Resenhas - Pós-F.

Cleber.Rios 18/10/2020

Não indico para todos
Nas resenhas costumo ser rápido e práticos, não vou ficar alongando e nem construindo um texto formal.
É um livro que basicamente fala da autora, a forma como ela pensa sobre as coisas e os achismos dela, até indicaria para algumas mulheres que não entendem nada de feminismos, eu fui ler na intenção de tentar aprender mais o lado feminino e encontrei textos extremamente egocêntricos, como se o feminismo se resumisse somente a ela! Enfim. Não é que o livro seja ruim, só é um livro sobre ela, eu homem gay não absorvi absolutamente nada além da forma como ela vê a vida dela e a família dela. Achei que fosse aprender mais sobre o feminismo e as formas como ele pode ser "pregado". Frustração, o título não condiz com o conteúdo do livro.

Ana Maria 27/09/2020

decepcionante!
Sou muito fã da Fernanda Young e tudo que li e ouvi dela sempre me marcou e, ainda que eu não concordasse com algumas ideias, a experiência era enriquecedora.

Estava bem ansiosa pra ler esse livro, principalmente, por ser quase uma biografia e ser o seu último lançado em vida.

Entretanto, me decepcionei profundamente, é um livro sem responsabilidade e pesquisa. Acredito que todos temos direitos a expressar nossas opiniões, seja lá o que for, mas uma mulher que influencia tantas pessoas e, principalmente, mulheres, ao se dispor a escrever um livro sobre feminismo deve, no mínimo, pesquisar e pesar como isso pode chegar nas pessoas.

Não acredito na falácia de se expressar mal, Young sempre foi cirúrgica transmitindo suas ideias. Esse livro foi um desfile, como ela mesma diria: de cafonice e mal gosto!

Ainda admiro muito a autora e pretendo ler todos os seus livros, mas esse foi uma escolha infeliz.

Nelissa 22/09/2020

Esse foi meu primeiro contato com um livro da Fernanda Young, sua única obra de não ficção. Fernanda traz uma visão lúcida, questionadora, direta e um tanto ácida sobre diversos assuntos que envolve o papel não só da mulher, mas do homem também, em temas cotidianos como feminismo, maternidade, entre outros. É uma visão pessoal de Fernanda, um outro ponto de vista que gera questionamentos e reflexões, mas que me gerou muitas discordâncias também, comum.

ricardinho 19/09/2020

Mais que feminismo ou machismo
Young foi escritora, diretora, roteirista, atriz, apresentadora e ainda teve tempo para criar os filhos. Polêmica e defensora das causas femininas, morreu jovem aos 49 anos e, dentre as várias obras, escreveu Pós-F.
Como ela mesma definiu, o título significa pós feminismo ou, até mesmo, pós Fernanda. Neste monólogo, há muitos desenhos feitos por ela e a sua visão da realidade, além de citar bastante a família.
Poder não ser nada também deixa a pessoa mais livre. Estas são as palavras da sua filha Estela May e um presságio do que virá nas páginas seguintes. O mundo está chato por excesso "mimimi", fazendo com que uma simples paquera possa ser considerada assédio. Não que não exista os que abusam, mas o problema não seria assédio, e sim ponto focal dos problemas brasileiros: falta de educação. Além disso, é um ato que também ocorre, de forma mais grosseira, inclusive, por gays. Então, o problema seria o sexo masculino? Em que "ismo" encaixar chateações assexuadas? Alguém já parou para pensar que os homens também têm problemas por excesso de cobranças? Estas são indagações recorrentes na obra e, em dado momento, Young reflete que o feminismo e o machismo se retroalimentam e que o respeito ao outro deve estar acima dessa bipolaridade. Além disso, conquistas são individuais, e não do gênero. Quanto ao nu feminismo estar tão evidente é porque a beleza feminina é algo inexplicado e superior. Não se deve justificar atos hostis, mas se uma mulher se veste de forma provocativa expondo excessivamente seus atributos, ela quer alguma vantagem com isso, mas algumas, de forma sonsa, dizem não aceitar.
Estas são algumas das colocações da autora e que concordo plenamente. Enquanto dividirmos as pessoas e procurarmos culpados para todos os problemas, haverá sempre a guerra dos sexos e a promoção daqueles que se beneficiam, inclusive politicamente, dessa divisão. Claro que não concordo com todas as colocações como o uso do "e" na definição de gêneros, apoio ao aborto e algumas contradições (gravidez é problema só para mulher, por exemplo). No entanto, indico a leitura e reflexão das palavras da Fernanda.

Sashimin 17/09/2020

Problemático
Este é um livro para se ler com um pé atrás. Sempre. Tudo que está escrito é apenas o ponto de vista da AUTORA, o livro é sobre ela, suas vivências e o modo como percebe o feminismo. Não se pode assumir o que está escrito como verdade absoluta, e já adianto que algumas passagens podem ser gatilhos para leitoras mais sensíveis. Gosto de pensar que ela escreveu o que escreveu para provocar e nos fazer refletir sobre a condição institucional do machismo e do patriarcado, das quais ela mesma não conseguiu se desvencilhar.

