Resenhas - Ressurreição

Rayza.Figueiredo 13/04/2022

Dramático
Primeiríssimo romance de Machadinho;
não é um livro ruim, as várias analogias das quais Machado é rei, já são destaques aqui no princípio; mas é uma história pobre de enredo, de tema, e demasiado dramática;
o personagem extremamente ciumento, tem muito do Bentinho que vamos conhecer la em Dom Casmurro;
a mocinha literalmente fica doente de amor por causa do mocinho, e quando este reconhece seus erros, ela decide que são irremediáveis, e dai cada um segue sua vida ????? e fim de livro ?????
o significado do título do livro me passou completamente despercebido ? o único sentido que achei, foi que, não se muda a essência, a alma da pessoa; chega uma hora em que ela ressuscita, e o ciclo se repete tudo de novo.

ps: se eu estiver equivocada quanto a analogia do título, aceito e agradeço correções ??

P3te3rr 27/06/2022

Um baita começo!!
Cara, o que dizer desse livro??

Para a primeira obra de Machado de Assis, diria que foi uma baita estreia. As características que ele descreve em cada momento, é incrível. Personagens super legais como a Lívia e a Raquel. Outro super intrigante como o Félix. Cara, que personagem complexo!! Você termina o livro, e não entende os motivos dele. Você não entende o psicológico dele.

A história é bem legal, tendo um ritmo daora. Não tem momentos desgastantes. Em alguns momentos eu ri, outros eu fiquei irritado, já no outro intrigado e vários outros sentimentos.

E as características do romantismo nesse livro estão beeeem presentes. Mas é um pouco diferente do ultrarromantismo que eu ouvi falar...

Enfim, livro bem interessante, curti muito ler :)

DIRCE 03/03/2013

Casar ou não casar, eis a questão.
Embora fazendo parte do Romantismo (1872), não me foi é possível fazer a leitura de Ressurreição como sendo um romance datado:Rio de Janeiro,final do século IXX, pois me pareceu bem atual-salvaguardando, é claro,o contexto histórico, toda frivolidade e monotonia que lhes eram inerentes.
O enredo é mais ou menos assim: o solteirão Dr. Félix ( as aspas são por conta da opção do rapaz: opta por viver às custas de uma herança a praticar a medicina) que fugia do amor como o diabo foge da cruz, se apaixona pela viúva, porém, jovem, linda e sensível Lívia.
Como todo mala que se preza dá até para parodiar a música do R. Carlos: Esse cara sou eu, cantando Esse mala sou eu , Félix tem ciúmes até da própria sombra ( graças ao seu passado, claro) e a pobre Lívia é vítima desse ciúmes. Lívia, que sofria do mal do amor ( em se tratando do Félix, não dá para falar em bem do amor), o perdoa várias vezes por essa sua fraqueza.
Casar ou não casar era a questão? O casamento era, na época, almejado por ambos os sexos e não somente pelas mulheres como nos dias atuais. O casamento era considerado como algo quase que vital, que dá até para responder a célebre frase do Quincas Borba: Ao vencedor, as batatas? , dizendo: Não. Ao vencedor,o casamento.
Agora, correndo o risco de me tornar uma forte candidata de me tornar uma hóspede da Casa Verde ( aquela do Conto O Alienista), me atrevo a perguntar: Mestre, onde está a Ressurreição?

Silmara.Alencastro 30/12/2021

Simplesmente Machado
Depois de ler Dom Casmurro e Brás Cubas, é possível perceber que Ressurreição foi um ensaio para as obras que vieram posteriormente. Ele inicia nessa obra sua perspicácia, seu olhar aguçado para a sociedade do seu tempo: o triângulo amoroso, a solidão e principalmente a dúvida.

~Coppi~ 15/09/2022

Primeiro romance
Parece que Ressurreição é quase um ensaio do que estaria por vir. O narrador, já com a ironia e metalinguagem machadianas presentes, porém ainda tímidas, envolve o leitor em um romance que não há quase nenhuma ação. O foco é na construção dos personagens, que em suas vidas pacatas nos levam à apreensão pelo futuro não logrado.

