Reparação

Reparação Ian McEwan




Resenhas - Reparação


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Ariadne 03/05/2020

Belo e triste
"Reparação" é um livro maravilhoso, belamente escrito e que consegue manter o leitor entretido em sua história mesmo que ele já tenha visto o filme, que foi o meu caso.

Ian McEwan, com certeza, é um dos melhores escritores da atualidade porque reúne em seus livros, especialmente em "Reparação", ótimas descrições e personagens complexos e em uma narrativa envolvente e deliciosa de ser lida.
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Natália Holanda 24/05/2020

SENSACIONAL
A Trama é fascinante e arrebatadora. O livro aborda assuntos intensos, como a culpa, o perdão, os horrores da guerra, o amor que ultrapassa qualquer barreira, a esperança que vive no coração dos personagens, além de tratar também de temas como desigualdade, ascensão social e ambição. O estilo de escrita do autor Ian McEwan é de muita sutileza e sofisticação, sempre tecendo a trama com suas minúcias e pequenos detalhes, transformando a narrativa em um drama intenso. A metalinguagem é constante, além da relação entre ética e estética. Não espere uma leitura suave, apesar da escrita envolvente do autor.
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Jr. 21/06/2020

A ficção expurgatória

Primoroso exercício de estilo por parte de Ian McEwan que toma o fazer literário em sua possibilidade de expurgação; ou seja, a arte narrativa, em Reparação, funciona como uma forma de passar a limpo questões para as quais a vida não romanceada dera respostas duras demais para serem aceitas – a personagem principal, consumida pelo remorso de um erro brutal, se vale, enquanto prodigiosa escritora, do poder das palavras para reescrever a história e buscar alguma absolvição.

O que resulta, dessa empreitada, é um meta-livro que, por meio de experimentações com estilos de escrita, perspectivas imbricadas e possibilidades da ficção revelam as engrenagens da elaboração literária – temos uma personagem, a protagonista, que não só escreve como compreende o mundo pelo prisma das letras no papel – e colocam em cheque a própria voz do narrador, em quem não podemos confiar, justamente por sabermos mais do que deveríamos sobre os truques da escrita.

O livro, então, fragmenta-se em pontos de vista de três personagens (Briony, Robbie e Cecilia, em diferentes fases de suas vidas) para compor uma história trágica cujas lacunas nada, a não ser o poder da ficção, é capaz de reparar – e não me refiro com isso a peças de um mistério a serem coladas, mas espaços em branco deixados na trajetória dos personagens em si; nas palavras nunca ditas, nos encontros jamais tidos, nos pecados não perdoados e, por fim, no processo de reparação que, efetivamente, não teve seu desenlace.

Esse jogo de perspectivas mexe com as posições geralmente confortáveis a que um autor e um leitor estão acomodados, e embora alguns desses truques narrativos me pareçam talvez menos surpreendentes do que McEwan pretendia, em sua proposta de subverter expectativas, o que fica da experiência desse livro é a de que, para além de acompanhantes passivos, fomos cúmplices nesse tortuoso processo de expiação, ao mesmo tempo divino e profundamente humano, que é o da escrita.


“Por meio de símbolos traçados com tinta numa página, ela conseguia transmitir pensamentos e sentimentos da sua mente para a mente de seu leitor. Era um processo mágico, tão corriqueiro que ninguém parava para pensar e se admirar. Ler uma frase e entendê-la era a mesma coisa; era como dobrar o dedo, não havia intermediação. Não havia um hiato durante o qual os símbolos eram decifrados.” (p. 51-52)
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Virginia Barros 01/08/2020

Incrivelmente triste
Um dos romances mais emocionantes e tristes que já li. O filme também é muito bom. Uma história de amor muito bonita, e também a formação de uma escritora.

Briony Tallis é uma criança talentosa, mas imagina demais e acaba cometendo uma injustiça com o filho da empregada, Robbie.

