Garotas mortas

Garotas mortas Selva Almada




Resenhas - Garotas Mortas


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Rittes 10/07/2018

Garotas mortas x Cultura viva
Não havia lido nada de Selva Almada, mas esse pequeno e poderoso trabalho me impressionou. Primeiro, por abordar o ainda vivo ódio que algumas mulheres, se não todas, atraem para si pelo simples fato de serem mulheres. Feminicídio, sexismo, violência e machismo se apresentam cruas nas palavras poéticas de Almada. Livro forte e necessário. Apenas leiam.
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Adriana Scarpin 24/08/2018

Quando ouvi pela primeira vez sobre o que retratava este livro, pensei imediatamente no glorioso e monumental capítulo sobre os feminicidios mexicanos no 2666 do Bolaño, mas foi um erro meu à primeira vista, o livro da Almada é menos pungente no horror, mas igualmente necessário para entender os meandros do patriarcado.
E vou contar, mesmo eu tendo trabalhado numa delegacia da mulher acolhendo mulheres em situação de violência, relatos sobre essa constante violência contra mulheres só pelo fato de o serem, ainda é impactante e revoltante a menor sombra dessas violências, mas a escrita de Almada torna essa experiência ao menos passível de uma poesia do desespero, da revolta, do trágico.
Uma das passagens mais bonitas do livro é quando a autora compara uma das garotas mortas do título à Ofélia de Hamlet, tendo como intermédio o famoso quadro de Millais e a forma que o corpo fora encontrado, o que certamente demonstra a magnitude tétrica de sua escrita.
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Renata (@renatac.arruda) 21/09/2018

Uma das histórias contadas por Clarissa Pinkola Estés em Mulheres que correm com os lobos é a da Mulher-Esquelo: aquela que é assassinada pelo pai e tem seus ossos jogados ao mar, retornando à vida quando um pescador desavisado retira sua ossada da água. Em Garotas Mortas, Selva Almada utiliza como recurso narrativo uma taróloga, a quem chama de Senhora, que em determinado momento conta uma história parecida, a da Mulher dos Ossos, aquela que recolhe os ossos dos que ficaram pelo caminho até que o esqueleto se transforme em lobo e saia em liberdade. É uma metáfora poderosa para o que ela faz aqui: sair em busca da verdade por trás das mortes de três garotas na Argentina rural dos anos 80, cujos assassinatos ficaram impunes, e resgatar do esquecimento a memória de suas vidas, enquanto denuncia a banalização do feminicídio.

É importante lembrar que Almada não é jornalista e nem pretende sê-lo; logo, o texto não traz dados, referências e informações sobre o feminicídio na Argentina e nem procura reconstruir a vida e trajetória dessas meninas. O que ela relata é um profundo desejo de entender o que fez com que as garotas fossem vítimas de crimes tão brutais, o que leva pessoas a agredirem as mulheres e por que esses crimes ficam impunes. As histórias, absolutamente terríveis, entrecortadas por expências violentas vividas ou testemunhadas pela autora, poderiam estar em qualquer livro policial ou de terror urbano, e chegaram mesmo a me lembrar romances como As coisas que perdemos no fogo, de Mariana Enriquez, e Objetos Cortantes, de Gillian Flynn - o que eles têm em comum é uma aparente falta de explicação para acontecimentos sinistros em que as mulheres são os alvos principais. Com o livro de Flynn as semelhanças chegam a ser desconcertantes, desde a circunstâncias de um dos crimes até a atmosfera de desconfiança, passando pela impotência de lidar sozinha com um assunto sobre o qual quase ninguém está disposto a falar e todos preferem esquecer.

É um livro muito recomendado para pensarmos a violência contra a mulher e, principalmente, para nos lembrar de que se continuamos vivas, pode ser por pura sorte.

