Os monólogos da vagina

Os monólogos da vagina Eve Ensler




Resenhas - Os Monólogos da Vagina: Edição comemorativa


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brunapcorreia 02/05/2021

Eu amei esse livro e o quanto ele é necessário, tratando de tantos tabus de uma maneira extremamente leve!
Eu recomendo a leitura, principalmente à todas as mulheres!
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Bia 21/04/2021

um livro necessário
ele começa te fazendo rir, com o intuito de fazer entender a importância do reconhecimento da palavra vagina e do que ela é em si , não somente sexual ,ou profano , mas uma parte de nós ...
termina te levando no chão , provocando um desconforto enorme ao apresentar os horrores que as mulheres passaram com suas vaginas , me marcou de mais a história das mulheres de conforto militar , algo desumano
EU NÃO AGUENTO MAIS
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Solange da Mata 18/04/2021

Um livro sobre um tabu, e que ao começar a ler, você imagina a leitura seguindo pelo lado sensual ou sexual da palavra e se depara com histórias marcantes, além de ficar chocada com as situações que nós mulheres passamos, apenas pelo fato sermos mulheres. Leiam.
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Mi 13/04/2021

Eu senti
Eu gosto de ler livros que me fazem SENTIR e que já primeira página me engole e me deixar escapar para se poucas vezes. Foi assim que vivi está leitura. Eu senti a dor em casa relato. Vagina é uma palavra linda e deve sim estar no vocabulário de todas. Devemos empoderar nossa Vagina e a de todas as mulheres que conhecemos ou não. Quem sabe um dia bem distante, infelizmente, teremos um mundo menos agressivo e opressor de liberdades femininas.
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Gilvania4 31/03/2021

Não é engraçado
Esse livro não é engraçado, ele fala de todos os tipos de abusos sofridos pelas mulheres, mas fala também que uma peça de teatro pode mudar o mundo. A peça os monólogos da vagina já percorreu o mundo todo e com ela foram criadas ONGs que ajudam mulheres que sofreram abusos como o V-day que é um dia onde toda a renda obtida nas peças realizadas nesse dia, é usada em projetos contra a violência e tbm nas Filipinas onde a peça mudou até mesmo a constituição. É um livro forte e doloroso, mas ajuda a nos conscientizar da violência sofrida pelas mulheres que infelizmente é tão atual.
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Luci 07/03/2021

Bom mas esperei outra coisa
O livro é bom mas estava esperando ler as histórias das mulheres cada uma individual e no caso a autora fez textos (na maioria das vezs poemas) baseados em diversas conversas.
Mas vale super a pena a lentura, sobretudo conhecer o V-day que eu achei super legal!
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Vih Vargas 06/03/2021

Revolucionador e Revoltante
É revoltante saber que uma em três mulheres irá ou ja sofreu violência durante a sua vida. Nos dados atuais, isto sima mais de um bilhão de mulheres que tiveram ou terão sua integridade, seu corpo e sua alma violados.
É revoltante saber que isto é uma realidade nossa. Nós mulheres. É nós quem saímos de casa pensando que se formos SÓ assaltadas então esta tudo bem. Nós mulheres que andamos na rua e cruzamos ela quando vimos um homem no outro lado. Nós mulheres quem damos a luz nos hospitais com medo de sofrermos uma violência. Nós mulheres que nunca conseguimos confiar 100% em um homem. Nós mulheres.
Esse livro e toda a carga de história que ele trouxe ao mundo é revolucionador. Inspiracional. Deveria ser panfletado a torto e direito em casas, escolas, livrarias, consultórios, salões, salas de espera. As pessoas precisam ler. Entender. Apreciar.
As pessoas precisam reconhecer a importância que é permitir que nós mulheres possamos cuidar da nossa vagina da forma como quisermos e não da forma como os outros acham que podem cuidar...
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Lais.Lagreca 06/02/2021

