Resenhas - O Veleiro de Cristal

Marquim 19/06/2021

O veleiro de cristal
Gostei da leitura do livro, pois ela é muito fluida.
Agora, falo uma coisa: que vida sofrida a do Eduardo! Coitado!
É um livro emocionante de se ler. As fantasias que ele apresenta nos remetem à época mesmo de criança, às mais fantásticas imaginações. E não somente a esses aspectos, mas também a momentos que nos fizeram sofrer, o que, no caso do Edu, é de arrebentar o coração.
Avaliei o livro como bom por ter achado que sua conclusão foi bastante abrupta. Penso que o autor poderia ter explorado um pouco mais outros aspectos da história em si.

Kamii_Berthier 12/01/2024

Eduardo é uma criança enfrentando muitas dificuldades ao viver com algumas deficiências que o impedem de ter o pleno controle de suas pernas, assim como um problema no coração que faz necessário uma operação.
Edu além de lidar com sua saúde tão frágil, precisa vivenciar isso em uma situação de abandono parental, sendo amparado somente por sua tia Anna.
O enredo traz a perspectiva do garoto ao viajar para uma casa de praia para descansar e se preparar para a cirurgia, com a visão jovem o mundo dos sonhos assume a dura realidade e as dificuldades passam a ser compartilhadas com novos amigos: o Gakusha (nomeado por Edu como Gabriel) que é um tigre chinês ornamental; a Dona Maria Jurandir que é uma coruja empalhada; e o sapo Bolitrô que é descrito como um cavalheiro.
Apesar da natureza sensível e terna de sua escrita, o autor reproduz no texto ideias e terminologias capacitistas naturais da época, mas reconhecidamente incorretas hoje.
José Mauro de Vasconcelos em mais uma estória emocionante traz agora a reflexão das limitações do corpo quando comparadas com nossa própria mente e alma, isso sem nunca reduzir a dureza da vida, mas sempre atribuindo a ela um carinho sem igual.

Lusia.Nicolino 10/04/2020

Ser torto, alinhar a vida
Parada estratégica de uma leitura de mais de oitocentas páginas para descobrir um clássico nacional. Singelo, comovente. O veleiro de cristal é um livro infanto juvenil curtinho, a linguagem formal pode deixar alguns trechos com uma carinha de artificial e algumas passagens chegam a ser piegas. Pode não agradar todo mundo, mas, como não enxergar poesia na trajetória de Eduardo?
Qual o papel da família, irmãos, pai, mãe. Essa figura doce. Doce? Quem pode socorrer Edu, o menino torto? Você vai descobrir.
Em sua sinuosidade, o menino vai alinhando os acontecimentos da sua vida. O sonho é realidade ou a realidade pode ser vivida por outra perspectiva? Você pode viver em um veleiro de cristal ou em um barril afundado no mar. O que vai ser?
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Quote: “- Ah! O mar. O mar. Na China um poeta disse uma coisa muito linda sobre o mar. Quer ouvir?
Edu confirmou com a cabeça.
- Pois bem: O mar só tem dois tamanhos. O tamanho que a gente imagina e o tamanho que ele quer ter.”

site: https://www.facebook.com/lunicolinole

Desativado 16/04/2011

As Crônicas do "Mais do Mesmo" - O Tigre, a Altruísta e o Casarão
Well, como começar essa resenha? É de uma dificuldade razoável, afinal, são tantas as coisas que penso ter a comentar que é capaz que nem todas sejam verdadeiramente abrangidas por aqui. E, me embriagando com uma boa dose do novo álbum dos sempre sensacionais rapazes do Foo Fighters, Wasting Light, inicio a escrita desta crítica.

Começando com a pergunta: Quantas histórias sobre deficientes, físicos ou mentais, você já lera ou assistira? Muito bem, responda mentalmente, nada de conversar com o computador. Agora, novamente, uma segunda questão: Quantas delas foram realmente convincentes? Caso seja você uma pessoa muito emotiva, não chegue a dar uma resposta.
Essa pequena introdução serve apenas como uma base para o que vem a seguir, então, atenção; falsos moralistas e espalhadores da paz parem de ler aqui.

Em minha singela opinião, uma obra, seja textual, cênica ou musical, deve, ao máximo que conseguir, ter traços inovadores e surpreendentes, do modo que extraia de seu público as reações de empolgação e a súbita vontade de presenciar o enredo todo novamente. É a magia do novo; o novo, em si, assim como mudanças, atraem a curiosidade humana - essa nossa raça adora isso, ora. Um livro de fantasia, em particular, deve estabelecer uma relação íntima e quase subjetiva com seus leitores, desde que não caia na mesmice. O pecado literário que acontecera nessas bandas imaginárias.

