Se a rua Beale falasse

Se a rua Beale falasse James Baldwin




Resenhas - Se a rua Beale Falasse


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Marcone.Procopio 15/07/2020

Se voce? puder ler tudo de James Baldwin, leia. Se puder assistir e ouvir tudo, assista e ouc?a. O filme baseado no livro e o documenta?rio ?I am not your negro? esta?o na Netflix. E os demais livros foram lanc?ados pela @companhiadasletras.

#jamesbaldwin #ifthebealestreetcouldtalk #searuabealefalasse #iamnotyournegro

Lançado em 1974, o quinto romance de James Baldwin narra os esforços de Tish para provar a inocência de Fonny, seu noivo, preso injustamente. Livro que inspirou o filme homônimo dirigido por Barry Jenkins, vencedor do Oscar por Moonlight.
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Gabriel 07/07/2020

Os gêneros impossíveis no quintal dos assassinos
É fascinante como Baldwin inunda de amor e afetividade uma história tão bruta e amarga sobre sobrevivência, contudo a forma pela qual conduz essa coalizão assegura-nos de que este é o único caminho possível. E mesmo este carinho disposto aos outros deve ser racializado se nossos protagonistas são famílias negras do bairro do Harlem. A existência daquelas pessoas é atravessada pela forma como a luz é absorvida por suas peles. Quando nossa narradora, Tish, afirma quem é, afirma ser uma uma mulher preta visitando seu namorado preso, preto, Fonny, então um mundo de informações já nos foi fornecida.

Tish está grávida e seu bebê cada vez mais luta para se ver livre do invólucro de água no qual está enquanto toda a sua família desloca todos esforços e dinheiro possíveis para reunir os recursos para defender Fonny de um crime que ele não cometeu: o estupro de uma porto-riquenha. Apesar de um núcleo familiar convencional (papai, mamãe, filhas), sua estrutura é incapaz de reproduzir efetivamente o modelo ideal para esta instituição doméstica, pois este ideal é branco. Todos os papéis de gênero distribuídos para nós em um mundo distorcido chegam de maneira obtusa aos negros e negras. A ultraviolência, virilidade e imposição do poder, vendidos como valores do masculino, são respeitados por um universo de brutalidade nos bairros menos favorecidos, repletos de pessoas marginalizadas que têm poucas opções em mãos além de devorar os mais fracos para se manter de pé. Contudo, são interrompidos pela própria condição da pele: o papel de provedor do pai fica prejudicado pelas obstruções de uma melhora de vida, sua imponência é submissa diante do crivo de órgãos da lei racistas prontos e dispostos a te tornar mais um número dentro da maior população carcerária do planeta (a dos Estados Unidos, mas o Brasil não tá podendo falar nada sobre esse assunto também não). Já os papéis caseiros femininos são os quais as mulheres da família de Fonny se detém religiosamente com um olhar de altivez, buscando alçar o patamar de branquitude enquanto exibem o tom mais claro de sua pele - ainda preta - num ar soberano. Mas Sharon e Ernestine, mãe e irmã de Tish, não possuem esse luxo, pois precisam lutar, se manter firmes. É, num episódio desesperador, que vemos Fonny responder a essa condição de "Homem" defendendo Tish, porém assumindo um risco improvável a qualquer homem branco, se tornando alvo no bairro em que decide morar. Seus atos viris e protetores são armadilhas.

O Homem e a mulher são protótipos muito distintos no grande esquema capitalista das coisas, instrumentos efetivos de manutenção do regime familiar heteronormativo patriarcal. Mas não é tão útil que negros desempenhem estes papéis tanto quanto é deixar uma população inteira sujeita aos desmandos do sistema, para que haja argamassa - de ossos e cartilagem - o bastante para eventuais reparos na estrutura nacional.

