Resenhas - Anna Karenina

Gisa 11/09/2022

Não é a toa que ê um clássico.

Uma grande e boa fofoca, quem não ama?

Tolstoi tem razão cada família infeliz é infeliz a sua maneira

null 10/09/2022

Não, não vou dizer que se tornou um dos meus preferidos. Mas ainda sim é um livro maravilhoso!
Eu sinto aqui uma linguagem irônica, mas também de empatia com cada personagem. São pessoas reais que ele descreve de forma incrível seus fluxos de pensamentos e seus defeitos e qualidades tão humanos.
Particularmente a personagem que dá nome ao livro é bem irritante para mim, mas isso não diminui o livro em nada. É genialmente bem escrito e tem passagens que enchem a alma.

Carol 05/09/2022

Muito bom
Anna Kariênina foi meu primeiro contato com Tolstói e eu gostei muito da escrita do autor. O livro é bem descrito e o autor soube desenvolver bem todos os personagens principais.
Para mim o melhor personagem do livro é o Liévin! Adorava quando era ele quem narrava,apesar de achar as partes que falava sobre agricultura muito chatas haha. Adorei o desenvolvimento dele no decorrer do livro e amei o arco dele com a Kitty .Também me emocionei muito em algumas cenas dele com o irmão Nikolai.
Gostei muito também do marido de Anna,Aleksiei Aleksándrovitch. Fiquei muito surpresa com algumas decisões dele no decorrer do livro.Apesar de tudo o que aconteceu entre ele e Anna,ele ainda se preocupava com ela e com o filho e sempre buscava fazer o melhor por eles dois. Algumas vezes senti vontade de sacudir ele e pedir para ele deixar de ser trouxa,mas no fim tive que aceitar que ele só tinha um bom coração.
O pior personagem do livro para mim foi a própria Anna.
Durante o livro inteiro tentei sentir empatia por ela e compreender porque ela fez tudo o que fez e,apesar de saber como o divórcio era difícil naquela época e como a culpa sempre recaía sobre as mulheres,não consegui sentir nenhuma pena pela personagem. Ela é uma mulher extremamente egoísta e mimada e fazia sempre o que queria,sem pensar nas consequências. Em nenhum momento ela realmente assumiu responsabilidade pelas suas ações e quando as coisas não aconteciam como ela queria,ela colocava a culpa nos outros. Sobre Vrónski,eu não me conectei muito com o personagem e achei ele bem simplório,mas no final senti muita pena dele,porque ele realmente amava Anna e parecia que não importava o que ele falava ou fazia não conseguia mudar a situação em que se encontrava.
Enfim,adorei e recomendo a leitura!
Sinto muita vontade de ler outras obras do autor,principalmente guerra e paz!
Está e uma leitura super válida.

Sosoh 03/09/2022

Acho que criei muita expectativa pra essa leitura e acabou que no final eu não gostei tanto quanto achei que gostaria. Demorei muito pra terminar o livro pois além de ser enorme(800 páginas) também é MUITO denso. A história é interessante e me cativou em algumas partes, mas acho que dá muitas voltas e tiveram vários momentos muito parados nesse livro, o que me desmotivou a ler. Também tenho que dizer que detestei o final e a forma como foi escrito.

@caixas_e_livros 01/09/2022

Meu primeiro clássico
UM SOCO DE REALIDADE ATEMPORAL!

"Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira."

É com essa frase que iniciamos essa trama de Liev Tolstoy, Anna Kariênina. Apesar de levar esse nome o livro não se trata apenas da história de Anna, primeiro somos apresentados ao seu irmão Oblonsky, que está no meio de uma crise em seu casamento após sua esposa descobrir uma traição com sua governanta. Logo depois por meio dele conhecemos Lievin, um de seus melhores amigos e apaixonado por sua cunhada Kitty, de quem Lievin vai disputar o coração com o Conde Vronski.

A história de todos esses personagens se entrelaça em um enredo cheio de intrigas, traições, família e amor. Em poucas frases Tolstoi tem a capacidade de dar vida a cada um deles e aprofundar suas histórias como se já o conhecêssemos por mil páginas.

Algo do qual me encantei com a escrita de Tolstoi foi que todos os seus personagens são dúbios, conhecemos o íntimo de seus pensamentos como se estivéssemos na cabeça de pessoas reais, em um momento um personagem vai defender com unhas e dentes sua família, mas em seus pensamentos ele tem um filho preferido.