Em: https://www.instagram.com/p/BoAZhDvhyu0/

site: https://www.instagram.com/p/BoAZhDvhyu0/
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Vanessa - @livrices 10/01/2019

O livro gira em torno do assassinato de três mulheres: Andrea, Maria Luísa e Sarita, mas a autora também relata outros casos que vai se recordando dentre as narrativas principais.
Não se trata de um romance, e sim relatos investigativos sobre feminicídios ocorridos na Argentina, por volta da década de 80, sem soluções, seja pela ausência de provas, seja pela ineficácia do Estado.
É incrível o envolvimento da autora com os casos, dedicando anos à procura de parentes das vítimas, entrevistas, novas informações e várias releituras dos processos. Me lembrou muito Casos de Família, da Ilana Casoy. É bem um jornalismo investigativo que te prende do início ao fim. Devorei em um dia.
As histórias em si são bem tristes, por vezes nos chocam, nos dão repulsa. Mas no fundo não é nada diferente da nossa realidade brasileira, machista e misógina. Se crimes tão violentos e chocantes como os descritos por Selva Almada não estampam os noticiários brasileiros é unicamente por serem perpetrados contra mulheres pobres e marginalizadas, esquecidas e desprezadas até pela comunidade próxima, quem dirá pelo Estado e mídia.
Mulheres são mortas todos os dias, exclusivamente por serem mulheres, das piores maneiras possíveis, por relações de poder masculinas.
Livro importante por trazer à superfície uma realidade por muitos ignorada.
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Jan 18/02/2019

Um alerta sobre o nosso tempo
Garotas Mortas, de Selva Almada é antes de um livro um alerta: olhe para seus acontecimentos e veja o horror do nosso tempo. A narrativa gira em torno das histórias de Andrea Danne, María Luísa e Sarita Mundín, todas assassinadas. E a autora não tem pormenores em narrar suas desgraças. Com uma pegada pouco policialesca, Almada investiga as circunstâncias de cada crime enquanto outras situações de morte de outras mulheres, para além das três protagonistas, ocorridas pelo simples fato de existirem, são apresentadas.

Na bagagem social temos um mundo misógino, machista, que insiste em negar este enraizamento cultural e a durabilidade dessas ações de violência. É um livro poderoso para um momento como o nosso: só no começo de 2019 mais de cem feminicídios ou tentativas do crime foram registrados, segundo levantamento realizado pelo professor Jefferson Nascimento, doutor em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo (USP). Leitura mais que recomendada: necessária.
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Debora 05/06/2019

Histórias necessárias de serem contadas
Apesar da importância e necessidade de contar estas histórias, a forma como a autora trouxe parece um relato jornalístico. As histórias são figurativas do machismo que impera e mostra como as vidas das mulheres são descartáveis, quando não mais servem para o prazer ou quando apresentam algum obstáculo.
Reconheço a relevância do tema. Reconheço o esforço da autora. Contudo, esperava mais.
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ElisaCazorla 11/06/2019

Qual é a contribuição deste livro?
Talvez contribua para adolescentes sem qualquer informação sobre violência de gênero.
Escrever minhas impressões sobre este livro não será fácil pois o assunto que ele levanta é muito delicado. Afirmar que não gostei deste livro não tem qualquer relação com as tragédias que aconteceram com várias mulheres citadas aqui ou tantas e tantas outras que sofrem ou sofreram inúmeros tipos de agressões de seus companheiros ou de qualquer homem que, por qualquer motivo, se achou no direito de violá-la, possui-la, agredi-la, diminui-la, humilha-la ou matá-la. Todas essas agressões me incomodam, me perturbam e me assombram. Mesmo assim o livro não fez, para mim, muito sentido.
Alguém havia me dito que este é um livro jornalístico mas já nas primeiras páginas muitas coisas apontam para longe do que eu imagino ser uma investigação jornalística. Continuei esperando que uma investigação séria se mostraria. Não acontece.
Saio do livro sem saber quase nada sobre as vítimas e sobre os crimes que a autora se propôs a investigar. Ela faz, sim, uma descrição sobre vários tipos de violência contra mulheres, mas nada do que ela diz acrescenta algo. Não preciso deste livro para receber um relato sobre violência contra mulheres. Basta ligar num jornal ou conversar com uma vizinha ou apenas ouvir o que muitos homens falam sobre as mulheres e sobre mim, inclusive.
O livro se resume num amontoado de 'eu acho'. "Eu acho que foi assim que aconteceu" da autora, "eu acho que foi isso que motivou" das pessoas que ela entrevista, eu acho que, eu acho que, eu acho que. E o pior é que ela vai em uma Senhora que lê cartas de tarô para ouvir o que as mulheres assassinadas têm a dizer. Como é? Se este livro fosse um romance policial seria um bem ruim, mas seria um romance. No entanto, este livro pretende ser um NÃO FICÇÃO e de não ficção ele tem quase nada.
Basear sua narrativa em entrevistas é uma coisa perigosa para um livro que se propõe e a ser não ficção! As entrevistas não sofrem qualquer análise crítica ou teórica e também nãos são contextualizadas social, cultural ou historicamente. São apenas relatos que parecem um amontoado de fofocas. Além das afirmações da Senhora cartomante que a autora parece considerar fatos e relevantes. O que é isso??
Se o seu objetivo era manter viva a memória dessas três mulheres, acho que também não teve sucesso algum, pois saio do livro com poucas informações sobre elas e suas vidas e suas particularidades.
Sobre os crimes e a investigação não há nada, quase nada. Se a polícia e a justiça falharam e a intenção da autora era oferecer alguma investigação mais aprofundada sobre os crimes, ela também falhou.
Por fim, um livro falho, fraco, sem informações importantes, levanta questões do senso comum já muito discutidas, debates muito rasos - quando aparece um. Talvez para uma adolescente sem qualquer informação sobre violência contra a mulher esse livro traga alguma contribuição e possa ajudar a pensar sobre isso.
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Marina 22/06/2019

