O Espetáculo da Corrupção

O Espetáculo da Corrupção Walfrido Warde




Resenhas - O Espetáculo da Corrupção


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Washington.Peres 11/04/2019

Corrupção
O livro trás veementemente o pensamento do autor sobre a corrupção no Brasil. O autor aponta que a causa principal da corrupção no país, é o viés mínimo que o estado exerce e grandes empresas aproveitam-se dessa estrutura e usam-na em benefício próprio. Fala também que a Operação Lava Jato arruinou o país, levando a falência de muitas empresas e o fim de muitos postos de trabalho no país.
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Igor Almeida 16/01/2019

Eis o véu ideológico
O autor deixa claro seu posicionamento ideológico ao longo do livro. Nunca vi tanto "capitalismo" por página quanto neste livro. A obra está repleta ainda de outros jargões como grandes corporações, o capital, o lucro como símbolo do pior que há na humanidade (um mal necessário, segundo pude inferir). Isso não me impediu de ler, eu já sabia que seria assim; na verdade foi justamente isso que me fez ler, realmente queria conhecer uma visão diferente da minha. No entanto, o que me deixou realmente sem entender a lógica da argumentação foi o fato do autor apontar como uma das causas da corrupção o "estado mínimo brasileiro", que leva as grandes empresas a se aproximarem do estado e buscar influenciá-lo em benefício próprio, como ocorreu com as construtoras. Realmente, aconteceu exatamente isso, mas culpar o "estado mínimo"? Isso pra mim foi o ápice de se olhar para determinado fato por meio de um véu ideológico, filtrando o conteúdo e enxergando tudo distorcido. Houve a defesa de mais intervenção estatal na relação econômica para dificultar as relações empresa x estado e assim diminuir a corrupção; sendo que a existência dessa relação surgiu justamente pelo motivo oposto: o estado possui excessiva influência econômica, por isso que é vantajoso para as empresas se aproximarem de alguém tão influente. Seguindo nessa linha de raciocínio, o autor parte pro relativismo (nenhuma novidade), questionando o modo atual de combate à corrupção (lava jato) porque houve desemprego após as condenações das construtoras. Ora, se houve corrupção/ineficiência em uma grande empresa e esta vai à falência, que abra espaço no mercado para o crescimento de outras pequenas - e honestas, espera-se - construtoras, que irão absorver a mão de obra. Isso é pensar em longo prazo, e não simplesmente olhar para o momento atual e reparar apenas nos funcionários desempregados naquele instante. Por mais insensível que possa parecer, é o melhor para o país em longo prazo. Não há espaço, no meu modo de ver, proteger uma empresa corrupta sob o pretexto de proteger os empregos que ela gera no momento. Particularmente não gosto desse tipo de relativismo moral; apesar de ter achado interessante o argumento do câncer, não modificou meu modo de pensar. Fazendo um analogia, é como se uma pessoa qualquer adotasse, por exemplo, 10 crianças severamente doentes para cuidar. Depois de algum tempo, ela recebe a visita de um inspetor e é constatado que duas crianças estão doentes e uma já morreu; o restante está saudável. O inspetor escreve então em seu relatório que o cuidador não é competente o suficiente, pois há crianças doentes e uma até já morreu, e que o cuidador deve ter a guarda das crianças cassada. Na minha opinião, o autor deste livro assemelha-se a este inspetor ao olhar apenas para as crianças doentes e ignorar completamente o restante.
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