Emily 09/07/2023
Humanos
Que obra incrível. Não sei nem como resenhar, pois tem tanto nesse livro. Tanto de nós, tanto de ciência, humanas, humanos, psicologia, tanto de tudo que nos torna seres irracionais mesmo sendo racional, que se torna exaustiva a leitura.
April é a protagonista mais odiosa do mundo, eu passei a odia-la, ela é tão humana que me fez criar uma infinita raiva dela.
A mensagem que o livro nos traz é de que sempre queremos atenção, não importa como ou com o que, queremos ser importante e nessa caminhada de se tornar importante nos tornamos muito humanos.
April passa a caminhada toda querendo deixar um legado, não ser esquecida, ser sempre lembrada como: "April May, a garota de 23 anos que mudou o mundo", mas ao ler o livro que a mesma escreveu, nem ela mesmo lembra dela assim, ela se odeia até mais quanto eu a odeio.
A humanidade tá tão fadada a tecnologia (eu resenhando nesse site prova isso), que não importa mais quem te fala coisas ruins, quem fala coisas boas, quem te ama de verdade, se você corre perigo, se você pode morrer ou se você estar se perdendo em sí.
Se você estiver se perdendo, se machucando, em perigo, mas isso estar lhe trazendo engajamento nas redes, você estar ganhando atenção de milhares de pessoas, tudo bem. Pois hoje não importa quem e sim números.
E o Hank relata isso tão incrivelmente bem, em uma narrativa tão absurda e interessante, que é impossível não se humanizar durante a leitura.