Pesado mas extremamente necessário. E apesar de forte, um livro muito prazeroso de ler. Não espere grandes investigações e tramas policiais. Espere um livro que fala de feminicídio, nu e cru, que escancara nossa total vulnerabilidade nesse mundo, com nuances ricas da vida da autora. Uma obra pra falar daquelas que são mortas todos os dias, das mais diversas formas. De todas aquelas esquecidas pelo tempo e pelo acúmulo incessante de mais manchetes, mais casos incompreensíveis, mais garotas mortas.
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15/07/2019

O livro aborda casos de feminicídios ocorridos no interior da Argentina, focando principalmente em três não solucionados da década de 1980.

Apesar de ter achado interessante e lido numa tacada só, fiquei me perguntando depois qual era o objetivo da autora. Como é um assunto bastante recorrente, não há nada de novo nos casos abordados. Infelizmente. Além disso, achei a narrativa um pouco bagunçada também, pulando de um assunto para outro do nada, incomodando um pouco a leitura.
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Nádia C. 16/12/2019

Além do choque
Quando criança, quase adolescente, a pequena Selva Almada ouviu no rádio uma notícia sobre o assassinato de uma mulher, ocorrido perto de onde ela morava, esta notícia, mesmo sem todo o raciocínio crítico de mais tarde, já impressionou a escritora, ao imaginar que: ela poderia ter sido a vítima.

Ao longo do livro, que é descrito como jornalismo literário, a escritora argentina escolhe 3 casos de feminicídio (palavra que ainda não é nem reconhecida em todos os dicionários) ocorridos nos anos 80 na Argentina para se questionar sobre as condições de violência que todas as mulheres estão expostas simplesmente por serem mulheres. Os casos relatados são de certa forma "aleatoriamente" escolhidos, poderia ser qualquer um, poderia ser ela mesma, é o que une cada leitora e a própria escritora de forma intima as vítimas desses assassinatos - todos sem resolução até hoje.

Não há uma linearidade na narrativa, a autora entrelaça memórias pessoais, como quando pedia carona no caminho da escola, ou uma história de quando o pai tentou bater na mãe dela, também seus relatos ao decidir escrever o livro e a busca pelos familiares das vítimas ou informações que a fizessem juntar as peças dos casos, mesmo sem nenhuma intenção policial. Em algum momento percebi que ela procurou reviver essas histórias não na tentativa de solucionar algo, que já parecia perdido - ou que na verdade é mais do que encontrar um culpado - um culpado abstrato personificado nos assassinos: patriarcado.
Segundo Christine Delphy e, "Dicionário Crítico de Feminismo":

“Patriarcado” é uma palavra muito antiga, que mudou de sentido por volta do fim do século XIX, com as primeiras teorias dos “estágios” da evolução das sociedades humanas, depois novamente no fi m do século XX, com a “segunda onda” do feminismo surgida nos anos 70 no Ocidente.