Esta alienação de suas existências se apresenta nitidamente no aspecto da violência sexual que perpassa a obra. Ao homem negro é atribuído uma identidade hipersexualizada de besta refém da própria animosidade. É este pretexto que torna tarefa tão simples encarcerar Fonny por simples desejo de um policial que o marcou como caça. Enquanto isso as mulheres negras são submetidas a um papel sexual de disponibilidade. Seu corpo foi historicamente nas américas tornado objeto público, efetivando seu destino único para o parto. A promessa dessas distinções sociais tão cruéis quanto potentes nunca se cumpre totalmente para estas pessoas, por isso não há outra alternativa além de papéis proibidos, assumidos apenas durante a escuridão.

Desesperadamente se utilizando de todos os meios possíveis, a família de Tish permanece na missão para salvar Fonny enquanto administra um carinho muito bruto, todavia absolutamente inteiro entre si, onde há menos palavras doces do que gestos resolutos. Mas a natureza da realidade sempre distancia sonho e prática para eles.
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Luis Felipe S. Correa 25/06/2020

Precisarei atualizar a lista de favoritos após esse livro
Já tinha lido sobre James Baldwin em outras ocasiões. Lembro de ter lido a frase "todo mundo é negro de alguem" em uma musica do Marilyn Manson e no filme Estado de liberdade. Achei a frase impactante e de um nivel bem profundo, as pesquisas me levaram ao Autor. E tudo me levou aos seus livros, foi meio que magnetismo puro. Este foi o primeiro livro que li e fiquei impressionando com o estilo de escrita bastante realista e a discussão de temas que ainda hoje integram as pautas de debate. O livro fala sobre racismo e injustiças com uma fluidez mágica e uma profundidade intrigante. Ja adquiri O Quarto de Giovanni e encomendei Terra Estranha, ambos da Cia das Letras. Nas minhas pesquisas descobri que há outros títulos antigos publicados por outras editoras, disponíveis no site Estante Virtual.
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Luana.Abreu 19/06/2020

O livro é sobre o casal Tish e Fonny, ambos negros, moradores de nova york nos anos 70. Ja se sabe logo de início que Fonny está preso, acusado de um estupro que nunca cometeu. O livro é um soco no estômago, cheio de sub-níveis, seja dentro do próprio núcleo de uma familia, entre homens e mulheres, na divisão entre bairros em nova york, e, escancaradamente, entre brancos e negros.
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Livia Lucas 16/06/2020

Este romance de James Baldwin tem como palco o Harlem dos anos 70. E aqui o autor traz reflexões sobre a desigualdade racial e social. Além de deixar evidente as problemáticas acerca do sistema carcerário. A história é narrada por Tish com uma certa pureza que condiz com o jeito da personagem, porém a narrativa não deixa o invólucro da crítica severa ao racismo que é tão cara ao autor. Portanto, apesar de James Baldwin, em "Se a rua Beale falasse", trazer uma escrita leve e simples, ele não deixa de ser bastante mordaz.
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A narrativa, retrospectivamente, gira em torno da linda história de amor de Tish e Fonny que, inesperadamente, é findada após Fonny ser acusado injustamente de ter estuprado uma moça porto-riquenha. Certa sobre a inocência de seu amor, Tish une forças junto com a sua família para libertar Fonny das amarras institucionais do racismo.
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LeandroCastro88 07/06/2020

Que autor
Indicação do bookster. Gostei demais. Uma história com uma temática pesada. Racismo né... Mas um livro lindo. O autor consegue fazer você sentir tudo o que as personagens sente e pensa!
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becka 01/06/2020

Como explicar?
As críticas são pertinentes, o autor usa de forma irônica, nem sempre a ironia é perceptível, mas está ali alguns dos mitos sobre homens negros para construir o personagem, o que poderia ser bom se ele desenvolvesse algo sobre isso. Por estarmos vendo tudo do ponto de vista das lembranças da Trish, algumas coisas são prejudicadas e isso a torna uma narradora não confiável. Eu gostei da forma como o autor retratou a polícia, os conflitos e a dificuldade pra se viver como um homem negro nos Estados Unidos, mas não gostei de sexualização que ele fez em alguns momentos(que apesar de terem sido feitas de propósito, não tem um desenvolvimento em cima disso. Então se você for um leitor desavisado ou não souber muito sobre o assunto, não vai perceber. Tornando um desserviço o que ele fez.)e também não gostei da abordagem que ele fez das personagens femininas, o que seria perdoável devido ao contexto e época do livro se não tivesse atingido níveis bem hmm como posso explicar? escrotos kkk. Nossa, me irritou muito.

