O Ódio Como Política

O Ódio Como Política Camila Rocha




Resenhas - O ódio como política


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bibliotec.comunitaria 13/09/2020

Necessário
Uma leitura urgente e necessária diante dos retrocessos dos dias atuais.

O livro é um conjunto de artigos e ensaios organizados no período anterior a eleição da direita conservadora que chegou ao poder pelo viés do ódio e da intolerância. A esquerda fragilizada pelo golpe de 16 e pelos escândalos de corrupção não conseguiu se organizar e se viu vítima de ataques seguidos.

Este livro é um trabalho primoroso de seus autores, renomados em suas áreas, que nos convida a refletir, entender e reorganizar pensamentos e estratégias contra o fascismo.

Hoje vivemos sobre um governo inimigo da democracia e das liberdades que agora usa a máquina para perseguir as pautas educacionais, culturais, LGBTs, negras e feministas. Um governo que dissimula e que faz forte uso de notícias falsas e discursos ao seu nicho para conseguir o apoio que o mantém em alta mesmo não tendo maioria.

Um livro para todos: os que não o elegeram, para os arrependidos compreenderem como apoia minram tal projeto político e para todos que prezam por uma democracia plena.
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Canuto 02/09/2020

Bom
Reúne uma ótima coleção de textos sobre temas bastantes atuais. Mas senti que alguns desses textos envelheceram mal, mesmo o livro tendo sido lançado há apenas dois anos.
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Rafaele 22/08/2020

Bons e não tão bons
Conjunto de textos que falam sobre diferentes perspectivas e com diferentes enfoques sobre o momento atual da política no Brasil. De acordo com a minha preferência particular achei uns mais interessantes que outros e me surpreendi principalmente com o texto do pastor Henrique Vieira e seus pensamentos progressistas, já fui atrás de mais material dele.
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João Moreno 13/08/2020

Sobre as tramas discursivas da direita (brasileira) radical, cristã e conservadora

Primeiro de tudo eu preciso afirmar que gostei muito do trabalho. Apesar do nome ruim, contestado até por pesquisadoras do livro (PINHEIRO-MACHADO e SCALCO, 2019, p. 58), o 'Ódio como política: a reinvenção das diretas no Brasil' traz um panorama interessante sobre a conjuntura política, mas não só, pois também apresenta um contexto histórico que chega a abarcar o surgimento do Neoliberalismo [1] e as suas implicações, em todo o mundo.

É óbvio que tais contextualizações são limitadas, mas acredito ser necessário analisar 'O ódio' por aquilo que ele propõe, não por aquilo que eu gostaria que fosse. Nesse sentido, e entendendo que o 'O ódio' faz parte de uma coleção - 'Tinta Vermelha' - a qual tem como objetivo incentivar o debate público sobre temas específicos, a obra tenta formar um amplo retrato, ainda que difuso e insuficiente, sobre as direitas brasileiras a partir de várias perspectivas.