O Veleiro de Cristal não é nada mais do que um abusivo do clichê e das trivialidades do tema que aborda; e sem conseguir, ainda, uma narração, como já dita, ao menos convincente, para amenizar a dor que sentimos. Dor, que digo, não emotiva, devido ao grande caso de drama forçado que temos aqui - mas sim a dor de decepção, nos vendo, mais uma vez, em um fundo poço, banhado em lugar-comum.
Em que se desenvolve a narrativa? Um pobre jovenzinho com deficiência física, fora excluído do meio - não só da sociedade externa, mas até mesmo de sua própria família -, sendo apenas amparado por sua tia, a santa que o dá forças; e, por algum motivo, leva-o até uma luxuosa mansão ao litoral, que chega a ser irritante de tantas belezas descritas. Vocês podem descobrir o que vem depois - chororôs, aventuras mágicas e imaginativas do protagonista, "reviravoltas" extremamente previsíveis, personagens jogadas ao vento - espalhadas num plano de fundo, com aparições confusas e rápidas, em um desenvolvimento ridículo - e, claro, o desfecho típico de dramalhões como este; não contarei o final - seria, além de Spoiler, um comportamento típico de estraga prazeres, mas vocês podem adivinhar, e mantenho a certeza de que acertarão em cheio.

Sei que a intenção é das melhores; incentivar as pessoas a serem altruístas e garantir a felicidade das demais pessoas. Mas os tempos são outros; se nem quando o livro fora escrito as pessoas se importavam de verdade, agora, então, elas não conseguem nem disfarçar tão bem. Porque, veja bem; boa parte das pessoas que se propõem a ajudar, não o fazem pensando no bem que, por ventura, estariam ocasionando para os auxiliados. Mas sim, ah sim, no que o resto da sociedade comentará sobre esse "nobre gesto de compaixão". Além de que, agora, temos mais pessoas que já compreendem esse pseudo-humanitarismo, e obras que abrangem tal, sem nenhuma pitada de inovação ou criatividade, acabando caindo em desgosto e, posteriormente, em esquecimento.

O drama seco e largado, por si só, não ganha méritos.

Letícia Ferri 17/04/2011

O Veleiro de Cristal - Clichê ou Reflexão? Eis a Questão!
Bem, vamos lá!
O Veleiro de Cristal, sem dúvida alguma, é um dos melhores livros que já li.
Uma obra fascinante, repleta de reflexões, aprendizagens, consciência moral...
A história do deficiente menino Eduardo, de 13 anos de idade, sem dúvida, nos comove, com sua triste lição de vida. Rejeitado por sua família, zombado por seus irmãos, renegado exacerbadamente por seus próprios pais, doloroso, não?
Seu único recanto é o cômodo e, também, generoso colo da calorosa Titia Anna que, com sua pura alma, conforta o pobre Eduardo das frias injustiças enfrentadas em sua pouca idade.
Vejamos, Eduardo, também possuía bons momentos, principalmente, ao lado dos novos amigos, estes, conquistados na inesquecível e "espiritual" viagem com o "Veleiro de cristal"; Dona Maria Jurandir, Gabriel (Gakusha) e, Bolitrô; sem dúvida, momentos que nem a Morte consegue apagar, por mais insistente que venha que por ser...

É de fato um tema muito recorrente em dias atuais, tanto que, muitas vezes, oferece a opinião de clichê, ou seja, foram muitas obras textuais, que possuem tal tema, na atualidade, não é mesmo.
Mas mesmo assim! Vale à pena lê-lo, pois, asseguro-lhes, é uma história que nos faz introduzir "a mão" no interior de nossa consciência e pensar: "Eu sou feliz, mas nunca o observei" ou ainda, "Reclamo de minha aparência, mas sabem-se quantos indivíduos distintos e, também, constituintes de nossa sociedade, não a possuem de maneira menos privilegiada?”.

Ao ler o livro, me emocionei muito, e não nego, a considerei, pois uma excelente obra!
Me ensinou o quão tola a espécie Humana é e, como somos tão ingenuamente esdrúxulos em nossa mais íntima estância!

Não tenho uma visão tão nostálgica do mundo, mas creio que se tratarmos com mais displicência àqueles que nele vivem, este poderia se tornar melhor, mesmo que, 75% da população mundial não o acredite na mais pura realidade.

Mas nem tão incrível é a obra. O autor possui certos momentos de epifania e, introduzir, sem quaisquer apresentação e/ou citação, novos e polêmicos personagens.

Mas enfim, recomendo-lhes a leitura de tal obra! Embarque neste nostálgico "Veleiro" na companhia de maravilhosas lições de Vida, ao lado de Eduardo e seus mágicos amigos!!!

