Reparação

Reparação Ian McEwan




Resenhas - Reparação


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Carol 17/11/2011

"Reparação" e a natureza da escrita
Leitura obrigatória para todos os escritores, críticos e leitores ávidos. “Reparação”, de Ian McEwan é um dos meus romances favoritos e o meu favorito do autor, então não esperem nem um pouco de imparcialidade (afinal, isso aqui é um blog). O engraçado desse livro é que li umas 20 páginas e desisti dele – eu raramente faria isso com livro algum, a curiosidade não me permite. Mas, por trás da lingugagem bem escolhida e dos interessantes conflitos psicológicos da jovem Briony nas páginas iniciais, eu previa um final chato e açucarado. A ideia que eu tive no meu primeiro contato com a obra foi mais ou menos assim: numa casa de campo na Inglaterra de 1935, Cecilia, de classe média alta, se apaixonaria por Robbie, filho da empregada da casa, e os dois viveriam seu amor proibido, com a desaprovação da família de Cecilia, etcetera, etcetera, muito chato, muito clichê.

Como podem perceber, eu mudei de ideia. Alguns meses depois, numa biblioteca, o livro estava lá, em cima de uma mesa, olhando pra mim – eu comecei a ler mais algumas páginas e me apaixonei. Um começo ruim, mas o resto compensa, será? Não, não. Nem de longe. Um começo brilhante. Conforme a leitura progride, as intenções do começo vão ficando claras, até que, quando você termina o livro, já está pensando na genialidade de McEwan – que começou um romance nada óbvio da maneira mais óbvia possível. Talvez o conceito dessa tal genialidade seja meio difícil de entender assim, ou até difícil de explicar. Reparação é um livro que vai do impressionismo ao realismo, com maestria.

Briony, a irmã caçula dos Tallis, tem 13 anos e é uma escritora prodígio. Em busca de inspiração para suas obras, ela acaba testemunhando cenas, que do seu ponto de vista ingênuo, são bárbaras. Sua irmã, Cecilia, e o filho da empregada, Robbie, discutem na beira de uma fonte na propriedade dos Tallis. Briony, intrigada, assiste à cena da janela, sem que os dois percebam. Na verdade, Cee e Robbie, no auge de sua tensão sexual, brigavam e acabaram quebrando um caro vaso da família, que Cee pretendia encher de água. Irritada, ela tira a roupa para mergulhar na fonte e resgatar os pedaços do vaso. Após mais alguns desencontros que fazem Briony pensar o pior, num jantar na casa dos Tallis, a caçula surpreende Robbie e Cee na biblioteca, transando. Pronto, sua opinião foi formada: Robbie só pode ser um maníaco sexual. E quando Lola, prima dos Tallis, é estuprada nos fundos da propriedade e não sabe dizer quem é o culpado, Briony junta as “peças” na sua cabeça e julga que o criminoso só pode ter sido Robbie. Conforme a menina cresce e amadurece, vai percebendo que sua acusação era falsa, porém as consequências vão repercurtir por toda sua vida.

McEwan usa a relação entre livro e autor e os diversos planos de realidade (a histórica, nossa realidade; a ficcional porém real no mundo de Briony; e a ficcional criada por Briony em seu livro) para discutir o papel do escritor e a natureza da escrita. Quem dará o perdão ao novelista, se ele é o criador, o deus da sua obra, e não há ninguém superior para recorrer?

(Mais em http://apesardalinguagem.wordpress.com/)
Helder 01/12/2011minha estante
Concordo com você sobre a genialidade deste livro. Só lendo mesmo para entender ao que vc se refere. Parece que o livro foi completamente pensado antes de ser escrito. Ele nos leva para um lado e nos traz de volta a realidade cruel. Obra de arte!




spoiler visualizar
Ren@t@ 29/01/2014minha estante
Um livro inesquecível. Ótima resenha.




Lili 06/07/2010

Livro muito complicado. Prefiro o filme "Desejo e reparação" que mostra a historia do livro mais resumida e menos complicada. Um romance triste e sem final feliz. Nos induz a desejar que os personagens coadjuvantes tivessem mais cenas felizes.
Andrea 30/01/2018minha estante
Faltou aviso de spoiler!




