Tábata Kotowiski 06/12/2010Comprei A Lição Final no início do ano passado pelo catálogo da Avon. Na época, tinha lido algumas sinopse e resenhas que me deixaram bastante interessadas na história, basicamente por ser uma história real. Sem falar na capa, que é linda e me pegou de jeito. :) Mas como muitos dos livros que compro, ele acabou ficando esquecidinho na estante e foi no Desafio Literário que tive a oportunidade de tirá-lo de lá.
Randy Pausch, professor de Universidade Carnegie Mellon, descobriu um dia que tinha câncer. Não um câncer qualquer, daqueles que há esperanças, mas um câncer terminal de pâncreas, com poucos meses de vida. Com três filhos pequenos, o mais velho com um pouco mais de cinco anos, Randy queria deixar algo especial pra eles, e quando a Universidade convidou para dar uma palestra, Randy viu ali a oportunidade perfeita pra deixar algo pra lá de especial, não só pra seus filhos, mas para, quem sabe, todos que um dia chegassem a assistir a palestra. Um mês e pouco depois, a palestra chegou a internet e percorreu o mundo, tornando a história de luta contra a doença, mas principalmente, avisão de felicidade e a força, mesmo com poucos dias de vidas pela frente, de Randy famosa.
Depois de terminar de ler o livro, fui dar uma lida nas resenhas dele lá no Skoob e me surpreendi com a quantidade de pessoas que classificaram o livro como auto-ajuda. Não acho que A Lição Final seja é um livro de auto-ajuda. De modo algum! É um livro sim, sobre superação, esperança e como sempre ver o lado bom da vida. Como correr atrás de seus sonhos. Porque é sobre isso que é a palestra de Randy: Como Alcançar seus Sonhos de Infância. Ele pegou tudo que aprendeu durante o pouco tempo de vida (ele morreu aos 47 anos) e fez uma palestra e escreveu um livro, não tanto para nós, mas para seus filhos, como ele bem afirma no final de ambos.
O jeito que Randy escreve não é lá muita coisa. Ele definitivamente não leva jeito pra escritor. Às vezes, falta um pouco de sentimentos nas coisas que ele escreve. Digo isso até de sua palestra (que você pode assistir aqui). Apesar de ele falar de assuntos emocionalmente carregados, ele parece um tanto frio e direto. Mas daí imaginem, Randy é um cara da ciência. Formado em Ciência da Computação, professor na mesma área na Universidade Carnegie Mellon, um dos desenvolvedores da realidade virtual. De repente, é difícil pra quem lida com computadores, quem pensa racionalmente, vive de números demonstrar seus sentimentos, falar de si, de modo emotivo e sem soar um tanto arrogante. E afinal, a ideia de Randy não era vender livros ou palestras, por isso não vejo porque deixar o livro comercial, digamos assim. Por conta disso, não há como não relevar sua escrita simples, pouco rebuscada e seu jeito durão de falar da família e das coisas de sua vida. E mesmo com todos esse poréns, no final do livro, é impossível não se emocionar com a história de um cara que pode não ser bom com as palavras mas que cativa por sua positividade, sua força e seu modo de encarar a vida.
:)
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