Ninguém é ?perfeito? 100% do tempo, e os personagens de Tolstoi se portam de acordo.

Agora falamos de Anna Kariênina, uma mulher que encanta todos ao seu redor, após uma conversa com ela todos saem deslumbrados e apaixonados por sua vivacidade e inteligência. Com o leitor não é diferente, você se pega obcecado por Anna e querendo saber mais dela, você se encanta como se também estivesse em um baile a observando.

?Sim, há nela algo de estranho, demoníaco e encantador.?

Foi com a Anna que revi muito do que eu sou como pessoa, foi muito fácil julgá-la por suas decisões, que eu considerei egotistas boa parte do tempo. Mas quanto mais o livro passa, mais você se põe no lugar dela em uma época onde a mulher não tinha escolha, onde ela sempre seria mau vista pela sociedade. Anna foi nada mais que corajosa, tentando ser livre e tentando conviver com as consequências que isso traria, sem o apoio de ninguém. Eu saí dessa história com várias lições de vida, graças a Anna Kariênina.

Letticia 31/08/2022

Critica ratatoulliana sobre a fofocaiada que é Anna Karênina...
Vou escrever como se fosse o Anton Ego de Ratatoullie.

De certa forma o trabalho de uma leitora é fácil, nos arriscamos pouco e temos prazer em avaliar com superioridade os que nos submetem seu trabalho e reputação. Ganhamos fama com criticas negativas que são divertidas de escrever e ler. Mas a dura realidade que nós críticos devemos encarar é que no quadro geral a mais simples porcaria talvez seja mais significativa do que a nossa critica. Mas há vezes em que um critico arrisca de fato alguma coisa, como quando descobre e defende uma novidade. O mundo costuma ser hostil aos novos talentos, as novas criações, o novo precisa ser incentivado. Ontem a noite eu experimentei algo novo. Um livro extraordinário de uma fonte inesperadamente singular. Dizer que tanto o livro, quanto quem o escreveu desafiam minha percepção sobre literatura é extremamente superficial. Eles conseguiram abalar minha estrutura.{...} Nem todos podem se tornar grandes artistas, mas um grande artista pode vim de qualquer lugar. ´É difícil imaginar origem mais humilde do que a desse gênio que escreveu Anna Karênina que é na opinião dessa leitora, nada menos do que um dos melhores livros que já li, voltarei em breve a escrita de Tolstói com muita fome.

Rita 31/08/2022

É uma pena. Mas não consegui me apegar a nenhum personagem ou história desse livro.

É bem escrito, afinal é Tolstoi, tem cenas interessantes e até falas e reflexões atraentes; mas a leitura não me rendeu nenhum apego, simpatia, raiva, nada.

Foi o primeiro livro dele que estava tão desapegada que nem me lembrava direito dos personagens. Exemplo: no começo da parte VIII quando um personagem específico assume a narrativa, eu fiquei muito tempo lendo sem saber quem ele era.

Se me perguntarem se indico, direi apenas: leia outros livros.

Talvez tenha sido meu momento, mas realmente, não foi uma leitura que aproveitei.

A edição física da Martin Claret é bonita, mas prefiro a tradução da edição digital que li que foi da Companhiadas Letras (fiquei dividindo a leitura em duas edições, física e digital, de editoras diferentes). Rubens Figueiredo arrasa, as traduções dele de Tolstoi me conquistaram totalmente!

Rita 31/08/2022

É uma pena. Mas não consegui me apegar a nenhum personagem ou história desse livro.

É bem escrito, afinal é Tolstoi, tem cenas interessantes e até falas e reflexões atraentes; mas a leitura não me rendeu nenhum apego, simpatia, raiva, nada.

Foi o primeiro livro dele que estava tão desapegada que nem me lembrava direito dos personagens. Exemplo: no começo da parte VIII quando um personagem específico assume a narrativa, eu fiquei muito tempo lendo sem saber quem ele era.

Se me perguntarem se indico, direi apenas: leia outros livros.

Talvez tenha sido meu momento, mas realmente, não foi uma leitura que aproveitei.

A edição física da Martin Claret é bonita, mas prefiro a tradução de outra edição que li que foi da Companhiadas Letras (fiquei dividindo a leitura em duas edições, física e digital, de editoras diferentes). Rubens Figueiredo arrasa, as traduções dele de Tolstoi me conquistaram totalmente!

