagens. Cada relato é tocante, despedaça o coração e, pior ainda, traz uma similaridade gritante com o que estamos vivendo em meio a essa pandemia e quarentena que não parece ter fim. Acho que esse foi o ponto que mais me assustou no livro e que mais me deixou aflita a todo momento.

A escrita da Carolina também é excelente. Poética, intensa e com seus diferenciais certeiros em cada narração, ela faz com que o leitor veja beleza naquilo que é mais grotesco, que traz mais aflição e que mais assusta. É uma sensação incrivelmente agridoce.

Para quem gosta de terror – e de sentir aquele arrepio na espinha -, eu super recomendo a leitura.

Resenha completa no blog Sonhando Através de Palavras.

site: https://sonhandoatravesdepalavras.com.br/2021/04/21/resenha-nihil-carolina-mancini/
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Kelly Midori @kemiroxtvliterario 29/05/2018

Resenha: Nihil
Nihil é um livro escrito pela autora Carolina Mancini em 2018 sendo de ficção, suspense, mistério e literatura nacional. A editora dele é a Estronho.

A estrutura do livro a capa prevalece o branco com cinza representando a neblina escrito Nihil. Dentro do livro tem incríveis ilustrações, guarda do livro realista, dedicatória da escritora, tem relatório do personagem, Errante, fúlgido, poesias e os agradecimentos.

O conteúdo do livro passa num lugar onde a neblina domina o lugar assim deixa as pessoas confusas, com alucinações, querendo se matar, deixando elas envelhecidas como se fosse o fim delas. Bem apocalipse. A neblina vai dominando tudo e a pergunta é se vai existir sobreviventes. Leia e descubra.

Minha análise amei o livro a escrita é incrível eu li em poucos dias ele me trouxe muitas reflexões sobre os poemas do livro e o conteúdo em si. Ele é incrível tanto pelas ilustrações quanto pela escrita. Nihil pode surpreender recomendado para quem gosta de suspense e mistério. E apoia a literatura nacional. Esse livro é muito profundo com tais sentimentos que quando se lê entra no mundo de Nihil um mundo com neblina, arrepios e reflexões referente o conteúdo mostrado. Eu recomendo muito esse livro. E então você está preparado para a névoa?

site: http://kemiroxtv.blogspot.com.br/2018/05/resenha-nihil-carolina-mancini.html
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 25/03/2019

Resenha para o blog Pétalas de Liberdade
Na obra, uma espessa neblina dominou o mundo, a névoa não permitia ver nada pelas janelas. Quem tentava sair de casa ou não voltava, ou voltava sem partes do corpo. Dentro das casas, as pessoas viam a comida acabar dia após dia, viam a vida se esvaindo.

"Não posso dizer em que parte do mundo isto começou, aparentemente a energia emitida causa algum tipo de 'pane' nos nossos aparelhos eletroeletrônicos, e interferências em linhas telefônicas e ondas de rádio, deixando cada região afetada incomunicável com o mundo." (página 35)

No livro temos relatos de sobreviventes apresentados de diversas formas. Já que as telecomunicações pararam de funcionar, alguns escrevem cartas para os entes queridos que estavam do lado de fora e não voltaram para casa. Outros conversam consigo mesmo, escrevem diários e poemas. Alguns continuam o trabalho que faziam antes da neblina surgir: fazem relatórios sobre o que sabem ou imaginam. Uns têm certeza de que não vão aguentar mais e deixam suas últimas palavras. Outros ainda tem esperança e acreditam que alguma hora a neblina se dissipará ou que alguém vai aparecer para resgatá-los.

"Preciso fazer um diário. Um registro de como acredito que podemos ser uma esperança. Uma luz que está pulsando dentro de nós, dentro de cada um, dentro de mim." (página 140)


Em abril do ano passado, li os primeiros capítulos do livro para fazer um post de primeiras impressões para a campanha de lançamento da obra. Aquelas páginas inicias me encheram de teorias sobre o que teria causado a neblina. Talvez fosse o resultado das bombas que caíram na época, parte de uma guerra entre países com o uso de armas nucleares, talvez fosse o apocalipse, ou culpa da poluição, talvez houvessem monstros sobrenaturais que aproveitavam a neblina para se aproximar?