enfim, pertinente mas não é o melhor dos livros nem de longe.
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Maria 20/05/2020

Uma história extremamente difícil sobre o racismo norte-americano. Por vezes fiquei extremamente agoniada com os acontecimentos do livro, mas que livraço! James Baldwin faz a gente não querer parar de ler.
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Elida.Marinho 17/05/2020

Preconceito racial..
Se a rua beale falasse | James Baldwin |

"Se a rua beale falasse é uma história de amor entre pessoas comuns que tentam manter a serenidade e a esperança em uma sociedade que não oferece quase nenhum reconhecimento social ou igualdade para gêneros."

Publicado em 1974, se a rua beale falasse é o quinto romance do autor James Baldwin. Em síntese, o livro narra a história de um jovem casal que sofre opressão diariamente pela sociedade preconceituosa em que vivem. A razão disso? Por serem negros.
A história de amor entre os dois é interrompida quando Fonny é acusado de estupro e acaba sendo levado para a delegacia. Sua noiva Tish, fica em choque com o acontecido e vai tentar a todo custo com ajuda de familiares e um advogado encontrar provas para libertar Fonny.

Ambientado no contexto da década de 70, o livro expõe os sofrimentos diário da população negra que vive com o peso da ignorância de uma sociedade sem amor e empatia para com o outro. Sabemos que tal realidade transcende a ficção. Essa problemática existe no Brasil desde a era colonial, e infelizmente se perpetua até os dias atuais.

Baldwin aborda o racismo em sua obra com sutileza, serenidade e seriedade. Levanta a discussão com cuidado trazendo um enredo bem construído, com personagens reais e vivências cotidianas.

A narrativa tem cenas fortes e injustiças permitidas por autoridades. São situações cruéis que infelizmente presenciamos em nossa sociedade. Quantos Fonny não existem por aí?
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Felipe.Augusto 29/04/2020

Um livro necessário para o Brasil
Que surpresa agradável ler esse livro do James Baldwin. O romance, através de uma história de amor, contada com uma sutileza, uma delicadeza, uma ternura única, retrata a luta de um casal de Negros em NY, contra o racismo, encarceramento em massa e mercadologização do corpo negro. Transcende para ser um relato, vivo, dos EUA dos 1970, perpassando sexualidade, religião, questões de gênero e política.
Impossível não fazer paralelos com a realidade brasileira atual com o extermínio da juventude negra e aumento do estado policial.
Simplesmente incrível.
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Patty 28/03/2020

Interessante.
Recomendo a leitura. A temática abordada no livro (racismo) é extremamente importante e necessária nos dias atuais.
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Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

Se a rua Beale falasse, de James Baldwin - Nota 7,5/10
Considerado um dos grandes inovadores da literatura afro-americana nas décadas de 50/70, Baldwin cria uma romance carregado de reflexões sobre desigualdade social e racial.

O cerne da história é a relação de dois jovens, Fonny e Tish, que planejam um futuro juntos e em condições melhores, mas que precisam enfrentar uma sociedade que os discrimina por sua cor de pele e por sua condição social. O cenário é Harlem, um bairro do subúrbio de Nova Iorque, nos anos 70. Logo no início, o leitor recebe a notícia de que Fonny está preso, acusado de ter estuprado uma porto-riquenha, apesar da falta de provas nesse sentido. Tish, que carrega um filho de Fonny, passa a fazer de tudo para conseguir comprovar a inocência de seu companheiro.

A partir dessa situação, os capítulos passam a alternar entre o presente, com a luta pela libertação de Fonny, e o passado, por meio das memórias de Tish sobre o início de seu relacionamento com Fonny até os fatos que o levaram à prisão.

