Tícia 08/08/2020
A coisa toda começou comigo sem expectativa.
Depois degringolou porque garrei birra da mocinha.
Aí, decidi abstrair e continuar porque sou legal assim.
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Sabe uma história que é boa, mas te entala porque o assunto é pesado e você fica se remoendo de revolta a cada descoberta e quer entrar na história e sair estapeando geral, com brados histéricos porque já deu, mas você percebe que não se pode por limite na ruindade humana e dá-lhe mais capetagem?
Gritos no silêncio.
Aliás, esse título encaixa com perfeição e pode ser interpretado em vários níveis.
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O livro é bem escrito e tem aquela narrativa ágil que eu gosto, ou seja, sem enrolação desnecessária que só serve pra atravancar o ritmo e me deixar com má vontade.
Não tem surpresa alguma, não é original, mas a autora consegue te enfiar na história de uma maneira que te deixa tensa porque fica esperando a merda acontecer e ela inevitavelmente, acontece.
Seu psicológico, obviamente, dá uma escangalhada.
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Resumo: assassinatos começam a ocorrer e a detetive mal humorada é chamada pra investigar. Descobre-se que as mortes atuais têm relação com um orfanato incendiado alguns anos antes. Morre mais alguns, bizarrices vão sendo descobertas e, confesso: o final não me surpreendeu. Mas o finalzim, aquela descoberta lá das últimas páginas me deixou com a sensação de “como deixei isso passar?”.
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Não quero falar mais nada porque essa é o tipo de história que qualquer troço pode levar a spoiler. E sei que spoiler soltado, para muitos, é o fim de amizades e o motivo do fim do canto dos pássaros.
Mas te falo: leia!
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;)