A partir de artigo introdutório do professor doutor Luis Felipe Miguel, o qual faz um bom resumo sobre as gestões petista e identifica a extrema-direita como um 'agregado' entre o libertarianismo, o fundamentalismo religioso e o anticomunismo, outros trabalhos perpassam a discussão entre 1) o neoconservadorismo e o liberalismo, entendendo que durantes as crises capitalistas o liberalismo se aproxima, sem pudor, do reacionarismo e de práticas reacionárias, uma vez que o Estado liberal (e o Direito) existe para assegurar a propriedade, a propriedade privada dos meios de produções e as relações jurídicas que permitem a livre troca de mercadorias, nada mais; 2) a aproximação dessa 'nova direita', a qual bebe da alt-right norte-americana, com o nazismo, principalmente num mundo em que, com o "fim da história", as lutas sócio-políticos se desvincularam da 'batalha' por um novo modo de produção e se concentraram em questão identitárias, desvinculando raça e gênero da questão de classe. É assim que determinados setores podem se apropriar de autores marxistas (como Escola de Frankfurt e Gramsci) para insinuar um "marxismo cultural", alheio à luta de classes, o qual se utilizaria do Estado, das instituições e das escolas para propagar o .. comunismo! O tal "marxismo cultural" seria o elo com o nazismo, uma vez que, assim como a defesa da propriedade privada e do conservadorismo moral, o anticomunismo e o seu "bolchevismo cultural" foi um pilar da ideologia nazista; os artigos 3) e 4) se entrelaçam, pois tratam da organização burguesa no país na construção de aparelhos privados de hegemonia, os quais buscam criar consensos (como o da austeridade fiscal ou da demonização do Estado) e criar hegemonia (think tanks como Instituto Mises ou Instituto Millenium, por exemplo). Rocha (2019, p. 47-52), entretanto, quebra um mito ao demonstrar como as direitas brasileiras não se resumem ao alto financiamento empresarial: identificação, formação de identidade, conjuntura e contexto político, além do uso inteligente das redes sociais, foram fundamentais para a sua ascensão, diz; os artigos 6) e 7) exploram os valores "conservadores", mas também "liberais" na periferia do país. A partir de estudo de caso, Pinheiro-Machado e Scalco (2019, p. 53-60) demonstram o esgotamento da política petista (inclusão pelo consumo) na formação das subjetividades dos atores analisados: dos 'rolezinhos' - em que consumir também significava, de forma limitada, "ser alguém" - à crise econômica que explodiu em 2014 com as suas consequências políticas. Para além dos aspectos sócio-econômicos, dizem as autoras, a mudança cultural, com as pautas LGBTQI+, feministas e dos movimentos negros, foi importante para o recrudescimento de parcela da população (Quem não tem um amigo que virou 'conservador' como reação às pautas e conquistas feministas?). Tais fatores, associados à violência da periferia e a apropriação desse tema pela(s) direita(s), explicariam o sucesso de Bolsonaro, à época candidato; o texto 7) se propõe a falar de militarização e Estado e o 8) de como o Direito - ou a "direita jurídica" - é "conservador". E notem: ao falar de "conservador", o autor não se apropria da definição orwelliana de Scruton, mas do sentido real, brasileiro, daquele que, inserido num país de origem escravocrata, reproduz os preconceitos, os estigmas e as materialidades dessa 'instituição'. Em tempos de 'Vaza Jato', a formulação sobre o direito e o neoliberalismo é meio que um 'soco no estômago'; 9) é o texto mais "saboroso" da coletânea, pois põe abaixo o discurso fiscalista e de austeridade apregoados o tempo todo, em todos os lugares: da comparação escrota entre economia doméstica e administração pública à infelicidade do mantra dos ajustes necessários aos investimentos estrangeiros, o texto é didático e um exemplo prático sobre como se opera a luta de classes; o décimo artigo (10) faz um balanço sobre a organização das direitas nas redes sociais e o 11), 12) e 13) discutem sobre o fundamentalismo religioso e a comunidade evangélica e os projetos de poder de líderes religiosos reacionários, a comunidade LGBTQI+ e os feminismos nessa disputa política (parlamentar). É interessante notar como os temas se entrelaçam quando a Frente Parlamentar Evangélica (FPE) registra, desde 2003, crescimento de 20% no número de seus parlamentares, totalizando 198 deputados e 4 senadores até a legislatura 2014-2018 (BULGARELLI, 2019, p. 99). Dialogando com o texto de Vieira (2019, p. 91-96), entendemos que o fundamentalismo extremista de certos setores evangélicos, não todos, nega qualquer outra possibilidade de existência social que fuja de uma interpretação específica, a-histórica e anacrônica do texto religioso (bíblia); no Congresso Nacional (CN), a atuação parlamentar dessa Frente será direcionada a tais propósitos, que excluem, obviamente, a emancipação feminina.