Felipe.Tavares 05/02/2016

Após ler "Jardim de Cimento" e ter me impressionado com o autor, me deparei com essa - na falta de uma palavra melhor - belíssima obra.
O autor nos guia de forma magistral através da vida de Briony e das consequências de um erro nada infantil que ela cometeu no passado.
Talvez a melhor forma de descrever esse livro seja usando a Teoria do Caos: "Algo tão pequeno como o bater das asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo."
Imperdível!
Alex Ramos 07/02/2016minha estante
tb gosto mt desse livro!




Felipe 22/05/2010

Em uma frase:
Um dos melhores livros que li nessa década.


@livrodegaia 19/03/2018

Não há como reparar...

Ian McEwan não decepciona. Eu já era fã do escritor inglês graças aos livros "A Balada de Adam Henry" e "Enclausurado", então "Reparação", sua obra mais conhecida, só veio ratificar o que eu já sabia: a literatura do moço é fascinante. "Reparação" ganhou tantos prêmios que fica até difícil listar. Foi adaptado para o cinema em 2007 ("Desejo e Reparação") e adivinhem? Chuva de prêmios e indicações: Oscar, Globo de Ouro, Bafta e até o Grande Prêmio Brasileiro na categoria melhor filme estrangeiro. Já deu para vocês perceberem que o romance alcançou enorme sucesso mundial. Foi publicado em 2001, mas já é uma obra essencial da literatura universal.

A trama se passa na Inglaterra, no período da segunda guerra mundial, e explora as consequências e o peso de uma MENTIRA. Um falso testemunho muda o curso da história de uma pessoa e de todos ao seu redor. A habilidade do autor de nos colocar na pele da vítima, sentir sua dor, frustração e sofrimento é tamanha que é impossível terminar a leitura sem um sentimento de revolta, de raiva e impotência. Só de estar escrevendo sobre isso revivo toda a angústia. A flecha foi lançada, a vida forçada a mudar seu curso de forma drástica e os caminhos que antes eram ensolarados são agora banhados de horror e solidão. Há como REPARAR? Há como voltar no tempo e devolver um futuro que seria tão promissor se não fosse por uma mentira, por um veneno, por um achismo, por uma opinião pessoal e negativa a respeito de outrem? E é possível viver carregando o peso de ter arruinado a felicidade, os sonhos, a vida de alguém?

Já haviam me alertado que este livro tem uma personagem das mais detestáveis (alô, Camila Lessa!), mas eu não estava preparada para o nível de aversão que viria a sentir. E o que dizer do desfecho? Não sei se tenho vontade de abraçar ou de bater no autor, porque ao mesmo tempo em que achei o final GENIAL em termos de qualidade literária, me senti enganada, frustrada e P* da vida com ele. Não vou falar mais nada para não estragar a leitura de ninguém, apenas recomendo fortemente. Leiam!

IG: livrodegaia
selma.martins.146 24/10/2018minha estante
Começando ler hoje.
Grande expectativa !




Fer Kaczynski 30/03/2014

Um novo clássico
Já li Serena do mesmo autor e fiz resenha para este blog, e gostei muito do livro, estava curiosa quanto a este anterior, Reparação, devido à repercussão extremamente positiva dada pela mídia, considerando este um clássico moderno.

Uma história muito bem construída, com personagens inteligentes e cativantes, e apesar do livro ser enorme, com quase 500 páginas, a leitura flui bem, sem ser cansativa.



Leia o restante em:

site: http://dailyofbooks.blogspot.com.br/2014/03/reparacao-ian-mcewan.html


Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 05/12/2016

O LIVRO OU O FILME?
Briony Tallis é uma garota de 13 anos que adora escrever e, no momento, está concentrada em uma peça de teatro particularmente longa, peça esta que ela escreveu como um presente de boas-vindas para seu irmão mais velho, Leon. Briony também tem uma irmã mais velha, Cecilia, e três primos que moram com sua família - os irmãos gêmeos Pierrot e Jackson e Lola, a mais velha dos três. Briony tenta, sem sucesso, engajar os primos na interpretação e na montagem da peça de teatro, o que a deixa sentindo-se frustrada e fracassada.

