Garotas mortas

Garotas mortas Selva Almada




Resenhas - Garotas Mortas


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Mari356 15/04/2024

Releitura
Acho que gostei ainda mais da releitira do que da primeira vez em que li.
Selva Almada faz um impressionante trabalho de jornalismo investigativo, mas opta por nos contar menos da sua busca do que dos fatos e de sua impressão sobre as mortes dessas meninas.
Entremeando as histórias com suas experiências pessoas, ela nos lembra o quanto não estamos seguras e como podemos nos tornar vítimas apenas por sermos mulheres.
Uma obra muito importante e uma narrativa fluida e envolvente, apesar de muito angustiante
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PJ 12/08/2020

Um grito contra o feminicídio
Costurando o texto entre memórias, impressões pessoais e relatos no estilo jornalístico, Selva Almada conta a história de três assassinatos. Os pontos que ligam os crimes e que chamam atenção são o fato de que as vítimas foram mulheres e que os casos ainda não encontraram solução, sem apresentar culpados.

Uma obra com escrita simples e narrativa bem construída que torna a experiência de ler sobre crimes brutais um pouco menos excruciante. Mas, para além do excelente trabalho investigativo da autora, fica também a denúncia contra a violência sofrida pelas mulheres por simplesmente serem mulheres.

"Três velas brancas. Meu adeus às garotas.
Uma vela branca para Andrea. Uma vela branca pra Maria Luísa. Uma vela branca para Sarita, e se Sarita estiver viva, e tomara que esteja, então essa vela é para aquela garota sem nome que apareceu há mais de vinte anos às margens do rio Ctalamochita. Um mesmo desejo para todas: que descansem."
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Renata (@renatac.arruda) 21/09/2018

Uma das histórias contadas por Clarissa Pinkola Estés em Mulheres que correm com os lobos é a da Mulher-Esquelo: aquela que é assassinada pelo pai e tem seus ossos jogados ao mar, retornando à vida quando um pescador desavisado retira sua ossada da água. Em Garotas Mortas, Selva Almada utiliza como recurso narrativo uma taróloga, a quem chama de Senhora, que em determinado momento conta uma história parecida, a da Mulher dos Ossos, aquela que recolhe os ossos dos que ficaram pelo caminho até que o esqueleto se transforme em lobo e saia em liberdade. É uma metáfora poderosa para o que ela faz aqui: sair em busca da verdade por trás das mortes de três garotas na Argentina rural dos anos 80, cujos assassinatos ficaram impunes, e resgatar do esquecimento a memória de suas vidas, enquanto denuncia a banalização do feminicídio.

É importante lembrar que Almada não é jornalista e nem pretende sê-lo; logo, o texto não traz dados, referências e informações sobre o feminicídio na Argentina e nem procura reconstruir a vida e trajetória dessas meninas. O que ela relata é um profundo desejo de entender o que fez com que as garotas fossem vítimas de crimes tão brutais, o que leva pessoas a agredirem as mulheres e por que esses crimes ficam impunes. As histórias, absolutamente terríveis, entrecortadas por expências violentas vividas ou testemunhadas pela autora, poderiam estar em qualquer livro policial ou de terror urbano, e chegaram mesmo a me lembrar romances como As coisas que perdemos no fogo, de Mariana Enriquez, e Objetos Cortantes, de Gillian Flynn - o que eles têm em comum é uma aparente falta de explicação para acontecimentos sinistros em que as mulheres são os alvos principais. Com o livro de Flynn as semelhanças chegam a ser desconcertantes, desde a circunstâncias de um dos crimes até a atmosfera de desconfiança, passando pela impotência de lidar sozinha com um assunto sobre o qual quase ninguém está disposto a falar e todos preferem esquecer.

É um livro muito recomendado para pensarmos a violência contra a mulher e, principalmente, para nos lembrar de que se continuamos vivas, pode ser por pura sorte.