Nic 30/08/2020

Um manifesto PÓS-F.
Este livro é um verdadeiro manifesto, como ela mesmo escreve no início do livro, ironicamente o PÓS- F pode ser lido como PÓS-FY.
FY era uma anarquista, absolutamente livre, descolada de padrões, regras e papéis sociais. O livro retrata a opinião de Young sobre as coisas, não se apegando ao politicamente correto, a teorias feministas, etc, é o relato e a sua opinião crua sobre as coisas do mundo, por isto muitas vezes nos causando incômodo e até sendo indigesto.
Dito tudo isto, me abstendo de julgamentos, e apenas me prendendo ao fato de Young ser livre para dizer o que quiser e da gente digerir como acharmos melhor, o livro é maravilhoso, intercalando desenhos e textos de Young, todos os textos muito críticos, reflexivos, apontando a visão dela de mundo, ponderando a sociedade que vivemos, o caminhos que estamos trilhando e sempre contando com relatos pessoais da autora. Penso ser uma leitura essencial para a transcendência, seus textos tratam de liberdade, sobre o feminino e o masculino, a experimentação de nossos corpos, nossa sexualidade, gênero, sobre assédio, maternidade, depressão, os papéis esperados para as mulher na sociedade, e até mesmo críticas ao feminismo.
O livro finaliza com seus desejos para um mundo PÓS-F.
Lembrando que o livro traz as verdades dela, FY, muitos podem não concordar ou até se decepcionar, mas, esta é a riqueza do livro, um livro maravilhoso para ser debatido e refletido entre homens e mulheres, seja na sala de aula, rodas de bar, movimentos sociais, clubes de leitura, etc...

Patrícia 16/08/2020

Simplesmente amei! Direto ao ponto, sem vitimismo, como acredito que deva ser, como sempre fiz. Não se trata da verdade absoluta do mundo, mas da verdade dela, a qual compartilho.

Poli 19/07/2020

?[livro 01/2020] Pós-F: para além do masculino e feminino? por Poli Lopes https://link.medium.com/xoCQ9egmg8

Ellen 14/07/2020

Geralmente gosto dos textos da Fernanda Young. Mas, esse livro me decepcionou um pouco. Visões de mundo diferentes.

Giovana 13/07/2020

O que houve foi um embate de opiniões. Não concordo com várias delas. A parte das cartas é bacana.

valmirlins 02/07/2020

Posicionamento perigoso
?Eu na?o vou ser uma escritora que vai ficar citando outros autores e teorias. Vou escrever as histo?rias desse livro atrave?s de tudo o que tem na minha cabec?a e que e? ine?dito?. Assim comec?a Young nesse livro, que foi o mais bem sucedido em vendas da sua carreira. Ate? ai? tudo bem. Mas logo em seguida me deparei com a autora atacando as teo?ricas feministas, afirmando que a soluc?a?o pra tudo e? enxergarmos que homens e mulheres sa?o iguais e que precisamos parar de enxergar os sujeitos do sexo masculino como inimigos. Assim, na lata. Como tinha adiantado, Fernanda dispara essa e outras frases controversas sem embasamento teo?rico algum, super-estimando o seu pro?prio senso comum. Um tanto decepcionante e contradito?rio pra uma mulher com histo?rico transgressor e importantemente provocativo. Fernanda Young se criou num espac?o construi?do a? duras pelas pelo pro?prio feminismo que ela ataca nessa obra. Mas tudo bem, o livro tem textos o?timos. Fernanda acerta em cheio quando escreve sob uma perspectiva existencialista. E? boa demais com isso. E tem insights seus que salvam as pa?ginas. Na?o diminuem a ma?goa de quem na?o so? estuda arduamente o feminismo mas luta para que ele atinja cada vez mais espac?o no mundo, mas torna a leitura prazerosa em muitos momentos.

L.M. 19/05/2020

Rico em Texturas e Linguagens
Cartas, poemas, ilustrações, é um livro muito rico. Mas o conteúdo me confundiu. A mensagem passada não ficou clara. Conheço pouco do Brilhantismo da Fernanda Young, então seguirei lendo sua obra pra me fazer compreender...

Candido Neto 11/05/2020

Muito bom
É complicado falar sobre a obra de FY sem a afetação de fã. Ou de fanático.
Quando se concorda ou se discorda de FY, se faz de forma enérgica, tal como ela se posiciona.
Esse livro é sobre o feminismo da FY, não é sobre o feminismo sob a ótica da FY, menos ainda sobre feminismo ponto.
Esse livro é um tour sobre como uma artista incisiva aponta o mundo com o dedo de mulher.
E a visão é... instigante.

Rafaella Avelar 03/05/2020

Muito diferente das coisas ques estou acostumada a ler. Apesar de discordar de alguns pensamentos, no geral, gostei da leitura.