Jeremias: Pele

Jeremias: Pele Jefferson Costa
Rafael Calça
Rafael Calça




Resenhas - Jeremias: Pele


176 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Gramatura Alta 11/05/2018

http://www.gettub.com.br/2018/05/jeremias-pele.html
Jeremias foi um dos primeiros personagens criados por Maurício de Souza, lá nos anos de 1960, logo após o Franjinha e o Bidu, e foi o primeiro personagem negro da turminha. Uma curiosidade da época, é que os desenhos tinham um estilo chamado de blackface, cuja origem veio do teatro, onde atores brancos pintavam o rosto de preto para representarem pessoas negras. Aos poucos, essa técnica foi abandonada, uma vez que era exagerada e considerada por muitos como racista. Abaixo, podem ver como o personagem evoluiu com o passar dos anos.

Agora, Jeremias virou a estrela do mais novo lançamento das Graphic MSP, com PELE, e a edição entrega o esperado: uma história sobre racismo, preconceito, segregação, marginalização, injustiça, hostilidade, mas também sobre integração, reconhecimento, paternidade, amizade, aprendizado, superação, amor. Tudo de forma bem clara, direta, sem subterfúgios, para que a mensagem possa ser lida e compreendida por leitores de todas as idades, inclusive os mais novos, os bem mais novos.

Essa clareza é perceptível quando Jeremias sente na pele o preconceito e tem uma discussão com o pai, este último diz em letras grandes e em negrito o que precisa ser dito para que as pessoas compreendam de forma absolutamente inequívoca como é custoso e doloroso bater de frente com o preconceito. A sensação que passa, é a de um grito, para que todos ouçam, para que todos aqueles que acham que podem diminuir alguém por causa de sua cor, raça, religião, ou qualquer outro coisa, o quanto estão sendo ineptos como seres humanos.

Para completar essa sequência, no fim da edição, Jeremias lê em sala de aula uma redação que foi pedida pela professora, e no seu texto, ele contradiz o que foi dito pelo pai naquela discussão. E esse é o ponto alto da história, quando essa contradição faz todo o sentido. Não quero reproduzir o teor do texto, para não estragar a experiência de quem for ler, mas, basicamente, ele trata de que alguém que sofre preconceito não precisa ser mais do que é para se provar, porque não precisa provar nada. Como por exemplo, recentemente, uma pessoa me perguntou se eu tinha amigos negros e gays; eu respondi que não classificava meus amigos. Eu tenho amigos. E ponto.

Pela expressão dos olhos de Jeremias, em diversas situações a que ele é obrigado a viver, fica claro o seu pensamento e indignação: quem você pensa que é para evitar se sentar ao meu lado no ônibus só por causa da cor de minha pele? Quem você pensa que é para achar que tem o direito de escolher minha profissão só por causa da cor de minha pele? Quem você pensa que é para esconder sua bolsa por achar que será assaltada por mim só por causa da cor de minha pele? Quem você pensa que é para me considerar menos inteligente só por causa da cor de minha pele? Quem você pensa que é para achar que eu sou diferente de você só por causa da cor de minha pele?

Enquanto o enredo é limpo e direto, os desenhos são, por vezes, exagerados. Isso poderia ser um pouco confuso para o leitor, mas eles são exagerados dentro de um contexto específico, com o objetivo de reforçar a emoção dos personagens e a importância dos acontecimentos. Por isso, acaba funcionando e transmitindo o desejado, ou seja, os desenhos conseguem passar, além do que está acontecendo, uma amostra da intensidade do que os personagens estão sentindo.

As cores combinam perfeitamente com o desenho e com a mensagem da HQ: elas são, na sua maioria, escuras e foscas, realçando um traço mais grosso e reto, com curvas arredondadas. Gosto especialmente dos fundos de predominância de uma cor, dando um realce maior aos desenhos principais, mesmo quando são outros personagens que estão na paisagem. De certa forma, isso dá um tom sério a toda a trama, sem parecer dramático.

