Memórias de Adriano

Memórias de Adriano Marguerite Yourcenar




Resenhas - Memórias de Adriano


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Lista de Livros 11/12/2023

Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar
“Nada mais sórdido do que um cúmplice.”
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“A própria solicitude pode ser fatigante, ainda quando sincera.”
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“O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos: minhas primeiras pátrias foram os livros. Em menor escala, as escolas.”
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“Em todo combate entre o fanatismo e o senso comum, este último raramente é o vencedor.”
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“A passagem do tempo não faz senão adicionar uma vertigem a mais à desgraça.”
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Priscilla Teles 14/12/2023minha estante
esse livro é muito bom




Márcia Regina 30/08/2009

"Memórias de Adriano", de Marguerite Yourcenar

Vou colocar na minha estante de preferidos, na parte dos que considero poesia em prosa, junto com “Cidades Invisíveis”, de Ítalo Calvino.

Quem me conhece sabe que costumo reclamar de livros que tomam um personagem real famoso e constroem pensamentos e emoções como sendo desse personagem. Podemos descrever fatos, mas o íntimo me parece indecifrável. Não posso penetrar no sentimento de um outro ser humano.
“Memórias de Adriano” segue essa linha. No entanto, o faz de uma maneira diferenciada. É tão bem escrito e tão lindo que quando dou por mim as palavras e frases já me envolveram por completo e estou construindo um mundo junto com o Imperador.

Elaborado como uma carta de Adriano ao jovem que deveria sucedê-lo no poder, Marco Aurélio, é o relato de um homem que faz um levantamento sobre sua vida, apresentando os fatos vistos a partir de sua ótica como imperador e como ser humano. Um homem solidário consigo mesmo, mas não benévolo. O retrato é sempre a visão de um amigo, mas não esconde erros. E é a visão de domínio, sem sombra de dúvidas, seja quando fala do seu império, seja quando fala do seu amor, ainda que esse amor pareça intenso. Afinal, "o objeto amado é sempre um deus, aquele deus em que todo ser morto aos vinte anos se transforma para quem o amou".

A leitura é lenta e exige um pouco de esforço. É livro para reflexão. Especial e maravilhoso.
Hélio Rosa 04/11/2011minha estante
Trata-se, certamente, de uma leitora muito refinada e sensível aos menores sismos do texto: eu, por exemplo, demorei até a segunda leitura para entender o encadeamento dos capítulos, as insinuações sutis que o suicídio provocam entre a primeira e a segunda etapa...


F Fernández 27/12/2011minha estante
Já havia ligo Obra em negro, sabia como é sua escrita e seu ritmo, é um livro quase de aforismo, suas notas finais explicam a concentração de idéias em poucas páginas, me parece ler uma espécie de Nietzsche , pensando os valores pós-guerra, sobre o que fomos, o que poderemos ser, como comunidade e indivíduos.


Dalila.Almeida 03/02/2022minha estante
Concordo com vc!




Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Memórias de Adriano, Marguerite Yourcenar – Nota 9,5/10
Romance histórico é um dos meus gêneros favoritos e posso afirmar, sem dúvida nenhuma, que fazia tempo que eu não lia um tão envolvente e com tanto conteúdo como esse. A autora se propôs narrar a história de Adriano, o 14º e um dos principais imperadores romanos, a partir de uma perspectiva do próprio personagem. Ou seja, nessa obra o leitor se depara com uma auto-ficção, acompanhando os próprios pensamentos – embora ficcionais - de Adriano em relação aos principais momentos de sua vida. É uma carta escrita para Marco Aurélio, seu filho adotivo e futuro imperador, narrada em primeira pessoa. E o mais interessante disso é que, ao utilizar uma linguagem “moderna”, a autora consegue transportar os pensamentos de uma personalidade que viveu no século I (76-138) para os dias atuais, aproximando muito narrador e leitor. Além disso, a pesquisa feita pela autora é impressionante: ela constrói uma panorama muito completo sobre a sociedade e política na época em que Adriano governou. Talvez isso explique em parte o fato de que Marguerite levou cerca de 30 anos para terminar a obra. Adriano foi um imperador que se destacou por seus pensamentos humanistas, em defesa da pax romana, e artísticos. Como Adriano era um aficionado pela cultura grega, também há uma comparação muito interessante sobre a Grécia Antiga e o Império Romano ao longo do livro. Para mim, o único ponto negativo foi a quantidade de detalhes históricos que a autora apresenta em algumas – e não poucas - passagens, o que deixou a leitura mais lenta. Talvez isso justifique a nota não ter sido um 10. Mas recomendo demais a leitura, é um clássico indispensável, principalmente para quem tem interesse em aprender mais sobre a história do império romano e, acima de tudo, de uma grande personalidade. No final do livro, há ainda um caderno de notas no qual Marguerite relata todo o seu processo de criação e as dificuldades que encontrou para finalizar sua obra(-prima).

site: https://www.instagram.com/book.ster
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Silvana (@delivroemlivro) 23/02/2020

Perfeito
Uau! Terminei a leitura e acho que pela primeira vez e, talvez última, me deparei (se tal coisa existe) com um livro perfeito! Não tenho nada para reclamar e nada para acrescentar: nada falta, nada sobra. O estilo, a construção dos personagens, o controle da trama e a escrita de Marguerite Yourcenar são impecáveis. Fiquei imaginando o quão espantoso deve ter sido para quem leu esse livro pela primeira vez no original.
Cleuzita 07/03/2020minha estante
Nossa, que maravilha ler esse seu comentário. Esse livro tá nas minhas metas pra este ano e já fiquei animadíssima para ler. Obrigada pela dose extra de ânimo. ?




Daniel Teles 11/10/2021

Coitado do Antínoo.
Bom. Após terminada a leitura fiquei com meus pensamentos, tentando descobrir se gostei ou não. Digo isso porque eu de fato, não encontrei falhas no livro, ele é tecnicamente perfeito. A escrita é maravilhosa, nunca tinha lido nada desta autora, e achei impressionante, como ela conseguiu dar vida ao imperador Adriano. Ela conseguiu deixá-lo humano, com suas qualidades e defeitos e isso é muito bom. Depois, descobri que foram muitos anos de pesquisa sobre a vida do imperador. A autora realmente se esforçou, e merece os parabéns por isso. Não vou dizer que é meu livro da vida, porque não é. Eu não gostei do imperador em si.Da sua personalidade. Não tem nada a ver com a técnica. Depois do que aconteceu com o Antínoo eu odiei o Adriano com todas as minhas forças. As pessoas dizem que eles se amaram mas pra mim aquilo não é amor nem aqui nem na China. Mas não vou dar detalhes pra não dar spoilers. Em resumo, é um livro que merece ser lido, mas é uma leitura difícil, densa, demorada.
Eu recomendo o livro pra todos, mas saibam que é daqueles que, depois de lidos, te deixam numa ressaca literária.
A minha edição eu comprei num sebo, e nela vem com notas do processo de criação da obra. É uma edição antiga, se as novas também tiverem essas notas, leiam pois são tão interessantes quanto o livro em si.
Carme 08/02/2022minha estante
Concordo com quase tudo que disse! Terminei o livro hoje e, realmente, tirei uma estrela pela parte monótona das descrições de batalhas e guerra, todavia isso reflete muito mais a minha ignorância sobre a história da época do que a escrita da autora ? a qual é impecável. Sobre o relacionamento com Antinoo, não saberia dizer se houve amor entre os dois, mas certamente Adriano estimulou tantas estátuas e cultos porque se sentiu culpado, não acha?


Daniel Teles 09/02/2022minha estante
Sim. Também acho que ele se sentiu culpado. Talvez na época construir estátuas para alguém seria a forma de demonstrar amor. Mas hoje, pra mim, eu acredito que deveríamos homenagear as pessoas que amamos em vida. Também acho que o lugar de Atinoo naquele relacionamento era o de servir. Era um escravo.


