Assombrações

Assombrações Domenico Starnone




Resenhas - Assombrações


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Marina 20/04/2024

Um avô e seu neto, que têm pouca intimidade entre si, são forçados a passarem 3 dias quase que na companhia apenas um do outro. A relação deles não é exatamente tranquila, ao invés de amor e cooperação há competição e ressentimentos.

A experiência também faz com que o avô, doente e debilitado, em contato com toda a vitalidade e energia do neto, na casa onde cresceu, reveja sua vida, suas escolhas, seus possíveis eus que ficaram para trás.

Algumas pessoas disseram que o livro é leve e doce mas eu discordo totalmente. Achei ele incômodo e fiquei bem angustiada em várias passagens. Me lembrou a angústia que senti lendo "Dias de Abandono" da Elena Ferrante, com essa questão da perda do controle. Mas gostei muito do livro, das reflexões que ele traz e da quebra de expectativa na relação avô-neto.
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Bi Bueno 09/04/2024

Assombrações
Que livro gostoso de ler! Tem sacadas muito boas sobre o choque de gerações. Uma história sobre aprender com essa diferença ao invés de só reclamar e dizer ?na minha época? e sobre reencontrar as muitas possibilidades de quem podíamos ter sido é sobre porquê nos tornamos quem somos.
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Fernando.Hasil 24/03/2024

Avô e neto
Segundo da trilogia do Starnone, a difícil relação de um avô e seu neto em poucos dias de convívio, das dores ao amor e aprendizado que vem dessa intensa relação. Lindo livro.
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Sol 62 29/02/2024

Assobrações de Domenico Starnone narra a história de um avô que em determinado momento precisa ficar com seu neto com o qual nunca conviveu. Para isso retorna a sua antiga residência onde mora sua filha que viaja com o marido. Nesse meio tempo, o avô se vê confrontado com seu envelhecimento em contraste com a vivacidade do neto. É uma história que fala do etarismo, ao mesmo tempo em que lembranças do tempo ido, do trabalho e das relações familiares levam a um novo ressignificado do tempo ainda a ser vivido.
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NathaliaEira 27/02/2024

Na vida adulta a gente descobre que sentimentos antagônicos é mais que possível coexistirem; gosto quando os autores conseguem transmitir essa complexidade em seus personagens, ainda mais quando envolve grupos "imaculados", como é o caso das crianças e idosos.

o avô e o neto sentem amor e ódio numa mesma fração de segundos! Domenico consegue transmitir em suas palavras uma relação profunda entre neto e avô; entre o novo e o velho. mas esse "entre" é poroso e o avô vira neto e o neto vira avô.

"assombrações" é aquele livro de final de tarde, gostoso de ler! apenas me decepcionei por esperar o mesmo impacto que foi ler "laços".
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Jeane 01/01/2024

Em uma narrativa doce, leve e bem humorada, o "vovô", o ilustrador de sucesso Daniele Malarico, um senhor dos seus setenta e poucos anos, ao mesmo tempo que tem que entregar um trabalho de ilustração, se vê diante do desafio de cuidar do neto Mário, um menino de 4 anos, por 72 horas, na casa em que morou na sua infância, enquanto sua filha Betta e seu genro Saverio viajam para uma conferência.

É bonito ver como a relação entre o vovô e Mário vai se estreitando entre rusgas e brincadeirinhas e o modo como o vovô vai redimensionando a sua vida profissional e pessoal ao lidar com os seus fantasmas do passado.

o livrou me fez refletir especialmente sobre os modos de ser no mundo, os quais não se resumem à vida profissional ou à busca por atividades e tarefas que gerem aplausos.
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Karen 08/12/2023

Vovô & eu
Difícil não se envolver e se emocionar com a escrita delicada do autor.
Das gargalhadas frouxas à algumas tímidas lágrimas, esse é o efeito da poesia dessa história que resgata a relação de um avô consigo mesmo e com o seu neto de pouca ou nenhuma intimidade.
No original o título seria (em tradução livre) "brincadeirinha".
E foi entre brincadeiras que duas gerações criaram o seu vínculo verdadeiro.
"A vida já tinha passado, o que eu podia e sabia fazer jé estava feito".
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Biblioteca Álvaro Guerra 20/09/2023

