Paraíso Perdido

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Resenhas - Paraíso Perdido


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Cah_Censi 10/02/2019

Uau! Que adaptação!
Como mencionada na nota do autor, se torna visível em seus quatro artísticos capítulos "os progresso e fracassos em uma empreitada de anos", o que tornou essa leitura mais real e digna de admiração.

Essa edição é uma adaptação do clássico da literatura inglesa de John Milton de 1667, que foi escrito em forma de poema em "versos brancos" (sem rimas) e agora, ao longo de um arduo processo, adaptado para HQ / quadrinhos.

Com um tom no estilo darkness, o autor nos traz esse poema ilustrado divinamente com a história da vingança de Lucifer - o anjo caído - que culmina na tentação de Adão e Eva, resultando em sua expulsão do paraíso.

O que você pode esperar dessa edição?

- Uma leitura carregada de versos com emoções densas.

- Quotes incríveis.

- Uma certa identificação e empatia com cada personagem (afinal, ser humano é ser , pelo menos por um momento, tudo a que fomos "condenados" ao ser expurgados do Eden.

- Arte em forma de quadrinhos.
Permaneço admirada com os olhares expressivos ilustrados.

O que não esperar?

- Como toda HQ, não espere ler 100% do original.

- Não espere uma ilustração única para cada fala.

- Não espere um final feliz para essa parte da história.

Resumo da resenha: Uau!

Obs: De leitura mesmo é pouco, resume-se mais a admirar a intensa história transformada para incríveis quadros.

RECOMENDO!
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Marcelo Lobo 09/02/2019

POEMA ÉPICO EM FORMATO OBRA DE ARTE
Você pode não saber, mas o impacto que Paraíso Perdido exerce sobre o imaginário coletivo ocidental só é comparável à Comédia, de Dante, onde o inferno foi retratado com tamanha nitidez que o autor ganhou ares de profeta.

O poema épico de Milton é obra de estatura similar, redefinindo com força quase bíblica a queda dos anjos e dos homens.

Com o selo Darkside de qualidade, essa epopeia vem a público em forma de arte visual, a todos acessível [já que o original não é uma leitura simples].

Samuel Johnson, um dos escritores mais notáveis de língua inglesa, certa vez afirmou que Paraíso Perdido tem "o poder de exibir a vastidão, de iluminar o esplêndido, de reforçar o horrível, de escurecer o sombrio e agravar o terrível".

As pinturas de Pablo Auladell conseguiram captar todo esse poder e força.

Viagem imperdível, para saborear com os olhos e a alma.
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Ley 24/11/2018

Uma obra prima!
Creio que você algum dia já ouviu falar de John Milton por conta de seu livro clássico: Paraíso Perdido. Milton lançou seu livro original no século XVII, sendo aclamado até hoje.
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Não cheguei a ler a versão original, mas tive a sorte de ler, ou melhor contemplar essa versão da darksidebooks, que é não somente uma hq, mas uma verdadeira obra-prima.
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Em primeiro lugar, se trata de certa forma de uma história contada a partir dos bastidores sobre a infâmia que cai sobre Lúcifer ao cair do céu. Todos nós conhecemos bem essa fatídica história a respeito do anjo caído em questão.
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Porém o foco do livro é dar uma voz à Satã. Mostrar para onde ele foi e onde caiu, quem foram seus seguidores, o que se seguiu a partir disso, e principalmente o motivo de ele ter caído. O incrível é que tudo isso é um meio para introduzir Satã no contexto em que Adão e Eva pecam.
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Vale lembrar que ao se comprometer em ler essa hq, você automaticamente fará uma viagem a um museu de arte. Os desenhos presentes na hq parecem quadros pintados à mão. Impossível você lê-lo sem relacionar à época em que foi lançado. Como eu disse, uma verdadeira obra-prima.
Gianne Marques 24/11/2018minha estante
Louca pra ler ?


Ley 24/11/2018minha estante
Devorei ele em menos de um dia!!!