Por toda a edição, existem referências a vários outros personagens de Maurício de Sousa. Alguns aparecem mais, outros menos; também existem detalhes sutis que remetem a edições passadas das Graphic MSPs, o que passa a ideia de que estão a criar uma espécie de universo compartilhado dos personagens adaptados por outros autores (culpa da Marvel, que comprovou que isso funciona nos cinemas, e já estão aproveitando para fazer o mesmo). E algumas coisas são melhores explicadas, como por exemplo o motivo de Jeremias usar um boné. Afinal, racismo podia existir até nas pequenas ideias, e nunca é tarde para se retratar do que foi feito de forma um pouco estranha no passado.

JEREMIAS: PELE é uma obra que poderia ter vindo mais cedo, bem mais cedo, mas que nem por isso chegou tarde. Assim como PANTERA NEGRA nos cinemas, a HQ trata de assuntos ainda necessários no mundo em que vivemos, infelizmente. Ela não irá mudar o comportamento de quem é racista, porque esse tipo de pessoa se sente ameaçada pelo que não é igual a ela, e o medo é algo difícil de vencer, ainda mais por quem não enxerga suas próprias deficiências. Entretanto, ela poderá ensinar às pequenas pessoas, que ainda estão em formação de caráter, a compreenderem que não existe diferença na pele; existe diferença, apenas, na mente.

site: http://www.gettub.com.br/2018/05/jeremias-pele.html
comentários(0)comente



Edgar.Egawa 11/05/2018

Preconceito e superação
Cada cena em que Jeremias é alvo de racismo, assim como outros personagens negros, nos fazem pensar. Melhoramos? Ou concordamos com cada manifestação desse sentimento?
Para quem nunca foi vítima de racismo, talvez seja difícil entender. Para quem é... Acho que espera e luta para que seus filhos e netos não passem por isso.
comentários(0)comente



Fayo 09/06/2018

Sem sombra de dúvidas a melhor Graphic MSP que eu já li, que ilustrou o racismo que muito de nos jovens negros temos que lidar diariamente.
comentários(0)comente



Eraldo 13/06/2018

Duro e Encantador
Jeremias pele é uma história linda, sobre raça, violência e afirmação. Me causou impacto a cada virada de página, por ter visto tanto de mim nessa história. A arte, as cores e o texto se conversam harmoniosamente nesse quadrinho curto e objetivo.
comentários(0)comente



Daniela 15/06/2018

Sensacionalístico!
Difícil traduzir todas as reflexões e impressões que a história traz. Leitura extremamente necessária!!
comentários(0)comente



Pétala - afrofuturas 22/06/2018

Como não ser definido pelo preconceito
Como disse Maurício de Sousa, essa é uma história que precisava ser contada.

E posso dizer agora, precisa ser lida.

Falar de racismo é um desafio. Desafio maior ainda é reconstruir um personagem de Maurício de Sousa sob uma perspectiva da realidade de um menino negro, com a graça, leveza que requer uma história no universo da Turma da Mônica.

Com roteiro de Rafael Calça e ilustrações de Jefferson Costa, Jeremias – Pele, é a entrega de um desafio cumprido. Na narrativa mais corajosa que li dentro dessa incrível coleção das Graphic MSP, Jeremias é um quadrinho único em essência e significado.

O menino Jeremias é personagem antigo na Turma da Mônica, mas que, injustamente, até hoje não havia protagonizado uma revista. É assim que Maurício de Souza apresenta essa história: Uma correção de uma injustiça histórica.

A injustiça é também tema intrínseco nesse quadrinho que conta a história de um menino inteligente, esperto, curioso e sonhador. A partir de episódios de racismo velado e por ataques diretos, Jeremias descobre a dolorosa realidade que a cor da sua pele, seus traços e a textura do seu cabelo o farão viver já na infância: o preconceito racial. Mais doloroso ainda será entender que, assim como seus pais, esse é um fato que terá que suportar por toda sua vida.

Como fazer uma criança entender tamanha injustiça? Como fazer que o preconceito não seja algo que a defina?

A força narrativa que marcam as páginas dessa história vem de pessoas que buscaram as respostas para essas perguntas nas suas próprias experiências vividas.

Me emocionei diversas vezes nessa leitura, a intensidade da história de Jeremias é eloquente tanto nas falas de todos os personagens quanto nos traços de cada cena que são cheias de mensagens sutis.

