Clara1733 21/05/2023
Pontes, pregadores e apelidos
Muito boa leitura. Amo a escrita do Zusak, como ele fala das cores e consegue ser poético e ordinário numa mesma frase. A Menina que roubava livros é meu livro favorito, então tentei ler sem pensar muito nisso pra não exagerar nas expectativas. Demorei pra pegar o ritmo, mas logo de inicio tem certas informações que você ainda não consegue entender e quer terminar de ler logo pra ver "todas as peças se encaixando". E fora a falta que eu senti de um foco maior no significado do pregador, todas as outras informações, quando chega a parte em que começa a fazer sentido é muito satisfatório. Lá pra uns 80% do livro perdi um pouco o ritmo e achei um pouco do nada o foco que deram a determinada personagem, mas talvez se não tivesse perdido o ritmo não acharia isso. Ri, chorei, fiquei tensa de soar a mão (não use uma pessoa emocionada como parâmetro, e no caso essa sou eu). Me identifiquei com praticante todos os personagens em algum grau e fica impossível não se envolver com cada um deles. Relações de amor e ódio, são tão reias e cheios de erros, falhas, sonhos, não dá pra colocar um como vilão e outro como mocinho, são todos seres humanos apenas tentando. A sensação de ter que parar de ler pra conseguir absorver o que acabou de acontecer ou ter que se controlar por que está em um local público (seja pra não cair no choro, segurar uma risada, ficar fazendo caras ou dar um berro) é impagável. Me envolvido demais com a história, ia dormir pensando no que aconteceu e no que se seguiria. Enfim, recomendo o autor e o livro. Leiam! Mas leiam com vontade, não parem até o Amahnu estar como chocolate no liquidificador.
P.s.: sou nova no app e me arrependo de não ter registrado frases do livro conforme fazia o histórico de leitura. Também minha primeira experiência lendo pelo celular, marquei váaaarias partes, foi um ótimo livro pra ser o primeiro lendo nesse formato.