Erica.Santos 19/09/2018

Reflexivo e belo
Edição lindíssima essa HQ! A história se encaixa perfeitamente na obra de Pablo.
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Leitor Noturno 01/09/2018

Resenha @leitor_noturno
Autores: John Milton e @pabloauladell
Editora: @darksidebooks
Estilo: Grafic Novel
Resumo: Já passou pela sua cabeça como teria sido a verdadeira história de Adão e Eva? Todos os desafios que o casal teria enfrentado por serem os responsáveis por criar o nosso mundo? Mas e se houvessem monstros que não quisessem que Deus tivesse sucesso com sua mais nova experiência? John Milton pensou em tudo isso ainda no século XVII e escreveu uma poesia maravilhosa e cheia de terror, agora adaptada com incríveis ilustrações de Pablo Auladell, chega às nossas livrarias com uma edição maravilhosa da DarkSide, com ilustrações obscuras, tenebrosas e cheias de escuridão e monstros. Infelizmente não é meu estilo de ilustração favorito, prefiro desenhos mais claros e fáceis de entender, mas ainda assim essa edição é incrível e vale a pena ser lida.
Capa: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
Edição: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
Originalidade: ⭐️⭐️⭐️
Ação: ⭐️⭐️
Enredo: ⭐️⭐️⭐️⭐️
Fantasia: ⭐️⭐️⭐️
Terror: ⭐️⭐️⭐️⭐️
Monstros: ⭐️⭐️⭐️⭐️
Adão e Eva: ⭐️⭐️⭐️⭐️
Claridade das Ilustrações: ⭐️⭐️
Ilustrações Obscuras: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
Perturbação das Ilustrações: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
Diálogos: ⭐️⭐️⭐️
Estilo dos Desenhos: ⭐️⭐️⭐️
Qualidade da Adaptação: ⭐️⭐️⭐️
Facilidade em Interpretar os desenhos: ⭐️⭐️
Qualidade de História: ⭐️⭐️⭐️
Conclusão: ⭐️⭐️⭐️
Quem Pode Gostar: Fãs de Grafic Novels, Quem gosta de adaptações literárias, leitores de histórias de terror, quem gosta de ilustrações carregadas de escuridão e bem perturbadoras.
Nota Final: ⭐️⭐️⭐️

site: https://www.instagram.com/leitor_noturno/
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Sílvia 23/08/2018

Estou cometendo o pecado literário do anacronismo
A arte gráfica é linda mas o livro FEDE. Literalmente. Tive que fazer a leitura com um pano cobrindo a boca.
Na primeira parte até tive vontade de ler a obra original do Milton, mas confesso que do meio para o final eu desanimei. Milton devia ser puritano e machista ao extremo. Sei que estou sendo anacrônica mas é difícil evitar.
Em resumo, a grafic novel é linda muito cara pesada e fedida.
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Paulo 29/07/2018

Gosto quando a DarkSide Books lança obras provocativas. Ousadia. Paraíso Perdido é uma daquelas ousadias legais que a gente aplaude e pede bis. Uma obra de um artista não tão conhecido a partir de um clássico da literatura mundial. Aposto que se fosse outra obra publicada do Auladell no Brasil, não teria tido o mesmo impacto do que esta. O legal é que isso abre espaço para outros trabalhos do artista por aqui. Paraíso Perdido é impactante, é ousado e mexe com nossas crenças ao trabalhar uma história conhecida a partir de outro ponto de vista.

Antes de mais nada é preciso elogiar a bela edição da DarkSide. Não tenho dúvidas de que a HQ vai figurar na lista de melhores do ano de muita gente. A capa possui uma ilustração belíssima do Auladell, aliado a um formato europeu que ajuda demais a destacar as ilustrações do artista. A folha de guarda dá um aspecto de livro antigo assim como o papel pólen empregado na HQ. A escolha por uma alta gramatura dá a impressão de que estamos lendo um papiro antigo. Tem um texto do Auladell logo no início em que ele explica as dificuldades que ele teve para a produção desta adaptação. Vale a pena ler para entender como foi todo o processo criativo por trás de tudo.