Cleber.Rios 24/07/2020

LINDO
Simples, confortável e como sempre José Mauro com suas historias trazendo mensagens incríveis . Fiquei horas após ler o livro (que li em um dia) pensando sobre, como cada personagem se encaixava na historia e no personagem principal.
Lindo.

IsabelaCas 13/04/2011

É um livro extremamente emocionante. Ao contrário de muitos livros "conto de fadas", que sempre terminam com seus personagens "felizes para sempre", é um livro com um final diferente. Triste dependendo do ponto de vista das pessoas, mas libertador para o de outras.

Conta a história de Eduardo, um menino com deficiência física e com uma deformação na cabeça. Ele é rejeitado por sua família, mas ao mesmo tempo, acolhido por sua tia carinhosa e amorosa. Na história, ele embarca em uma emocionante viagem para uma casa de praia, na qual ele a chama de "veleiro de cristal". Apesar de ter passado por muitas dificuldades desde que nasceu, nessa mesma viagem, ele descobre três criaturas mágicas, que se tornam grandes companhias para ele. Ele também percebe que mesmo tendo passado por várias coisas ruins, sua vida ainda poderia lhe trazer bons frutos.

Indico esse livro para quem gosta de se emocionar. Em sua mensagem, entendi que devemos lutar para superar nossas dificuldades e que mesmo com todos nossos defeitos, é possível que uma pessoa nos ame do jeito que nós somos, com todos eles mesmo. Também devemos encarar a morte com certa naturalidade, mesmo parecendo a coisa mais difícil a se fazer, pois esta não mostra o fim de algo, mas sim uma passagem para algo melhor.

Tama 01/10/2020

Simples e bom.
Relido.
Livro curto, linguagem simples.
História leve e agradável.
Valores morais sólidos.
Como um livro de entretenimento deve ser.

eyokaren 16/10/2020

Meu avô que me deu
Tenho esse livreto que guardo até hoje, é uma história muito linda e tem um valor sentimental pra mim...presente do meu avô. Super recomendo José Mauro de Vasconcelos escreve livros lindos!

Lili 01/03/2017

O Veleiro de Cristal
Reli este livro para um desafio "livro que marcou a sua infância". Interessante perceber que ele realmente marcou, pois eu me lembrava de praticamente tudo - e minha memória para livros não é das melhores.

História triste e tocante. Traz a sensibilidade de José Mauro de Vasconcelos, aquele autor que gosta de fazer chorar como ninguém.

O livro conta a história de Eduardo, um menino com uma deficiência que o deforma e impede de andar, rejeitado por toda a família e amado somente por sua tia Anna. Em um período de descanso que antecede uma importante cirurgia, ele e sua tia viajam para uma linda casa à beira-mar, para que ele se fortaleça e se tranquilize, aumentando as chances de sucesso do procedimento. Nesse contexto conhecemos alguns seres encantados que vão proporcionar alguma alegria a Eduardo, cuja vida parece ter sido apenas de sofrimento.

O livro é muito simples e pode ser lido em poucas horas. Como outros livros do autor, considero uma leitura meio "poética" e com lágrimas garantidas...

Alinson 11/04/2011

Resenha ao livro "O Veleiro de Cristal"
É um livro triste onde retrata de forma sonhadora, emocionante e atraente a trama de uma pessoa deficiente que é a personagem Edu.
Edu é um garoto deficiente como já disse antes, é muito apegado à sua família mesmo sendo rejeitado pela mesma, principalmente pela sua mãe que se sente envergonhada pela "criatura" que tem dentro de casa, mas Edu encontra amor e força de vontade nos braços de sua tia Anna uma mulher carinhosa e muito amorosa para com o mesmo sem olhar para suas deficiências.
Anna o leva para uma incrível viagem a bordo do Veleiro de Cristal, uma casa beira-mar e que segundo Edu parece um grande veleiro onde tudo não se passa de um mero sonho do mesmo onde conhece vários animais como o tigre Guakusha (Gabriel), o sapo Bolitrô e a coruja Mintaka e que passam horas batendo papo.
O livro nos mostra que nem sempre um final feliz é o melhor, que no caso de Edu o libertação de um corpo deficiente seria o melhor para se acontecer libertando - se de dores corporais e pisicológicas. (Trecho baseado em palavras da professora Angélica Zanin).
O livro me mostrou que simplismente pelo fato de termos pessoas que amamos e nos amam mutuamente ao nosso lado e termos um corpo perfeito e etc já somos inteiramente privilegiados.
Mas acima de tudo que o corpo físico não é o que manda e sim a mente da pessoa essa sim é a "chefe". De que adianta se ter um corpo perfeito, bonito, etc se a pessoa não é capaz de amar, perdoar, compreender, SONHAR?
Na história quem é mais perfeito a MÃE ou EDU?
Mesmo parecendo um livro infanto-juvenil recomendo a todos, até aos adultos que em meio ao seu cotidiano as vezes acabam esquecendo as suas grandes virtudes sendo algumas delas o PERDÃO e a COMPREENÇÃO para com os seus semelhantes.

