spoiler visualizarDu Boffo 06/01/2023
HIV NÃO MATA. PRECONCEITO SIM!
Que brilhantismo de obra. Uma bela surpresa ?
Estou extremamente comovido com a história de Ian, Henrique e Victor. Um lindo relato de amor e amizade, em meio a uma situação muito delicada.
O livro começa com Ian em uma clínica, descobrindo ser soropositivo. Nessa mesma clínica, ele encontra Victor que também estava realizando um teste, mas que neste caso recebe um resultado negativo para o vírus. Ian, perdido com a sua nova realidade, acaba ficando sem chão. Victor, resolve ajudar de alguma forma aquele desconhecido. E, então, surge uma grande amizade.
Entre acertos e erros, Victor assume o seu amor por Henrique (este, soropositivo), mas não sabe lidar com as consequências e cuidados que a relação pode trazer, e quase coloca tudo a perder. Henrique, entendendo as reações das pessoas ao seu diagnóstico, imagina que Victor é só mais um dos mesmos e que essa relação não terá futuro. Mas precisou retornar um amor do passado ? para Henrique compreender a riqueza que é o seu amor do presente.
Carlos, esse tal amor do passado ?, é um escroto e mimado, que acha o mundo gira ao seu redor. Quando percebeu que Henrique estava virando a página, expôs a condição de Henrique nas redes sociais e criou um verdadeiro pandemônio na vida do coitado. Por sorte, Henrique não estava sozinho e teve todo o apoio possível de seus amigos. A cena deles protestando ao som de Cazuza e ?colorindo o muro/a vida de Carlos? é muito significativa e uma das mais fortes que já li.
Ódio se apaga com amor. ????
Lindo ver Ian descobrindo o amor ao lado de seu calouro Gustavo, que empatia esse menino trouxe para essa relação. Os trechos de Ian com a sua irmã Vanessa foram impecáveis, que força ela trouxe para o irmão. Lindo de se ver ??
Outro ponto SUPER positivo desse livro foi os ensinamentos técnicos que a obra apresentou. Eu mesmo, não tinha noção que o vírus poderia se tornar indetectável e intransmissível após um período de tratamento. Isso traz esperança, pois, mesmo sem a cura efetivamente dita, as pessoas têm a oportunidade de viverem as suas vidas normalmente. Aliás, a vida inteira. ?