O ponto alto do quadrinho é o traço do Auladell. Inicialmente tenho certeza de que os leitores vão ficar chocados pelos traços exagerados e obscuros empregados pelo artista. É bem diferente do padrão além da quadrinização que dá um efeito bem distinto. Falando da quadrinização é possível perceber a opção por poucos quadros: a maioria deles é em dois quadros por páginas, mas pode chegar a mais (oito quadros) ou a menos (página inteira). A opção por dois quadros vai muito no sentido arcaico que o autor quis dar à história. É como se fossem trípticos religiosos abordando cenas bíblicas. Nesse sentido o autor foi muito feliz e conseguiu captar bem a essência do que Milton passou através de seus poemas. Já o traço tem um quê de barroco. É possível perceber no olhar dos personagens sempre melancólico ou austero, os traços exagerados aliados ao tema religioso em si. Quando eu vi a imagem de Lúcifer imaginei logo as pinturas barrocas. O emprego de uma atmosfera sombria vista nos traços do autor ressalta isso. Os dois primeiros cantos se passam no inferno, então as cenas são sempre muito claustrofóbicas, repletas de sombras e trevas por toda a parte significando a desolação do inferno. Quando passamos para as cenas no céu, a palheta de cores puxa mais para um azulado com bege que mantém o estilo barroco, mas imprime algo mais angelical. Deus tem um aspecto duro, talvez seguindo a abordagem miltoniana. Outra referência interessante tem a ver com o aspecto de Eva. Me lembrou bastante algumas pinturas de Madonnas do século XVII. Mulheres de rosto angelical pintadas por homens como Raphael e Da Vinci.

Não cabe tanto eu discutir sobre a obra em si do Milton e eu vou preferir tocar na adaptação do Auladell a partir de duas vertentes: a narrativa e o desenho. Vários críticos de quadrinhos dizem que esta é a melhor adaptação de Paraíso Perdido. Não li outras, mas posso dizer que o artista captou fielmente a ideia por trás do clássico. Ele manteve as ilustrações de Milton e trabalhou muito mais as cenas partindo das descrições dele. Mesmo assim, a narrativa consegue capturar a atenção do leitor. Isso porque Auladell faz um trabalho sensacional entre poesia e texto ilustrado. A transição é muito boa e os quadros conseguem passar a atmosfera de desolação e perdição colocadas pela obra original. Até mesmo a abordagem de Lúcifer como alguém resignado a aceitar a si mesmo como um ser maligno demonstra na obra uma ausência de maniqueísmo. Lúcifer parece arrependido em alguns momentos, mas sabendo de seu papel no universo enquanto Deus é apresentado como um ser duro e atento às regras, muito no viés do que é apresentado no Antigo Testamento. O Deus do Antigo Testamento é normativo e pune aqueles que o desobedecem. Quando Milton escreve Paraíso Perdido no século XVII a crítica é feita diretamente à dinastia Stuart que estava no poder na época. Milton escreve sua obra às vésperas da Revolução Gloriosa, quando setores da sociedade inglesa se revoltaram contra a opressão da nobreza. Governar ou servir? Uma crítica presente aqui e captada bem por Auladell é de um Lúcifer crítico do nepotismo divino e de uma série de privilégios concedido a poucos. O artista conseguiu passar essa dualidade para o seu traço.

Por outro lado, o desenho consegue fazer a passagem do texto para o desenho. Teria sido muito mais complicado encher o quadrinho de textos, apenas repetindo os poemas de Milton. E temos trechos inteiros dos cantos 1 e 2 sem qualquer diálogo. Apenas as cenas são reproduzidas sequencialmente. Aliás, Auladell consegue empregar muito bem o sistema de ângulos de visão em que ele passa a visão das cenas para outros personagens presentes no cenário. Outro elemento digno de destaque é o combate campal entre as forças de Lúcifer e as tropas de Deus. Que combate é aquele??? Quando Deus envia o Cordeiro para abater os seus opositores, a batalha se torna uma carnificina. Algumas cenas são épicas como a do quadro acima. Depois o trecho da tentação da serpente à Eva é apresentada de forma magistral. Com bastante sutileza vemos como a personagem cai na lábia da serpente e acaba mordendo o fruto proibido.

