Ninth House

Ninth House Leigh Bardugo




Resenhas - Ninth House


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Yasmin Herondale 08/11/2020

Resenha "Ninth House"
Nunca pensei que esse momento chegaria, mas finalmente gostei de um livro da Leigh Bardugo. Eu já tinha lido a trilogia "Grisha" da autora e não gostei muito, mas resolvi dar uma chance pra "Ninth House" depois que vi que o Stephen King disse que esse era um dos melhores livros que ele já tinha lido.

A escrita dela continua não sendo uma das minhas favoritas - o que é puramente pessoal já que conheço várias pessoas que amam -, mas a temática do livro é tão original que eu nem me importei muito com isso. Eu amo esse ambiente de sociedades secretas (me lembra um pouco "sociedade secreta" da Diana Peterfreund) e pra melhorar a autora usou sociedades secretas reais da Universidade de Yale, colocando magia em cada uma delas. A "nona casa" era a sociedade que "vigiava" todas as outras, cuidando para que nada saísse do controle. Além disso, fazia tempo que eu não gostava tanto de uma personagem principal como gostei da Alex, gosto do fato dela não ser 100% perfeita e correta em suas ações.

A leitura foi mais parada do que eu esperava, mas nada que me incomodasse muito. A história é narrada em duas linhas temporais - passado e presente - e elas se intercalam entre os capítulos. O livro trás muitos assuntos e pautas importantes de serem discutidas e eu amei a forma como a autora abordou todos os temas. É importante dizer que este livro tem cenas que são bem pesadas e, além disso, possui vários gatilhos.

Eu realmente gostei do universo de "Ninth House", tem magia, necromancia, espíritos/ fantasmas, mistérios e assassinatos, e a autora soube encaixar tudo isso muito bem, pois é perceptível que apesar de ser um livro com o ritmo parado ele te prende totalmente. E o que dizer do final do livro! Só sei que estou ansiosa por uma continuação.
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Lauraa Machado 09/10/2020

Excelente, complexo e cheio de realismo mágico!
Esse livro é sobre magia. Antes de qualquer coisa, é sobre magia, necromancia, magia dos elementos, objetos encantados, adivinhação do futuro, portais mágicos, fantasmas e outras coisas. De todas as resenhas que eu li antes de comprar e ler esse livro (e foram várias), nenhuma conseguiu deixar claro o clima e o tema do livro. A autora usou sociedades secretas reais da Universidade de Yale e deu a cada uma delas um tipo de magia, criando uma nona casa cuja responsabiliade era mantê-las na linha. Acima de tudo, esse livro é sobre magia.

Eu fui de querer muito ler e comprar uma edição especial e cara do livro, passei por resenhas negativas de pessoas em que confio e cheguei a pensar que odiaria a leitura, cancelando em seguida a compra e escolhendo então a edição comum. Ia até começar a ler outro livro, mas sonhei um dia que estava lendo este e resolvi transformar em realidade. Foi um dos livros que mais me fizeram ter que procurar coisas na internet. Desde palavras que eu não conhecia (que foram poucas) a títulos de livros (foram muitos) e até lugares (mais por curiosidade do que qualquer coisa). É uma leitura consideravelmente parada. Quando a narrativa é pelo ponto de vista da Alex, a autora não mede palavras e dá para ver a personalidade dela no jeito que ela descreve as coisas. É por causa da Alex, de tudo que ela passou e viveu e como ela vê o mundo, que esse livro é considerado adulto. Algumas descrições (rápidas) de cenas aqui e ali que forçaram a editora a marcar como para maiores de dezoito.

Digo isso, porque todo o resto do livro encaixaria muito bem no gênero YA. Sinto que falta algo assim no mundo, livros YA para maiores de 18. Precisamos de um termo novo. Não pode ser NA, porque esse é um gênero completamente diferente. Se eu fosse a editora, teria medido algumas palavras aqui e ali e tentado lançar como YA com aviso de gatilhos, mas sei que isso não seria tão real em relação à Alex.

