Resenhas - Fique Comigo

Sophia709 07/07/2023

Surpreendentemente bom
Fazia tempo que eu queria ler esse livro e aproveitei que tava na lista da escola e é maravilhoso. A forma como a autora retrata as questões culturais da poligamia e a infertilidade na Nigéria em um enredo eletrizante

CSK 07/07/2023

Livro muito bem escrito e envolvente.
Uma história repleta de emoções e lições. Tema profundo e delicado.
Até que ponto sua felicidade ou suas ações podem ser justificadas pelas expectativas (ou será que deveríamos chamar de cultura?) dos outros??
Vale muito a leitura.

beatrizkevelly 05/07/2023

Yedije e Akin.
Essa é uma história sobre uma mulher que carrega a culpa e o desespero por não conseguir dar um filho ao seu marido e ser mãe, além de sofrer pressão por parte das famílias por conta disso.
o livro vai abordar, também, a poligamia, mostrar as tradições existentes e a política na Nigéria no ano de 1980.
um livro forte e arrebatador.

Ozzy 04/07/2023

Meses depois de terminar esse livro (o último antes de meses sem conseguir ler nada), infelizmente, ele ainda não funcionou para mim da mesma maneira que vejo funcionando para a maioria das pessoas, não que eu tenha achado ruim, longe disso, mas passado o choque inicial das reviravoltas e revelações sobrou pouco o que me impressionar e causar uma impressão duradoura.

Kamyla.Maciel 03/07/2023

Achei um livro forte, até cruel com a personagem principal, mas, ao mesmo tempo, tocante e que nos leva a muitas reflexões sobre a maternidade, os limites do amor, a pressão sofrida pela mulher diante da obrigação de ser mãe, sobre perdas impensáveis e recomeços.

O livro fala de uma mulher nigeriana, Yejide, que tem um casamento até feliz com Akin. Mas, tudo começa a desmoronar quando o peso de não ''ter dado um filho a ele'' entra no meio da relação dos dois. É surreal a pressão familiar e social que Yejide sofre, surreal é jeito de falar porque sabemos que nas sociedades ainda é isso que acontece, em maior ou menor proporção, à mulher que não tem filhos cabe apenas o julgamento.

A questão é o quanto essa obrigação feminina afeta o psicológico de uma mulher, Yejide que o diga! A forma como se enxerga e como isso resvala no amor próprio e no amor do companheiro. As mulheres só são boas esposas se cumprem exatamente o que é determinado para elas socialmente? Tudo isso rodeado pela insegurança gerada com uma possível segunda esposa, para dar ao marido aquilo que ela não consegue fazer. Sério, ê mulher sofrida viu!

Não é que ela não queira ter filhos, supostamente ela não consegue ter filhos, mas depois de muito sofrer consegue engravidar e várias coisas terríveis vão acontecer daí, não quero dar spoiler. Mas, aviso que é um livro triste, sobre faltas, culpas, carências, solidão na infância, mentiras, traições e muitas reviravoltas.

E ainda assim vale a pena ler? Vale muito! Acho sempre proveitoso quando conheço novas culturas a partir de um livro, formas de pensar e agir diferentes do que considero ''normal'' (MUITAS aspas aqui, por favor!), é esse olhar sobre o amor, vida e pensamentos do outro que esse livro nos possibilita.

No final, ficou a pergunta na minha cabeça: o que deixamos de viver por medo de sofrer novamente? É uma reflexão que o final do livro nos provoca.

zeguilhermespp 30/06/2023

Maternidade ou pesadelo e sonho
Em Fique comigo, premiadíssimo romance de estreia da nigeriana Ayòbámi Adébáyò, o leitor encontrará uma história devastadora sobre o peso da tradição na vida de uma mulher. Mais do que isso, o livro de Adébáyò é uma incursão arrebatadora à dinâmica de uma família nigeriana cindida entre o tradicional e o moderno, entre o desejo pessoal e o dever social. Afinal, qual o limite entre o que esperamos para nós mesmos e o que é esperado de nós? Essas duas dimensões realmente são indissociadas? O romance fornece material para pensar essas e outras questões, sem contudo prescindir de um enredo envolvente e emocionante.
Yejide é uma mulher moderna na Nigéria da década de 1980. Formada na universidade, ela é proprietária de um salão de beleza em franca ascensão. Uma mulher empoderada, ao menos nos termos de certo feminismo liberal. Numa aparente contradição, porém, Yejide só pensa em ser mãe. É isso que se espera dela: que dê muitos filhos a seu marido, Akin. É apenas disso que falam as suas madrastas, sua sogra e toda a família de Akin. Mesmo tentando por anos, Yejide não consegue engravidar. Quando seu marido aparece com uma segunda esposa, quebrando o pacto monogâmico que o casal fizera ao se conhecer, Yejide se sente mais ameaçada e pressionada do que nunca.
Narrado predominantemente por Yejide, mas também por Akin, o romance parte dessa premissa simples para contar uma história alucinante, triste e bonita na mesma medida. Os personagens são cuidadosamente trabalhados e é impossível não empatizar todos eles. Falhos, humanos, todos cometem erros, mas o leitor não se considera capaz de julgá-los em nenhum momento, tamanha é a propriedade com que Adébáyò escreve suas psiques. Ler o fluxo de consciência de Yejide eh encarar de maneira crua o impacto corrosivo que uma cultura centrada na maternidade enquanto obrigação pode ter sobre uma mulher. Para além das relações humanas fundamentais, vislumbramos um pouco da cultura iorubá e da cena política nigeriana no final do século XX, atormentada pela ditadura do general Babangide.
Fique comigo é uma joia, um romance brilhantemente montado por uma escrito impressionantemente jovem. Literário sem abrir mão do entretenimento, é um prato cheio pra todo tipo de leitor.