Rafaberge 12/04/2011

O Veleiro de Cristal
O livro conta a história de um garoto deficiente que encontra muitas dificuldades de interação com as pessoas, pois o preconceito é muito grande, porém é nós braços da sua amada tia Anna que ele encontra a felicidade e mesmo sendo renegado pela maioria das pessoas,incluindo seus proprios pais, ele consegue superar suas dificuldades lutando para dar menos trabalho possível para as pessoas ao seu redor.
Edu, mesmo tendo diversos problemas e sendo tão desprezado por quase todos não deixa de sonhar e seguir em frente.
A história é muito triste e em diversos momentos da leitura, meus olhos ficaram cheios d'água só de pensar como pode existir tanto preconceito e discriminação deste modo no mundo, e pior, pensar que eu já posso ter cometido esse erro:pensar que porque a pessoa é diferente fisicamente, ela não é igual a todos, pensar que os sentimentos dela são diferentes, esse livro mostra a outra face da moeda, mostra como é dificil sofrer com a opnião das pessoas que te julgam por você ter nascido diferente, ou ter tido um contratempo na vida. Bem, eu gostei do livro, e realmente o recomendo para as pessoas que querem saber como é ter dificuldades na vida e mesmo assim nunca deixam de ter esperanças e sonhar, acho que essa é realmente uma lição de vida para todos!Vale a pena embarcar neste Veleiro...Boa Leitura!!

Dani 15/01/2015

Emoção sem compromisso
Decidi não ser duro demais com essa obra. Conhecemos o autor pelo seu desejo quase zeloso de comover o leitor, e o que se lê nas páginas do Veleiro de Cristal é exatamente o que podemos prever através da sinopse. Um dramalhão.
Este é um livro daqueles que se lê em uma tarde de domingo, buscando uma experiência rápida e pouco exigente. Não se espera nada de inovador aqui. Você sabe o tempo todo o que vai acontecer, só não sabe como. Os personagens rasos e dicotômicos não permitem que nos demoremos em dilemas ou conflitos além do próprio desafio de viver com um cronômetro sobre a cabeça. A premissa simples não surpreende. Ainda assim, qualquer leitor que avança sem compromisso pelas páginas, pode se comover. Não apenas com o sofrimento do menino, mas o desamparo de Anna - essa sim, a mais desolada e solitária das criaturas.
É uma narrativa que leva a torcer pela vida e pelos sonhos, e esperar que algo nisso tudo valha a pena. Vale para quem? Essa é a resposta que o livro oculta.
Por isso, apesar da escrita repetitiva e muito forçada para criar frases e diálogos comoventes e artificiais, decidi ler apenas pela experiência em si. O resultado foi continuar pensando nos personagens mesmo alguns dias após a leitura. Muitas obras bem mais elaboradas não conseguem este efeito que, para mim, é um dos mais bonitos na literatura.

site: http://escrevendovidas.esy.es/

Karoline67 28/06/2022

De chorar!
Mais uma vez José Mauro de Vasconcellos me fazendo chorar horrores. Que história linda, triste e emocionante. Mas principalmente mágica. Vale a pena demais conhecer!

Emily422 03/06/2020

Veleiro de cristal, veleiro das estrelas
Na vida há a desesperança, o abandono, mil anos de solidão e mais um pouco. Mas há também a alegria inexplicável, o céu de múltiplas cores, de múltiplos brilhos e incalculáveis viagens para mundos distantes. A vida está nesse meio. Pra lá e pra cá, balançando. A realidade é perspectiva! Nela reside a possibilidade de escape. A tristeza e o vazio podem se dissolver no azul do céu.
Deficiências corporais e a sociedade, preconceitos, abandono familiar, sentido da vida, sonhos, bichos que "desencantam" e falam*, tudo dentro de um veleiro... Livrinho simples e delicado.
O Edu possuía ao menos a tia Anna. Porém, muitas pessoas nessa mesma situação acabam não possuindo literalmente ninguém. Grandes muros bloqueiam suas vidas. Luta diária, graves mazelas. Preciso estudar mais sobre isso.
Bem, ao menos, apesar te tudo, a esperança encontra seus momentos...
"[...] eu não gostaria de ter perdido toda essa beleza da vida que os meus olhos me trouxeram até hoje. Apesar de tudo a vida é uma verdadeira beleza."

*Gostaria de bater um papo com o Gakusha tbm.