No meio da dor, há poesia. A beleza das ilustrações e da inocência de Jeremias, assim como a jornada desse protagonista, alegra, revolta, empodera e encanta.

site: https://www.instagram.com/blogparenteses/
comentários(0)comente



Luciana Souto de Oliveira 18/07/2018

Emocionante
Sempre me emociono muito quando leio alguma notícia ou livro relacionados a racismo. Não consigo compreender como é que nos tempos de hoje ainda existam pessoas com uma mentalidade tão mesquinha e escravocrata, a ponto de se achar melhor do que outra pessoa por causa da cor que sua pele possui. Ao ler a sinopse dessa história em quadrinhos da Graphic MSP, vi logo que precisava ler e compartilhar com vocês esse assunto que diz respeito a todos nós, sem distinção.

Jeremias Pele é um garoto negro, muito inteligente e aplicado, o primeiro da classe em que estuda e, por inveja de alguns colegas da escola, sofre discriminação em decorrência da cor de sua pele.

Um certo dia, em uma tarefa da escola sobre profissões, a professora escolhe para cada aluno uma determinada profissão e pede que escrevam uma redação sobre as escolhas que realizou para cada um. Jeremias fica triste com a profissão que lhe foi atribuída, não por não gostar da mesma, pois sabe que cada profissão tem sua importância, mas, por entender que a professora teve atitudes racistas (sim, até a professora!!), por não ter apresentado razões para a escolha das profissões perante a classe, sendo a de Jeremias, uma atividade, na maioria das vezes, ocupada por negros.

Depois de uma conversa sobre o assunto com os seus pais e seu avô, a quem Jeremias nutre uma profunda admiração, ele escreve sua redação e no dia da apresentação perante toda a classe, ele emociona a todos, colocando muito amor e sabedoria em suas palavras, fazendo com que todos que um dia o discriminaram sintam muita vergonha e tenham a certeza de que ninguém (ninguém mesmo!) tem o direito de negar amor e amizade a uma pessoa em decorrência da cor de sua pele. Todos merecem respeito e se não estivermos prontos para amar o nosso próximo do jeito que ele é, nós é que estamos no lugar errado.

?A gente precisa parar de pensar menos sobre o que não conhece. Não seria vergonha ser pedreiro. Não dá pra viver com vergonha de ser quem a gente é?.

Essa história faz parte do projeto Graphic MSP de Maurício de Sousa, onde ele escolhe pessoas para realizarem o roteiro e ilustração, que no caso desta história foram Rafael Calça e Jefferson Costa, e nos traz assuntos que precisam ser discutidos, como o racismo, por exemplo, no modelo de histórias em quadrinhos. Uma leitura própria para o público juvenil e adulto, vez que a forma como o assunto nos é colocado, necessita de um maior discernimento para compreensão e as próprias ilustrações são feitas com cores bem diferentes das revistinhas infantis, sendo mais escuras, encaixando-se melhor na proposta do trabalho. Emocionei-me muito ao ler sobre tudo o que Jeremias e toda sua família tiveram que enfrentar no dia-a-dia por causa da ignorância e falta de humanidade de tantas pessoas e por saber que, por mais que o tempo passe, essas situações ainda vão existir, só esperamos que surjam mais Jeremias no mundo para colocar as pessoas erradas, as racistas, no seu devido lugar. Eu amei e super recomendo!!!
comentários(0)comente



Pandora 24/07/2018

Se a perfeição existe, em termos de roteiro, história e arte, Rafael Calça e Jefferson Costa chegaram lá. "Jeremias: Pele" é simplesmente PERFEITO! Lindo, enternecedor, forte, delicioso de se ler, vê e sentir. Uma história que aquece o coração, faz ri e também, infelizmente, chorar.

Ser e estar nesse mundo 130 após a Abolição da escravidão não é uma exercício fácil para ninguém. Para as crianças é pior ainda. É desamparador, desolador e doloroso ver elas aprendendo na pele sobre desrespeito e crueldade. Por outro lado é inspirador ver como Jeremias dá uma volta em tudo isso e cresce diante de todos mostrando o quanto ele não será vencido ou limitado pelo racismo ele crescerá para ser aquilo que desejar ser.