Carme 09/02/2022minha estante
Claramente o jovem estava em posição de desvantagem com relação a Adriano, mas ele também tinha benefícios dessa troca. Não vejo Adriano como um ser perfeito, mas também não era um monstro, deveria ser algo normal de acontecer naquela sociedade, até porque ele era imperador. Mas pensar que ele poderia ter evitado o mal irremediável...


Daniel Teles 09/02/2022minha estante
A condição de Atinoo era difícil. Como você ama de verdade sendo escravo de alguém? E o amor de Adriano, será que era genuíno? Ele era imperador. Estava rodeado de pessoas. Ainda acho que ele via o Atinoo como sua propriedade, um animalzinho ou algo do tipo.


Carme 09/02/2022minha estante
Ainda penso que a relação deles era dotada de algum tipo de afeição, independente da hierarquia presente. O problema de Adriano, como o de muitos de nós, foi negligenciar o que tinha como garantido... Fora que ele era uma personalidade muito comprometida com sua posição, deixar-se guiar por uma paixão cega poderia não ser uma opção para ele, você não acha?




Peter.Molina 29/09/2023

A força de um imperador
Neste livro, considerado um grande clássico,conhecemos a vida do imperador romano Adriano. Narrado todo em primeira pessoa, o texto pra mim foi um pouco difícil em muitas passagens,nem tanto pela linguagem em si, mas os parágrafos são extremamente extensos,ocupando mais de uma página, e praticamente não há diálogos. Às vezes falta fôlego para continuar e absorver bem a leitura. A parte da paixão por Antinoo bem como a decadência física do imperador são marcantes, num texto poético e sensível. Acho necessário algum conhecimento prévio sobre Roma antiga que facilitará o entendimento. O livro traz ao final algumas notas da autora, como pensamentos,a respeito da construção da obra. E as notas finais formam um capítulo à parte, com a descrição das obras utlizadas,e toda a pesquisa extensa que foi feita para reconstruir a vida de Adrinao,bem como separando o que é real do que foi fictício. Um bom livro mas que tem a sua dificuldade.
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Max 27/12/2022

Um mundo sem um Deus...
Em um manuscrito de Flaubert, uma frase inesquecível: "Uma vez que os deuses não mais existiam, e o Cristo não existia ainda, houve, de Cícero a Marco Aurélio, um momento único em que só existiu o homem". Era um período em que sendo imperador de Roma, Adriano, era quase um deus, senhor do maior império que já existiu, quase metade da humanidade. O livro, ficcional, tenta mostrar o que passava pela cabeça de alguém tão poderoso, forte e culto. Recomendo!
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marcuss 19/01/2013