Um livro que todos e todas deveriam ler!
Faça um teste: fale com seu companheiro, com seus amigos, com seus familiares: “estou lendo Os monólogos da vagina”. Observe a reação deles. Falar a palavra “vagina” em voz alta fora de uma consulta médica (mesmo em uma as pessoas têm dificuldades) é uma coisa que ainda causa estranhamento. Imagine, eu estou dizendo que falar essa palavra, uma palavra que é o nome de uma parte do nosso corpo, soa estranho. Assim, inventamos vários nomes, vários apelidos, várias formas de nos referir à nossa VAGINA. Esse incômodo, esse estranhamento, não acontece do nada. Ele é reflexo de toda uma cultura que ignora que a mulher possui uma vagina que, há muito tempo, é violada, que em algumas culturas é mutilada, que por muito tempo só serviu como um objeto do prazer exclusivamente masculino. Imaginem que, conforme consta no livro, em um julgamento de caça às bruxas em 1593, o advogado de acusação (que era casado) deparou-se com um clitóris pela primeira vez; ele não soube o que era aquilo, classificando-o de diversas formas, relacionando-o com o diabo, provando, assim, que a bruxa era culpada. Resolveu mostrar a outros presentes. Esses nunca tinham visto nada como aquilo, e a bruxa, claro, foi condenada.

Precisamos dar nome ao que tem nome: vagina. Vamos falar “vagina” e entender que as violências horríveis que acontecem com mulheres no mundo inteiro estão relacionadas a ela. É por isso que a autora opta por falar “vagina”, pois, como ela acredita, quem sabe essas coisas horríveis não parem de acontecer.


Leia "Os monólogos da vagina"!
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Karinne 11/09/2020

O livro aborda uma ótima reflexão, cômica, profunda e necessária sobre conhecer algo tido por muito tempo como tabu, alem de abordar essa questão em diferentes culturas também.
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Gi Gutierrez 08/07/2020

Os monólogos da vagina
Crescemos aprendendo diferentes nomes para nomear o que nos faz mulheres... nomes muitas vezes pejorativas e que nos envergonham, porém não mais do que falar em alto e bom som: Vagina!

Eve nos mostra um caminho alternativo, um em q não nos envergonhamos por sermos mulheres, por termos vaginas e por falar sobre isso com naturalidade, como deve ser. Além disso, apresenta um importante debate sobre o corpo feminino e as violências sofridas por ele ainda hj.
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Ari Phanie 25/06/2020

Um manifesto
Toda vez que eu lia algo sobre Os Monólogos da Vagina era sobre como era ácido, ousado, hilário... Achei que se tratava de um livro com histórias engraçadas que tentavam acabar com o tabu e o mistério em torno da vagina, que fazia uma viagem divertida ao centro de quem, mulheres, somos. Bom, se trata de tudo isso, sim. Mas esse livrinho também contém um monte de porradas no seu peito, no seu estômago, e você vai senti-las até mesmo no seu útero.

O livro começa com um texto introdutório da Eve Ensler falando de como as pessoas tinham dificuldade em falar a palavra vagina, e em como isso chamou a sua atenção o bastante para montar a peça com histórias colhidas de mais de duzentas mulheres de todas as raças, credos e classes.

"Vagina. Pronto, falei. Vagina. Falei de novo. (...) Falo porque acredito que aquilo que não é dito não é visto, reconhecido ou lembrado. O que não falamos se torna segredo, e segredos quase sempre criam vergonha, medo e mitos. Falo porque um dia quero me sentir confortável falando, e não envergonhada ou culpada."

A peça foi bem recebida pelas mulheres, apesar dos receios da Eve. Elas estavam cansadas de ficar em silêncio sobre seus próprios corpos e o modo como eles eram tratados. Eve fala sobre suas memórias mais marcantes do que acontecia ao final de suas peças, e é aí que fica claro que esse livro não é apenas uma ferramenta ousada e irônica para falar da vagina. E a partir daí fica familiar e/ou doloroso o que ela relata nos monólogos.