Todos eles são de uma família rica da Inglaterra do século 18, tanto que Cecilia pôde ir à faculdade em Cambridge. A família também adotou o filho do zelador da casa, Robbie, que foi à faculdade com Cecilia. Porém, ela assume não gostar de ser vista com "o filho do zelador" na faculdade e, embora eles fossem amigos de infância, ela passa a ignorá-lo por causa da diferença de classe social.

No entanto, ao longo da estória, torna-se claro que Robbie e Cecilia tem um amor mal resolvido pairando entre eles e as tensões entre ambos aumentam, até o ponto em que Robbie escreve uma carta pornográfica à Cecília, carta esta que cai nas mãos de Briony. Além disso, Briony flagra Robbie e Cecilia no meio de um ato sexual na biblioteca da casa. (Aqui faz todo o sentido a adição da palavra "Desejo" ao título do filme). E, para piorar o conflito, Lola é violentada por um homem misterioso nos jardins da casa e Briony culpa Robbie pelo ato, afinal, na cabeça dela, ele era um "pervertido".

De forma geral, todas as personagens deste livro estão em busca da reparação por algum erro ou dano cometido. Na primeira parte da obra, o leitor é colocado diante dos erros das personagens, de suas falhas de caráter e de seus conflitos internos. A narrativa, na segunda parte, segue em direção ao que estas mesmas personagens estão fazendo para concretizar a reparação dos danos, o que aprofunda ainda mais seus conflitos e as relações entre elas. Muitos anos se passam entre a primeira e a segunda parte da estória e, nesta última, o leitor é apresentado ao futuro de Briony, Cecília e Robbie, seus encontros e desencontros.


O filme foi dirigido por Joe Wright (o mesmo de "Orgulho e Preconceito") e Cecilia interpretada por Keira Knightley (o que faz o filme ficar ainda mais parecido com "Orgulho e Preconceito"). James McAvoy faz um excelente Robbie (forte e frágil em iguais medidas) e Saoirse Ronan interpreta a irritante Briony de 13 anos.

O filme acentuou a característica de drama da estória, mas em um nível mais externo do que interno. Ou seja, o foco da narrativa ficou na guerra enfrentada por Robbie na segunda parte da estória, nas profissões que Cecilia e Briony seguiram quando adultas e no caráter de crime do que Robbie foi acusado na primeira parte. E, mais uma vez a exemplo de "Orgulho e Preconceito", as locações e figurinos são incríveis. Aliás, a semelhança com a adaptação da obra de Jane Austen é um ponto contra este filme, pois fiquei com a sensação de presenciar uma repetição ou uma continuação, e não uma obra original.

O livro ou o filme? O livro, e desta vez decidi sem nem pestanejar. A narrativa do livro tem uma característica mais subjetiva, afinal, as personagens estão em busca de um novo começo e são atormentadas pelos próprios sentimentos e pensamentos em relação aos seus passados. Sobretudo Robbie e Briony são atormentados e sofrem bastante, portanto, o leitor espera pelo momento onde eles irão se reencontrar e recomeçar. Mais do que falar sobre a estória de amor entre Robbie e Cecilia, o livro foca na relação entre Robbie e Briony depois de tudo o que aconteceu entre eles, afinal, eles foram criados juntos, quase como irmãos.

site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com.br/2016/12/o-livro-ou-o-filme-reparacao-de-ian.html
Cla 05/12/2016minha estante
Gostei muito do filme, e queria ler o livro também! Parece ótimo.