Confissão lúcida
Antes de qualquer comentário, é necessário colocar que é impossível dizer que Yourcenar é a autora destas memórias, tão convincente, tão verossímil que a autora desaparece abrindo espaço para a voz e a presença de um homem, um amante, um soldado, um político, enfim, um deus vivo. Por mais que os nomes, as citações em latim ou mesmo as informações possam conter erros históricos (creio que isso não aconteça, pois é preciso considerar que a história também não passa de uma narrativa), eles se tornam pequenos diante da magnitude da confissão. Isso mesmo, não temos um livro histórico em nossas mãos, somente uma confissão pura, a fato de Adriano ter sido um dos Imperadores romanos não é o mais importante, é apenas mais um detalhe capaz de tornar esta obra o que ela é.
A personagem que se entrega nesta narrativa é humana acima de qualquer posto, título ou honra, é um homem entregando secretamente, num sussurro, toda a sua intimidade, seus erros e, principalmente, seus aprendizados, um sábio que sem querer ensina-nos uma lição no silêncio que há após uma pequena historieta. Dessa forma, Adriano chegou a apoteose sem nenhum ritual, simplesmente alcançou os deuses por suas descobertas ao observar a vida e julgá-la aqui e ali por meio do aparelho da memória, máquina que não transmite verdade, mas experiência.
São tantos os temas que seria desnecessário comentá-los, o amor, a morte, a religião são esmiuçadas nesta bela composição. Somente desejo enfatizar um deles: Yourcenar torna Adriano tão lúcido que suas conclusões sobre a política não se encaixam em seu tempo, elas são direcionadas instantaneamente para o nosso e para os homens do nosso tempo (é claro, se alguém considerar que houve tantas mudanças assim no que significa ser humano e nos seus desejos).
Joao.Carmo 01/10/2015minha estante
Bem, minha primeira observação é o profundo amor e respeito que os leitores demonstram com o livro de Yourcenar. É uma obra prima.
Li o livro cinco vezes, e pretendo ler algumas vezes mais. Não é uma leitura comum, é uma fruição filosófica poderosa, que nos transforma a cada leitura.
Através de Adriano, Yourcenar nos adverte e ensina, a vida é breve e deve ser usufruida com delicadeza.
Mas o que mais me impressiona na leitura é o relato do romance do imperador com o adolescente Antinoo. O jovem amante não permite que seu amor seja violado com os joguinhos amorosos do imperador, se oferece em sacrificio pela vida do monarca, em um ritual ao deus Mitra.
Chocante, porém necessário.
Acho que é essa cena que resume o poema "Vagula Blandula", "pequena alma, terna e flutuante, um dia terás de descer aos lugares sombrios, duros, nus, onde terás de renunciar aos joguinhos de outrora".
A vida é um tempo de deliciosos joguinhos, a morte é um situação de não-joguinhos(amorosos, de amizade, políticos, etc).
Nas notas, no final do livro, chorei quando Yourcenar acha um busto em mármore de Antinoo, com lacerações em partes do rosto, e ela diz: "Como sofrem os deuses nas mãos dos homens....".
bjs no coração de todos vocês, que escreveram suas belas reflexões.




Cris 06/09/2023

06.09.2023
Romance histórico sobre a vida de Adriano, o imperador romano. A autora narra em primeira pessoa a vida, pensamentos dilemas, sofrimentos, angústias, todos os sentimentos de Adriano ao longo de sua vida, ao mesmo tempo em que traz todo o contexto histórico e político da época.
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Nilza Russo 25/04/2020

Esplêndido
Talvez esse livro seja o melhor que já li. É perfeito! A escritura uniu talento, erudição e magia no texto. Não deixem de ler! Quem for jovem, releia quando atingir a maturidade, para perceber nuances do texto que só o decorrer dos anos pode proporcionar.
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Cesar Garcia 10/07/2021

Uma obra prima da literatura
A vida do imperador Adriano contada em forma de memórias de uma forma belíssima.
A escrita da autora é elegante, passa um sentimento de reflexões sobre uma vida e sua visão de mundo.
Fala de um dos grandes governantes da história da humanidade, com seus defeitos e qualidades.
Uma obra prima.
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DIRCE 01/05/2013