Neste romance, Domenico Starnone empreende mais uma vigorosa incursão no universo familiar. Esposas e maridos, pais e filhos, avós e netos têm suas relações, frequentemente acidentadas, postas em xeque numa narrativa tão lírica quanto devastadora, que trabalha temas como amor, velhice, passado e futuro.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788588808348
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Ingrid.Sombra 24/07/2023

Assombrações
Li esse livro como parte do Clube de Leitura (A)normal da psicóloga Maria Camila Moura. O livro já me conquistou desde o começo, quando percebi que os dois principais personagens são um idoso de 74 anos, e uma criança de 4 anos, algo muito diferente de tudo que costumo ler. Além disso, a maior parte da história se passa em um tempo e espaço delimitados - aproximadamente uma semana em um apartamento em Nápoles. Devido às minhas leituras prévias de Elena Ferrante (que talvez seja o próprio Starnone!), eu já havia desenvolvido uma curiosidade pela cultura napolitana, e é praticamente impossível não comparar os dois autores.

O título, que pode querer nos levar à conotação errada, faz referência às assombrações que cada um de nós carrega dentro de si. Rodeado pelo ambiente onde nasceu, cresceu, e de onde fugiu assim que pôde, Malarico é assombrado pelo seu passado, suas decisões, tudo aquilo que foi/não foi, e por si mesmo. A participação do neto, Mario, nesse processo, é fantástica.

Em menos de 200 páginas, Starnone convida o leitor a pensar sobre várias coisas, mas acredito que a principal delas seja a respeito do que é que nos torna especiais. Num mundo que despreza o sujeito medíocre, o quanto estamos dispostos a fugir de nós mesmos para buscar o ideal de excelência?
Marina 20/04/2024minha estante
gosto mais da teoria que diz que starnone é o marido da ferrante. acho os universos e temas dos dois muito similares, mas a escrita é diferente, então não acho que seja a mesma pessoa, mas faz sentido que sejam duas muito próximas.




spoiler visualizar
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Andressa 20/06/2023

Assombrações é um encontro amargo com nossos próprios fantasmas. Estou encantada com a escrita de Domenico! O personagem chega a conclusões sobre si mesmo que nunca havia sequer pensado antes, à medida em que é tomado pelo confronto de ser colocado na posição de vovô, como uma terceira pessoa e não mais como se via e se admirava antes.
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Marcella.Spelta 10/06/2023

Bom livro!
Uma narrativa aparentemente simples sobre um encontro de alguns dias em família e que desperta olhares profundos pra dentro. A comparação com o que já fomos e com o que achávamos que éramos e com o que está plenamente vivo diante de nós e que faz a reflexão viajar longe. A preferência por personagens se alterna em um jogo bonito!
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julinha_wtf 07/06/2023

Bom conceito
Foi uma leitura fácil que me prendeu, terminei em 1 dia, mas tem alguns pontos que me incomodaram.
Deixando claro que entendi e particularmente gostei do conceito de assombrações. Estamos muitos acostumados a fugir de algo que nos “assombra”, pegamos nossas coisas e vamos pra longe pra evitar bater de frente, mas o que acontece na verdade é que caímos em nessa armadilha que nos mesmos fazemos. Temos vergonha de pedir ajuda, tal qual o Daniele preso na sacada.
Compreendi também o conceito entre juventude e velhice. Acredito que a “repulsa” da Daniele pelo Mario vem desse fator, ele inveja que Mario tenha a vida toda pela frente, um leque de oportunidades, enquanto ele tem apenas o que resta de uma velhice pacata, sozinho, pois ele também não faz questão de estar presente na vida do neto e da filha, por isso estar com Mario um ser cheio de vida e energia seja tão desgastante para Daniele. Importante também frisar que Mario tinha muitas características de Daniele, e é assustador para ele estar diante a uma versão sua, mas melhorada, pois há outras questões em torno.
Confesso que não criei empatia alguma ao personagem principal, achei ele bem típico de um velho que já perdeu a esperança na vida, mas ao mesmo tempo achei interessante como esse livro trouxe a visão de uma pessoa assim e da forma realista que trouxe.
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malucpinheiro 01/06/2023