Quadrinho sensacional, Paraíso Perdido é algo divino, fazendo um trocadilho. Uma transposição muito eficiente de um texto clássico e difícil para uma outra mídia que é a do quadrinho. A DarkSide presenteia seus leitores com uma linda edição e que vai estar na lista de melhores do ano de muita gente.

site: www.ficcoeshumanas.com
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Paraíso das Ideias 17/07/2018

Uma arte perfeita, de tirar o fôlego e arrancar suspiros
Olá!!!
Nana Garces aqui para mais uma resenha de uma HQ, mas não um quadrinho qualquer porque aqui é DARKSIDE! E HQ da Darkside é uma obra prima! Nem preciso falar que a obra prima a qual me refiro é Paraíso Perdido de John Milton, desenhado por Pablo Auladell. E posso adiantar que se John Milton escreveu um lindo e grandioso poema, Pablo Auladell conseguiu transformar as palavras em pura arte.

Paraíso Perdido aborda a história bíblica da queda de Satã até o momento que Adão e Eva são expulsos do Paraíso. Por isso, Paraíso perdido. Por se tratar de uma história corriqueira, que aprendemos com nossos pais, tios, tias, avós, avôs, igreja, colégios (no meu caso foi um colégio religioso hehe) não vejo problema com spoilers nessa resenha.

melhor reinar no inferno que servir no céu

Inclusive acredito que o forte dessa HQ não seja a história contada, mas o poema e a arte que foi usada para expressar as palavras do autor.

Os livros da Darkside tem um ponto muito interessante, especialmente para mim, enquanto leitora de clássicos, que é abordar o que aconteceu por trás dos bastidores, como o autor, ou desenhista, ou roteirista, e a nota do autor dessa HQ trás um ponto muito interessante sobre como Pablo Auladell se interessou e por quanto tempo ele ficou em torno desse trabalho, isso eu vou guardar como um spoiler, por que, mesmo sendo um texto curto, é algo que merece atenção por todo o trabalho desenvolvido de maneira impecável desse desenhista.

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Em 318 páginas de belas artes ricas em vida, ódio, culpa, o leitor pode se sentir sendo julgado por olhares obtusos do próprio anjo Gabriel, ou mergulhar num medo inexplicável ao ser observado diretamente pelo olhar de víbora do próprio Satã, e ainda assim julgar os próprios atos de Deus, Satã, seus anjos e os inocentes Adão e Eva.

[...] ele que não pede
De nós serviço algum a não ser este,
Esta fácil tarefa, de entre as árvores
No Paraíso que atam frutos doces
Tão vários, não provar conhecimento de uma só


Nas palavras de Andrew Pyper: “Todos que leem o Paraíso Perdido de Milton enxergam a obra de modo particular. Mas você nunca mais vai vê-lo da mesma maneira após ler a comovente, essencial e horripilante adaptação de Pablo Auladell. Satã aqui é um anjo de pura hipocrisia, igualmente sedutor e nefasto. Uma figura própria do nosso tempo.”

Esse é aquele livro que se deve ter na estante para ler e colecionar, e de tempos em tempos se deleitar com tamanha qualidade de arte que foi usada para adaptar um poema clássico como Paraíso Perdido, que, assim como é possuidor de um poema rebuscado, é de uma arte lindamente e agradavelmente teatral, adaptando perfeitamente sua bela história.

Nem preciso falar que essa HQ virou uma das minhas favoritas de todos os tempos. E aconselho todos a comprar e experimentar uma imersão diferenciada de uma história tão conhecida.

É isso aí, espero que tenham curtido e deixem seus comentários aqui!