Tatiane 16/11/2021

Posso esganar o Félix?! Que homem insuportável!!!
"Viera ele em todo o caminho a descrever na imaginação o estado de Félix, acabrunhado por alguma grande dor, e em vez disso achava-o a ler pacificamente um livro."

claracoutorosa 23/02/2024

?cada qual sabe amar a seu modo
o modo pouco importa
o essencial é que saiba amar?

Machado de Assis simplesmente único e inigualável

Cynthia 27/04/2021

O livro relata o romance entre o Dr. Felix e Lívia. Eu gosto muito da escrita de Machado de Assis, pois ele traça o perfil psicológico dos personagens com perfeição, abusa da ironia e faz um retrato muito crítico da sociedade carioca do século XIX.
Dito isso, odiei o tal Dr. Felix... que homem babaca . Meu maior medo durante todo o livro foi Lívia casar com ele.
Apesar de ser uma história bem simples gostei bastante.

D'ow 26/11/2022

Resumo simples para os "malokero" poder entender também.
Ressurreição conta a história de Félix, um play boy que não queria nada com nada; não trabalhava, ficava o dia todo vendo filmes/séries e jogando free fire no seu iPhone, a noite ele gostava de sair para as revoadas, era pegante, bom de papo só queria saber de iludir as novinhas, nada de namoro sério!
Mas como diria o poeta: " a terra plana gira, um dia as coisas mudam". Foi o que aconteceu, em um rolezin aleatório ele conheceu a irmã gostosa de um parça, a Lívia. Começaram a trocar ideias, ela já ficou em choque com os panos dele; camisa da Lacoste, tênis 12 molas da Nike, relójão que troca de pulseira. Ela toda mandrake, calça legging, camisa curta do Corinthians, mostrando o piercing no umbigo, tatuagem da alerquina no braço... Não deu outra, papo vai papo vem, ele arrasta ela para o mato e foi uma loucura.

O maluco se apaixonou, começou a ouvir Zezé de Camargo e Luciano e parou de ver xvide0s todo dia.

Estava indo tudo bem até que nosso herói começou a pirar em suas próprias teorias de conspirações. O que é muito comum em homem frouxo, querer culpar a mulher por sua própria insegurança. Félix me faz lembrar muito dois personagens do Machado de Assis: Bacamarte (O alienista) e Bentinho (Dom Casmurro). Neurótico, inseguro, machista, tapado, um bananão. Rolou muita treta, ele terminava, fazia um showzinho, depois pedia para voltar, dizia que ia mudar, que ia parar de beber, ia na obra arrumar um trampo, ela bobinha acreditava e voltava. E isso acaba sendo bom para o leitor, a gente devora um capítulo atrás do outro, para saber logo o que ele vai aprontar de novo.

O livro tem 117 páginas, a impressão é que tem mais de mil, pois os personagens são bem estruturados, com muita personalidade, e com um lado psicológico tão bem traduzido que o leitor se vê neles. A trama não tem nada de revolucionária, mas é tão bem contada que parece uma coisa que acabou de acontecer com a gente. Saca? Esse livro sim faz a gente viajar na história.

NOTA: 9,50

FRASE PARA PARECER CULTO NO MEIO DOS AMIGOS: "Que importa o tempo? Há amigos de oito dias e indiferentes de oito anos."

Hannah Andressa Delgado 11/08/2020

Sensacional!! Tornou-se meu romance favorito do Machado. Gostei da relação entre Raquel e Lívia que alude às personagens bíblicas, Raquel e Lia; e fiquei em dúvida no que tange o personagem principal. Teria Félix alguma relação com a ave mitologia "Fênix" já que o romance nos oferece diversas pistas (Nomes de capítulo com aves, alguns elementos relacionados a fogo que remete ao pássaro, um trecho em que fala-se de um coração que ressurge das ruínas)? Ou, quem sabe, como não há, de fato, uma ressurreição, "Félix" faz menção ao termo "felicidade" o que contrastaria com um personagem extremamente infeliz. O sentido, então, estaria na contradição, tão corrente na Literatura Machadiana

Matheus 13/10/2021

Ressurreição
Finalmente acabei essa merda
A escola me obrigou a ler e foi um sufoco
O livro é curto, mas vc le, le, le e parece que não sai da mesma página
A história é a mesma coisa o livro inteiro, só o final da uma mudada e fica mais interessante, mas fora isso é a mesma bosta tudo
Não recomendo para ninguém
Horrível
Se não fosse aquela reviravolta no final daria 1 estrela

Grace @arteaoseuredor 31/01/2021

?Ressurreição, de Machado de Assis.

