O Idiota

O Idiota André Diniz




Resenhas -


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Robremir 20/02/2024

Leitura para curioso
A obra apresenta as ações e reviravoltas da novela de Dostoiévski, mas fica difícil refletir sobre as reais motivações de cada personagem. O que leva a cada escolha, ou por que os laços se mantêm, feitas as escolhas. Durante a leitura do gibi, que é mais difícil de se ler do que se pode imaginar, uma vez que é uma enxurrada de acontecimentos, a gente fica se preocupando quais são as reais motivações de cada personagem e quem está sendo o idiota ali. Dá vontade de ler o original? Sim e não. Não sei se teria paciência com tanta reviravolta emocional. São todos muito inconstantes em suas decisões e muito presos a conveniências. Eu realmente gostei muito da obra por me poupar tempo me permitindo conhecer o romance. Que o desenhista possa nos presentear com outras edições assim.
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Ricardo.Silvestre 21/04/2023

O Príncipe Liev Michkin?
Adaptado do romance de Fiódor Dostoiévski com o mesmo nome, este ?O Idiota? em versão HQ é uma boa surpresa.
Tendo em conta que das 416 páginas pouco menos de 30 contêm diálogos, a história é contada quase exclusivamente por imagens o que já por si é deveras desafiante, principalmente para aqueles que não conhecem o original, como é o meu caso. De mente limpa e sem influências mergulhamos numa história da qual nos tornamos narradores o que se torna o processo muito estimulante.

No que toca ao desenho, adoro. O traço de André Diniz é muito particular, muito original aos meus olhos, e de uma enorme expressividade, o que só ajudou na minha própria interpretação da história.

Fiquei com a curiosidade bastante aguçada para ler o original mas também com a certeza de que é perfeitamente possível fazer-se ?literatura desenhada?.
SimoneSMM 23/04/2023minha estante
Adoro o príncipe Michkin! Aliás, Dostoiévski não erra!


Ricardo.Silvestre 26/04/2023minha estante
Eu não conheço a obra que serviu de inspiração para esta banda desenhada mas já fiquei muito curioso. Mas primeiro ainda tenho o ?Crime e Castigo? ali na minha estante a olhar para mim? ?


SimoneSMM 26/04/2023minha estante
O meu tb me olha. Quero reler os q li e acrescentar Os Irmãos Karamazóv. ?




Leandro 29/01/2023

O idiota
Uma classico de fiódor dostoiévski adaptado para os quadrinhos. Meu primeiro contato com o escritor foi por essa hq, muito bem feita por sinal. Vou atrás dessa obra em seu texto integral.
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Gramatura Alta 21/05/2018

http://www.gettub.com.br/2018/05/o-idiota.html
Vocês já devem ter notado e vivenciado como os valores do mundo estão invertidos. Em diversos âmbitos, prega-se o ódio, no lugar do respeito; o egocentrismo, onde deveria haver solidariedade; a presunção, sobre a empatia. Pensando nisso, há uma situação recorrente em nosso dia-a-dia: o fato de que, por diversos momentos, tentamos ajudar alguém, e esse alguém acaba por não valorizar a mão que lhe foi dada, desprezá-la ou semelhantes circunstâncias. Por isso, já ouvi diversas vezes que sou idiota, que não devia ter auxiliado e me compadecido. Aposto que vocês também passaram por algo parecido – e se não passaram, acreditem, ainda vão passar.

Vi em O IDIOTA – e, no caso, o "idiota" em questão se chama Liev Míchkin –, essa inversão de ser bom em cada página impressa. Míchkin é um personagem que precisa de certa introspecção para ser totalmente compreendido: ele viveu por muitos anos em sanatórios e seu contato humano foi básico, senão mínimo. Liev carrega consigo uma inocência e bondade que são intrínsecas e inabaláveis, além de uma sabedoria que se faz perceptível ao leitor, mesmo pelos quadrinhos, mesmo através de suas pouquíssimas falas. Uma cena que muito me marcou, foi quando ele enxergou, em um simples desenho, a tristeza de uma das personagens mais intensas do livro, quando os demais, ao olharem para ela, viam apenas maldade e características semelhantes.

Míchkin tem um modo peculiar e particular de enxergar o mundo, o que acredito que seu passado tenha potencializado. Sua pureza esmagadora chega a ser engraçada, em alguns contextos, de tão incomum e, ao mesmo tempo, tão singular e bonita. Há uma inteligência emocional quase concreta no protagonista, e sua falta de filtros faz com que ele aja e fale de acordo com o que sente e vê. É assustador e impressionante vê-lo interagir com os outros personagens na HQ, pois você anseia por saber o que Liev está pensando, há curiosidade em entender o quê, e como ele, de sua forma única, está observando. Embora, combinada a essas sensações, há quase uma necessidade de protegê-lo, de impedi-lo que aja de acordo com sua personalidade, já que sabemos que, ora ou outra, ele vai sofrer por ser do jeito que é.

