bia prado 25/10/20213.5não sei exatamente qual minha opinião sobre friends to lovers. eu gosto mas não é 100% favorito porque a transição de um para o outro pode ser muito messy e estranha. então se o autor souber fazer bem, tem potencial pra ser um dos melhores tropes que existem, como é o caso de People We Meet On Vacation. precisa saber trabalhar bem a parte da amizade e dos sentimentos de afeto, porque aqui os personagens correm muito mais risco do que num enemies to lovers. se as coisas não derem certo você perde seu melhor amigo e eu quero ver essa urgência e importância que os personagens vão dar pra transição para amantes. tem que ter aquele desespero “MEU DEUS DO CÉU e se eu me declarar e estragar nossa amizade pra sempre? eu prefiro ser amigo dela do que nao a ter na mina vida”. eu quero ver esse drama! então toda palavra, gesto, olhar conta demais. você ta arriscando tudo, colocando seu coração pra fora, principalmente porque aquela pessoa te conhece como nenhuma outra e tudo que você fizer tem um significado gigantesco. por isso ao trabalhar com esse trope tem que ter cuidado para mostrar bem essa importância que os personagens dão um pro outro. é basicamente “I know you. I feel you. I care about you. And I want to be by your side for the rest of our lives”.
Josh and Hazel's Guide to Not Dating até que trabalhou bem isso. achei sim que o começo da amizade deles foi um pouquinho forçada, porque a Hazel só decidiu (da cabeça dela kk) que queria que o Josh fosse o melhor amigo dela e bom… ela fez isso acontecer. quando eles começam a ir nos dates a relação ficou mais orgânica pra mim e gostei de ver eles se apaixonando.
confesso que achei o livro um pouco raso demais e tudo bem não ser tão profundo, mas os personagens são bem estereótipos da maniac pixie dream girl e good guy/ boy next door. a gente não se aprofunda muito mais do que isso, como se só tivessem uma personalidade. acho que isso é uma característica dos livros dessas autoras, na verdade. mas este aqui me cativou muito mais do que Roomies.
as autoras poderiam ter jogado drama desnecessário, principalmente no final, e gostei que elas não fizeram isso. não tem joguinhos, mentiras, verdades ocultas ou outras coisas que costumam me irritar. foi um livro leve, sem grandes reviravoltas e bem fofo. ao contrário de algumas pessoas, eu não me importei com o trope que acontece no final. na verdade, gostei da forma que foi trabalhada. novamente: foi bem fofo. gostei, gostei, gostei.
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