Nessa nova acepção feminista, o patriarcado designa uma formação social em que os homens detêm o poder, ou ainda, mais simplesmente, o poder é dos homens. Ele é, assim, quase sinônimo de “dominação masculina” ou de opressão das mulheres. Essas expressões, contemporâneas dos anos 70, referem-se ao mesmo objeto, designado na época precedente pelas expressões “subordinação” ou “sujeição” das mulheres, ou ainda “condição feminina”. (fonte: qg feminista)


É a partir dessa noção que Selva Almada vai mostrando que a violência feminina na sociedade patriarcal que vivemos - no mundo todo, em alguns lugares em níveis maiores que os outros - fazem parte do cotidiano de meninas e mulheres de forma extremamente naturalizada. É ao se dedicar a escrever sobre 3 casos já esquecidos e sem solução que a autora tenta resgatar a memória das vítimas e de tantas outras esquecidas pela ideia de que "nada podemos fazer" e dizer: nossas vidas importam!

Quando que meninas começam a ter essa noção de mundo? A ideia assustadora e quase paralisante de que podemos ser a próxima vítima? E não só de um assassinato, podemos ser a próxima vítima de um assédio sexual, de um "fiufiu", de uma coerção sexual, de manipulação psicológica, de estupro, de uma tentativa de estupro, de um soco, de um relacionamento abusivo, de uma sex tape vazada na internet, de uma nude vazada na internet, de uma mentira de cunho sexual que contam por aí, entre tantas outras violências.

Quando tomamos consciência que nascer menina é estar exposta a não pode existir livre? E o que fazer ao saber disso?

Selva Almada não dá nenhuma resposta para isso, e nem pretende. Em Garotas Mortas somos entregues a perguntas e a desolação de se perceber mulher num mundo em que homens querem te violentar na primeira oportunidade que tiverem.

E não há quem ouse dizer que isso é exagero, é só dedicar 10 minutos a pesquisar que você poderá encontrar que hoje mesmo, uma mulher sofreu algum tipo de violência, é só perguntar a qualquer mulher próxima que você terá um relato de algum tipo de violência que ela tenha sofrido, seja sutil ou não. Mas homens também sofrem violência, alguns desonestos insistem em dizer, mas não sofrem por simplesmente nascerem homens.

O ponto negativo que achei do livro é que pra mim, ela poderia ter se debruçado a uma análise mais profunda e crítica sobre o feminicídio e o machismo cotidiano. Como o livro acaba levando um tom muito subjetivo e até poético, a autora acaba deixando de se posicionar mais em alguns momentos, ela expões detalhes que imagina sobre os momentos da morte o que dá uma sensação apenas de "choque", é preciso em obras como esta, que são criadas como manifesto contra isso, que seja claro como vivemos numa sociedade totalmente contaminada pelo machismo e como isso que leva a morte de mulheres.

O final também é bastante desolador, como já disse, Selva Almada conclui que só estamos vivas por pura sorte, o que não deixar de ter sua verdade, mas também precisamos nos apegar a esperança de que podemos lutar de alguma forma enquanto estamos vivas. Inclusive decidir escrever um livro sobre isso é uma forma de não estar viva apenas desejando não morrer na próxima esquina.

Achei o livro importante, mas faço essas considerações, devemos ler Garotas Mortas como um manifesto contra o silêncio, estamos vivas e vamos fazer barulho.

site: https://as-virgulas.blogspot.com/2019/12/garotas-mortas.html
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Carol @solemgemeos15 01/04/2020

“Garotas Mortas”: nomeando a misoginia do dia a dia #LeiaComASubjetiva
Desafio da Subjetiva #LeiaComASubjetiva

Afim de estimular a leitura, a Revista Subjetiva lançou o desafio da #LeiaComASubjetiva e nos meses de março e abril, o tema selecionado é Literatura latino-americana.

