Assombrações

Assombrações Domenico Starnone




Resenhas - Assombrações


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Sol 62 29/02/2024

Assobrações de Domenico Starnone narra a história de um avô que em determinado momento precisa ficar com seu neto com o qual nunca conviveu. Para isso retorna a sua antiga residência onde mora sua filha que viaja com o marido. Nesse meio tempo, o avô se vê confrontado com seu envelhecimento em contraste com a vivacidade do neto. É uma história que fala do etarismo, ao mesmo tempo em que lembranças do tempo ido, do trabalho e das relações familiares levam a um novo ressignificado do tempo ainda a ser vivido.
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Aguinaldo 03/10/2019

assombrações
De Domenico Starnone, italiano que é autor de mais de vinte romances, já havia lido o curioso "Laços", em 2017. "Assombrações" agradou-me menos, pois não me convenci muito com a ideia básica, com a provocação que o livro oferece. Um homem de meia idade, ilustrador que já teve seus melhores dias profissionais, viúvo e restabelecendo-se de uma cirurgia, é solicitado pela filha para cuidar de seu único neto, por uns poucos dias. Ele precisa se deslocar de Milão, onde vive há muitos anos, para sua Nápoles natal, lugar do qual não guarda boas recordações. A filha passa por uma crise conjugal, precisa ficar afastada dos compromissos domésticos para apresentar um trabalho acadêmico em um congresso (ela, o marido e talvez seu amante e chefe são matemáticos). Starnone apresenta ao leitor um conflito clássico, entre o novo e o velho, entre um sujeito e os fantasmas de seu passado. O ilustrador precisa terminar uma encomenda, a de um livro de Henry James, "The Jolly Corner", que trata justamente de um duplo, uma história de fantasmas (as assombrações do título), o retorno de um sujeito ao lugar onde nasceu e que provoca nele questionamentos sobre as escolhas que fez na vida. O personagem de Starnone confronta seus fantasmas pessoais na figura do neto, de quatro anos, que é singularmente inteligente e ativo, uma força da natureza encarnada. Todavia, a capacidade de fazer perguntas, que dá a criança ares de filósofo mirim, apenas esconde a simples repetição de falas e comportamentos dos pais, nuances que desconhece, não domina, só impressionando, superficialmente, aqueles que o veem pela primeira vez. Qualquer de nós que já teve a oportunidade de visitar casais com filhos pequenos teve experiências similares, que é a de ficar defronte pequenos tiranos, que visivelmente manipulam sem dó seus genitores, iludidos com a beleza especular dos atos e frases espirituosas ditas pelos filhos. Não vou estragar a leitura deste livro antecipando mais sobre o enredo. Há um capítulo final com a ilustrações e reflexões do personagem sobre seu embate com o neto (talvez seja a única parte do livro que realmente me agradou). Trata-se de um livro bom de ler, interessante, mas há muito de esquemático nele, um artificialismo que se foi bem lapidado pela linguagem, não alcança convencer o leitor que a sequência de eventos seja possível, mesmo para um velho senhor, curvado pelo fracasso e pela doença. Enfim, "Assombrações" pareceu-me cerebral demais, falso demais. Não é ruim, há autores que não alcançam registros assim, mas há cousas com mais estofo me aguardando (acho eu, que sempre me iludo). Vale!
Registro #1451 (romance #365)
[início: 31/07/2019 - fim: 14/08/2019]
"Assombrações", Domenico Starnone, tradução de Maurício Dantas Dias, São Paulo: Editora Todavia, 1a. edição (2018), brochura 14x21 cm, 184 págs. ISBN: 978-84-93828-34-8 [edição original: Scherzetto (Torino: Giulio Eunaudi Editore / Gruppo Mondadori) 2016]

site: http://guinamedici.blogspot.com/2019/09/assombracoes.html
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Jeane 01/01/2024

Em uma narrativa doce, leve e bem humorada, o "vovô", o ilustrador de sucesso Daniele Malarico, um senhor dos seus setenta e poucos anos, ao mesmo tempo que tem que entregar um trabalho de ilustração, se vê diante do desafio de cuidar do neto Mário, um menino de 4 anos, por 72 horas, na casa em que morou na sua infância, enquanto sua filha Betta e seu genro Saverio viajam para uma conferência.

