O crime do cais do Valongo

O crime do cais do Valongo Eliana Alves Cruz




Resenhas - O crime do Cais do Valongo


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malu 09/05/2023

Between slaps and kisses
Olha, o enredo desse livro é muito bom, a história é muito bem desenvolvida, mass, algumas coisas fizeram a minha leitura ficar beem arrastada.
Até pelo menos metade do livro fui me arrastando. A escrita não me prendeu de início, fiquei bastante perdida a respeito da história(no início), porém fiquei bem feliz por continuar a leitura (mesmo que forçada).
O final é muito bom e a partir de um ponto começa a ficar mais interessante. Talvez eu não tenha me identificado tanto com a escrita e por isso acabei desanimando um pouco.
Ainda assim, recomendo muito a leitura para todos, principalmente para aqueles que querem entender melhor o Período Escravocrata no Brasil.
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Egberto Vital 13/05/2023

Curiosamente, concluí hoje, dia 13 de março, a leitura de "O Crime do Cais do Valongo", da @elialvescruz, uma narrativa que forjada nas memórias de um Rio de Janeiro cheio de cicatrizes abertas, abrasivas e rubras, tal qual o vermelho da capa.

Concluir a leitura dessa obra logo no dia em que se "comemora" o falso gesto de generosidade da elite brasileira com a abolição da escravatura, e que tornou aquela princesa a personagem central da alforria do pretos escravizados no Brasil, é uma libertação.

Eliana Alves Cruz nos leva a uma excursão acerca da diversidade africana, em seus aspectos culturais, étinicos e sociais mais profundos, nos coloca dentro dos atrozes navios negreiros e reconta a história a partir da memória de suas ancestralidades.

Longe de limitar a obra a um romance-histórico, a pesquisa etnográfica e histórica, que embasa a narrativa de "O Crime do Cais do Valongo", nos redefine a História já contada (sempre do ponto do vista do branco colonizador) e abala algumas certezas por séculos cristalizadas, é possível dizer que o livro em si é "o baú de Muana", carregando consigo o peso de eras de História não contada, de uma História soterrada no passado silenciado dos pretos e pretas tomados de suas nações pela diáspora criminosa que marcou nosso solo de cicatrizes purulentas e que ainda pulsam a dor causada pelas chibatas.

"O Crime do Cais do Valongo" dilui ainda mais, para mim, a narrativa que romantiza a miscigenação brasileira, a obra só me reforçou ainda mais que nós, pardos e pretos de pele clara, somos o fruto da violência e do estupro dos corpos de inúmeras mulheres pretas, violentadas por séculos pelo branco rico e opressor, é impossível achar bonita a miscigenação de um país que tem seu nascedouro na violação desses corpos.

A gente finaliza a leitura tendo a certeza de que o real crime testemunhado no Cais do Valongo não é o alegórico assassinato de Bernardo Lourenço Viana, os crimes no Cais do Valongo são bastantes e têm a cor (e a dor) de quem foi roubado de suas raízes para ser escravizado em terras estrangeiras, Conceição Evaristo diria que Eliana Alves Cruz preenche uma lacuna histórica com sua ficção.
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Kamyla.Maciel 18/05/2023

Eliana é sensacional, isso não há o que questionar! Ler esse livro me transportou ao Rio de Janeiro do mesmo jeito que Um Defeito de Cor me levou a Salvador, foi uma surpresa porque eu desconhecia o Valongo e o que representou.

O livro fala do Rio de Janeiro de 1800, em que ocorreu o assassinato de um homem branco que passa a ser investigado. Só que esse crime traz questões muito maiores, questões coletivas e sociais, e Eliana vai ligando os fatos e apresentando os personagens através dessa investigação.

São dois narradores, a escravizada Muana e um homem brasileiro livre, o Nuno, que ficam intercalando os capítulos. São personagens diferentes e essa diferença dá um tom mais leve ao livro, nas partes narradas por ele. Muana é incrível, uma mulher preta que nos conta sua vida desde África, com muita muita ancestralidade e consciência.

Ler esse livro depois de ter lido ?solitária? foi perfeito, concretizar através de personagens tão reais a escravidão e suas mazelas e como isso gerou o cenário de servidão das empregadas domésticas no outro livro. É como se um complementasse o outro.

São histórias não contadas que Eliana traz de forma clara, é o Rio de Janeiro aos olhos de quem estava à margem e não com aquela pompa que se conta sempre sobre a corte no Brasil.

É a formação histórico social do nosso país, de um lado um luxo e desperdício e a ideia de embranquecimento e eurocentrismo, do outro a fome, a miserabilidade dos corpos, a necessidade de sobreviver e resistir.

Entendi que o crime que o titulo fala não é aquele investigado no livro, mas sim a escravização e morte de milhares de pessoas negras trazidas da África e o total descaso e esquecimento com que isso foi tratado depois. O livro é um chamado para não esquecermos, para relacionar os problemas de hoje às atrocidades daquela sociedade. É um chamado a resistir, a entender a formação social do Brasil, a deixar de ter uma única versão da história.

Vi uma entrevista da Eliana e ela fala que escrever esse livro era uma necessidade de contar o que não era contado, de devolver dignidade para quem construiu o Brasil, de mostrar a narrativa de uma mulher negra, um resgate através da literatura.

Enfim, perfeito!! não tem como largar quando começamos.
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Vivs 𧿠04/06/2023

O Crime do Cais do Valongo
?O fim deste homem parecia-lhe apenas o começo de uma longa história.?