Estou encantada e emocionada! Muito grata por ter olhos para ler essa história, por saber que a Odisseia das crianças negras não está mais sendo silenciada, omitida ou mascarada. Estamos enfrentando o racismo e só se vence aquilo que se enfrenta. Venceremos!
comentários(0)comente



Karla Lima @seguelendo 30/08/2018

Ano passado, na #CCXPTOUR , soube da publicação dessa obra junto com todos aqueles que estavam presentes no painel da Maurício de Souza Produções. Nisso, já fiquei na expectativa. Mais de um ano depois, durante a Bienal Geek, em Pernambuco, comprei a HQ e tive a oportunidade de assistir ao painel com @sidney_gusman @rafaelcalca e @jeffcostarm e ter a obra autografada.

Jeremias é um personagem antigo, e secundário, da Turma da Mônica. Quase nada sabíamos sobre sua história, nada nos quadrinhos nos dava qualquer indicativo de como era a sua família, ou qualquer vislumbre mais profundo sobre sua personalidade? Criado em 1960, apenas em 2018 Jeremias ganhou um passado, uma família e uma história.

E que história!

Rafael Calça e o desenhista Jefferson Costa dão vida a uma história forte, dura, emocionante, na qual Jeremias lida pela primeira vez com o preconceito por causa da cor da sua pele. .

A arte é incrível, o roteiro inspirador. Uma verdadeira aula sobre superação e uma preparação para a vida. Foi uma aposta corajosa e muito certeira. O tema forte é abordado de forma delicada e ainda assim é um tapa na cara. Um verdadeiro alerta aos pais e aos educadores desse país.

É uma leitura que recomendo a todos, sejam amantes de quadrinhos ou não; sejam leitores vorazes ou não; sejam adultos ou crianças. Essa HQ é a mensageira de uma lição muito marcante e que merece o lugar de destaque que alcançou: figurando entre as obras mais vendidas no país.
Jeremias - Pele é uma obra que, efetivamente, reflete o amadurecimento dos quadrinhos brasileiros.
comentários(0)comente



Marieliton M. B. 24/09/2018

Uma obra-prima!
Não importa que ele seja um ótimo aluno, um filho amoroso, um amigo leal pois existirão certas coisas que, infelizmente, estão fora do seu controle e isso, pra alguns, é o que o define... Em “Pele”, Jeremias vivenciará algo que marca diariamente a vida de pessoas como ele: o preconceito.

Esse quadrinho merece todos os elogios, prêmios ou o que for pelo simples fato de existir. Rafael Calça e Jefferson Costa colocaram nas páginas desse gibi tanto realismo, sentimento e aprendizados que deveria ser leitura presente nas escolas do Brasil.

Eu sou uma pessoa branca, logo nunca senti na pele algo parecido pelo preconceito que Jeremias e seus pais passaram ou ainda passam todos os dias, por isso pra mim esse quadrinho toca num ponto diferente. Ele me coloca no lugar da pessoa que, mesmo não sendo o agente do preconceito, é aquela que vê esse mal sendo feito e ri ou se faz de boba sem querer se meter. Eu me vi ali na pele do amigo do Jeremias que ria das piadas maldosas feitas a ele. Eu me via no lugar da professora que julgava o Jeremias incapaz de exercer uma profissão mais “reconhecida pela sociedade”. Eu me via com medo de sentar ao lado de uma pessoa negra no ônibus.

Esse preconceito enraizado dentro de nós precisa acabar. E um passo importante pra isso é saber reconhecê-lo. Além de entreter, Jeremias: Pele escancara isso e se até agora não havia percebido que até quem não se acha preconceituoso pode ajudar a espalhar esse mal, a expressão “quer que eu desenhe?” tá bem aqui nesse quadrinho, ou seja. 8)

Durante a leitura eu já vinha me comovendo e me impressionando com a história, mas quando cheguei na página 52, não estava preparado pra o soco no estômago que recebi. Dali em diante, segui a leitura com os olhos marejados e me arrepiando com os vários momentos espetaculares pelo qual Jeremias vivencia. Ao final, obviamente, as lágrimas vieram junto com aquele quentinho no coração, pois apesar de tudo, temos aqui um final feliz.

O jeito que Rafael Calça deu personalidade ao Jeremias e aos demais personagens foi muito bom. E os desenhos do Jefferson Costa, apesar de aparentar num primeiro momento, serem “infantis” demais pra um tema tão sério, caíram como uma luva com o tom da história. Sério, roteiro e arte casaram de uma maneira sem igual.