Esse ano, retomei a leitura de "Nihil" temendo que a Carolina não fosse nos dar as respostas para tantas questões levantadas pelos primeiros capítulos e continuasse trazendo apenas os relatos angustiantes dos que sobreviviam até aquele momento. Felizmente, esse meu temor não se concretizou. Temos sim uma explicação para o que a névoa causa nas pessoas, além de informações sobre como a sociedade chegou naquele estado, e mais do que isso, os autores dos relatos que me pareciam não ter ligação nenhuma uns com os outros, vão sim se interligar em alguns momentos, fazendo com que "Nihil" não seja um compilado de depoimentos soltos, mas uma história com começo, meio e fim, ainda que nublados pela névoa.

"Mas eram bombas, não? Então acreditei que seríamos salvos em algum momento. Haveria uma resistência, pois sempre há. Mas faz tempo demais que as bombas cessaram e ninguém apareceu. E agora somos só nós três. Sim. Três.
Sinto muito, querida, mas Gustavo e Gabriela se foram cedo demais. Sucumbiram a inanição, à loucura, ao sufocamento talvez. O que eu vi, Lígia, foi mais febril que o inferno. Vi fumaça, ou seja lá que inferno é isto, por debaixo da porta dos meninos. Tapei a boca e o nariz e entrei. Eu deveria ter pregado a janela, e o fiz. Mas nossos filhos sempre foram crianças espertas. Os pregos foram retirados um a um, talvez por dias, sem que percebêssemos.
Na minha frente seus bracinhos e perninhas explodiram." (página 46)

A Carolina conseguiu dar vozes distintas aos seus personagens, desde o homem que precisa tomar uma difícil decisão pela sobrevivência da esposa, passando pela avó que se espanta com o fato de os netos ainda conseguirem encontrar carne, até a mãe que vê a filha voltar para casa e isso não dá fim à sua preocupação. E é interessante como podemos nos identificar um pouquinho com cada um desses personagens e seus dilemas.

Se fosse você, sabendo que não teria como comprar mais comida ou água, abriria a porta quando alguém batesse e abreviaria o seu tempo de vida para não definhar sozinha? A decisão da personagem que passou por essa situação nem de longe é tão revoltante quando a de certas pessoas que se acharam no direito de manipular muitas outras ao invés de assumir a sua incapacidade de lidar com a questão da neblina. Fechei o livro indignada, pensando em quanta coisa poderia ter sido diferente, em quantos mais poderiam ter sobrevivido e como o sofrimento poderia ser menor se o direito à informação não tivesse sido arbitrariamente tirado. Mas terminei também encantada pela importante mensagem que a história passa, e que vocês descobrirão se fizerem essa leitura.

"- Se existisse algo tóxico lá fora, algum cientista poderia descobrir uma cura e teríamos uma chance.
- Ora, quanta estupidez. Estamos velhos! Não teríamos uma chance nem mesmo antes dessa neblina cinza devorar tudo: nossos corpos, nossas almas. A sociedade nunca gostou de velhos, nem de crianças. Crianças choram, velhos reclamam.
- Mas nós éramos jovens antes da neblina...
- Ainda éramos.
- E tudo poderia ter sido...
- Que diferença faz? O mundo também nunca gostou dos jovens. Homens e mulheres querem se manter jovens, mas odeiam a juventude, odeiam o barulho, a rebeldia, a contestação.
- Nós não éramos assim. Contestadores. Éramos assustados, cheios de desejos de consumo, cheios de tristeza, cheios de certezas conservadoras...
- Então não éramos jovens." (página 100)

A edição da Estronho está muito caprichada, com capa soft touch (textura aveludada), páginas amareladas, poucos erros de revisão, diagramação com letras, margens e espaçamento de bom tamanho e muitos detalhes de ilustrações e fontes diferentes.