Acho que já falaram sobre os gatilhos em todas as resenhas, mas faço questão de mencionar também: tem descrições (na grande maioria bem curta, de uma frase só) de uma espécie de cirurgia e de estupros (um é de uma garota de 12 anos, mas, para mim, foi o que mais fez sentido e tirá-lo seria forçar o universo da história a ser mais benevolente do que a realidade. Os outros são só menções por cima), dependência de drogas, overdose e consumo forçado de dejetos humanos. Tem mais coisa, como violência e assassinato, mas acho estranho colocar esse tipo de gatilho quando não é algo evitado em livros. Outra coisa que eu acho importante dizer: não tem cobras no livro. A cobra da capa é uma metáfora somente. Passei o livro inteiro sofrendo, esperando esse momento, pois tenho pavor de cobras, mas nunca veio.

Avisar sobre os gatilhos é extremamente importante, mas depois de ler tantas e tantas resenhas que focavam só nisso, eu acabei sem saber direito sobre o que era o livro. Achei que ia ser só violência atrás de violência gratuita. Não é. Nenhuma violência é gratuita, pelo contrário. Acho que a intenção da autora, além de criar um mundo mágico realista, foi mostrar toda a podridão das sociedades secretas de Yale, feitas na sua maioria de garotos brancos e ricos que têm poder o bastante para se safar de todas as coisas cruéis e perversas que eles fazem para as outras pessoas, os nínguéns. O livro é uma celebração a New Haven e uma crítica bem pesada à elite que vive e controla a cidade.

Alex é uma "ninguém", uma garota latina e drogada que não encaixa com os outros alunos. Ela não tem dinheiro, passou a vida assombrada por fantasmas que só ela via e depois se drogando para fugir desses fantasmas. Nem a mãe dela, que é hippie e se recusa a contar quem foi o pai que a abandonou, acredita que ela pode estar sem usar drogas, quanto mais estudando em Yale de verdade. Mas Alex vai para lá com uma bolsa de estudos e o trabalho de aprender a ser membro da Casa Lethe, que tem a responsabilidade de controlar o limite do poder das outras casas (sociedades), que usam magia para as mais diversas e perversas coisas.

O desenvolvimento da Alex é incrível, admito. A história é narrada em duas linhas temporais, uma delas pelo ponto de vista do Darlington (que eu amo e cujo final me agradou bastante), o outro pelo dela, que é o "presente". Fica bem claro quem está narrando quando, porque até a linguagem dos dois é diferente. Eles foram criados de jeitos diferentes, têm prioridades, sonhos e uma realidade bem distintos. No começo, assim que ela chegou, Alex ainda estava aprendendo como funcionava esse mundo mágico que ela nem sabia que existia. Dá para ver que ela é uma garota que foi assombrada a vida inteira, a ponto de estar sempre disposta a fazer qualquer coisa para sobreviver, e que finalmente está em um lugar onde as pessoas acreditam nela e ainda vêem seu poder como algo bom.

Já nos capítulos do "presente", Alex começou a questionar os limites das casas (ou sociedades secretas), dessas pessoas ricas e influentes que têm mais poder (mágico, principalmente) do que qualquer pessoa deveria ter. Depois de um assassinato de uma garota da cidade (ou seja, não aluna, não importante), ela está convencida de que as casas estão se safando de algo e insiste em usar o pouco que aprendeu com a Casa Lethe e o muito que aprendeu na sua adolescência entre traficantes e um namorado abusivo para buscar justiça pela garota.

Isso tudo que eu falei é só o começo, só o primeiro capítulo basicamente, é o que vem antes da história. Nunca faço questão de escrever sinopses de livros nas minhas resenhas, mas acho que esse estava precisando de uma explicação. Realmente me senti enganada pelas resenhas que li antes.

A coisa que eu mais gostei no livro, de longe, foi a Alex. Ela não é uma pessoa perfeita, tem mais defeitos do que qualidade, seu instinto a fez crescer focando somente em sobreviver, sobreviver a qualquer custo. Se ela estiver viva depois, não importa como, ela venceu. Essa determinação em sobreviver é quem a abastece. Ela sofreu bastante na vida, principalmente por ter tido que se drogar para não ser atormentada por fantasmas e tudo que vem com isso, além de ser sempre taxada como louca, a garota em que ninguém acredita. Ela não pede desculpas por ser quem ela é. Alex é forte e uma sobrevivente, e eu já falei isso mil vezes, mas a define tão bem. Ela é uma pessoa boa, mas nem sempre usa métodos bons para conseguir as coisas que precisa. É tão complexa e interessante, que mal consigo explicar para uma pessoa que já leu o livro, imagina sem dar spoilers!