Leiam Jeremias: Pele. Tenham a oportunidade de, em primeiro lugar, aprender que é possível ser quem você quiser, não importa a sua cor de pele, e em segundo lugar, a desaprender hábitos que em nada agregam ao mundo.

Esse quadrinho garantiu um lugar cativo no meu coração. 8)
comentários(0)comente



Toni 25/09/2018

Este é o décimo oitavo volume do selo Graphic MSP. Aqui em casa compramos religiosamente cada volume da coleção e sempre achamos tudo muito bom e nos conformes. Depois de Jeremias: Pele, no entanto, ficou difícil nos imaginar salvando qualquer outro em caso de incêndio (talvez o do Shiko — Piteco: Ingá — porque, né, Paraíba-mon-amour).
.
Como diz o rapper Emicida na contracapa da HQ, "É no atraso e na ausência de nossa voz [a voz do negro] que os piores pesadelos se solidificam". Jeremias: Pele é uma HQ que se faz presente e corre contra esse atraso. Um contundente "Exú nas escolas" a escancar o racismo estrutural que determina os modos de perceber o negro no Brasil — modos que criminalizam, violentam, menosprezam, cerceiam e aprisionam. Da professora que sugere ao Jeremias (melhor aluno da sala) que seja um pedreiro na Semana das Profissões ao pai parado pela polícia a caminho de buscar o filho e que precisa apresentar a carteira de trabalho para provar que não é "vagabundo". Está tudo lá, em 96 páginas de traços leves cheios de gravidade e emoção. (Chorei duas vezes, avaliem!)
.
Tenho dó da HQ que vier depois de Jeremias: Pele. Agora que o selo entrou na maioridade, a isenção e o alheiamento deixarão de passar despercebidos. É tempo de ouvir o negro, o gay, o gordo, o cego, o cadeirante, o pobre, o diferente, o desajustado, e aprender com o Jeremias que "não dá pra viver com vergonha de ser quem a gente é". Tempo de quadrinhos como Jeremias: Pele não serem mais o décimo oitavo na fila de lançamentos.
.
comentários(0)comente



Luísa 04/12/2018

Leitura extremamente importante
Linda Graphic Novel sobre o racismo presente na sociedade desde a infância e sobre as relações humanas. O trabalho de Rafael Calça e Jefferson Costa foi belíssimo na construção do personagem Jeremias, tão pouco explorado nos gibis da Turma da Mônica.

Essa Graphic Novel é necessária, principalmente para aqueles que lidam com a infância, para que, como diz Emicida na contracapa do livro, não cheguemos atrasados; para que consigamos impedir os efeitos brutais do racismo na vida das crianças antes que esses efeitos sejam irreversíveis.
comentários(0)comente



Fran Alves 23/12/2018

Leitura doída mas necessária
Quando vi pela primeira vez essa Graphic do Jeremias fiquei muito curiosa. Porque ele não é um dos personagens mais conhecidos da turma da Mônica. Mas me apaixonei pela capa e decidi comprar.

Só me arrependo de não ter conhecido os autores na ccxp 2018, pq essa história é sensacional.

Gente que dor lendo essas páginas. Fala sobre racismo, preconceito, aceitação. Me doeu muito, pq as vezes nós somos preconceituosos e nem notamos. Ler foi como um belo tapa na cara. Lágrimas caíram bonito.

Essa é daquelas histórias necessárias para se ler mais de uma vez na vida e fazer com que as crianças leiam.

Como Emicida diz , citando Elisa Lucinda, na contracapa " nós precisamos parar de chegar atrasados na vida das pessoas." E realmente precisamos ensinar para as crianças a se aceitarem e aceitarem os outros como são. Todo mundo é diferente é igual ao mesmo tempo, e temos que aceitar que vamos nascer, viver e morrer. Que debaixo da pele corre sangue. Vermelho, igual o de todos.

Nada nos difere então porque todo esse preconceito passado de geração em geração?
comentários(0)comente



mouemily 23/12/2018

Chorei umas três vezes lendo essa hq e tive que me segurar pra não chorar mais.
comentários(0)comente



176 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR