Morte em Veneza  |  Tonio Kröger

Morte em Veneza | Tonio Kröger Thomas Mann




Resenhas - Morte em Veneza


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Luciana Lís 27/02/2015

Gustave Aschenbach é um escritor consagrado que, desde a sua juventude, abriu mão dos prazeres estúpidos em função da austeridade e da racionalidade como métodos de busca para a escritura de uma obra rigorosa em primor técnico e em perfeição formal. Aos 50 anos, recebeu em Munique um título de nobreza que consagrou de vez a sua respeitável carreira. Num dia de ebulição de suas atividades literárias, um impulso interno o fez decidir por uma viagem em busca do far niente, um descanso de sua severa rotina. Chega, então, a Veneza, cidade de beleza inconteste e que vem a reboque dos devaneios artísticos desta obra primorosa de Thomas Mann. Em Veneza, Aschenbach é surpreendido pela sutil presença de Tadzio, um jovem polonês de 14 anos, que o embriaga com a perfeição de sua beleza, e uma paixão fulminante furta do escritor toda a rigidez dos procedimentos aos quais sempre fora dedicado. Daí, o romance de Thomas Mann ganha impulso: a paixão cultivada pelo ébrio Aschenbach é o pano de fundo para a filosofia deste magnífico ensaio sobre arte, beleza e paixão. Aschenbach persegue e observa incansavelmente o menino Tadzio, fascinado pela beleza que extrapola todos os campos do sensível; o escritor é fulminado pela certeza de que a arte jamais será capaz de projetar a beleza ideal que só é encontrada na pureza do natural (o livro é permeado de referências a Platão). O amante está demolido, idolatra a juventude e o frescor do rapaz enquanto se maldiz pelo peso de seus 50 anos - o avançar da idade que cava linhas de cansaço em seu rosto, seus cabelos esbranquiçados que o afastam cada vez mais da beleza que só a juventude detém. O desespero de Aschenbach cresce ao mesmo tempo em que um surto de cólera invade Veneza e ele é incapaz de perceber seu corpo sucumbir em ruínas enquanto contempla o mar beijar o corpo do rapaz a quem ama desesperadamente.
Por: @lucianalis

site: Para mais resenhas: instagram.com/coletivoleituras
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Jeca 07/01/2015

Morte em Veneza
Mitologia grega, devaneios oníricos, a busca de uma nova inspiração, uma viagem ao sul, epidemia e pedofilia. É neste cenário que o personagem, acima de cinquenta anos, grisalho e  escritor descreve sua saga psicológica de observador. Um livro que se fosse publicado hoje com certeza teria encontrado resistência pelo amor ao beleza do jovem polonês hospedado no mesmo hotel durante a sua estadia em Veneza. Fala da conveniência do adiamento dos compromisso em virtude do extravio de pertences em troca do alimento da paixão pelo garoto ao mesmo tempo que questiona as diferentes aparência, da mocidade ingênua e da velhice malandra. Aborda o tema da superioridade da raça não pura e branca ariana e tenta explicar a catastrófica evolução superior da raça que vive em climas tensos, frios se comparado a região do mediterrâneo. Inscreve a negligencia das autoridades face ao surto de cólera que atingiu a Europa próximo a linha do meridiano, na região do mediterrâneo, devido as correntes quentes vindas do continente Africano. A falta de zelo, de limpeza de um país e uma cidade turística, a esperteza dos que levam a vida fácil através da arte de rua. A diversidade de raças num continente tão pequeno como o europeu dividido pelos impérios antecedentes. Mostra uma burguesia ascendente com critérios religiosos na educação de sua prole e a distancia entre os dominadores e comandados e ao mesmo tempo a fragilidade de defesa destes dependentes. Fica a duvida no final: O personagem morre ou foi uma morte inventada para tira-lo da cabeça? O livro é rico em detalhes e é claro escrito por Thomas Mann, onde vários trechos o leitor tem que ler e reler para entender a sequencia de pensamento do personagem e onde quer chegar com suas observações e divagações.
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eglair 17/10/2014

Triste e belo
Triste e belo são os dois adjetivos que me vem a cabeça logo que termino de ler este pequeno grande livro. A forma eloquente e profunda que Thomas Mann escreve é realmente fascinante, impossível não se envolver durante todo o desenrolar da história. Tendo o amor platônico e a paixão arrebatadora pelo beleza como temas centrais, a narrativa nos leva à Veneza do século 20.

Através das reflexões de um solitário escritor que passa por uma crise criativa e resolve sair em busca de novos ares podemos admirar sua jornada pelos canais da cidade, seus mistérios, paixões e conflitos pessoais. A atmosfera é ao mesmo tempo insalubre, grotesca e poética. Os dilemas éticos e estéticos aparecem em toda a narrativa, assim como suas ideias sobre filosofia da arte e da perfeição.

Com o vazio do seu coração preenchido, de súbito e completamente, por uma paixão arrebatadora, que acaba tomando proporções indomáveis, Aschenbach tornar-se refém de uma rotina delirante ao encalço do seu amado. Olhares, perseguições e questionamentos acompanham o escritor pela cidade onde pairam boatos sobre uma epidemia de cólera.

É possível sentir os aromas, o som dos remos da gôndola, o ardor do sol, a noite fresca e a dor dessa paixão não correspondida. A dialética do amor e a busca pela beleza ideal é reforçada, na citação de Fedro, o diálogo de Platão, no último capítulo.

Pois a beleza, Fedro, grava bem isso, apenas a beleza é simultaneamente divina e visível; ela é, portanto, o caminho do sensível, ela é, meu pequeno Fedro, o caminho pelo qual o artista alcança o espírito () [ pequeno trecho de Fedro, o diálogo de Platão ].

O desfecho da história, inevitável e esperado, é de um poder que exala simplicidade e beleza. A imagem poética e singela da morte é entregue docemente ao leitor, sendo uma forma perfeita de continuação da vida.

Ao pesquisar sobre o romance, encontrei uma curiosidade: o personagem Tadzio foi inspirado numa pessoa real, um jovem nobre polonês que Thomas Mann encontrou numa viagem a Veneza, exatamente no hotel onde se passa a história. Outro assunto irrevogável em minhas pesquisas, é sobre a maestria do filme, dirigido pelo italiano Luchino Visconti, em 1971. O diretor fez uma pequena alteração na profissão do personagem principal, que no filme é músico, para homenagear Gustav Mahler e sua 5ª Sinfonia.

Ainda não vi o filme, mas pretendo fazer isso em breve. Morte em Veneza é um clássico e deve ser lido com todo o carinho e profundidade.
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Torres 12/08/2014

Uma estória triste
Essa novela me veio junto com "Tônio Kroeger", num lançamento em dupla edição. O título já me era bastante familiar. Daí que, depois, fui procurar ler uma sinopse da estória para descobrir sobre o que, de fato, ela se tratava. Ao ler algumas resenhas, vi muito sobre homossexualidade e paixão platônica. As opiniões eram sempre equipolentes.

Li a novela de uma vez, óbvio. Oitenta e tantas páginas e sem divisão em capítulos! E em relação à paixão platônica ou às nuances homo afetivas, eu fico num meio termo. A paixão platônica, essa com certeza. Já o desejo sexual, não sei ao certo se existiu. As vezes, em alguns momentos da novela, o leitor pode ser levado a acreditá-lo. Em outros, não. No fim das contas, fica a critério daqueles que desejam de dispuserem à escrutinação.

Para mim, algo ficou bastante claro: a entrega total do poeta Aschenbach, o protagonista, à essência suprema da arte. Para ele, o jovem Tadzio é uma manifestação artística magnífica que fora traduzida num ser humano. E, com certeza, esse foi um dos motivos pelos quais o homem começou a regar pelo moço um sentimento quase que inexplicável.