A resenha/resumo, como sempre, ficou maior do que eu desejava. Por fim, gostaria de deixar registrado um fenômeno engraçado, o qual tem a ver com o 'O Ódio' e o contexto que ele propõe a narrar. Por mais insuficiente que possar ser, e ser insuficiente não pode ser uma qualidade negativa do livro, porque ele se propõe a tanto, a ser um pontapé, um início, a polarização retratada nos artigos se apresenta também nos comentários sobre... a obra! Se você procurar por aqui - mas mais especificamente na amazon.com -, vai notar que algumas resenhas insistem em desqualificar 'O ódio' a partir de denominações como "lixo esquerdista" ou generalizações que, de fato, não dizem respeito ao trabalho, como se todos os artigos fossem frutos de 'textões' de Facebook, escritos por um "bando de militantes" (notem como, para certos setores à direita, "ser militante" é visto como algo desonroso, ruim, coisa de desocupado e vagabundo, rs) preocupados com a eleição de Bolsonaro, como se ele, Bolsonaro, não fosse parte do processo que os autores analisam há tempos e tentam explicar (A professora Camila Rocha ganhou o prêmio de melhor tese da Associação Brasileira de Ciência Política com tese sobre a 'nova direita' e o Instituto Mises; Rosana Pinheiro-Machado e Lucia Scalco fazem pesquisa de campo desde 2009; Flávio Casimiro tem outros livros sobre os aparelhos privados de hegemonia burgueses etc etc etc).

Certamente que o texto de abertura do Gregório Duvivier é um lixo e um desperdício de papel, mas não dá pra resumir o 'O Ódio' a ele, né?

[1] Se você acha que "neoliberalismo" não existe ou que se trata de um "adjetivo pejorativo" adotado por "professores esquerdistas" para "falar mal do capitalismo"... eu tenho muita pena de você. Muita mesmo.


site: https://literatureseweb.wordpress.com/2020/08/16/para-entender-um-pouco-as-direitas-um-resumo-de-o-odio-como-politica/
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Bi Sagen 27/07/2020

Durante as últimas eleições presidenciais, eu me questionava como tínhamos chegado aquele ponto. E desde então, frequentemente, me fazia a mesma pergunta. Até que encontrei esse ebook, que faz parte da coleção Tinta Vermelha, e que a editora Boitempo disponibilizou de forma gratuita.

Organizado em artigos curtos e de linguagem relativamente simples, o livro trata sobre o ressurgimento das (extremas) direitas e como podemos compreender nosso novo panorama.

O livro passa por vários temas: relação entre neoconservadorismo e liberalismo, a ascenção de discursos nazistas e fascistas, o histórico da direita desde a redemocratização pós ditadura, o que motivou a adesão em massa, a relação da periferia com o conservadorismo, a produção de um inimigo a se combater, o fortalecimento de uma direita jurídica, os problemas do discurso de austeridade, a relação com a internet, fundamentalismo religioso, perseguição a grupos LGBT e feministas, e debate sobre escola sem partido.

A esquerda, de modo geral, acaba simplificando a direita a pessoas ricas interessadas em mais lucro e pessoas pobres sem consciência de classe. Perdendo assim os matizes, e os variados interesses que levam alguém a defender um posicionamento político. Eu considero o livro excelente justamente por quebrar essa perspectiva, e principalmente fazer uma auto crítica sobre como os governos de esquerda acabaram por abrir espaço para esse crescimento.
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Cicero.Marques 23/07/2020

Excelente livro para entender como pensa a direita nacional e como chegamos a situação política caótica que vivemos.
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Caio Mater 19/07/2020

Um retrato incerto de uma época cheia de incertezas
Publicado em 2018, o livro em apreço é um retrato fiel da época em que foi escrito. Época conturbada e cheia de incertezas, as quais não são adequadamente elucidadas pelo livro.

Apesar de trazer algumas análises interessantes, ao analisar o livro como um todo, percebe-se a falta de coesão entre os diferentes vieses analisados pelos diferentes artigos. Creio que um direcionamento único faria bem à obra.
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Vinicius Teodósio 17/06/2020

Analisa o hoje e fala sobre perigos que estamos vivendo
O livro, organizada pela cientista social Esther Solano Gallego, reúne 16 textos que buscam entender como a direita se reinventou no Brasil e em como ela avança fazendo uma política que exclui minorias e acaba com direitos.

Permeando por várias vertentes, os textos que encontramos são de um teor bastante lúdico e até mesmo educativo, deixando de lado o linguajar técnico e falando de forma simples, - salvo o texto que discorre sobre a militância da direita no Facebook - mas analisando de forma precisa e assertiva sobre a ascensão das direitas.