larissa3546 25/06/2023

Pesado e incrível
Estou sem palavras de verdade, queria poder elaborar um texto falando de como esse livro me deixou impactada mas não consigo
não sou mãe então não sei como seria a sensação de perder dois filhos e imaginar a perda de um terceiro mas com a escrita da autora, a sensação era que tudo isso tava acontecendo do nosso lado
é aquele livro que você lê e tem uma mistura de sentimentos em todos os capítulos, desde o início com a nova esposa até o final com a rotimi, é simplesmente algo inexplicável
foi com certeza a minha leitura preferida do ano, tanto pela qualidade da escrita quanto pela história e por fazer eu conhecer um pouco mais da cultura da nigéria

Kenmily1 17/06/2023

Não consegui parar de ler
Que escrita maravilhosa.
Quanta dor e sofrimento por causa de uma inocência que pode nos parecer inimaginável.
?????

Fabi Almeida 13/06/2023

Livro forte
Esse livro te traz conhecimento sobre a cultura da Nigéria e uma história linda demais, de amor e maturidade... acontece tanta desgraça que vc fica esperando ansiosamente demais por um final feliz e ele te faz acreditar que ele nunca vai acontecer... maaaas...

Dé 13/06/2023

Talvez estivesse com uma expectativa muito grande diante dessa história.
Livro bom, mas não alcançou o que eu esperava.
Não sei por que, mas em alguns momentos senti que a história estava enroscada, não fluía.

Priscila.Damiani 12/06/2023

@ler.terapia - (Esta resenha não contém spoiler)
?Há coisas que os testes científicos não podem mostrar, coisas como o fato de que a paternidade é mais do que uma simples doação de esperma."

Fique comigo foi o livro mais devastador que li esse ano. Mas ainda assim, amei a experiência.

O livro conta a história de Yejide e Akin. Eles se apaixonaram e se casaram, sem matrimônio arranjado, apenas por amor. Em uma Nigéria extremamente machista, onde a monogamia não é comum, e ter filhos era o que te fazia ser "reconhecido" verdadeiramente.
A narrativa é contada sob a visão de Yejide (na sua maior parte) e também por Akin.

A história é intercalada com a realidade política nigeriana da época, quando o país sofre um golpe de Estado em 1985 e derrubam o governo de Shehu Shagari.

Eu não posso deixar de falar um pouco sobre Yejide, uma mulher a frente do seu tempo, sem medo de ser quem deseja ser. Que estuda, trabalha e não leva desaforo para casa. Viveu uma infância conturbada, sem aliados e sem defesa. Mas mesmo assim, não deixou de sonhar.

Em um casamento com grande interferência familiar cultural, tenta se manter firme em meio a situações que esmagam sua essência. Um casamento que acaba se perdendo em meio a palavras não ditas, principalmente devido a pressão social e cultural.

Uma história dolorosa, incompreensível de certa forma. Mas impossível de ser julgada mediante todo contexto. Akin, por sua covardia, mas pressionado pela família, Yejide por medo, pressionada pela sociedade. E no fim, eu realmente, não fui capaz de julga los.

A leitura fala, principalmente, sobre a maternidade. Mas também sobre a cultura de uma país poligâmico, sobre o luto, lealdade, amizade, sobre fragilidades e sobre interferência familiar.

Ayòbámi Adébáyò, uma escritora nigeriana, em seu primeiro livro atinge seu objetivo, que é tocar, fazer refletir e surpreender o leitor.

Não consegui largar o livro. Sempre que o deixava de lado, era contrariada. Apesar da leitura ser pesada, cheia de dor, você se pega tendo esperança pelos personagens, torcendo para uma reviravolta, um milagre!!

E sim, tem plot, e não, eu não fazia ideia. Dessa vez fui surpreendida, e fiquei boquiaberta. Mas saibam, não é um plot comum.

Mas só lendo pra descobrir, rsrs


"Antes de chamar o caracol de fraco, amarre sua casa às costas e carregue-a por uma semana"

Talita 08/06/2023

Sequência de socos no estômago
"Fique comigo" me surpreendeu positivamente de diversas formas e se tornou um dos melhores livros que já li na vida. E eu já esperava muito da história por causa da sinopse. No entanto, a sequência de acontecimentos foi se dando de tal forma que diversas vezes precisei pausar a leitura por uns segundos por simplesmente ficar sem fôlego. Foram tantas surpresas, tantos detalhes revelados e que condizem perfeitamente com a história, que a leitura se tornou fantástica. Ansiosa para ler mais da autora!

Vi 08/06/2023

Demorei muito lendo esse livro, mas não é porque ele é ruim, às vezes só não estava no clima de ler algo tão pesado e o bicho é pesado quando quer. Mas ao mesmo tempo lindo!! Com certeza, virou um dos meus favoritos.

Becca 05/06/2023

Não vou elaborar muito ao falar de Fique Comigo mas quero deixar registrado que houve choro, coração partido e angústia durante essa leitura!
Amei a escrita de Ayòbámi e principalmente a construção dos personagens que me levou a sentir raiva e compaixão concomitantemente.
Achei que daria nota máxima pois o livro estava em um ritmo crescentemente bom, emocionante e instigante porém no final chegou a decair, deixando a desejar em certos aspectos do enredo. No geral, ainda é uma das melhores leituras do ano até agora, com toda certeza! Gostei muito!!!

Rita.Cassia 26/05/2023

Simplesmente extraordinário.
Leitura que mexe com as entranhas. A escrita da autora é de uma força e ao mesmo tempo de uma delicadeza sem igual.