Há ainda, nesta edição, um prefácio. A primeira vez que li, antes de começar a leitura, estranhei como um personagem pode ter semelhanças tanto com Jesus, quanto com Dom Quixote. Foi impossível, para mim, realizar tal arranjo. Fico surpresa, e até um pouco encantada, em dizer que consegui enxergar no protagonista tais essências.

É extraordinário, durante a leitura, como Dostoiévski consegue ser atual, mesmo com um HQ baseada em um livro escrito por volta de 1867. O espírito do tempo daquela época ainda está muito vivo na modernidade e nas discussões que são levantadas diariamente. O IDIOTA é uma obra de séculos atrás, entretanto há em suas folhas, o retrato do abuso sexual infantil e suas consequências, a demonstração de como é a epilepsia – e de como Liev é mais do que um epiléptico, que é, acima de sua doença, uma pessoa que sente, pensa e vive –, e alguns comentários críticos sociais que, de seu modo característico, Míchkin faz. Compreendo que, pela recriação quase sem falas que André Diniz fez, o destaque que os poucos diálogos existentes têm é enorme. Porém, é inegável a enormidade da fala de Liev, quando recorda a execução de um homem na guilhotina que assistira (e tentara impedir) quando era mais novo:
“A execução de um criminoso é um crime mais grave do que o crime cometido por ele.”
E o trabalho de André Diniz é sublime. Os desenhos têm traços fortes e são impactantes na crueza em que demonstram as emoções. Como já dito anteriormente, a pouquidade de diálogos e falas escritas, tornou a leitura do quadrinho mais intensa. Só consigo compará-la, para a compreensão de vocês, com a recente experiência de assistir ao filme UM LUGAR SILENCIOSO, ou então relembrar brincadeiras como Gato Mia, em que cobríamos nossos olhos e tínhamos de seguir nossos amigos apenas utilizando o tato e a audição. Há uma agudez de sentidos, uma intensificação de sensações. Ficou realmente incrível. Gosto muito de quadrinhos e mangás, adoro a mistura de falas e ilustrações. Contudo, O IDIOTA, com sua escassez de trechos escritos, dá ao leitor uma compreensão e visão muito rica. A edição é, por completo, sensacional! Os detalhes da capa, a qualidade do papel, as orelhas largas e o prefácio instrutivo e interessante, só complementam o livro.

É importante dizer que não conheço a obra integral de Dostoiévski. Sempre tive a vontade de ler outros livros do autor, como CRIME E CASTIGO e OS IRMÃOS KARAMÁZOV. Entretanto, sou uma leitora um tanto medrosa quando se trata de clássicos russos. Mas quando surgiu a oportunidade de ter esta edição de O IDIOTA em mãos, mesmo sabendo que era uma recriação em quadrinhos, hesitei em tomar a iniciativa de lê-lo. Até mesmo dei uns três passos mentais para trás, praticamente fugindo. Todavia, fico feliz que eu tenha arriscado. Valeu a pena, sem sombra de dúvida. Surgiu até a pequena centelha de querer ler o livro. No entanto, assumo que preciso amadurecer mais essa ideia.

Com o final da leitura, vendo o estado de Míchkin, tudo o que ocorreu, as suas poucas alegrias e muitas dores, e a tragicidade da conclusão... eu fiquei balançada. Sempre acreditei que, por mais que sejamos rechaçados como idiotas por muitas pessoas, não é o nosso modo de viver, de enxergar e de tratar os outros que deve mudar. Não somos nós os errados. São os outros. A pergunta final era sempre: que preço pagarei se eu mudar? Entretanto, com o término de O IDIOTA, a questão que fechou aquelas páginas – e continuou em minha mente por um tempo, persistente –, era: que preço pagarei se eu não mudar?

site: http://www.gettub.com.br/2018/05/o-idiota.html
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Anderson Son 14/10/2023

Imagens que dizem muito
Gostei bastante da reescrita somente com imagens e poucos textos. Não li ainda a obra original mas gostei bastante da história como foi feita, desta forma. Embora trate de questões relacionadas ao triângulo ou quadrângulo amoroso, é bem evidente as problematicas envolvendo a personalidade de cada personagem e como é difícil a relação entre eles.
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Bruno Garcia 23/07/2018

Obra de Arte
O trabalho do Andre Diniz é digno de premiação devido ao cuidado e modo de narrar esse clássico de Dostoievski. Com imagens e poucos detalhes consegue passar toda expressão e sentimentos dos personagens com um lindo traço para desenhar. Obra de Arte! Coisa linda!
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Lu 30/08/2018

O que eu gostei nessa versão de André Diniz é que muito pouco precisa ser dito, seus traços são de tal forma que conseguimos capitar facilmente a expressividade ali presente. Diniz soube resumir bem a história de Dostoiévski, mas, ao meu ver, resumiu até demais.
Estou extremamente confusa sobre o que achei desse livro pois ao mesmo tempo que senti falta da profundidade dos diálogos de Dostoiévski, achei também que eles foram perfeitamente representados apenas com traços.
Provavelmente o erro está na minha própria expectativa de que fosse uma obra fiel a original mas, partindo do ponto de que a versão em HQ nunca teve essa intensão, então é um ótimo livro.
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I.Cream.Sopa 23/04/2024