Ao longo da narrativa, fica nítida a dificuldade de se conseguir o acesso à justiça quando faltam recursos e quando se nasce em condições desfavoráveis. O desespero de Tish e de sua família é realmente comovente; todos passam a se esforçar ao máximo para conseguir, ao menos, pagar um advogado para Fonny. Por outro lado, a família do acusado pouco faz para ajudá-lo, criando até mesmo uma sensação incômoda no leitor: é a falta de afeto e humanidade naqueles que deveriam ser os primeiros a defendê-lo.

É uma história sobre a condenação pela raça, de uma sentença sem defesa, em que o amor e a resistência podem ser as únicas armas para se defender.

Apesar de ser uma leitura muito fluida e prazerosa, com inúmeras referências a músicas de jazz e blues, confesso que senti um pouco de falta de maior aprofundamento nos personagens. O final também me pareceu um pouco abrupto, como se o autor tivesse pressa em finalizar a obra. De todo modo, recomendo a leitura, que me deixou com vontade de conhecer mais sobre as obras de Baldwin.

“Não se podia comprar o tempo. A única moeda que o tempo aceitava era a vida."

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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VitAria.Caroline 18/02/2020

Verdadeiramente perturbador
A saga de Tish para libertar Fonny, seu noivo e pai de seu futuro filho, de uma prisão injusta é tão perturbador ao fazer sentir aquela angústia.

O racismo que permeia livro está em cada fala, em cada ato, em cada mísero acontecimento do dia a dia e é isso que faz com que a nossa empatia seja ativada.

Fonny é acusado de estuprar uma mulher, e mesmo que toda a lógica estivesse a favor dele, o depoimento de uma mulher que estava aterrorizada e de um policial racista foram suficientes para lhe declarar culpado. A partir daí Tifh junto com sua família tentam provar sua inocência, tentam passar por um sistema cego, tentam com todas as forças libertar Fonny antes do nascimento desta criança que vem prometendo um futuro, independente de ser bom ou ruim.
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Tamires 02/02/2020

Se a Rua Beale falasse, de James Baldwin
Tish e Fonny estão prestes a iniciar sua vida como casal. Um feliz e apaixonado casal, com a vida inteira pela frente. No entanto, algo muito grave frusta o sonho dos dois: Fonny, um aspirante a escultor, é acusado injustamente de estuprar uma imigrante porto riquenha, e preso com poucas chances de provar sua inocência. Ele é negro e o sistema de justiça dos Estados Unidos é, além de viciado, extremamente racista. O romance de James Baldwin se passa na década de 1970, mas retrata muito bem a realidade dos nossos dias. Inclusive, não só a realidade dos Estados Unidos, mas a daqui mesmo, do Brasil (basta verificar a nossa população carcerária).

Se a rua Beale Falasse mostra então os esforços de Tish, uma garota grávida de apenas 19 anos, para tirar seu noivo da prisão. O romance é todo narrado por ela, a partir de suas lembranças, e essa escolha narrativa do autor nos presenteia com um livro extremamente delicado, embora trate de um tema tão pesado quanto o racismo e o sistema prisional falho e injusto, que rouba a vida de jovens pobres como se “a luta contra o crime” fosse, na verdade, uma guerra para encarcerar mais e mais negros. Você consegue sentir a angústia do casal e ao mesmo tempo torce para que eles possam retomar seus doces planos de uma vida comum. O romance foi adaptado para o cinema pelo diretor Barry Jenkins (2019) e caminhou lindamente neste mesmo sentido: nos mostra a dor e o amor pelos olhos de Tish.

“A mesma paixão que salvou o Fonny fez com que ele se encrencasse e fosse para a cadeia. Porque, veja bem, ele havia descoberto seu centro, seu próprio centro, dentro dele: e isso era visível. Ele não era o preto de ninguém. E isso é um crime na porra deste país livre. Supõe-se que você seja o preto de alguém. E se você não for o preto de alguém, então você é um preto mau: e foi isso que os policiais decidiram quando o Fonny se mudou para downtown.”

