Jeremias: Pele

Jeremias: Pele Jefferson Costa
Rafael Calça
Rafael Calça




Resenhas - Jeremias: Pele


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mouemily 23/12/2018

Chorei umas três vezes lendo essa hq e tive que me segurar pra não chorar mais.
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Gramatura Alta 11/05/2018

http://www.gettub.com.br/2018/05/jeremias-pele.html
Jeremias foi um dos primeiros personagens criados por Maurício de Souza, lá nos anos de 1960, logo após o Franjinha e o Bidu, e foi o primeiro personagem negro da turminha. Uma curiosidade da época, é que os desenhos tinham um estilo chamado de blackface, cuja origem veio do teatro, onde atores brancos pintavam o rosto de preto para representarem pessoas negras. Aos poucos, essa técnica foi abandonada, uma vez que era exagerada e considerada por muitos como racista. Abaixo, podem ver como o personagem evoluiu com o passar dos anos.

Agora, Jeremias virou a estrela do mais novo lançamento das Graphic MSP, com PELE, e a edição entrega o esperado: uma história sobre racismo, preconceito, segregação, marginalização, injustiça, hostilidade, mas também sobre integração, reconhecimento, paternidade, amizade, aprendizado, superação, amor. Tudo de forma bem clara, direta, sem subterfúgios, para que a mensagem possa ser lida e compreendida por leitores de todas as idades, inclusive os mais novos, os bem mais novos.

Essa clareza é perceptível quando Jeremias sente na pele o preconceito e tem uma discussão com o pai, este último diz em letras grandes e em negrito o que precisa ser dito para que as pessoas compreendam de forma absolutamente inequívoca como é custoso e doloroso bater de frente com o preconceito. A sensação que passa, é a de um grito, para que todos ouçam, para que todos aqueles que acham que podem diminuir alguém por causa de sua cor, raça, religião, ou qualquer outro coisa, o quanto estão sendo ineptos como seres humanos.

Para completar essa sequência, no fim da edição, Jeremias lê em sala de aula uma redação que foi pedida pela professora, e no seu texto, ele contradiz o que foi dito pelo pai naquela discussão. E esse é o ponto alto da história, quando essa contradição faz todo o sentido. Não quero reproduzir o teor do texto, para não estragar a experiência de quem for ler, mas, basicamente, ele trata de que alguém que sofre preconceito não precisa ser mais do que é para se provar, porque não precisa provar nada. Como por exemplo, recentemente, uma pessoa me perguntou se eu tinha amigos negros e gays; eu respondi que não classificava meus amigos. Eu tenho amigos. E ponto.

Pela expressão dos olhos de Jeremias, em diversas situações a que ele é obrigado a viver, fica claro o seu pensamento e indignação: quem você pensa que é para evitar se sentar ao meu lado no ônibus só por causa da cor de minha pele? Quem você pensa que é para achar que tem o direito de escolher minha profissão só por causa da cor de minha pele? Quem você pensa que é para esconder sua bolsa por achar que será assaltada por mim só por causa da cor de minha pele? Quem você pensa que é para me considerar menos inteligente só por causa da cor de minha pele? Quem você pensa que é para achar que eu sou diferente de você só por causa da cor de minha pele?

Enquanto o enredo é limpo e direto, os desenhos são, por vezes, exagerados. Isso poderia ser um pouco confuso para o leitor, mas eles são exagerados dentro de um contexto específico, com o objetivo de reforçar a emoção dos personagens e a importância dos acontecimentos. Por isso, acaba funcionando e transmitindo o desejado, ou seja, os desenhos conseguem passar, além do que está acontecendo, uma amostra da intensidade do que os personagens estão sentindo.

As cores combinam perfeitamente com o desenho e com a mensagem da HQ: elas são, na sua maioria, escuras e foscas, realçando um traço mais grosso e reto, com curvas arredondadas. Gosto especialmente dos fundos de predominância de uma cor, dando um realce maior aos desenhos principais, mesmo quando são outros personagens que estão na paisagem. De certa forma, isso dá um tom sério a toda a trama, sem parecer dramático.

