Su 28/01/2016
Eu nem sabia da existência desse livro quando vi o filme. O resultado? Amei o filme, desde a música inicial até os créditos. Então, ao descobrir a existência do livro fui correndo ler.
A estória gira entorno de Andrea (Andy, para os íntimos) Sachs. Recém-formada em Letras pela Brown. Após uma viagem ao redor da Europa, com o seu namorado Alex, ela volta decidida a encontrar emprego em Nova York, mas...
Mas, o que ela encontra não é aquilo que se espera. Sua chefe é LOUCA. Isso mesmo. Sabe todas as tarefas que se espera de uma assistente? Então as esqueça. Ser assistente de Miranda Priestly (editora da revista Runway) exige muito mais do que apenas anotar chamadas e comprar café.
Não bastasse a loucura de sua chefe, junte a isso o fato de Andy não saber nada de moda. Misture tudo e aí você vai ter uma pessoa que trabalha como escrava em um emprego que não gosta, e o pior recebendo pouco.
Esse livro é engraçado, instigante e flui muito bem. O ponto alto da leitura é ver que às vezes abdicamos de nossa vida pessoal em prol de sucesso profissional.
Para vocês entenderem um pouquinho a loucura que é trabalhar para Miranda Priestly, aqui está um aperitivo.
“Sentei-me em silêncio, observando Miranda mover-se deliberadamente pela sua sala nas molduras das fotos penduradas na parede: se eu olhasse para o vidro, e não para as fotos em si, veria o seu reflexo. Emily, imediatamente, ficou ocupada em sua mesa e o silêncio se instalou. Nunca conversamos uma com a outra ou com qualquer outra pessoa se ela estiver na sala? Me perguntei. Escrevi um e-mail breve a Emily, perguntando isso, e a vi recebê-lo e lê-lo. Sua resposta chegou no mesmo momento: Você entendeu, escreveu ela. Se eu e você precisarmos falar, sussurraremos. Senão, nada de conversa. E JAMAIS fale com ela a menos que ela fale com você. E NUNCA a chame de sra. Priestly. É Miranda. Sacou? Senti de novo como se tivesse levado um tapa, mas ergui os olhos e concordei com a cabeça. E foi, então, que notei o casaco. Estava logo ali, uma pilha enorme de uma pele fabulosa, na ponta da minha mesa, com um braço pendendo. Olhei para Emily. Ela girou os olhos, agitou a mão em direção ao armário e fez com a boca: "Pendure-o!" Era tão pesado quanto um edredom molhado, saindo da máquina de lavar, e precisei das duas mãos para evitar que se arrastasse no chão, mas pendurei-o, cuidadosamente, no cabide de seda e fechei o armário sem fazer barulho.”
site: http://detudoumpouquino.blogspot.com