O texto é, às vezes, um pouco ou meio rebuscado. Mann cita "Fédon", diálogo de Platão, e também faz muitas referências a proposições gregas. Mas a estória é graciosa e vale muito a leitura.
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Giselle 04/02/2014

Um livro com uma prosa brilhante e uma mistura de mitologia e simbologia excepcional, mas que a história em si não me cativou. Os dois primeiros capítulos foram muito maçantes, só serviram pra me indispor com o protagonista. Um velho chato, obcecado pelo trabalho e narcisista.

Tive que reler várias vezes algumas partes porque as descrições são intermináveis e as sentenças são muito longas, e as vezes devido a isso acabava divagando no meio da leitura.

Em alguns momentos me lembra Lolita, onde Tadzio é uma versão masculina de Lolita, mas não achei que a obsessão de Gustav por Tadzio fosse sexual como acontecia no livro de Nabokov. A obsessão de Gustav era com a juventude e liberdade de Tadzio.

É um livro bem escrito, mas pra mim foi só isso.
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Bruno Pinto 19/08/2013

Por que li esse livro?
Um das mais conhecidas obras de Thomas Mann, A Morte em Veneza foi minha escolha para conhecer o autor. No entanto li primeiro Tônio Kröeger, que veio junto no livro que comprei, o qual me impressionou e me criou grandes expectativas.

A história
Um escritor em idade avançada, Aschembach, decide viajar para espairecer e se inspirar. Acaba numa praia em Veneza onde descobre um belo jovem, Tadzio, pelo qual fica obcecado.
Os leitores mais conservadores vão se assustar com a leitura que parecerá mais um tratado de voyeurismo homossexual - e que não deixa de ser, de certa forma. Mas é mais que isso: é um tratado sobre arte, beleza, juventude, envelhecimento e comportamento.
Assim como em Tônio Kröeger, aqui há uma boa pitada de autobiografia, sendo que há relatos consistentes da existência de um Tadzio real que lembra de ter sido perseguido por Mann durante uma temporada em Veneza. A propósito, não seria demais criar uma ligação direta entre Tônio Kröeger e Aschembach, representando o artista diferentes fases da vida.

Vale a pena ler?
Me frustei um pouco com A Morte em Veneza, creio que pela expectativa criada com Tônio Kröeger. Aqui a leitura é mais arrastada, meio cansativa. Mas ainda assim é um bela obra, com temas tratados de forma única e uma narrativa cheia de cores, cheiros e sabores que têm o poder de transportar qualquer um para a pele do personagem. É um Bom livro.

Trechos do livro A Morte em Veneza, de Thomas Mann

"As observações e os acontecimentos do solitário calado são ao mesmo tempo mais difusos e mais penetrantes que os do sociável, seus pensamentos são mais pesados, estranhos e nunca sem um traço de tristeza. Imaginações e percepções que poderiam facilmente ser postas de lado com um olhar, um sorriso, uma troca de opiniões, ocupam-no sobremaneira, aprofundam-se no silêncio, tornam-se importantes, acontecimento, aventura, sentimento. A solidão acarreta o original, o ousado, o estranhamente belo, o poema. Mas a solidão também acarreta o errado, o desproporcional, o absurdo e proibido."

"Amava o mar por motivos fortes: por um anseio pelo silêncio do artista que trabalha muito e que, perante a exigente multiplicidade das aparições, deseja acolher-se no seio do simples e imenso; por uma tendência proibida, oposta à sua tarefa e, justamente por isso, tentadora; para o desligado, desmedido, eterno, para o nada. Descansar ao lado do perfeito é o anseio daquele que se empenha pelo esmerado; e o nada não é uma forma do perfeito?"

site: http://estantedopinto.blogspot.com.br/2013/08/a-morte-em-veneza-thomas-mann-1912.html
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danield_moura 15/08/2013