Cris 30/08/2022

Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.
Um romance russo que começou a ser publicado em por meio da revista Ruskii Véstnik, entre janeiro de 1875 e abril de 1877. É uma das obras mais populares do realismo literário, sendo aclamada por diversos outros escritores importantes como Fiódor Dostoiévski, Vladimir Nabokov, William Faulkner etc.
O livro traz duas narrativas paralelas que se espelham como uma sendo o oposto da outra. São estas a história de Anna Kariênina, que vive um casamento estável, mas vazio o que a levará a cometer adultério, abandonar o marido e filho para viver esta paixão a qual se entrega e a de Liévin que casa-se com a adorável Kitty vivendo tranquilo e feliz, completamente satisfeito com sua vida conjugal.
Para além destas narrações de vida cotidiana, Tolstói aborda vários temas pertinentes como política, filosofia, educação, agricultura, fé etc. Trazendo um pouco dos conflitos russos da época em diálogos entre personagens.
Acredito que se tivesse levado a leitura de forma um pouco mais rápida (levei quase 9 meses para concluir), teria me apegado melhor aos personagens e ter tido um aproveitamento mais profundo da história.
Contudo, o que posso dizer... Anna que a princípio me pareceu uma mulher tão equilibrada, segura e inteligente, de repente se apresenta como uma desesperada, que parece sobreviver às custas dos paparicos de quem a rodeia, que se recusa a arcar com as consequências da própria escolha transferindo a culpa de sua infelicidade ao marido e à sociedade. Devo admitir que a situação dela era de fato delicada, mas muitas de suas aflições foram fantasias criadas pelo medo de tornar-se alvo do próprio erro.
A personagem de mais me cativou, sem dúvidas foi Kitty. Como me vejo nessa mocinha... sonhadora, em dado momento se perde, mas consegue reaver a sanidade e alcança uma vida feliz. Kitty, conto com você para inspirar o plot twist da minha vida (rs).
Enfim, não me demorarei nos demais personagens, apesar de terem suas respectivas importâncias. O livro é bom, traz sensações de simpatia e desagrado, um pouco de horror no a cena do parto de Kitty e do suicídio de Anna etc. Um livro que merece a aclamação recebida.

joobeew 29/08/2022

como resenhar um livro do porte de anna kariênina? esse livro é um dos primeiros clássicos da literatura estrangeira que realmente li por conexão com a história e pelo desejo de saber o que iria acontecer no fim de tudo. anna kariênina é moldado por uma das escritas mais incríveis que tive a oportunidade de ler, uma escrita que intercala entre os detalhes excessivos e a falta deles, em alguns pontos. foi incrível a maneira como tolstói demonstrou os sentimentos e realidades de cada um dos personagens ao longo da trama, os dramas do liévin com administração da sua propriedade e a relação dos trabalhadores com a terra, a sensibilidade na narrativa de um homem morrendo de tuberculose, o parto feminino naquela época e suas nuances e, ainda mais MAGNÍFICO, o contraste entre os romances de kitty e liévin e anna e vrónski, da trágedia ao sucesso e do amor à tragédia, respectivamente. tolstói mostrou os detalhes da vida na sociedade russa tsarista, a sombra e a luz. anna kariênina é repleto de grandes reflexões, seja elas religiosas, filosóficas, políticas e, acima de tudo, humanas. é apaixonante a sensibilidade da escrita do tolstói e a maneira como ela faz o leitor mudar de posicionamentos ao longo do livro. anna kariênina é uma das maiores personagens femininas que tive o prazer de ler sobre, foi doloroso ver a forma como ela se perdeu em um amor que poderia ter sido épico, e foi mais doloroso ainda ver que todos os sentimentos e reflexões dela provinham de uma sociedade favorável ao homem, desde sempre. anna perdeu seu propósito como mulher em sociedade por consequência do fracasso do casamento, e quando notou que o amor de vrónski era tudo o que tinha, e que com a falta dele nada restaria a ela, tudo se perdeu ali.

?E, de forma viva e clara, a morte afigurou-se a Anna como o único meio de restabelecer no coração de Vronski o amor por ela, o único meio de castigá-lo e de alcançar a vitória na luta que um espírito maligno, alojado em seu coração, travava contra ele.?

acredito que todos um dia deveriam passar pela experiência de ler anna kariênina, deveria ser um daqueles livros obrigatórios da escola. a quantidade de ensinamentos e reflexões nele, podem sim mudar o processo de evolução de alguém!!!

