Revolução no cotidiano e nos costumes

Revolução no cotidiano e nos costumes Alexandra Kollontai




Resenhas - Revolução no cotidiano e nos costumes


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Marcella.Pimenta 05/05/2023

Para o comunismo, a mulher só vale se ele puder explorá-la
O livro é composto de 3 textos de Kollontai: "Revolução na vida cotidiana", "Revolução nos costumes" e "A união livre", o último escrito por volta de 1909.

A comunista defende a visão de que a mulher emancipada, livre, só o é se não é dependente do marido nem do capital. O Estado comunista deve livrá-la dos afazeres domésticos, mas não para que possa fazer as próprias escolhas, e sim para que trabalhe para o Estado, para a coletividade.

Quando ataca a prostituição ou defende o aborto, Kollontai o faz para preservar a força de trabalho da mulher. Dessa forma, conclui-se que, para o Estado comunista, a mulher não tem valor em si mesma, como ser humano, mas como operária, funcionária a serviço do Estado. "A república dos trabalhadores considera a mulher, antes de mais nada, como uma força de trabalho, como uma unidade de trabalho viva" (página 23).

O "amor livre", tema do último texto, revela o que hoje se traduz mais claramente como relacionamentos superficiais e instáveis. Relações "livres" do respeito e do compromisso com o parceiro, em que vale mais o desejo egoísta e o interesse do Estado (sim, na visão comunista, o "dever social" está antes da família).

A mulher, ou qualquer indivíduo, que considera ideal o relacionamento que Kollontai defende com certeza não entendeu a seriedade do assunto ou foi corrompido pela ideologia.

"Leia as feministas e deixe de ser uma."
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