Ela se sente adulta e importante com sua atitude, mas com o passar do tempo se dá conta do que fez. Ela descobre que alguns enganos não podem ser superados no mundo real. É através da escrita que ela tenta reparar seu erro.

Reparação tem um dos casais apaixonados mais bonitos que já vi. Difícil superar essa leitura!
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Taise Argolo 15/08/2020

"Mentiras sinceras me interessam" 🎶
Absolutamente não!
Quando uma mentira é contada, na maioria das vezes não tem consequências, mas nessa história aqui, infelizmente, causou danos irreparáveis.
Esse livro me prendeu de um jeito, sério, me causou muitas reações diferentes, principalmente raiva. Tô atônita! (Mesmo conhecendo a história pelo filme)
"E depois, de dentro da biblioteca fechada, um ruído áspero de algo raspando em algo, um baque e um murmúrio que podia ser de homem ou de mulher. Retrospectivamente -- e Briony mais tarde pensou bastante nesse detalhe --, ela não tinha nenhuma expectativa em particular no momento em que pôs a mão na maçaneta de latão e a girou. Porém tinha lido a carta de Robbie, havia assumido o papel de protetora da irmã e fora instruída pela prima: o que ela viu certamente foi moldado em parte pelo que já sabia, ou que julgava saber."
...
"Agora sinto que posso respirar. Acima de tudo, vivo por você. A realidade é que fui obrigada a fazer uma escolha, ou eles ou você."
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Gabriela 17/08/2020

Essa é a segunda vez que leio "Reparação", depois de cinco anos, e o impacto foi tão grande como o da primeira vez. O emaranhado da história, que só é revelado no final (será que é revelado mesmo?), nos faz pensar sobre a complexidade humana e no poder das interferências. Não há como impedí-las de acontecer, nem mesmo refrear as suas consequências, mas há como repará-las de alguma forma?
Não só a história em si é impressionante, pela maneira que se desenvolve, mas como é de fato narrada. As diferentes vozes nas diferentes partes do livro (capítulos bem definidos que narram várias visões de um mesmo ambiente; narração em um ponto focal, com divisões menos marcadas, narrando os horrores da guerra em dois pontos distintos; e a narração em primeira pessoa, fechando a história) mostram a complexidade da vida e também as suas tensões: o eu e o outro, a infância e a vida adulta, o que acreditamos ser e o que verdadeiramente é.
Eu poderia ficar dias falando desse livro e não conseguiria expressar o quanto ele é maravilhoso. Mal posso esperar para ler de novo e me surpreender mais uma vez.
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Clarice Adriana 15/09/2020

Belíssimo!
É um livro intenso, não dá pra ler rápido, mas recomendo que insista... Você não vai se arrepender.
A cada etapa contemplamos mais desse mundo de sentimentos, sensações, cores e acompanhamos os personagens e seus fluxos de consciência.
Você se vê mergulhado nesse universo perfeitamente escrito, lado a lado a Briony, Robbie e Cecilia e não consegue mais deixá-los.
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21/09/2020