Beijocas e até a próxima!

site: http://www.paraisodasideias.com
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Tom 07/07/2018

Um dos melhores lançamentos de 2018!
PARAÍSO PERDIDO é uma das obras mais influentes da literatura mundial. O épico poema escrito por John Milton, narra a rebelião do outrora Lúcifer contra o exército do Criador, a expulsão que transformou o anjo de luz em Satanás, e a queda de Adão e Eva, que consequentemente fez nascer o pecado e a morte.
Pablo Auladell foi o responsável pela adaptação dos cantos de Milton para as páginas dos quadrinhos que ilustram essa graphic novel. A arte é linda e totalmente imersiva com imagens memoráveis. Acertaram em cheio na escolha do papel que deixou a arte em geral muito estilosa, toda a edição ficou espetacular. Você percebe que está segurando algo de qualidade superior.
A leitura é viciante, e prende o leitor com uma história tão forte, que você fica com pena quando está acabando.
Paraíso Perdido é o melhor quadrinho do selo Graphic Novel da DarkSide Books, assim como entrou para o meu top 10 de melhores títulos da editora e além de ser um dos melhores lançamentos do ano!
Recomendo demais!
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Raphs 07/07/2018

Obra de Arte
Desde a encadernação até o papel utilizado tudo foi perfeitamente pensado. A arte utilizada no livro é muito bonita e faz você parar em cada página por bastante tempo só contemplando os belíssimos desenhos.
A história é clássica e essa edição conseguiu um algo a mais.
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Lidiane 16/06/2018

Resenha @darksideloversclub
? Gênesis 3 ?
"17...Com sofrimentos obterás do solo o teu alimento, todos os dias da tua vida.
19Com o suor do teu rosto comerás o teu pão, até que voltes ao solo, pois da terra foste formado; porque tu és pó e ao pó da terra retornarás!?
.
Paraíso Perdido de 1667 é uma obra a originalmente composta por 12 volumes, ditada em versos sem rimas por John Milton, que já se encontrava cego. Contou com a ajuda de filhos e amigos para conclui-la. .
Essa obra, que ficou conhecida como sua obra-prima, fala sobre a criação de tudo, sobre a revolta dos anjos caídos, as postestades e demônios, a divisão ente céu e inferno e o papel de má influência de Satã e sua inveja e responsabilidade na expulsão de Adão e Eva do Paraíso.
.
E agora ganhou essa ilustração maravilhosa, finalmente... Finalmente porque se trata de uma obra que levou cerca de mais de 3 anos para ser concluída.
.
O nome de Pablo Auladell (ilustrador, quadrinista e licenciado em filosofia) foi totalmente acertado ao ser escolhido. Ele vem ao logo de sua carreira, ilustrando clássicos. Mas com certeza Auladell se sentiu lisonjeado e pressionado a criar algo a altura.
E a prova de que ele conseguiu algo belíssimo é que temos essa graphic novel em mãos.
.
Essa GN é recomendada para quem ama o trabalho gráfico, traços e para quem quer conhecer, saber do que se trata a obra original ou quem pretende revisitá-la
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Popeye 10/06/2018

Lindo!
A maior surpresa que tive este ano. Comprei este quadrinho sem expectativas, estava achando que nem ia gostar tanto, mas quando o li, cara, achei maravilhoso. Li tudo em um dia e fiquei órfão.
Arte brilhante, e a história nem se fala.
Uma obra de arte que merece o melhor lugar na estante, com certeza.
Comprem sem medo!!
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Gisele.Varotti 05/06/2018

Uma bela adaptação
Essa adaptação em HQ da obra homônima de Milton retrata como Lúcifer se tornou o anjo caído e rei do Inferno, assim como a criação do Paraíso, o surgimento de Adão e Eva e vossa apresentação à tentação por meio do fruto proibido, a malícia subsequente do consumo do mesmo e expulsão de ambos do paraíso.

A linguagem utilizada na HQ é culta, porém de fácil entendimento e o estilo da arte e a escolha da palheta de cores torna a compreensão do texto fácil e fluída. Nota-se uma mudança de cores entre os quadros "do bem", que possuem tons mais frios, dos quadros "do mal", que são mais quentes.

Uma belíssima edição, para não chama-la de obra de arte.
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Coruja 04/06/2018

Meu primeiro contato com John Milton foi adolescente, através das epígrafes que abriam cada capítulo de A Luneta Âmbar. É engraçado; não acho que a ideia de religião - especialmente o cristianismo com que eu tinha crescido (família religiosa, escolas de freiras até quase meu último ano...) - tivesse entrado na minha cabeça como uma ferramenta disponível, possível de fazer ficção. Talvez por isso, a obra de Pullman tenha me fascinado tanto - pela qualidade da escrita, pela forma de escrever fantasia (e ele foi um dos meus primeiros autores de ficção fantástica madura, para além do faz-de-conta infantil) e pela contínua quebra de dogmas.