Pecou por omissão.
No livro "Uma Real Leitora"( Alan Bennett) tem uma frase que acredito eu,todos nós, leitores, concordamos com ela: "O que ela estava descobrindo também era como um livro levava a outro...". Eu acrescentaria a essa frase que um escritor leva ao outro principalmente se seus nomes são homônimos. Foi o que aconteceu comigo quando estava lendo o livro "O Amante"de Marguerite Duras.Ao pesquisar sobre a vida dessa escritora (Marguerite Duras) descobri Marguerite Yourcenar, e algumas das suas biografias que acessei me tornaram admiradora dessa escritora de intelecto impar. Descobri também que Memórias de Adriano, uma das suas obras, era de cunho histórico e como gosto muito de romances históricos, não hesitei em adquirir o livro.
Yourcenar transporta para "Memórias de Adriano" anos de árduas pesquisas, resultando em uma criação literária na qual à história é acrescida a ficção romanceada.Como o próprio título sugere é um livro de ”memórias” .
Adriano , o imperador romano, envelhecido e doente, escreve uma carta ao seu neto adotivo que , um dia, iria sucedê-lo ao trono e , ao escrever essa carta,se despe da aura de divindade atribuída ao imperadores, e revolve das brumas da sua memória, a sua trajetória na vida: sua infância, sua ascensão ao poder, seu modo de governar, suas expedições que resultaram nas construções de grandes obras , suas conquistas, incluindo as amorosas e, dentre elas,o jovem e belo Antínoo que lhe impingiu,com sua morte precoce,um sofrimento dilacerante.
Memórias de Adriano não é um livro muito fácil de ler. Penso que é um daqueles livros: AME-O OU DEIXE-O , e o que aconteceu comigo foi um tanto quanto paradoxal: relutava em ler, mas, uma vez lendo,me era penoso interromper a leitura - a criação da atmosfera do século II e todo o contexto de intriga que o cercava, a frequente evocação dos deuses (A-DO-ROOOooo), a narrativa primorosa,eloquente e convincente me faziam esquecer a escritora, pois eu tinha a nítida sensação que voz que entoava da "carta" que eu lia era do Imperador Adriano.
No final do livro há um Caderno de Notas, no qual Yourcenar relata seu processo criativo e suas pesquisas, mas ela pecou por omissão, haja vista que não confessou: - "E UM ESPÍRITO BAIXOU EM MIM”.
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Vinder 26/02/2022

Obra excepcional. São muitos temas abordados, filosofia, sociologia, geografia e, claro, história? e muita. Inclusive, por conta das diversas citações de personagens, lugares, lendas e fatos históricos, acabei não aproveitando ao máximo o que esse livro pode proporcionar.
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Ricardo Rocha 03/12/2010

deuses não mais existem e o Cristo ainda não ” – nessa frase marguerite irá se deter e nesse período gastar boa parte da vida e depois de diversos manuscritos destruídos descobre o tom de seu livro. se dizia jovem demais quando começou mas agora está pronta e a literatura recebe uma de suas obras mais importantes. não bastasse, recusou o goncourt que na frança é o equivalente a recusar o nobel. é coisa linda quando autor e obra se equivalem, quando não é a obra prima de um vaidoso (pra dizer o mínimo) nem o livro mediocre de um homem bom.
um homem entre o ascetismo e o prazer de repente diante de algo cuja aceitação não lhe trará prazer algum ou talvez algum, é o que ela passou tanto tempo à procura - vozes, a da humanidade inteira ou apenas a voz dele, homem imenso porque único, mas ainda homem e por isso muito pequeno. desses paradoxos Adriano se constrói.

o corpo de um homem que avançando em idade se prepara para morrer - o que faz sentido e não faz, essa coisa de idade, porque toda idade tem um corpo e se o corpo funciona, toda idade é qualquer idade, não há diferença - ah, é isso, ó tu guardião da pequena alma terna e inconstante, companheira com que descerá aos lugares onde só ali renunciará aos jogos e só ali dirá "jogos de outrora"
sim: a biografia de um escritor são seus livros

Trecho

“Esta manhã, pela primeira vez, ocorreu-me a idéia de que meu corpo, este fiel companheiro, este amigo mais fiel e mais meu conhecido do que minha própria alma, não é senão um monstro sorrateiro que acabará por devorar seu próprio dono. paz... Amo meu corpo. ele me serviu muito e de muitas maneiras: não lhe regatearei agora os cuidados necessários. mas já não creio — como Hermógenes pretende ainda — nas maravilhosas virtudes das plantas, na dosagem exata dos sais minerais que ele foi buscar no oriente. esse homem, embora perspicaz, cumulou-me de vagas expressões de conforto, demasiado banais para iludir a quem quer que seja.”
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