?E atacam Anna. Por quê? Por acaso sou melhor do que ela? Pelo menos, tenho um marido a quem amo. Não do modo como eu gostaria de amar, mas eu o amo, enquanto Anna não amava o seu marido. De que ela é culpada? Ela quer viver. Deus introduziu isso em nossa alma?

pra finalizar, meu ponto de vista favorito do Liévin:

?Tendo, então, compreendido claramente, pela primeira vez, que todas as pessoas e ele mesmo nada tinham a sua frente senão sofrimento, morte e esquecimento eterno, Liévin resolveu que não era possivel viver dessa forma e que era preciso ou explicar sua vida de um modo que ela não se afigurasse uma zombaria cruel de algum demônio, ou então matar-se com um tiro.
Mas ele não fez nem uma coisa nem outra e continuou a viver, a pensar, a sentir, e até, nessa mesma ocasião, veio a casar-se, experimentou muita alegria e sentia-se feliz, quando não pensava sobre o sentido da sua vida.?

Kau 21/08/2022

"É uma situação impossível. Ela está definhando cada vez mais. Ele não entende que ela é uma dessas mulheres que não se conseguem brincar com os próprios sentimentos."

Apenas Evelim 14/08/2022

Ana Karênina
O livro contém dois personagens principais fortes e peculiares, Anna e Lióvin.

Anna, uma mulher que enfrentou todos os costumes e tradições de sua época para viver um amor arrebatador. Vi alguns comentários falando da importância da personagem para a defesa do direito das mulheres. Achei interessantíssimo. Anna, realmente foi uma personagem marcante. Porém, não me afeiçoei a ela e ao egocentrismo dela. O seu par romântico muito colaborou para essa minha visão, definitivamente não gosto do personagem Vrosky.
Contudo, não posso deixar de expressar certa admiração pela Anna, até certo ponto da trama.

Lióvin, personagem que me marcou. Um homem cheio de sonhos e de muita personalidade. Sensível, com questionamentos brilhantes sobre as desigualdades de classes, sobre Deus e a religião e sobre guerras. Um personagem completo. Um homem decente. Seu par romântico, Kitty, uma delicadeza sem fim, gostaria até de tê-la como amiga. Um casal perfeito.

Outros personagens também são bastante trabalhados como o Stepan Arkádievitch (irmão de Anna) e Dolly. Dolly, ao contrário de Anna, viveu uma vida submissa, de um marido mal caráter. Isso é importante para a narrativa e a defesa de Anna e seus desejos amorosos.

Narrativa interessantíssima! Aborda política, religião, costumes e tradições da época.

Após a leitura sinto a necessidade de conhecer mais sobre a Rússia Czarista e suas revoluções.

Ana Paula 14/08/2022

Jamais esquecerei Liévin e Kitty
Anna Kariênina de Liev Tolstói
Nota 09 de 10
????????
Personagens marcantes, muito diversos uns dos outros em um romance de primeira grandeza.
???
Este livro não é melhor que Guerra e Paz, mas não deixa a desejar. Nele está toda a escrita desenvolta e envolvente de Tolstói.
?um brinde aos russos!

Endre 14/08/2022

"Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz á sua maneira."

A genialidade de Tolstoi se converte em um livro de 800 páginas que possuem momentos brilhantes e outros maçantes, entretanto a profundidade com que cada personagem exprime suas ideias, vontades e desejos demonstra a capacidade do autor. É um livro que percorre a sociedade russa do século xix, revelando suas hipocrisias e costumes, ao mesmo tempo que nos coloca diante das dúvidas e do progresso de anna, lievin, vronski... Ninguém é perfeito, inteiramente bom ou mal, e isso é convertido em personagens extremamente verossímeis e que se questionam a todo momento se o que fazem é correto, duvidando de si mesmo e das pessoas ao seu redor. Temas universais e intrínsecos ao ser humano são tocados de maneira magistral:
-sou verdadeiramente amado?
- O transcendental existe? e se existe como posso descobrir/entender?
-Desigualdades sociais e a futilidade de muitos componentes da sociedade
Leitura excelente e altamente recomendada.

sou_botelho 11/08/2022

Anna Karienina
Um dos livros mais complexos que já li, vou ficar pensando sobre por uns bons meses. Foi muita informação, porém houve maravilhosas reflexões.