Sobre a senhora que não "desce lá" há anos porque é um lugar pela qual foi humilhada por ter.
Sobre as inúmeras meninas que tiveram uma menarca conturbada; cheia de vergonha, dúvidas e medos. Eu mesma fui uma delas.
Sobre as mulheres que nunca olharam ou tocaram a sua vagina. E as que nunca gostaram da sua vagina.
Sobre as mulheres que tiveram as suas vaginas invadidas, dilaceradas, mutiladas, arruinadas.
Sobre a mulher furiosa pelos inúmeros exames invasivos e produtos para torturar, e deixar sua vagina mais isso, mais aquilo. Com cheiro de jardim, de flores, de fruta.
Sobre a mulher que achava que sua vagina era um lugar apenas de dor e mais tarde descobriu que podia ser um lugar de prazer também.
Sobre a mulher que amava vaginas.
Sobre a mulher que conhece o poder da vagina e do que surge através dela.
Sobre as mulheres desaparecidas, humilhadas e feridas por terem uma vagina.
Sobre a mulher que sabia que era uma mulher mesmo quando lhe disseram que não era.
Sobre as mulheres que renasceram depois de muita dor e perda.
Sobre a mulher cansada dos estupros e das violências que continuam a acontecer todos os dias e se tornaram tão normal que a maioria das pessoas só suspira e deixa passar. Essa mulher é praticamente todas nós.

A Eve Ensler não aliviou em seus monólogos. Dois ou três tem um tom divertido, mas a maioria vai incomodar, perturbar e angustiar. E no fim das contas, creio que você não pode falar em vagina sem falar em dor e opressão. Mas felizmente, a vagina também é lugar de força. Nos monólogos e, principalmente, na vida você, mulher vai ver que nossa vagina é o nosso centro e que dele podemos extrair poder e libertação. Comece conhecendo sua própria vagina.
Nan 22/08/2023minha estante
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priscillacarriel 06/11/2019

OS MONÓLOGOS DA VAGINA - Na época em que essa peça teatral foi escrita e lançada, ela se tornou controversa e polêmica. Foi censurada em alguns países (sendo exibida de forma clandestina) e adaptada e traduzida em diversos idiomas. Apesar de todo o tabu, ela foi aclamada e fez com que mulheres falassem, pela primeira vez, sobre suas vaginas: da menstruação aos abusos sexuais que sofreram. Da necessidade de quebrar o silêncio e da necessidade do acolhimento diante dos abusos físicos e sexuais, a autora junto com várias militantes de diversos outros países se uniram e criaram o V-Day, um dia de levante contra a violência de gênero. O grupo angariou mais de 100 milhões de dólares que foram revertidos ao combate da violência contra a mulher, em abrigos, escolas, hospitais e ongs de capacitação profissional. O livro é muito bom, é triste, é engraçado, é dramático e motivador. Recomendo pra todo mundo, principalmente pras mulheres que cresceram odiando seus corpos por conta da sociedade patriarcal e da misoginia. Só tomem cuidado com os gatilhos, que são muitos!
phannickel 06/11/2019minha estante
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Laura Brand 18/02/2019

Nostalgia Cinza
Monólogos da Vagina é um manifesto que mudou a vida de milhares de mulheres ao redor do mundo. Apresentados por Eve Ensler pela primeira vez há vinte anos, esses monólogos foram responsáveis por dar vida ao V-Day, um movimento global para eliminar a violência contra mulheres e meninas. A edição comemorativa de 20 anos da GloboLivros traz esses textos que rodaram o mundo e marcaram uma geração.
Os Monólogos da Vagina mudaram a forma como milhares de mulheres olham para seus próprios corpos e para sua própria vida como seres do sexo feminino. Há mais de 20 anos Eve Ensler transformou a vida de mulheres do mundo inteiro que passaram a enxergar seus corpos femininos como uma linda e empoderadora parte de si.

O livro começa com um preâmbulo de Jacqueline Woodson que explica um pouco sobre a importância do pensamento de Eve Ensler e como ele, revolucionário à época, continua extremamente relevante. Ela faz, inclusive, uma referência ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como uma forma de mostrar que os ataques às mulheres e sua condição como gênero feminino ainda são constantes, misóginos e preocupantes.