Tendo ficado fascinada por Pullman, quis ler aquilo que o inspirara e foi assim que caí de paraquedas em O Paraíso Perdido. Não foi minha primeira experiência com poemas épicos, mas quando me propus a ler A Odisséia, tinha a vantagem de conhecer adaptações da história para me orientar se perdesse o fio da meada entre as consultas ao dicionário. Seja como for, não estava acostumada à estrutura em versos, nem à quantidade de significado presente nas entrelinhas da história. Tinha uns dezesseis para dezessete anos à época, e ler Milton foi um baita desafio. Mas um desafio que valeu à pena.

A história segue Lúcifer logo após a Queda, agora nomeado Satã. Acompanhamos seu despertar no Inferno, a lembrança dos dias de Paraíso, os momentos que levaram à Rebelião; o conclave de anjos caídos tentando decidir o que fazer a seguir, a decisão de penetrar no Éden e condenar também a nova criação ao Pecado, à Morte e ao Inferno. A adaptação em quadrinhos se concentra em quatro momentos-chave da obra original - o despertar dos caídos e sua decisão de vingança; alguns vislumbres do passado antes da Queda; a pacífica existência de Adão e Eva no Éden; e os fatos em torno da expulsão dos dois do Jardim.

E sobre todos esses momentos, domina a figura de Satã.

Milton não esquece o fato de que, antes da Queda, Lúcifer foi o mais nobre, o mais poderoso dos arcanjos. Talvez por isso mesmo, nas primeiras partes de seu romance, o personagem seja mais próximo de um dos heróis trágicos shakespearianos que do Grande Inimigo bíblico. Seus monólogos são intensos, passionais, sedutores. Se Milton estava interessado em demonstrar os poderes de tentação do demônio, acertou em cheio na caracterização de seu Satã. Ainda que tenhamos plena consciência de sua maldade, é difícil não simpatizar com ele, especialmente quando ele te faz entender que sua revolta nasceu da ânsia de liberdade: “mais vale reinar no Inferno do que servir no Céu”.

A questão é que ele é o narrador e é do ponto de vista dele que enxergamos a história. Satã é o típico narrador não-confiável, que distorce os fatos para sair-se como vítima, a parte injustiçada, justificando assim seus atos. Há muito da natureza humana nessa ambiguidade, nas palavras melífluas e ações maliciosas; nos momentos de relutância, ao admirar a obra divina (a admiração da Serpente pela graça de Eva, por exemplo) e de brutal arrogância.

O Deus que aparece em suas páginas, por sua vez, é uma divindade tirânica, que controla mais pelo medo que pelo amor e que exige obediência cega; ele sabe desde o começo que Adão e Eva hão de cair e se encoleriza com a ingratidão do homem. A despeito disso, ele não interfere de forma direta, não tenta de fato impedir os acontecimentos que se desdobram após a tentação de Eva, afinal, não haveria sentido na criação sem a possibilidade de livre-arbítrio. E se há pecado e queda, há também a possibilidade de redenção, o que mais glória traz ao seu poder e rende uma nota de esperança à história.

O texto de Milton é fascinante, de uma força poética incrível. O Paraíso Perdido é considerado, merecidamente, o maior poema épico inglês, refletindo um pouco das convicções políticas do autor, que defendeu a breve República Inglesa bem como Oliver Cromwell. Quando da Restauração, suas críticas à monarquia o fizeram perseguido; ele chegou a receber um perdão, mas perdeu fortuna e ficou cego. Foi exatamente nesse período que ele criou sua obra-prima, ditando os versos de O Paraíso Perdido a vários diferentes assessores. As inclinações republicanas de Milton poderiam bem explicar muito do que acontece no poema, nas escolhas que ele fez para sua narrativa. A busca de Lúcifer pela autodeterminação, o questionamento da autoridade absoluta divina, a possibilidade do homem escolher seu destino - e arcar com as consequências de suas escolhas - podem facilmente ser atadas à guerra civil inglesa.