Quando publicado, durante a campanha presidencial de 2018, o livro já apontava os perigos desse ressurgimento para a nossa democracia, o qual já estamos vivendo, a prova disso, são os diversos ataques as instituições e incessantes pedidos inconstitucionais.

Para quem é engajado na luta e se atenta aos acontecimentos, adianto que o livro não traz nada novo, ele surge como uma porta inicial para aqueles que querem entender a conjuntura em que vivemos e analisar de forma simples tais fatos, mas ainda assim, é uma leitura válida para todos, serve como um exercício para nossa consciência crítica.

www.marcasliterarias.blogspot.com/2020/06/o-odio-como-politica-analisa-o-hoje-e.html
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Cibele 17/05/2020

Reflexivo
É um bom livro, mostra alguns aspectos que contribuíram para a acessenção da extrema direita no Brasil.
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Carol1984 17/05/2020

O livro é composto por uma reunião de artigos extremamente lúcidos e coerentes analisando o surgimento ou crescimento das chamadas "novas direitas" brasileiras. De maneira minuciosa e factual, aponta, elucida e contextualiza fatos históricos que acarretaram no panorama político atual do país.
Leitura excelente e fundamental para a compreensão do fenômeno ascendente da direita, de seus atores e algumas de suas principais consequências: aumento da desigualdade e má distribuição de renda, onda reacionária extremista, diminuição de direitos em diversos níveis, etc.
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Marina 05/05/2020

~Resenha pro desafio de 2020~
O livro é bom, ótimo para compreender algumas coisas que vem acontecendo no cenário político do nosso país, mas muito repetitivo. Depois do terceiro ou quarto capítulo as ideias se repetem sem acrescentar muito. Tive a sensação que ficou um pouco corrido pra ser publicado ainda durante as eleições.
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Nathalye 01/05/2020

Conhecendo o Brasil vivido
O livro disserta sobre acontecimentos tão recentes e traz reflexões de diversos profissionais em várias áreas do conhecimento, que torna a leitura OBRIGATÓRIA.
Vamos beber de fontes críticas.
Esse livros é um exemplo.
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Alexia 21/04/2020

Política está longe de ser meu material de consumo favorito, mas reconheço a importância do seu entendimento enquanto vivermos em sociedade. Gostei do livro e acredito que tenha cumprido com o que propôs. Recomendo a leitura!!
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Anderson668 11/04/2020

Bom para consciência crítica
Uma coisa que sempre critiquei é quando temos um determinado conhecimento e conversamos com pessoas que possuem os mesmos conhecimentos. Dessa forma, esse conhecimento vai ficar sempre na mesma roda de amigos e/ou conversa. É preciso leva-lo para outros espaços, conversar com pessoas diferentes, exercendo a dialética da melhor forma.
Acredito que esse livro é uma ótima opção para exercer a dialética caso tenha um pensamento político, social e econômico diferente do que eles escrevem. Caso tenha um pensamento similar ou igual, faz-se importante também, agregando mais conteúdo, entretanto, não vai fazer tanta diferença no processo político no qual estamos passando.
Todos sabem, o movimento político da esquerda precisou rever seus posicionamentos, estratégias e atitudes. O PT teve uma série de incongruências e acertos e, também, precisa fazer essa análise crítica.

O mais legal desse livro é que ele trata de vários conteúdos e para quem se perde naquelas escritas corridas, com todos os conteúdos em poucos capítulos, esse livro é sensacional para organizar seus pensamentos. Ele separa por debate: o que é a direita, quais seus posicionamentos, como a direita se desenvolveu chegando a eleição de bolsonaro, por quais motivos a direita atualmente assemelha-se ao fascismo/nazismo, economia, gênero, raça, sexualidade, escola e muito mais. Os autores vão falando sobre temas distintos, entretanto, se complementam, criando uma linha de raciocínio sensacional.

Em alguns momentos senti falta de fatos e dados, tendo uma interpretação muito pessoal, acredito que os autores deveriam manter o máximo do seu posicionamento de lado, excluindo palavras que deem a entender.
No mais, eu vejo o livro como uma leitura agregadora. Vale a pena a leitura, fazer algumas anotações sobre os pontos importantes e aqueles que merecem ser debatidos.
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