Eve começa a apresentar os Monólogos da Vagina falando sobre a importância de se tomar posse do nome “vagina” ao falarmos de nossos corpos. Segundo ela, atos de resistência começam com a fala e é necessário que saibamos a importância de nomear, sem vergonha e sem pudor, nossas partes como elas são, mesmo que a história tenha nos ensinado a reprimir cada impulso relacionado às nossas vaginas. Para a autora e ativista, simplesmente começar a se familiarizar com a palavra “vagina” é uma forma de abrir portas para reflexões relacionadas à opressão das mulheres e à libertação dos nossos corpos.

Alguns capítulos são intercalados com os “Fatos da Vagina”, curtos parágrafos que abordam dados e estatísticas relacionados à genitália feminina, seja por meio do uso do termo “vagina”, seja ao abordar a mutilação genital feminina, seja falando sobre a “descoberta” do clitóris, seja exemplificando a capacidade feminina de ter um orgasmo em relação à dos homens etc. É uma forma de familiarizar as mulheres a respeito de suas vaginas, transformar a vagina em um objeto de estudo e, dessa forma, concretizar sua existência como objeto de análise. Talvez, ao transformar reflexões em dados estatísticos, as pessoas comecem a entender a importância de se falar sobre a vagina não apenas como uma parte do corpo humano, mas como símbolo de libertação.

Os capítulos são bem curtos (trazendo características da dramaturgia, tão familiar à Eve), com os maiores tendo pouco mais de 5 páginas, e falam sobre diversos acontecimentos e reflexões relacionados à vagina. Para compor parte d'Os Monólogos da Vagina, Eve entrevistou mais de 200 mulheres a respeito de suas partes íntimas, trazendo à tona temas que vão desde a primeira menstruação e o primeiro orgasmo (ou a inexistência dele), passando pela pressão pela depilação dos pelos pubianos, até traumas relacionados à violência sexual.

Em determinado capítulo Eve transcreve parágrafos de fala de algumas das entrevistadas a respeito de uma memória relacionada à vagina. É interessante ter contato com as mais diversas maneiras com as quais as mulheres viveram acontecimentos marcantes relacionados às suas vaginas, mostra como a pluralidade de experiências e ideias sobre o que é ser mulher e o que é feminilidade se expandem para nossas partes íntimas. Infelizmente, também é assustador perceber como a maior parte dos relatos está relacionada a algo ruim, seja algum tipo de violência física, seja por meio da repressão absurda de tudo o que é relacionado à vagina, desde a infância. Isso reforça a característica de manifesto de Monólogos da Vagina e serve como um wake up call para homens e mulheres.

Monólogos da Vagina também é um manifesto de libertação. Eve Ensler traz à tona traumas e violências de forma crua e intensa, mas também busca devolver a voz de mulheres silenciadas pela vida ao mostrar que elas podem - e devem - falar sobre suas vaginas. A libertação começa no momento em que fazemos as pazes com nossos corpos e aceitamos a condição de mulheres como um presente, como algo lindo e perfeito. Porque nossos corpos são perfeitos, cada um com suas formas, curvas e nuances.

Eve não pega leve. Não ameniza. Não suaviza. Ela diz o que precisa ser dito. Relata o que contaram da forma que narraram. Ela não filtra, não esconde, não guarda. É preciso falar sobre o “elefante no quarto”, ainda mais se esse elegante é uma das coisas que nos faz nos enxergamos como mulheres. E o melhor jeito de fazer isso é falando o máximo possível, naturalizando aquilo que deveria ser normal desde sempre.

Meus capítulos favoritos são aqueles em que ela pede poucas palavras como resposta para sua perguntas. São questões que a princípio podem parecer estranhas, engraçadas ou invasivas, mas que rendem respostas inspiradoras. Algumas entrevistadas respondem de forma tão carnal quanto pedia a pergunta, outras dão respostas tão inspiradoras, mesmo em menos de cinco palavras, que me peguei fitando as páginas por alguns minutos absorvendo aquilo.