Excelente
Eu tenho o hábito de ler antes de dormir. E toda vez que eu pegava esse livro, eu lia umas cinco páginas e olha lá, até que meus olhos começavam a pesar e eu sentia necessidade de parar. Não conseguia entender o motivo pra isso. De fato eu estava achando o início do livro um pouco paradão e talvez fosse isso que tava me dando sono.
Depois da primeira cena de sexo, essa leitura deslanchou! Eu comi o resto do livro em uns três dias. Quando eu terminei e parei pra pensar sobre essa leitura cheguei à seguinte conclusão: não sei se é o estilo do autor (esse é o primeiro livro que eu leio dele) mas essa história tem uns parágrafos bem grande e poucos diálogos. Além disso, nessa diagramação a fonte é um pouco menor do que eu estou acostumada. Então acho que, na verdade, foi esse esforço do meu olho - que, no caso, sofre de hipermetropia - pra ler que acabou me dando sono.
A história, em si, é excelente, redonda, super bem amarrada! Eu gostei muito do estilo de escrita do autor e consigo entender perfeitamente porque tanta gente ama Ian McEwan. A história é tão boa, mas tão boa, que ao longo do livro inteiro, do início ao fim, eu me peguei refletindo sobre como deve ser difícil o processo criativo da escrita. Pra criar uma história tão boa, tão coesa, tão rica em detalhes!
A cena de sexo que eu mencionei anteriormente aqui na resenha não é explicita, não é literal, não é a narração da relação. Mas é lindamente escrita - mereceu até um post it. E livro também termina de uma forma linda, com um questionamento autocrítico, reflexivo da protagonista que é simplesmente brilhante!!! Daqueles que você termina de ler, fecha o livro, e fica olhando pro teto tentando assimilar, pensar sobre o que acabou de ver ali!

Sensacional! Recomendo de olhos fechados e mal posso esperar pra ler outros trabalhos do autor!

site: www.capaecorte.com
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erbook 20/10/2020

Os perigos de julgamentos precipitados!
"O romancista moderno não podia mais criar personagens e enredos, tal como o compositor moderno não podia fazer uma sinfonia de Mozart. O que a interessava era o pensamento, a percepção, as sensações, a mente consciente como um rio atravessando o tempo, e o objetivo era representar o movimento da consciência, bem como todos os afluentes que a engrossavam e os obstáculos que a desviavam de seu curso”.

Com essa passagem, Ian McEwan traz importante reflexão sobre o poder e os limites da boa literatura. O autor mostra que o escritor define os contornos e as condições da realidade que pretende enfatizar, podendo dar mais importância ao enredo ou aos pensamentos e as sensações percebidas pelos personagens.

Na obra, a adolescente Briony faz pré-julgamento equivocado acerca de uma situação de estupro de sua prima Lola e condena o inocente Robbie à prisão. Com isso, altera dramaticamente o destino de Robbie e de sua irmã Cecília, por quem Robbie é apaixonado e acabara de se declarar.

A escrita é elegante, apresenta as diferentes perspectivas dos principais personagens e deixa lacunas na narrativa, as quais devem ser colmatadas pelos leitores.

De forma sutil, o autor apresenta as diferenças entre as classes sociais inglesas antes, durante e após a II Guerra Mundial, mas, a meu sentir, em alguns pontos a leitura é meio cansativa, com capítulos longos e enredo propositalmente singelo.

Entretanto, no final há reviravolta narrativa que faz o leitor compreender melhor o significado da obra (reparação), com o desfecho arrebatador que torna a experiência literária mais instigante.
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Brielle 22/10/2020

Eu demorei meses para ler esse livro porque eu morria de ódio da Briony, depois comecei a simpatizar com ela. Terminei o livro querendo matá-la e, infelizmente, isso é tudo que posso resenhar sobre. Ok, tentemos nos esforçar: A narrativa do livro é ótima, ele te instiga fortes emoções e os personagens são tão reais que você deseja poder entrar no livro para poder abraçá-los. Ou, no caso da Briony, para empurrá-los 58 vezes de uma longa escadaria. Vale a leitura se a pessoa não for tão sensível e propensa a odiar personagens.
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Aline 15/11/2020

Incrível
Já tinha visto o filme a alguns anos e adorado, o livro como sempre consegue ser mais incrível, é muito triste o que uma mentira pode fazer a longo prazo.
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Gabriela.Lopes 17/12/2020

Muito bom!!!
O que mais gostei no livro foi como o autor conseguiu mostrar de maneira muito bem feita a tenuidade entre um erro cometido de forma até ingênua, para algo maior e difícil de ser consertado. Leitura ótima, mas com certeza um livro para se ler com calma, pois a graça está nos detalhes e sem eles o livro não seria tão bom e tão único como é.
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