É bonito ver como a relação entre o vovô e Mário vai se estreitando entre rusgas e brincadeirinhas e o modo como o vovô vai redimensionando a sua vida profissional e pessoal ao lidar com os seus fantasmas do passado.

o livrou me fez refletir especialmente sobre os modos de ser no mundo, os quais não se resumem à vida profissional ou à busca por atividades e tarefas que gerem aplausos.
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Karen 08/12/2023

Vovô & eu
Difícil não se envolver e se emocionar com a escrita delicada do autor.
Das gargalhadas frouxas à algumas tímidas lágrimas, esse é o efeito da poesia dessa história que resgata a relação de um avô consigo mesmo e com o seu neto de pouca ou nenhuma intimidade.
No original o título seria (em tradução livre) "brincadeirinha".
E foi entre brincadeiras que duas gerações criaram o seu vínculo verdadeiro.
"A vida já tinha passado, o que eu podia e sabia fazer jé estava feito".
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deborauni 08/12/2019

Assombrações
O encontro e os embates entre o avô materno Daniele, ilustrador e seu neto Mário de quatro anos, quando deixados por 72 horas juntos. No pano de fundo a vida napolitano, a crise do casamento dos pais do pequeno, o papel da diarista Salli e as relações com os vizinhos do andar de baixo. A vida e as relações familiares sob o olhar de cada um dos protagonistas e a questão sempre presente: Quem cuida de quem? Fácil e rápido de ler e ao mesmo tempo profundo e muito original.
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books_resenha 06/05/2020

Lindo
Um livro que transpira sentimentos, sensibilidade. Uma história que inicia-se em relações levadas pelos problemas atuais, como ciúmes, egocentrismo, tomam um rumo bem diferente quando um avô precisa passar um tempo com o neto.
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Crixtina 21/12/2022

Que leitura fluida
Cheguei no final do livro sem perceber
? Talvez aquela história não tenha tido nenhum efeito sobre ele. Ou, mais provavelmente, no seu armazém de fórmulas adultas a ser ostentadas no momento certo não tenha encontrado nenhuma adequada sobre a sacada ?.?
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Lucy 06/07/2020

A espessura das superfícies
Não consegui evitar uma comparação com Elena Ferrante, sempre tão viva na minha memória, na temática do medo da mediocridade. Há sempre esse fantasma tão presente.

E é muito profunda e dolorosamente franca a forma com que o autor revela isso, a partir da banalidade do cotidiano que se repete, das tensões das relações familiares e da fragilidade das aparências. Aparências construídas, trabalhadas com um esforço no personagem principal, o ilustrador Danieli.

A tensão permanente com o neto, aliás, é muito verdadeira e bem construída, fugindo de forma corajosa do estereótipo do amor familiar incondicional - que sempre gera alguma culpa e recalque em quem não corresponde a essa expectativa.

Um dos meus trechos favoritos é exatamente nessa linha:

"...calar para não chocar, para não confrontar, e só falar para concordar, para demonstrar simpatia, para elogiar, para ser amigo de todos, absolutamente todos, vale dizer, de ninguém, e assim parecer inócuo e portanto frequentável, e enquanto isso acumular desprezo por qualquer um, e ferir em segredo."
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Nani84 31/10/2022

Gostei muito das analogias e metáforas, do contra ponto entre juventude e velhice, mas não amei. E que criança chata...meu deussss ?. Ainda assim recomendo a leitura
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carol 09/08/2020

Não atinge a expectativa
Comecei esse livro com uma grande expectativa, porque eu tinha lido ?Laços? e achado muito bom. A verdade é que esse livro não vai muito a lugar nenhum, nem em termos de acontecimentos nem em termos de reflexão. A leitura não é difícil mas em alguns momentos é um pouco maçante e fica girando em torno da mesma coisa sem sair do lugar. E eu nem acho que falar sobre o nada ou girar em torno do mesmo acontecimento ou pensamento sejam coisas ruins. Lendo Elena Ferrante todo mundo vê que qualquer coisa pode virar um mar de pensamentos e sentimentos e aflições e dor. Mas ?Assombrações? não me prendeu em nada.

Talvez eu tivesse gostado mais se o neto não fosse tão irritante também (mas confesso que, se não fosse isso, talvez o livro passasse mais batido ainda). Se tivesse que indicar algum livro do autor, não seria esse.
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LaAs 10/01/2023

Descobrindo novos autores.
Eu já havia lido ?laços? do Domenico Starnone no finalzinho do ano passado e gostei demais.
Esse ano resolvi ler ?assombrações ?, leitura cativante, fluida e cheia de humor (ao meu ver), mesmo com momentos em que um avô se desespera sozinho com um netinho de quatro anos um tanto marrento eu diria.
Vale muito a pena, sem contar que tem menos de 200 páginas.
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Cássia 04/11/2020

Salvação: abismo.
Um escritor septuagenário é convocado a sair de sua misantropia para cuidar por poucos dias do neto de quatro anos.
Sair de sua rotina, sua casa, sua cidade e enfrentar os fantasmas da casa da filha, onde cresceu e guarda recordações que o assaltam durante a permanência nela.
Leva consigo também a fase decadente da vida artística, que antes trouxera tanto sucesso e agora se arrasta, principalmente com as cobranças do editor.
A vivência com o neto, um menino educado para obedecer e ter regras, inteligente, que o irrita e admira ao mesmo tempo. Também a percepção da vida que a filha e genro levam, a crise matrimonial.
Este é o cenário do livro, uma leitura deliciosa, como todos os livros de Domenico Starnone que tive o prazer de ler até hoje.
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