Em: https://www.instagram.com/p/BoAZhDvhyu0/

site: https://www.instagram.com/p/BoAZhDvhyu0/
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Gabi Sagaz 25/10/2021

Triste
Muito triste. Foi difícil ler, várias vezes tive que parar para respirar. É muito difícil lidar com a ideia de que morremos por ser mulheres. O livro trás uma sensação de sorte, de privilégio de não morrer.
Mas a escrita, que escrita. Que autora é essa? Ela costura as histórias de modo tão real. Perpassa o presente e vai para o passado mas de um modo único. Fazia tempo que não lia uma leitura tão fluida e dura ao mesmo tempo por conta do tema.
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Leo Lopes 18/11/2021

Uma reflexão ainda relevante (infelizmente)
A obra de não-ficção de Selva Almada traz uma perspectiva muito intimista de um processo de investigação documental, acerca de 3 casos não resolvidos de feminicídio na Argentina dos Anos 80: os assassinatos de Andrea, María Luisa e Sarita, que dão o título e a quem a autora dedica a obra.
Esse livro, de escrita simples e fluída, trabalha com experiências pessoais, entrevistas com familiares, caça a artigos de jornais, processos criminais e múltiplas especulações sobre os 3 crimes brutais não resolvidos, ao passo que suscita reflexões (ainda relevantes, infelizmente) sobre a violência de gênero, o silenciamento das vítimas e o espetáculo midiático de horrendos casos que ainda ocorrem na Argentina, em nosso país, na América Latina e no mundo em números alarmantes.
Uma leitura de tema pesado, projetado através de uma escrita precisa e fácil, muito necessária e, acima de tudo, um memorial às vítimas silenciadas!
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Helen247 18/03/2023

Livro jornalístico sobre feminicídio.
Só me dei conta que era uma não-ficção na metade do livro e foi como um tapa na cara. Um retrato do feminicídio na América Latina. Gostei bastante de como a autora alterna a história entre as próprias vivências.
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Luh 20/03/2021

Nao gostei tanto dessa leitura, senti bem arrastada e com um final corrido e muito ruim
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Kamilla 01/10/2020

Leitura necessária!
Como sempre, comprei o livro pela capa e pelo título. Achei que casaria com a minha dissertação, e realmente, uma parte virou minha epígrafe. O livro conta a história de três moças que foram assassinadas e que seus casos nunca foram finalizados pela polícia local. A autora vai atrás das histórias que escutou quando criança, encontra vários pontos que relacionam os casos, mas que na realidade não tem relação nenhuma entre si,a não ser o fato de serem todas mulheres, e que foram feminicídios ou no mínimo crimes misóginos e que, todos, sofreram com o descaso da polícia investigada por homens. Homens misóginos ou que não acharam que os casos valeriam a pena ser investigados. Você consegue acompanhar todos os passos da autora e sente a emoção dela e dos familiares das vítimas. É um livro forte e emocionante. Mas não é uma ficção, entoa não vá esperando um final feliz. Afinal, até hoje, vítimas de feminicídio não tem finais felizes.
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taynna cavalcanti 23/06/2022

tenso
é uma leitura tensa. principalmente se você for mulher.
não sei como colocar em palavras tamanha tensão que senti ao ler essas páginas. não é uma leitura tão fluida mas ainda assim consegue prender a atenção devido ao conteúdo.
a Argentina dos anos 80 parece ainda pairar nos dias de hoje, com tantos casos de feminicídios ainda sem solução e ainda acontecendo.
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Perigor 10/06/2021

Você conhece a lenda de La Huesera?
Tem resenha quentinha saída do forno lá no IGTV do meu instagram, vem ver lá no @_perigor_

site: https://www.instagram.com/tv/CP8rnr2H9ci/?utm_source=ig_web_copy_link
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Martony.Demes 30/01/2023

O livro aborda sobre de três assassinatos de três mulheres na Argentina e quem não há culpados de fato! Talvez seja um grito de alerta e apontar que quando não encontra os culpados, todos nós somos por não contribuir pela prevenção de feminicídio! E isso se aplica também aqui no Brasil!