“Nós não sabemos o suficiente sobre nós mesmos. Acho que é melhor saber que você não sabe, assim você pode crescer com o mistério enquanto o mistério cresce em você. Mas hoje em dia, é claro, todo mundo sabe tudo, é por isso que tantas pessoas estão perdidas.”

Além da história de amor interrompida pela falsa acusação de estupro, há outros temas sensíveis tratados pelo romance de Baldwin: O fanatismo religioso, o racismo entre negros de pele mais clara em relação aos retintos e a depressão masculina. Baldwin mostra as fraquezas de seus personagens quando faz com que eles falem de sua dor, deixando visível os abusos que sofreram, na prisão ou fora dela. O autor derruba muitos estereótipos com essa história, o maior deles, sem dúvida, como apontado no posfácio de Márcio Macedo, é o do homem negro “maníaco sexual”, que violenta mulheres brancas (ou de pele mais clara, como o caso da vítima de estupro, que era latina) porque seria algo de sua índole. Ainda segundo Macedo, “Se a Rua Beale falasse é uma história de amor entre pessoas comuns que tentam manter a serenidade e a esperança em uma sociedade que não oferece quase nenhum reconhecimento social ou igualdade para negros.” É isso!

Se a Rua Beale falasse é perfeito: é romântico, é doloroso. É puro blues. Um livro gigante dentro de suas pouco mais de 200 páginas.

“Lembre-se: foi o amor que te trouxe aqui. E se você confiou no amor até agora, não entre em pânico agora. Confie até o fim.”

site: https://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-se-a-rua-beale-falasse-de-james-baldwin/
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Ritchelly - @garotagirassol_ 01/02/2020

#resenhadagirassol - Se a Rua Beale falasse
Recentemente adaptado para o cinema, “Se a Rua Beale falasse” narra a história de Tish, uma garota de 19 anos que descobre que está gravida do único amor de sua vida, Fonny.

O casal tinha planos para morarem juntos, realizarem seus sonhos e ficarem juntos. Porém Tish e Fonny tem suas vidas abruptamente alteradas com a prisão de Fonny, acusado injustamente por um crime que não cometeu. Agora, Tish e sua família não irão medir esforços para provar a inocência de Fonny. Em meio ao desespero, tristeza e futuro incerto, vamos acompanhar não só os esforços da família em conseguir provar a inocência de Fonny, mas o descaso e conspirações do sistema de um país que tem a discriminação racial radicado em seu cotidiano.

Ler esse livro em muitos momentos não foi fácil, saber o que aconteceu e ver tanto desespero sendo descrito, foi algo perturbador. Desde o início nós conseguimos entender que Fonny é inocente, porém é com o decorrer da narrativa que vamos de fato entendendo a injustiça e discriminação que ele sofreu por personagens que deveriam lhe assegurar a vida.

A narrativa do livro é intercalada entre momentos do passado e presente de Tish e Fonny. Aos poucos, vamos sendo apresentados ao relacionamento que ambos tinham entre si e suas famílias, até o momento onde tudo abruptamente se conecta ao presente sofrido e injusto de Fonny na cadeia e Tish tentando ser forte e resolver esta situação.

Neste romance, James Baldwin conseguiu passar ao leitor a sutileza na narrativa, a empatia e sensibilidade por assunto tão urgentes na sociedade. Tendo como cenário o Harley em 1970, o autor nos transmite todo o sofrimento enfrentado por pessoas negras em meio a família, sociedade e poder jurídico.

Não foi fácil ler esse livro, pois é absurdo como o ódio e discriminação já tiveram proporções tão gigantescas a ponto de separar as pessoas de um país inteiro pela cor de sua pele. A história de Tish e Fonny não é apenas um romance, mas uma releitura de tantos casos reais de injustiça e discriminação que pessoas negras já sofreram pela ignorância e violência de pessoas brancas.

Uma leitura necessária, emocionante e inquietante te espera em “Se a Beale falasse”.

site: https://www.instagram.com/garotagirassol_/
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