No caso, Selva Almada é uma escritora argentina e o livro Garotas Mortas se passa na Argentina, em especial com os crimes investigados ocorrendo na Argentina pós-ditadura.
Informações do Livro

Escrito por Selva Almada e publicado em 2018, Garotas Mortas conta a investigação da autora enquanto ela traça os pontos entre violência doméstica, feminicídio, subjugação feminina, exploração sexual de meninas e mulheres e a exposição do risco de vida das mulheres na recém democrática Argentina enquanto a mesma busca por mais informações sobre três feminicídios, tidos como “crimes pequenos” na época que acontecera.

Através de histórias pessoais e as três investigações que a autora realiza, Garotas Mortas mostra a misoginia cotidiana.
Temas abordados: Misoginia e Feminicídios

Comentando sobre a insegurança que sentiu enquanto nova, a autora estabelece a relação de três casos não resolvidos com a mesma — perceber que sua própria casa não era segura para meninas e mulheres.

A mesma fala:

“Não me lembro de nenhuma conversa específica sobre violência de gênero, nem que minha mãe fizesse alguma advertência expressa sobre o tema. Mas ele sempre estava presente: quando falávamos de Marta, a vizinha espancada pelo marido (…)”

Ou seja, embora não existia o processo de nomeação do problema em voga, o assunto não tinha escapatória, pois o era norma. A misoginia afetava suas vizinhas, suas mães, amigas, conhecidas e desconhecidas.

E a misoginia afetou as três mulheres que foram assassinadas por serem mulheres descritas em Garotas Mortas. Os três casos de feminicídios não resolvidos que não receberam grandes alarmes pela mídia e pela população e que ainda não encontraram resolução.

Andrea Danne, 19, assassinada com uma punhalada no coração enquanto dormia em sua casa.

María Luisa Quevedo, 15, estuprada, estrangulada e abandonada em local baldio.

Sarita Mundín, 20, desaparecida por meses até seus ossos aparecerem presos em galhos perto de um rio.

Considerações finais

Com uma escrita rápida e jornalística, o livro descreve como a misoginia é cotidiana e como três feminicídios exemplificam como mulheres são vistas e tratadas.

Uma boa leitura para quem deseja refletir sobre feminismo e violência contra mulheres.

site: https://medium.com/revista-subjetiva/garotas-mortas-nomeando-a-misoginia-do-dia-a-dia-leiacomasubjetiva-e23c4d7fd84d
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Leninha 19/04/2020

Três garotas são assassinadas na decada de 80 enquanto a Argentina retorna para a democracia.
?
A autora investiga estes casos, e enfrenta uma triste realidade: não há culpados, pois são crimes considerados 'menores', mostrando que a violência contra a mulher acaba se tornando algo comum. Interessa apenas aos familiares a àqueles que podem obter proveito com a situação.
?
Nos três relatos, observa-se o menosprezo pela figura feminina e a banalidade do feminicídio.
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julia 30/04/2020

É um livro muito sensível e bonito, sobre um tema que toca profundamente qualquer mulher. Me emocionei bastante em vários momentos. Gostei do jeito que a autora pulava de um caso pra outro, passando pela sua vida pessoal e também por outras história menores, de outras mulheres vítimas de violência.

Achei impressionante como um livro tão, tão pesado foi tão fácil de ler. O texto é realmente muito bom. Tem descrições técnicas misturadas com reflexões literárias. As descrições das andanças da autora durante a apuração só acrescentam à atmosfera do livro, porque ele nos relembra o tempo todo que é uma pessoa, uma mulher, que está por trás dessa investigação.

Um leitura rápida e intrigante, que não nos trás nenhuma resposta, mas que nos inspira a não esquecer das dores de viver em um mundo imerso em tanta violência.
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Suelen 31/05/2020

Tema muito importante
Cada vez mais o feminicídio está tendo relevância nas mídias e o assunto está sendo mais discutido.
Apesar de ler com um aperto no peito, eu consegui ler o livro em 2h, pois ele é bem curtinho. Gostaria que houvesse um final mais conclusivo onde os assassinos fossem descobertos e pagassem pelos crimes, mas sabemos que no mundo real isso nem sempre acontece, infelizmente.
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