Assombrações. Aquilo que nos assombra, dá medo, aterroriza. A nossa vulnerabilidade. Um encontro entre vulnerabilidades, o único encontro possível. Mesmo que aparentemente improvável. Entre a fragilidade da infância e o abatimento da velhice. Entre as possibilidades infinitas e o caminho já percorrido (a história irreversivelmente já escrita). Presos em suas solidões, aparentemente tão distantes, um olha para o outro através do vidro, como que diante de um espelho. Monstros aparecem.

Uma sacada diante do vazio. Aterrorizava gerações. Um balde de esperança para recolher esse vazio: através da amizade, da conexão, dos afetos, do dar de si mesmo.

O livro me remeteu a quanto nos empenhamos em fugir de determinadas coisas e acabamos caindo numa armadilha, criada por nós mesmos, que nos põe dentro de uma prisão. Porta de vidro para proteger do frio e do barulho, sem fechadura do lado de fora, celular na estante mais alta, trava de segurança na porta da frente são símbolos do que tememos e queremos evitar. Ficamos presos, até pela vergonha de admitir que precisamos de ajuda, que caímos na nossa própria falibilidade.
Se por um lado, não escapamos do nosso Desejo, tal qual uma flecha direcionada ao alvo. Fazemos voltas e curvas, porque estamos, de certo modo, inexoravelmente presos também aos destinos, padrões, crenças, legados, contextos antigos, ancestrais e familiares que lutamos incessantemente para negar, nos afastar, nos livrar e, em fuga, andamos em círculos que nos fazem esbarrar com esses temidos fantasmas.

Será que essa rejeição dessa parte que também é nossa seria a solução? O distanciamento da distração não seria afinal maldade? Será que o olhar-se diante do espelho, que me mostra algo tão diferente do que eu via, de mim e do outro, não seria a chance de uma saída mais saudável, um encontro com a própria criatividade?
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Leila 10/05/2023

Assombrações de Domenico Starnone até que apresenta uma trama envolvente e interessante, porém, não posso dizer que tenha gostado muito do livro. Um dos pontos que me incomodou foi o personagem do avô, que não conseguiu despertar em mim nenhum tipo de empatia ou carisma, tornando difícil a conexão emocional. Além disso, o menino de quatro anos apresentado na obra é mimado e pra mim quase inverossímel, um geniozinho que sabe tudo. Essa caracterização acabou me afastando ainda mais da história.

O final do livro também não me agradou muito. O autor inseriu um diário do personagem com algumas elucubrações sobre a vida e sua leitura do conto de Henry James no qual estava trabalhando em ilustrações dentro da história do livro (ele era ilustrador de livros). Essa inserção não me pareceu muito coerente com o restante da narrativa e não acrescentou muito à trama.

Assim, é um livro que gera alguns incômodos e por isso tem a sua validade. Temos muitos livros falando da maternidade que não é perfeita, aqui temos um relacionamento avô-neto que também não é, provando que laços sanguíneos não são regras para amor incondicional. Todas essas nuances dos sentimentos dos personagens vão despertando sentimentos conflitantes em nós leitores, ainda mais porque se pararmos para pensar teríamos que ser empáticos com a criança né? afinal é uma criança de 4 anos, mas não é bem isso que acontece sempre no decorrer da leitura e isso causa estranhamento e questionamentos internos.

Enfim, gostei de ter lido, mas repito, não sei se gostei do livro, entendem? rs
Bora pro próximo!
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