Aschenbach, em Veneza, se permite "um pouco de vida de improviso". Já pela cidade, que é por si só uma materialização do belo, se depara com um adolescente - Tadzio -, dono de uma beleza que é compreendida artisticamente na sua sublime excelência pelo viajor.
Aschenbach também nos ensina com sua experiência, que quando a abstenção do intelecto é presente, o recebimento à paixão não leva a lugar algum.
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Silvana (@delivroemlivro) 12/06/2013

Quer ler um trecho desse livro (selecionado pelos leitores aqui do SKOOB) antes de decidir levá-lo ou não para casa?
Então acesse o Coleção de Frases & Trechos Inesquecíveis: Seleção dos Leitores: http://colecaofrasestrechoselecaodosleitores.blogspot.com/2013/06/morte-em-veneza-thomas-mann.html

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Tks!
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Guy 28/05/2012

Lembra o título de uma música : The windmills of your mind
Novela autobiográfica Tonio Kröger é, segundo o autor uma mescla de melancolia e crítica, subjetividade e ceticismo. Em Morte em Veneza, a paixão platônica de um escritor de meia-idade por um jovem e belo rapaz é enredo da questão central da narrativa - a atração do escritor é, na verdade, pela beleza e pela perfeição do jovem, que representa o reflexo temporal da beleza eterna, seu ideal de beleza que tanto buscou na arte e acaba levando-o à ruína
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Durval 08/12/2011

A alma do artista
Este é um pequeno grande livro.

Aschenbach é um escritor de grande prestígio que construiu sua obra através do esforço constante mas com pouca inspiração. ele se sente bloqueado, falta algo em sua vida. A visão de um estranho misterioso na porta de um cemitério desperta nele o impulso de tirar uns dias de férias.

O livro encerra toda uma teoria da criação literária e artística em geral, bem como de sua recepção pelo público. Durante a viagem, Aschenbach vai despertando para sua verdadeira condição e acaba mudando seu destino para Veneza, onde encontra a imagem da beleza ideal em um jovem, pelo qual se apaixona. Ele passa então a observar o rapaz e a segui-lo, mas não tem coragem de se aproximar dele.

No final, aparece uma referência ao diálogo Fedro, de Platão, que trata do amor, da retórica e da poesia. Aschenbach descobre uma nova maneira de escrever, de expressar-se, mas o fim já está chegando. Veneza é tomada pelo cólera, os turistas partem mas Aschebach fica para encontrar seu destino.

Uma curiosidade a respeito desse romance é que o personagem Tadzio, o belo rapaz, foi inspirado numa pessoa real, um jovem nobre polonês que Thomas Mann encontrou numa viagem a Veneza, exatamente no Hotel des Bains, onde se passa a história.

O belíssimo filme "A morte em Veneza" é baseado no livro e apresenta, com grande fidelidade e detalhe, várias cenas do livro. Visconti faz de Aschenbach um músico e associa-o a Gustav Mahler, cuja música (Adagietto da 5ª sinfonia) complementa magicamente a extraordinária beleza plástica das cenas.

Recomendo sem restrições o livro e o filme.
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cid 05/07/2011

Cálida emoção
Primeiro livro de Thomas Mann que li, Morte em Veneza é muito inspirador.
A prosa é agradável e inteligente. Praticamente não há um enredo. Apenas emoções.
Embora a ação seja na bela Veneza, a atmosfera é da sagrada Atenas adornada de estatuas.
Assim viajamos pelos mitos gregos , ouvimos conselhos de Sócrates a Fedro.
“O amante é mais divino que o amado pois o deus habita o primeiro.”
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Gláucia 07/04/2011

Morte em Veneza - Thomas Mann
Famosa novela do autor por ser considerada autobiográfica, narra o amor platônico de um famoso escritor já idoso por um belíssimo garoto de 14 anos durante periodo de férias em Veneza. Um tanto aflitiva, tanto pela força do sentimento do escritor, que até então viveu apenas voltado ao trabalho, sem se deixar distrair pelos prazeres mundanos, quanto pelo ambiente, uma Veneza assustada pela epidemia da cólera.