Gostei muito do estilo do artista, mas por vezes ficou muito difícil entender a imagem. A história me fez querer ler o livro em sua íntegra, mesmo com as, no máximo, 30 falas da hq
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LALA LITERARIOS 10/08/2022

O clássico de fiodor Dostoiévski em quadrinhos, com poucas falas e apenas expressões, o autor consegue fisgar o leitor com ilustrações incríveis, com traços marcantes, é possível entender a história apenas através do modo de expressão dos desenhos e traços ? fiquei com vontade de conhecer a obra original ?
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VitAria67 01/12/2022

O enredo seria perfeito para uma novela das sete, caso não tivesse aquele final.
Gostei bastante como adaptaram um clássico russo para quadrinhos, e extra as ilustrações foram inspiradas nos cordéis.
Um livro de poucas falas, tive que parar algumas vezes pra voltar e reinterpretar oa desenhos pra conseguir entender lá na frente, mas mesmo assim a leitura foi rápida.
Agora pra falar um pouco sobre a história, vou falar que achei interessante, tudo mudava muito rápido, dava piruetas. Além disso mostra a loucura dos homens atrás de algo que quer, no caso uma moça muito bonita, que fez rodar toda história, ela fazia o que queria e quando queria, não deixou os homens mandarem na sua vida, mas seus conflitos internos mandaram. O autor mostrou como a obsessão e loucura estão juntos e o resultado dos dois.
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Laís 29/05/2018

[#resenhamaniadelivro] O Idiota – André Diniz
[#resenhamaniadelivro] O Idiota – André Diniz

O Idiota é um romance escrito pelo russo Fiódor Dostoiévski. Acredito que grande parte dos leitores já tenha ouvido esse nome ao menos uma vez! Conhecido pelos seus textos densos, carregados de discussões e para muitos de difícil leitura, Dostoiévski é um ícone da literatura clássica mundial - suas histórias são muitíssimo aclamadas há mais de 100 anos.

Essa é uma adaptação da história original em formato de quadrinho, o que por isso só já é extremamente interessante. A sinopse, claro, promete ainda mais!

O livro irá contar a história de Míchkin, um jovem que havia passado grande parte da sua vida internado num sanatório devido a sua condição de saúde. Quando sai, ele vai à busca da sua única parente viva. Assim conhece Ivan, Rogójin, Nástacia, entre outros personagens completamente singulares, diferente de tudo que eu já havia “lido”.

Coloquei lido em parênteses porque essa HQ não tem falas. Achei isso engraçado: um autor que é mundialmente conhecido por seu texto tão difícil, ter sua história transformada numa série de imagens com pouquíssimos diálogos para situar. Só posso conformar que a essência se manteve: mesmo diante de outro ponto de vista, por meio de imagens, achei essa história intensa e louca. Bem louca.

A sensação que ficou é aquela pequena confusão mental, como se eu tivesse deixado passar algo. Tenho plena noção que para entender essa história vou precisar ler e reler o livro algumas vezes. Mesmo só com as imagens, é fácil perceber que se trata de uma história sofrida e sombria, como se conversasse direitamente com muito do pior que o ser humano possui. Personagens loucos, estranhos, egoístas e tão singulares que fica compreensível entender porque suas obras são tão famosas. Elas incomodam e marcam o leitor.

O trabalho gráfico dessa HQ tá incrível. Traços grossos e bem marcados, cenas expressivas e que passam a profundidade que a história aparenta ter.

Eu gostaria que o quadrinista tivesse usado um pouco mais de falas do texto original. Diálogos só teriam enriquecido essa experiência!

-Livro cedido em parceria com a Cia das Letras.

site: https://www.instagram.com/_maniadelivro/
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none 26/08/2018

Arte em quadrinhos
O próprio livro de Dostoiévski dialoga com a arte seja com Dom Quixote de Cervantes seja com a Bíblia seja com quadro de Hans Holbein representando o Cristo morto. A adaptação dialoga com literatura de cordel, o expressionismo do cinema, xilogravuras de Osvaldo Goeldi. Enfim, leia o livro se você aprecia e já leu Dostoiévski ou se aprecia obras de arte. Porquê é isso que a gente tem em mãos com este clássico adaptado. Ah, mas cadê os balões? Tenha um pouco de imaginação. Você vai precisar de um bocado para ler o romance sem influências que podem deturpar a leitura. Aproveite e curta o melhor dos dois mundos, leia os quadrinhos, o romance, os dois ao mesmo tempo e releia quando e quanto quiser!
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Biblioteca Álvaro Guerra 20/09/2019

O idiota, de Fiódor Dostoiévski, é um dos maiores romances da história da literatura. Nesta incrível versão em quadrinhos, o artista André Diniz mergulha na prosa do mestre russo e cria uma graphic novel eletrizante e original, uma jornada aos abismos interiores e horrores metafísicos de um dos mais implacáveis escritores do século XIX. Em preto e branco, e num registro quase sem palavras, André Diniz propõe uma recriação surpreendente de O idiota, obra máxima de Fiódor Dostoiévski.

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Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535930726
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