Quando soube pela primeira vez da adaptação do poema para os quadrinhos, fiquei me perguntando como, exatamente isso seria possível. Esse tipo de transposição de mídia não é fácil, e a escala de acontecimentos de O Paraíso Perdido dificulta ainda mais o processo. E, de fato, a versão desenhada por Pablo Auladell faz vários cortes na versão original, concentrando-se em episódios-chave. Ao meu ver, contudo, essa foi uma escolha acertada; trata-se de uma tradução mais condensada, mas que mantém o impacto das palavras de Milton e soma a elas o peso das ilustrações e das cores de Auladell.

Não sou uma especialista em arte; não tenho como julgar influências ou referências do artista. Havia quadros que me pareciam extremamente familiares, nos quais pensei reconhecer imagens renascentistas; e outros em que parecia estar às voltas com xilogravuras típicas do movimento armorial (especialmente nos rostos dos animais, incluindo a própria Serpente). Mas o que me impressionou foram os olhares dos personagens, como na cena em que Miguel, o arcanjo líder das hostes celestiais, parece olhar diretamente para nós, com uma tristeza infinita - uma imagem que, para mim, transcendeu o papel.

É uma arte bem diferente da de Gustave Doré, cujas gravuras para o poema são famosas. Mas é um estilo que se encaixa muito bem no clima onírico, muitas vezes de pesadelo - como toda a passagem pelo inferno - em que a história evolui. Interessante também que Auladell não usa uma paleta de cores muito grande, e isso ajuda a construir a identidade da história: o inferno em tons escuros, terrosos; o céu em diferentes azuis, dos domos de palácios, às armaduras dos anjos; o Éden em matizes de verde. Foi, em suma, um traço que me agradou e que promete tantas possibilidades de interpretação quanto as linhas do poema original.

Para terminar por hoje, uma observação. Não acho que seja necessário ter lido os versos originais de O Paraíso Perdido para entender essa adaptação. Primeiro, porque Auladell soube escolher muito bem os cantos a destacar, as cenas que precisava amarrar para criar um enredo coeso. Mesmo nas páginas em que não há palavras, cada imagem que ele ilustra carrega nuances e significados - esse livro merece sua atenção, e um pouco de reflexão a cada folha; uma leitura mais pausada para admirar todos os detalhes que o artista pôs em cena. Segundo, porque se o camarada que estiver lendo esse livro tiver nascido no Ocidente, ainda que ele se declare ateu, vai ter crescido numa sociedade cercada pela imagística judaico-cristã. Milton basicamente transformou Lúcifer num Hamlet mais maligno, mas as bases da história são as mesmas da tradição bíblica. Não há nenhuma dificuldade de leitura de um sem o outro, mas, se serve de conselho… se tiver gostado dos quadrinhos, tente ler o poema. Há um bom motivo para essa ser considerada uma das grandes obras do cânone literário ocidental.

site: http://owlsroof.blogspot.com/2018/06/o-paraiso-perdido-uma-adaptacao-em.html
Rob Theo 08/06/2018minha estante
Parabéns pela ótima resenha.


Coruja 09/06/2018minha estante
Obrigada!




Borchhardt 26/05/2018

Magnífico! Uma obra prima.
Ao abrir o livro, simplesmente não consegui fechar até terminar as 318 páginas.
O clima muito bem desenvolvido faz com que o leitor seja arrebatado a tempos imemoriais, para conhecer os detalhes sombrios da grande guerra celestial que expulsou os anjos rebeldes da presença divina, e o que estivera por trás da queda do homem.

O profundo respeito pelo poema de John Milton é sentido em cada ilustração de Pablo Auladell, que faz de cada quadrinho uma obra prima.
A evolução do artista também é percebida no decorrer do livro (foram anos desenhando), o que culmina em uma batalha final de encher os olhos!

Conclusão: Magnífico, incrível, de tirar o fôlego!
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