"Chegar a Veneza de trem, vindo por terra, era o mesmo que entrar num palácio por uma porta dos fundos, e que jamais alguém deveria aproximar-se da mais incrível de todas as cidades a não ser de navio, atravessando o mar, como o fizera agora."
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Rodolfo 25/03/2011

Livro curto e muito interessante.
Logo de cara, o que chama a atenção desse livro é a ambientação, sombria e escura. As primeiras páginas são daquelas que te levam para um mundo que parece ser mais pesado. Poderia falar mais sobre o assunto, mas paro por aqui por ser um dos pontos chaves do livro.

Sobre o enredo em si, ele é bem simples, uma histórinha de amor, mas não falha em te deixar inquieto. A sensação de incômodo ao ler esse livro é constante, não apenas pelos desejos do personagem principal como também pelo que acontece a sua volta.

Essa história te envolve a tal ponto que ao final você vai ver que o autor conseguiu te levar pra onde quis e você vai se sentir até besta depois de tudo. Também é daquelas obras que te faz querer ler mais a respeito. Ao terminar de ler fiquei com uma cara de WTF? e fui procurar mais a respeito. Quando eu tiver tempo farei uma segunda leitura.
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Li 07/02/2011

O Belo
O poeta Paul Valery afirma que belo é tudo o que desespera. Teria isso acontecido com o nobre escritor Aschenbach que transformara o jovem Tadzio em obra-prima da natureza? Então, amigos, se a beleza não fosse uma questão subjetiva, não deveriam todos estar tão enlouquecidos quanto ele em torno do moço? Não sei de nada, mas há muito que reflito sobre a diferença entre amor, paixão e seus ditos sintomas, tais como fascinação e desespero. O que acometeu à Gustav Aschenbach é o que nos acomete, acometeu ou nos acometerá um dia.
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Felipe 24/01/2011

Um clássico, com uma história de amor particular
Thomas Mann é desconhecido para a maioria dos leitores brasileiros do século XXI, no entanto, ele é considerado por muitos um dos maiores escritores do século XX. Tanto que em 1921 recebeu o Nobel de Literatura. O que mais nos liga a ele é o fato de sua mãe ser brasileira, o que já justificaria para nós, brasileiros, a leitura de sua obra. Apesar de sua literatura ter muito de autobiografia, ele não cita suas raízes brasileira em nenhum momento.
Segundo alguns, Mann tinha orientação homossexual que era fortemente reprimida devido a época em que vivia, e tentava por meio de sua literatura lidar com isto. Não é diferente em “Morte em Veneza”. A trama é uma história de amor, platônico, mas amor em essência. O personagem principal é Gustav von Aschenbach um escritor alemão, como Mann, muito aclamado, como Mann, que decide passar as férias em Veneza. Lá ele se apaixona por um rapaz polonês mesmo sem nunca ter falado com ele, e decide escrever um livro neste tempo em que passa em Veneza e está apaixonado.
As coincidências com a vida real não podem ser ignoradas, Mann escreveu “Morte em Veneza” justamente em um período de férias na cidade italiana, no mesmo hotel em que o personagem de sua novela se hospeda. Mas a literatura supera a realidade, na novela de Mann Veneza passa por um surto de cólera, e Aschenbach sabe que o governo italiano tenta esconder os fatos dos turistas. Porém, ele decide ficar em Veneza, mesmo sabendo do risco que isto significava, apenas para ficar perto de seu amado com quem nunca trocou uma palavra.
Apesar do livro ser uma linda história de amor, em um dos melhores cenários possíveis para isto, ele parece datado da primeira metade do século XX em sua linguagem, ao contrário de outros clássicos que não tem este viés. É um pouco difícil e cansativo acompanhar a narrativa de Mann, e apesar de o livro ser curto, a sua leitura é num pouco demorada e árdua, mas vale a pena conhecer a literatura de Mann, apesar de tudo.
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