Por toda a edição, existem referências a vários outros personagens de Maurício de Sousa. Alguns aparecem mais, outros menos; também existem detalhes sutis que remetem a edições passadas das Graphic MSPs, o que passa a ideia de que estão a criar uma espécie de universo compartilhado dos personagens adaptados por outros autores (culpa da Marvel, que comprovou que isso funciona nos cinemas, e já estão aproveitando para fazer o mesmo). E algumas coisas são melhores explicadas, como por exemplo o motivo de Jeremias usar um boné. Afinal, racismo podia existir até nas pequenas ideias, e nunca é tarde para se retratar do que foi feito de forma um pouco estranha no passado.

JEREMIAS: PELE é uma obra que poderia ter vindo mais cedo, bem mais cedo, mas que nem por isso chegou tarde. Assim como PANTERA NEGRA nos cinemas, a HQ trata de assuntos ainda necessários no mundo em que vivemos, infelizmente. Ela não irá mudar o comportamento de quem é racista, porque esse tipo de pessoa se sente ameaçada pelo que não é igual a ela, e o medo é algo difícil de vencer, ainda mais por quem não enxerga suas próprias deficiências. Entretanto, ela poderá ensinar às pequenas pessoas, que ainda estão em formação de caráter, a compreenderem que não existe diferença na pele; existe diferença, apenas, na mente.

site: http://www.gettub.com.br/2018/05/jeremias-pele.html
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Silmara Pereira 10/02/2019

Como lidar com essa HQ?! Que me emocionou e me fez refletir sobre um tema tão relevante e necessário de discussão: o Racismo!!

"Jeremias - Pele" é uma história sobre um personagem criado em meados dos anos 1960, por Mauricio de Sousa. Nessa edição simplesmente linda, o roteiro ficou por conta do Rafael Calça e a arte e a cor foram do Jefferson Costa.

Me emocionei demais no decorrer dessa história, chorei por saber que, infelizmente, muitas das situações narradas não têm nada de fictícias.

Em um país como o Brasil, no qual há um processo velado e muitas vezes hipócrita no que se refere à prática do racismo, perpetuado de diversas formas, é extremamente necessário ver o tema ser trazido à tona de forma tão real, profunda e significativa.

Eu amei e recomendo a leitura dessa HQ!!

*Essa foi uma indicação do Renato, da equipe super especial de profissionais que atuam na Biblioteca do Parque Villa Lobos, em São Paulo, um local que eu adoro e no qual peguei esse exemplar emprestado.
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Rafael 12/02/2019

Sensacional
Rafael Calça e Jefferson Costa conseguiram escrever uma história impactante sobre o racismo com um personagem que deveria ser mais valorizado.
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Matheus 20/02/2019

O tema fundamental de enredo simples
Jeremias me foi colocado como "A" HQ da MSP. Dado esse destaque e as notas que vejo por ai, este quadrinho me deixou deixou decepcionado. Mas veja, não porque é ruim, mas sim pelo Hype que não correspondeu.
Jeremias tem um desenho arrebatador, coloração fora do normal e muito oportuna, louros ao desenhista. O tema escolhido é fundamental e necessário no momento que vivemos, uma tratativa próxima de uma criança que vê o preconceito e o bullying próximo e até refletido em seus pais. Porém, o roteiro é simples. Me vi em um quadrinho do cebolinha, com movimentos previsíveis, uma história marcada. Espero ler muito mais inciativas como essa da MSP, mas para um quadrinho "adulto" ainda tem muito mais realidade para ser dita, profundidade nos personagens. É o 4 mais duro que já dei. Porque é daqueles que eu gostei mas queria e sabia do potencial que tinha para ser um 5. Independente, LEIA! E compartilhe.
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z..... 05/03/2019

HQ com descobertas interessantes:

- o texto na contracapa de Emecida, sobre o diferencial de transformações, a partir de frase da atriz Elisa Lucinda ("parar de chegar atrasado na vida das pessoas") - mensagem singelamente poética e bonita;
- a apresentação de Maurício de Sousa na constatação de que Jeremias em seus quase 60 anos nunca teve protagonismo em alguma edição especial - aspecto para reflexão;
- a história roteirizada de maneira tocante por Rafael Calça em importante questão social - entre as melhores da coleção;
- e as ilustrações de Jefferson Costa no diferencial em formas e cores - numa folheada inicial havia achado esquisitas, mas na leitura revelaram-se impactantes e atrativas em simples detalhes, ao ponto da história fluir várias vezes sem a necessidade de textos.