Monólogos da Vagina trazem um misto de sensações. Ao mesmo tempo em que alguns capítulos me arrancaram risadas e me fizeram sentir como se estivesse trocando experiências com minhas melhores amigas, também me fizeram sentir raiva e indignação por tudo o que as mulheres passaram e passam distraidamente pelo simples fato de não terem nascido com um pênis entre as pernas. A violência contra a mulher pelo simples fato de ser mulher é algo que não cansa de me apavorar e Eve Ensler trabalha essa questão ao amplificar as vozes de mulheres do mundo inteiro. Ela mostra como a violação e o assédio fazem parte da rotina das mulheres, sejam elas americanas, asiáticas, africanas, europeias, brancas, negras, índias, cis, trans, lésbicas, bi. A violência contra a mulher é tão universal quanto à condição de ser mulher, o que varia é a intensidade na qual ela se faz presente.

É um livro muito difícil de ler porque te coloca na pele de outras mulheres que sofreram violências inimagináveis nas mãos daqueles que consideram o feminino algo inferior, que precisa ser subjugado, humilhado, violentado. É um livro difícil de digerir porque escancara tudo aquilo de ruim que a humanidade faz as mulheres passaram diariamente, em todo o mundo, todas as culturas, todos os lugares, em todas as idades. Mas ao mesmo tempo é um livro fácil de ler porque te devolve seu corpo, sua condição de mulher, sua esperança, sua feminilidade, sua força. Sua liberdade.

Eve fala de forma extremamente honesta e crua. Ela não mede palavras, não passa pano, não esconde. Em Monólogos da Vagina ela escancara as discussões de maneira muito pessoal, sem perder o tato. Monólogos da Vagina nos faz repensar a maneira como olhamos para nós mesmas, traz à tona concepções enraizadas que se escondem na forma de traumas, dá luz a angústias e incômodos antigos, e ajuda a trazer liberdade para as mulheres.

Ao final do livro, por meio das palavras de Susan Celia Swan, somos apresentados ao V-Day, o movimento que nasceu do poder dos Monólogos da Vagina. “O movimento usa arte e ativismo não só para despertar, educar e inspirar, mas também para provocar, resistir e perturbar. Promove a união das lutas interconectadas das questões raciais, econômicas, ambientais, de calasse e de guerra sob a lente da “solidariedade” e “exploração” e a ótima da transformação revolucionária.” A diretora executiva do V-Day usa essa parte do livro para demonstrar o impacto que esse movimento causou e vem causando em mulheres do mundo todo, tudo por causa da força das palavras de Eve Ensler. É inspirador reconhecer tantas frentes de batalha pela vida das mulheres que fazem uso da arte para devolver suas vozes e demonstrar resistência.

Monólogos da Vagina é um livro para ser devorado de uma vez. Quando comecei não consegui parar de passar suas páginas e mergulhar na narrativa de Eve. Não é difícil imaginar essa narrativa sendo falada por meio de uma peça, mas poder tê-la nas mãos em formato de livro para ler e reler é ainda mais poderoso. Transformar os Monólogos da Vagina em um livro é uma maneira de aumentar ainda mais o alcance dessas palavras e levar uma forma de liberdade para mulheres que ainda não puderam ter contato com esse movimento. As palavras de Eve Ensler escancaram toda a violência que uma mulher pode sofrer e ajudam a devolver o poder para as sobreviventes. Eve ajuda a tirar as mulheres do papel de vítima e as coloca como sobreviventes e protagonistas de suas vidas. Monólogos da Vagina ajuda a devolver o controle para sobreviventes de violência e mostra que cada mulher tem o poder sobre seu próprio corpo e, acima de tudo, sobre sua própria vida.

É um alívio inegável perceber que existem mulheres por aí lutando por mudança para outras mulheres. Isso mostra que não estamos sozinhas em nossas inseguranças. Nossos medos, anseios e traumas não são nossos, não nos definem, não são o que somos de verdade. Monólogos da Vagina ajuda a fazer com que cada mulher entenda seu corpo, se reconheça como mulher, ame sua condição e pegue de volta o controle da sua vida sabendo que não está sozinha. Eve Ensler deu um presente para a humanidade ao falar sem pudor. Monólogos da Vagina fez um favor para mim ao nomear medos, escancarar anseios e estender a mão. Que todas possamos das as mãos e falar abertamente sobre nossas vaginas, nossos corpos, nossas vidas. Nós vamos mudar o mundo.