Interessante obra de Selva!
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Lena 25/02/2022

Assustadoramente real
Essa obra aborda o feminicídio de uma forma tão crua e fria que é impossível não se chocar. É uma reportagem extremamente pesada, porém que traz um tema muito necessário e que muitas vezes passa despercebido, devido ao quão natural o tópico infelizmente se tornou.
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Vitoria 25/07/2022

Depressão e revolta
Difícil de ler, não por não ser bem escrito/traduzido, mas porque é chocante. Realmente "Garotas mortas" no passado, no presente e sabemos que no futuro também. Vários corpos femininos, histórias interrompidas, crimes não solucionados, assassinos impunes e vida que segue, parece que ninguém liga (ou pelo menos, a maioria).
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Mari Pereira 11/05/2022

Garotas mortas é livro reportagem sobre o feminicídio de três jovens mulheres argentinas na década de 1980.
Ao longo do livro, Selva Almada vai costurando a história dessas garotas com a sua própria e com a de tantas outras mulheres, vivas ou mortas, sempre sob o jugo do patriarcado.
Uma escrita sensível para debater um tema duro e triste.
Não há um fechamento da história (ou das histórias das garotas mortas).
O que resta são as memórias e a luta incansável para que essas histórias não se repitam.
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Carol @solemgemeos15 01/04/2020

“Garotas Mortas”: nomeando a misoginia do dia a dia #LeiaComASubjetiva
Desafio da Subjetiva #LeiaComASubjetiva

Afim de estimular a leitura, a Revista Subjetiva lançou o desafio da #LeiaComASubjetiva e nos meses de março e abril, o tema selecionado é Literatura latino-americana.

No caso, Selva Almada é uma escritora argentina e o livro Garotas Mortas se passa na Argentina, em especial com os crimes investigados ocorrendo na Argentina pós-ditadura.
Informações do Livro

Escrito por Selva Almada e publicado em 2018, Garotas Mortas conta a investigação da autora enquanto ela traça os pontos entre violência doméstica, feminicídio, subjugação feminina, exploração sexual de meninas e mulheres e a exposição do risco de vida das mulheres na recém democrática Argentina enquanto a mesma busca por mais informações sobre três feminicídios, tidos como “crimes pequenos” na época que acontecera.

Através de histórias pessoais e as três investigações que a autora realiza, Garotas Mortas mostra a misoginia cotidiana.
Temas abordados: Misoginia e Feminicídios

Comentando sobre a insegurança que sentiu enquanto nova, a autora estabelece a relação de três casos não resolvidos com a mesma — perceber que sua própria casa não era segura para meninas e mulheres.

A mesma fala:

“Não me lembro de nenhuma conversa específica sobre violência de gênero, nem que minha mãe fizesse alguma advertência expressa sobre o tema. Mas ele sempre estava presente: quando falávamos de Marta, a vizinha espancada pelo marido (…)”

Ou seja, embora não existia o processo de nomeação do problema em voga, o assunto não tinha escapatória, pois o era norma. A misoginia afetava suas vizinhas, suas mães, amigas, conhecidas e desconhecidas.

E a misoginia afetou as três mulheres que foram assassinadas por serem mulheres descritas em Garotas Mortas. Os três casos de feminicídios não resolvidos que não receberam grandes alarmes pela mídia e pela população e que ainda não encontraram resolução.

Andrea Danne, 19, assassinada com uma punhalada no coração enquanto dormia em sua casa.

María Luisa Quevedo, 15, estuprada, estrangulada e abandonada em local baldio.

Sarita Mundín, 20, desaparecida por meses até seus ossos aparecerem presos em galhos perto de um rio.

Considerações finais

Com uma escrita rápida e jornalística, o livro descreve como a misoginia é cotidiana e como três feminicídios exemplificam como mulheres são vistas e tratadas.

Uma boa leitura para quem deseja refletir sobre feminismo e violência contra mulheres.

site: https://medium.com/revista-subjetiva/garotas-mortas-nomeando-a-misoginia-do-dia-a-dia-leiacomasubjetiva-e23c4d7fd84d
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