Talvez alguns de vocês se lembrem de "Caixa de Pássaros" ao ler minha resenha de "Nihil", e acho que ambos os livros se encaixam nos mesmos subgêneros: drama, thriller psicológico, suspense, terror, ficção pós-apocalíptica, distopia; porém, em comum, eles têm apenas a existência de "um perigo lá fora", sendo bem diferentes quanto ao enredo. Só vi o filme de "Caixa de Pássaros", mas pelo que li sobre o livro, acredito que o final de "Nihil" vá ser mais satisfatório para os leitores por trazer mais explicações e também uma reflexão que nos é muito útil.

"Nihil" foi uma leitura rápida que me surpreendeu positivamente e da qual gostei muito. A narrativa da Carolina me cativou e me despertou emoções e me fascinou com a criação dessa neblina que parecia ser uma prisão para as pessoas. É um livro que fechei com aquela vontade de voltar à primeira página e ler tudo novamente para visualizar a trama com ainda mais clareza. Recomendo muito que leiam "Nihil", um nacional muito original, criativo e inspirador.

site: https://petalasdeliberdade.blogspot.com/2019/03/resenha-livro-nihil-carolina-mancini.html
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Anny Ways 12/02/2021

Tenso
Como definir essa leitura? Nihil foi uma viagem, principalmente no momento em que vivemos (isolamento, pandemia).
Achei um livro muito interessante, fiquei com dúvidas em alguns pontos do livros, só que isso não tira o mérito do livro.
Queria uma parte 2 para saber mais sobre o destino dos personagens, para desvendar mais esse mistério.
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Clauclau/Eu leio sim e daí 30/10/2018

NiHil
Um livro perturbador,destacando-se por ser um tema distópico, ou melhor, um pós-apocalíptico, cruel e dilacerante. É angustiante se ver fechado em si mesmo, em dúvidas e reflexões de outrora. NIHIL é duro, cortante e desesperador. Pode-se faltar o ar em ler este livro com relatos de alguns personagens que estão tendo conversas paralelas apenas aguardando não sabendo exatamente o que? É um enredo muito doloroso que nos convida a nos olharmos no espelho e indagar: O que eu faria? Me acovardaria ou tentaria a sorte? Mas, que sorte se não se sabe ao certo o que está acontecendo. Estão todos presos em suas dúvidas e medos. Um enredo pós-apocalíptico e cruel. Que se tem como estrela principal aquela névoa densa e cruel. NIHIL é dilacerante. É impossível não se envolver com o enredo. Demorei muito para absorver. Ele chegou trazendo medo e incertezas quanto ao futuro, mas essa perspectiva de futuro não existe. Mas o que existe, então? Medo. O medo do inexplicável, a incerteza da vida ou do que resta dela. Esta é a fase do final de um tempo. Haveria alguma saída? Estaria todos condicionadas ao desespero e as dúvidas eternas?
Um livro primoroso, com uma capa totalmente enigmática, assim como o enredo, com ilustrações belíssimas feitas pela autora que encontramos no decorrer da leitura e também fotos na contra capa de boa qualidade. Uma boa diagramação. Com um clima tétrico, caótico, desolador e desestabilizador, assim é o livro Nihil de Carolina Mancini, mexe com os sentidos, nos convidando a reflexões. Esse nada que acerca e paira no abismo das incertezas dos personagens deste impactante terror psicológico.

Carolina Mancini, dizer mais o que? Não tenho mais como classificar esse livro de tão profundo que é. Com poemas angustiantes e rasgados durante toda a leitura. Fiquei sufocada com a carga emocional em que os personagens foram acometidos. Você me emociona com seu talento para escrita. Obrigada, por me proporcionar o contato com um enredo tão aflitivo e dominador.

Confira a resenha na integra

site: https://www.euleiosimedai.com.br/single-post/2018/10/30/NiHil
Jessika 29/01/2019minha estante
Sua resenha é ótima. A vontade de ler o livro aumentou. Rs... Será que ela se inspirou em Nevoeiro, de Stephen King?


Clauclau/Eu leio sim e daí 30/01/2019minha estante
Será Jéssica? Vou perguntar para a autora!
Beijos e obrigada por ter lido a resenha. O livro é maravilhoso!




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