site: http://bit.ly/osmonologosdavagina
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Mi Hummel 06/01/2019

A palavra que precisa ser dita em voz alta.
"(...) Quando Eve Ensler começou a apresentar Os Monólogos da Vagina, até o ato de pronunciar a palavra vagina em voz alta era recebido com controvérsia e desconforto. Estação de rádio não permitiam que a palavra vagina fosse dita ao vivo. Emissoras de tv transmitiam vinhetas inteiras sobre a peça sem nenhuma menção à palavra, e jornais e revistas se esquivavam por meio de abreviações (...)"

O livro de Eve Ensler é bem interessante sobre o ponto de vista da luta pela visibilidade feminina. Eu ganhei este livro em um amigo secreto das mulheres que junto comigo se dedicam a dança do ventre (nada mais oportuno.) E, confesso, quando desembrulhei o presente e vi o nome do livro, me espantei. E, por quê?

Não sei bem dizer. Todas as mulheres para quem mostrava a capa do livro tinham a mesma reação. Nossa! O que é isso? Que livro é esse? Meu Deus!
"Vagina" aparentemente é um nome assustador para a maioria de nós: eu imaginava que não. Mas, ainda é. E eu fui um exemplo disso. Portanto, o livro é esclarecedor.

Opressão, medo, tabu...É isso que nós carregamos no meio das pernas. Diferentemente dos homens que carregam os seus pênis com orgulho nós temos receio e vergonha. Nunca havia parado para pensar no tema. Mas, de fato, assim o é.

Eve Ensler através da peça " Os Monólogos da Vagina" expõe décadas de horror contra mulher e leva esse grito para diversos países, rompendo o silêncio sobre o papel da mulher na sociedade. Levando as próprias mulheres a repensarem o seu papel no mundo.

Só dei 3 estrelas porque não é uma história propriamente dita. Se você está buscando algo como "As boas mulheres da China", não o é. É um compilado de poesias e textos sobre o V-Day e o movimento feminino no mundo. Particularmente, eu gostaria de ter contato com as histórias. Acho mais envolvente. E como não estou assistindo a peça - Os monólogos da Vagina é uma peça teatral - ficou difícil para mim me envolver de todo.

Mas, não posso negar que saí da leitura transformada.
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Priscilla 23/10/2018

fundamental
Comprei o livro sem conhecer nada sobre a história, imaginava ser um livro voltado para aspectos sensuais, sexuais e cômicos, mas fui surpreendida por histórias que traziam à tona os abusos, assédios e limitações impostas às mulheres em nossa sociedade. A autora buscou, por meio da peça de teatro que fundamentou o livro, abrir espaço para as mulheres entrarem em contato com todas as dores sofridas e conversarem sobre isso com o intuito de superar o sofrimento e seguir a vida como mulheres empoderadas.

O que começou como uma simples peça teatral se expandiu com a criação de ONGS, projetos e diversos programas ao redor do mundo com o objetivo de mostrar ao mundo a violência sofrida pela mulher e, com isso, reivindicar que medidas sejam tomadas por toda a sociedade e pelas autoridades competentes.

Em muitos momentos as histórias são tão tristes que trazem raiva, indignação, tristeza e desesperança. Porque vivemos numa sociedade tão machista e excludente? Onde começou a subjugação da mulher? E por que? Por que tratamos homens e mulheres de forma tão desigual? E como achamos que isso é natural? E como reproduzimos isso com nossos filhos, sobrinhos, netos, etc?

Mas não devemos nos deixar tragar pela desesperança ou pelo desespero diante da realidade tão cruel e devastadora que atinge milhares de mulheres mundo afora. Iniciativas como a de Eve Ensler e de tantas outras mulheres e homens ao redor do mundo já vem conseguindo salvar e melhorar a vida de muitas mulheres agredidas física ou emocionalmente. Precisamos mudar nosso modo de ver a vida e espalhar essa compreensão de igualdade para que o mundo seja um lugar melhor.
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