Jarbas Jr. 20/06/2022
UMA TENTATIVA MALFADADA DE EMULAR JESUS CRISTO
Augusto Cury é superestimado. O sujeito escreve um monte de livros falando obviedades, com uma roupagem intelectual, e é visto como um grande escritor, mas ele é só o produto de um bom marketing. Os livros dele são sempre mais do mesmo, aparentemente lançados apenas para ganhar dinheiro.
Cury não escreve bem, é demasiadamente repetitivo e, por isso, cansativo. E olha que o livro nem é grande! Já li dois livros dele de gêneros diferentes, mas iguais na canseira.
O Vendedor de Sonhos, em particular, não passa de uma apropriação de elementos da fé cristã para conferir aceitabilidade e alcance social à obra, mas emana presunção em sua alegoria dos evangelhos ?psicologizada?.
Augusto Cury sequer segue a ortodoxia do cristianismo. Ele dá um passo além de Jean-Jacques Rousseau e afirma que o ser humano nasce neutro e a sociedade o torna bom ou mau. Todavia, as Escrituras afirmam a doutrina do pecado original, de como, desde a Queda, nós herdamos de nossos primeiros pais, Adão e Eva, a natureza corrompida pelo pecado. De modo que é somente a graça divina que pode nos salvar de nós mesmos.
Cury nega isso, removendo a noção de pecado inerente do homem, condicionando-o a um mero produto do meio. Todavia, se é a sociedade que corrompe ou engrandece o homem, quem primeiro a tornou boa ou má? Ora, a sociedade é uma abstração que existe a partir da concretude dos indivíduos que a compõe. Logo, se a sociedade é boa ou má isso provém dos indivíduos que a forma. Como, segundo a fé cristã, o ser humano é pecador desde o nascimento, a sociedade formada pela reunião de pecadores será sempre deficiente e má neste mundo caído. Os cristãos reconhecem a influência do meio na formação de uma pessoa, mas jamais o veem como a causa do mal na natureza humana.
?O reconhecimento do pecado é o começo da salvação?, Martinho Lutero. É através do glorioso Evangelho de Jesus Cristo que encontramos redenção para os nossos pecados e aguardamos, com esperança, o Seu retorno para fazer novas todas as coisas. Na redenção cósmica, os salvos serão finalmente libertos da presença do pecado e, em decorrência disso, haverá uma sociedade ideal formada de gente redimida e não mais atingida pelas mazelas dos seus pecados.