Leila 06/02/2017

EXTASIADA!
Sem a menor sombra de dúvidas um dos melhores livros* que os meus míopes olhos tiveram a oportunidade de contemplar. Um enredo arrebatador, envolto em um toque poético e de final surpreendente. Ian McEwan desenvolveu com maestria um romance intenso, capaz de levar o seu leitor ao término da sua leitura a uma profunda reflexão de como a vida é algo frágil... "Uma pessoa é, acima de tudo, uma coisa material, fácil de danificar, difícil de consertar”.
*Literatura.
Fábio Nogueira 06/07/2017minha estante
Só faltou sua nota... ;)




@bibliotecadedramas 22/02/2022

Que história!!! Eu ainda estou absorvendo esse livro, comecei a ler sem esperar muita coisa, me baseei mais nas poucas resenhas e indicações que o livro tem. Briony é uma personagem inteligente e complexa que vive no seu próprio mundo de contos de fadas e após presenciar uma cena seu “despertar” para a vida adulta – ou como ela supõe ser, começa a acontecer. Depois disso uma série pequenos impactos vão influenciando pequenas coisas e assim mudando a percepção que uma pessoa pode ter da outra. Briony – que ainda é uma criança e comete o maior erro de sua vida após achar que viu algo acontecer, um erro esse terá consequências terríveis pra todos a sua volta, inclusive à ela mesma.

Ver com os próprios olhos é de fato aquilo que está acontecendo?
É possível reparar uma injustiça?

Ian McEwan descreve neste livro diversas questões que percorre uma família fragilizada e ausente, uma mente imaginativa mas errônea e um crime que mudou a vida de todos, você passa por uma montanha russa de emoções e diversos conflitos – “Reparação” na verdade, não se trata de uma história sobre uma verdade absoluta e sim sobre as versões de um mesmo fato. Alguns momentos pra mim foram estarrecedores – o maior deles pra mim foi Robbie na Guerra a caminho de Dunquerque, é um livro incrível

site: https://shejulis.com/livro-reparacao/
Juliete 22/02/2022minha estante
Tenho vontade de ler esse livro mas o filme já acabou comigo então morro de medo do livro skskskskks




Rafaele 19/07/2014

Ian McEwan < 3
Primeiramente o Skoob deveria ter uma estrelinha extra com a legenda 'incrível, maravilhoso, espetacular, simplesmente magnífico', porque dizer que esse livro é 'ótimo', não é suficiente.

Esse livro é demais. Só pelo cuidado na construção de cada um dos personagens merecia um prêmio.

Adoro principalmente que através da narração seja em primeira ou terceira pessoa de Briony, ele meio que se espelha, como autor.

Quero ler todos os livros dessa pessoa! #apaixonei

PS: Pra todas as pessoas que acha que '50 tons de cinza' é literatura: 1 - leiam esse livro e aprendam, crianças; 2 - ao persistirem os sintomas, please, deixem de existir.
Fanny 19/10/2015minha estante
Também senti falta de uma estrela extra! Quis tirar uma estrelinha de cada livro que já tinha avaliado, porque é injusto que Reparação receba a mesma nota que qualquer outro.




Biblioteca Álvaro Guerra 11/05/2018

Por não entender o mundo adulto da paixão e da sexualidade, Briony Tallis, uma menina inocente que sonha ser escritora, acusa injustamente seu irmão de criação. Drama psicológico que tem como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial e as tensões de classe da sociedade britânica.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/853590235x
selma.martins.146 24/10/2018minha estante
Baixei gratuito no site lê livros .
Começando ler hoje.
Expectativa grande!




Arthécia 25/03/2022

Cruel mas incrivelmente bem escrito
Ainda anseio por justiça e por uma reparação como o título do livro. Nem sei se tenho palavras para descrever como foi a leitura, os momentos de intensa irritação mas também de emoção. É um livro cruel demais mas também incrivelmente bem trabalhado e desenvolvido.
Renato.Antunes 05/04/2022minha estante
"Cruel"... também usei esse adjetivo para descrever o que senti ao ler.




Coruja 24/11/2014

É possível existir reparação quando uma mentira não apenas destrói a vida de uma pessoa como joga à lama todo o seu caráter e seu próprio futuro, roubando até mesmo o senso de identidade de alguém?

Essa é a grande pergunta que me fiz tanto ao assistir o filme quanto ao ler, mais recentemente, o livro de Ian McEwan, Reparação.

Tudo começa num dia de verão quase insuportavelmente quente e nas ações de um trio de personagens: Briony, sua irmã Cecilia e o jovem Robbie, filho da arrumadeira da mansão da família Tallis.