Uma obra incrível que nos insere na história do Brasil e a escravidão na época do império de Dom Pedro 1 na sua forma lúdica ao retratar sobre um crime no cais do Valongo.
Acredito eu que esse livro nos permite sentir, nada mais.
No momento em que estudamos sobre o Brasil é sempre na forma do Colonizador, de forma mais grosseira e rígida.
A obra nos permite ver o lado do escravizado com dor e a repulsa aos brancos.
O paralelismo do livro com a história é simplesmente incrível, um fato histórico sendo referido em forma de história, um romance, certamente um ótimo livro a ser recomendado por instituições escolares?

?Eu cravei aquele punhal. Não importa que já estivesse morto. Eu arranquei dele a arma suja que usava para entrar em mim e cravei o punhal naquela barriga que comia minha comida.?
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Flavinha.Lopes 06/06/2023

Muito boa a leitura, triste porém necessário para compreendermos a escravidão e vermos como é triste o que eles os negros sofreram com isso. E é bom tbm para vermos que não devemos ter diferenças entre a gente pois somos todos seres humanos com os mesmos sentimentos e sofrimentos.
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Gi Santos 15/06/2023

Emocionante.
Um livro Curtinho onde lemos a história de Muana uma mulher escravizada onde relata sua vida e de outros escravizados com ela e temos tbm a história de um "mulato" (termo não mais usado por ser pejorativo substituir por mestiço) homem livre, mas lutando pra viver em um país extremamente escravista. Um livro sensível que relata o sofrimento e a injustiça naquela época onde nos faz refletir e lembrar que aquilo realmente aconteceu. Eu gostei mto, no começo achei lento, mas foi só no comecinho msm.
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Luciara 18/06/2023

Primeiro livro da autora, o suspense fica de fundo, o que mais transparece na leitura é o Brasil escravocrata.
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preta velha 30/06/2023

Um mergulho necessário no nosso passado escravocrata
"o crime do cais do valongo", da eliana alves cruz, escritora e jornalista negra carioca é um romance histórico-policial com características do horror e do realismo fantástico.

seu ponto de partida é o assassinato do escravocrata bernardo lourenço viana, se passa no século dezenove e é ambientado em moçambique e no rio de janeiro.

os capítulos são antecedidos por manchetes de jornais veiculados à época.

tem uma narrativa bastante detalhada, uma pesquisa histórica cuidadosa, a linguagem da época plenamente integrada ao contexto e os suspenses até que a autoria do crime seja revelada são muito bem elaborados.

foi interessante observar o protagonismo dos personagens negros, que com suas ações e relações, conduzem os rumos da história.

o racismo, a memória, a ancestralidade e o amor preto são alguns dos temas presentes na obra.

indico este livro a quem se interessa em conhecer mais a nossa história através da ficção.
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Marcos Junior 02/07/2023

A história é muito interessante, cheia de referências históricas como todos os livros da Eliana.
Por vezes, principalmente até a primeira metade do livro, senti a leitura arrastada, mas mesmo assim vale a insistência para conhecer essa história.
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Gabs 03/07/2023

Perfeita em tudo que se propõe
Posso dizer com tranquilidade que rssa é uma das melhores escritoras brasileiras da atualidade.
Amo sua narrativa fluida, a crítica, o passeio pela história que sua escrita possibilita. Adoro suas personagens marcantes, o protagonismo negro e como ficção e realidade se misturam. Apenas leiam!
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hey.welli_ 04/07/2023

Uma obra memorável!
Confesso que tinha um leve preconceito com a obra e só li por trabalho didático. Porém a obra é fascinante e trás enormes atributos em suas linhas. Até hoje estou fascinado pela discrição da cultura da personagem Muana.
No final você percebe que a suposta morte é o menos importante de todos os assuntos que o livro aborda.
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anna v. 30/07/2023

Eu esperava outra coisa
Depois de ler o excelente "Solitária", quis conhecer mais essa autora. E este livro já me tinha sido recomendado como um "romance policial passado no Brasil colônia". Então foi com essa expectativa que eu fui ler, e nesse sentido, me desapontei. Sim, tem um crime e tem uma investigação, e sim, se passa no Rio de Janeiro do início do século 19. Mas a maior parte do livro são as memórias da escravizada Muana, desde sua infância em Moçambique, passando pela escravização de sua família, a travessia para o Brasil num tumbeiro, e todos os horrores relacionados. É um relato importante e interessante, mas me senti lendo um livro de história ficcionalizado, e não era isso que eu tinha em mente quando peguei o livro para ler. Culpa minha, não do livro.
Alguns capítulos são narrados pelo personagem Nuno, que participa da investigação do assassinato, e foram, de longe, os capítulos que eu mais gostei. Ele é um excelente personagem e me deu pena ele não ter aparecido mais.
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Gabriela3420 31/08/2023

O crime do cais do Valongo
O crime do cais do Valongo, de @elialvescruz , é uma ficção histórica que conecta Moçambique ao Rio de Janeiro do século 18. É também uma linda homenagem à memória daqueles que foram sequestrados em África pra construir o Brasil.
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Raissa 02/09/2023

O crime do cais
O livro de uma autora brasileira que aborda assuntos que muita gente ignora. Significante, mágico, capaz de te fazer imaginar uma cultura, um lugar, e se apaixonar por eles, querer conhecer todos eles. Assuntos sensíveis tratados de maneira responsável, sem esconder ou amenizar.
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Bia 06/09/2023

Bom
Comprei esse livro quando estive no Rio em abril/23. A intenção era comprar um livro que representasse o Rio e me interessei por este. É um livro interessante mas que achei um pouco confuso no início. Demorei pra engatar e me envolver na história. De qualquer forma, é sempre muito importante ser sobre a escravidão, este período tão tenebroso em nossa história. Valeu a leitura!
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