Leitura prazerosa e edificante, estimulando reflexões.
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Gláucia 17/03/2019

Jeremias: Pele - Rafael Calça e Jefferson Costa
Li junto com meus filhos e foi interessante constatar que o mais novo, de 7 anos não entendeu bem pois ainda não percebeu a existência do racismo no mundo. E é exatamente isso que essa história traz, a primeira vez que Jeremias vivencia essa dolorosa realidade, provavelmente e primeira de muitas.
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Raquel.Euphrasio 15/04/2019

Me emocionei já na apresentação: "É muito mais que uma questão de pele, é uma questão de coração." História linda, emocionante.
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Vinicius.Veloso 11/10/2019

Sensível e emocionante
Acreditei que, após Arvorada, não choraria em outra HQ. Estava completamente enganado.
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@desaniversarios 30/12/2019

O racismo prova o quanto ainda somos primitivos.
Jeremias traz uma mensagem tão incrível sobre companheirismo, mostra o verdadeiro significado de família e ainda nos conta sobre o quão difícil é ser negro em um país racista.

Aprendi muito com o Jerê! O preconceito está tão enraizado na nossa cultura, e, infelizmente, as pessoas ainda acham que não... Com certeza quando eu pensar em presentear alguém com uma HQ, a escolha será Jeremias. Ele tem muito a ensinar!

Impossível não dar cinco estrelinhas e favoritar! O roteiro é maravilhoso, as ilustrações são apaixonantes! Recomendo de olhos fechados. Essa HQ é muito mais que uma simples história!

Fica um pensamento: sempre estudei em escola particular. E durante toda a minha vida, só lembro de um menino negro (na escola INTEIRA). Será mesmo que a raça negra tem as mesmas oportunidades?

site: https://www.instagram.com/p/B3Ii0xMgAcX/
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Olgashion 01/01/2020

O racismo em sua forma institucionalizada. Essa HQ demonstra a realidade do negro com força.
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Danilo Moreira 13/01/2020

Obra prima
Acho que dos Graphics MSP que li até agora, foi o que mais me impactou. História fascinante que vai direto na jugular da sociedade ao abordar o racismo, a representatividade negra e todas as questões em evidência que envolvem a população negra no Brasil. Os quadrinhos são tão ricos em detalhes que você precisa observar bem o todo para captar as várias mensagens e referências que estão sendo passadas, às vezes, ao mesmo tempo. Há quadrinhos que não têm falas, mas na verdade estão gritando para a gente ao denunciar determinadas situações de racismo da qual muitos negros são vítimas no cotidiano. Nem tenho mais palavras para descrever o quanto fiquei fascinado. É um livro que deveria ser adotado nas escolas pela quantidade de lições que ensina.
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Manços 06/03/2020

Miscelânia de emoções
A turma da Mônica também tem personagem negro, sabia?! Nem eu. Foi emocionante voltar à infância em um livro que mostra os dilemas do preconceito racial de um jeito tão preciso, porque ele mistura a inocência da criança, a tentativa de fechar olhos pais pra proteger o filho enquanto ao mesmo tempo tentam conscientizá-lo. Como não amar?!
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K-Roll 09/03/2020

E vamos de mais uma perfeição nas Graphic novels da MSP. Em poucas páginas nessa área que é abordado o racismo estrutural que ainda está enraizado em nossa sociedade. Brilhante
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Ana Carolina 10/04/2020

Muito emocionante, recomendo muito!
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