Briony é uma criança precoce, apaixonada pela idéia de ser uma escritora, de manipular personagens para alcançar uma perfeita ordem. Briony detesta o caos e a incerteza e acaba sendo pega na tormenta de sentimentos conflitantes entre a irmã e Robbie.

Considerando que mesmo Cecilia e Robbie se enrolam sem saber classificar seus sentimentos, sem entender a tensão que existe entre eles, é compreensível que Briony também seja incapaz de entender a atemosfera carregada de eroticismo que existe entre os dois. Mas essa não é uma desculpa plausível para que ela meta seu nariz onde não devia e, decidida a proteger a ‘ordem’ que ela acredita ser necessária, acuse Robbie de um crime odioso – o estupro de sua prima, que estava passando as férias na mansão.

Sendo bastante sincera, não considero esse um engano honesto por mais jovem que seja Briony. Primeiro porque ela se convence que Robbie é o culpado porque essa é a melhor alternativa para a história que ela vê se desenrolando ao seu redor. E segundo porque anos mais tarde ela sabe quem foi o real criminoso, então, ao menos em algum nível inconsciente, ela sabia que Robbie era inocente.

Fora que existe uma possibilidade de interpretação de que ela mentiu conscientemente numa espécie de revanchismo: é dito claramente que em algum momento no passado, Briony nutriu uma paixonite por Robbie e o fato de ter sido trocada pela irmã provavelmente não a deixou muito feliz.

Ao ser responsável pela prisão de Robbie, Briony rouba dele seu futuro, seu respeito e sua família. Os sonhos de ir para a faculdade de medicina, de crescer e ir além do ‘filho da arrumadeira’, a paixão por Cecilia, a consideração do patriarca dos Tallis que até então fora seu principal protetor – Robbie perde tudo isso e, quando estoura a guerra, é despachado como um soldado raso, bucha de canhão basicamente.

O mesmo destino tem Cecilia, que rompe com a família e sai de casa para nunca mais retornar. De certa forma, a mudança é benéfica para Cecilia, que amadurece e encontra seu próprio caminho – mas essa é uma mudança que vem à custa da separação com Robbie, da eterna espera para que possam ficar juntos.

Briony também cresce e na parte seguinte do livro vamos vê-la tentando consertar seus erros do passado. Mas existe possibilidade de reparar o mal que fez?

Mais que arrependimento, Briony me parece ser movida pelo seu desejo de escritora de restaurar a ordem entre seus ‘personagens’ – Cecilia e Robbie – e alcançar uma espécie de final feliz. A reparação que ela é capaz de dar aos dois fica muito aquém do necessário por conta de circunstância que ela mesma não tinha como controlar, mas mesmo que tivesse sido possível, o fato é que Briony destruiu a vida dos dois e plantou as sementes que implodirão sua própria família no futuro.

Briony é uma personagem extremamente complexa, que eu amo odiar...

O filme de Joe Wright adapta essa história de maneira soberba. A trilha sonora é uma das melhores que já ouvi, os atores são fantásticos, fotografia, cenários, tudo está muito bom. O diretor fez jus à obra e devo dizer que esse é um dos meus filmes favoritos.

Reparação é uma excelente história, que rende muito pano para um debate sobre ética e moral, sobre mentiras, concessões sociais, aparências. Vale à pena conhecer.

site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2014/11/para-ler-reparacao.html
Nanci 24/11/2014minha estante
Reparação é perfeito e inesquecível. Quanto à pergunta, não sei a resposta...




TatianaTati 14/03/2022

Desejando uma releitura muito em breve
"Você o viu com seus próprios olhos."
"Vi, sim. Eu vi. Eu vi."

Que história envolvente! Terminei já com vontade de reler. Adorei a forma como a narrativa foi construída, com pequenas deixas sobre o que aconteceria adiante. Não lembro de ter sofrido por um casal como me doí por Cecilia e Robbie... eu não esperava por uma certa passagem na história que me deixou de queixo caído – e foi neste ponto que tudo se encaixou e me deixou ainda mais surpresa com a construção da narrativa. O livro merece os elogios que recebe, e a adaptação para o cinema não deixa a desejar!
Alê | @alexandrejjr 23/03/2022minha estante
Ei, ó spoiler aí Manu (eu vi o filme)! ?




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