?Começando meu projeto de reler Machado em ordem cronológica.

?Ressurreição é seu primeiro romance, publicado em 1872, é da fase romântica do escritor, mas se diferencia um pouco do romantismo da época.
Nele, Felix um solteirão convicto de 36 anos, que vive uma boa vida depois de receber uma herança, acaba se interessando por Lívia uma viúva, que por ele se apaixona, mas os ciúmes doentios de Felix põe esse amor em dúvida. Ao redor do casal orbitam vários personagens também interessantes como Viana o ?parasita?, Batista, casado e quer todas as mulheres ao redor.
O Narrador na terceira pessoa fala com o leitor, bem ao estilo Machado e traça o perfil dos personagens, e da sociedade da Época. No livro está presente a ironia do escritor.

??...É verdade, já não aparece um escândalo. Vivemos em completa abstinência, e chegou o reinado da virtude. Olhe, eu sinto a nostalgia da imortalidade.?

??Era ele galanteador por índole e por sistema, tinha além disso (coisa importante) a plena convicção de que sua conversa era preferida pelas damas?.

?E não bastava ver uma mulher para a conhecer, é preciso ouvi-la também, ainda que muitas vezes ouvi-la para a não conhecer jamais.?

?Para mim a sementinha do que viria ser Bentinho e Capitu já está nesse livro.

gabriel 16/08/2022

Bom romance de estreia de Machado de Assis

Na verdade não li nesta edição (somente escolhi uma capa mais bonitinha), li numa edição que contém os textos completos de Machado de Assis ("Machado de Assis: Obra Completa"), da Editora Nova Aguilar. De modo que as observações são sobre o conteúdo do texto e não sobre detalhes editoriais, ou questões sobre a impressão.

A história em si não tem grandes atrativos, mas as observações de Machado e sua investigação das personalidades dos personagens, bem como a leitura psicológico dos mesmos, atraem bastante. Neste ponto, é bastante parecido com a obra seguinte ("A mão e a luva"), que também tem uma história magra, mas uma narração e um estilo interessantes.

Muito personagem "morrendo de amores", qualquer emoção mais forte, o personagem cai de cama e praticamente agoniza. Isso aconteceu acho que umas duas ou três vezes. As reações são exageradas e dramáticas, possivelmente um traço do romantismo.

Felix aqui é o grande personagem do livro, as personagens femininas ficaram secundárias. Porém temos desenvolvimentos interessantes em relação à Lívia, e secundariamente, à Raquel. A interação entre todos eles gera ótimos momentos e algumas surpresas.

Os demais personagens masculinos ficaram um pouco apagados e só fazem figuração (com exceção, talvez, de Viana, o personagem masculino mais interessante; um clássico interesseiro machadiano descarado).

Não acho que esteja no mesmo nível das obras de maturidade (da chamada "fase realista"), de modo que não indico como introdução ao autor. Mas não é um livro ruim, é um pouco entediante no meio (ele meio que só "enche linguiça" nesta etapa), mas dá pra encarar de boa e diverte.

Machado aqui já quebra a quarta parede e faz uma dinâmica com o leitor, com diálogos com ele e fazendo comentários sobre o próprio ato de escrever, o que é sempre divertido.

Achei que tem um problema de ritmo por ser entediante no meio, senti que a história poderia dar um ótimo conto. Gostei um pouco mais dele do que de "A mão e a luva", o mais fraco do Machado que eu li até agora (o que é, é claro, completamente subjetivo).

Livro relativamente simples e gostoso de ler, ótimo livro para entender a evolução do autor e com alguns bons momentos e bons personagens. Vale ler, mas não acho que vai fazer o leitor morrer de amores por Machado, que ainda viria a escrever melhores obras.

Moacir 29/05/2020

Desconfiança
Félix é completa desconfiança. Seu casamento será sempre com a dúvida.