Os outros personagens são muito bons também. Já falei que o Darlington me conquistou? Dawes também. Estou ainda mais animada para o segundo livro!

Eu tenho críticas para fazer também. Acho que o que aconteceu com Mercy foi importante, nem que fosse só para mostrar o quanto garotos de fraternidades podem ser tóxicos e podres também, mas acho que a personagem depois ficou bem demais. Longe de mim julgar como alguém lida com o que ela lidou, mas acho que a autora poderia ter explorado as consequências um pouco melhor. Minha outra mínima crítica é que o final, emocionante como foi, não foi o momento mais emocionante do livro. Mas isso nem é um problema, realmente.

Sim, o livro é um pouco parado, principalmente no começo, mas eu li sorrindo, não porque algo nele era engraçado, mas porque estava gostando tanto! Amei o jeito que a autora misturou as sociedades secretas reais de Yale com essa nova ordem e os tipos de magia. Foi brilhante! Muita coisa aqui é brilhante, e eu espero que ela também escreva outras séries nesse mesmo universo, porque estou muito apaixonada por ele! É tão rico e real e tem tanto potencial a ser explorado! Além do próximo livro dessa série, quero uma nova pelo ponto de vista de alguém que entrou para uma das sociedades. É um universo bom demais para se resumir a dois livros só!

Eu vi algumas pessoas dizendo que este livro é misógino, então acho importante deixar clara uma coisa: um livro que aponta como mundo é misógino, como mata mulheres e as descarta como se não fossem nada não é um livro misógino. Existe uma grande diferença entre apontar uma coisa e tratar essa coisa como algo válido e aceitável. A autora raramente fala em palavras que o jeito que as garotas estão sendo tratadas é ruim, mas fica claro desde o começo, desde o jeito que a Alex reage a isso até como ela luta para fazer isso mudar. Não confunda críticas à misoginia com misoginia, pelo amor de deus.

Não posso simplesmente falar que eu recomendo o livro. Ele é excelente, mais complexos do que a grande maioria dos livros que eu leio e entrou para os meus favoritos antes de eu terminar. Mas não é um livro para todo mundo. Eu não sou fácil de impressionar, amo personagens que não são completamente bons ou perfeitos, que têm atitudes duvidosas, que têm lados obscuros a serem explorados e não tenho medo ou gatilho com violência assim, literária. Se você é como eu, super recomendo o livro! Se você se incomoda com os gatilhos, fica a seu critério. Eles são uma parte bem pequena da história, mas você se conhece melhor do que ninguém e é a única pessoa que pode tomar essa decisão.
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Glenda Valverde 08/09/2020

Leigh Bardugo e sua escrita sólida
Li todos os livros da autora e apesar de não amar a trilogia grisha, mesmo nesses livros não se pode dizer que a história não é bem construída. Ela sempre traz um aprofundamento da história que nunca é prolixo ou cansativo, mas na medida certa. E Ninth house mantém essa linha. Posso até ter achado que o final foi meio corrido, mas a construção da personagem Alex foi sensacional. Mal posso esperar para a continuação da história.
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Natália 08/09/2020

F*ucked me up a little
Que livro!
Perturbador, bizarro e maravilhoso!
Magia, fantasmas, sociedades secretas, mistérios e assassinatos, essa história tem tudo.
Uma leitura de tirar o fôlego e revirar o estômago.

"I came here to write a book that's going to f*ck you up a little."
Leigh Bardugo, sobre Ninth House
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jhullyss 21/08/2020

Uma das melhores leituras desse ano.
Tal qual em Six of Crows, mais uma vez Leigh Bardugo se supera na escrita! Todo o ambiente criado, a imaginação com as Casas e a vida dos personagens é incrível. Sem contar os pontos sensíveis abordados, os gatilhos não foram nada sensacionalistas ou romantizados, pelo contrário, pude sentir a dor da personagem. O mistério principal não foi imprevisível, mas conseguiu surpreender. Enfim, amei esse livro e estou muito ansiosa pelo próximo!!!
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julia 01/07/2020

Resenha: Ninth House
Gatilho: estupro, uso de drogas.

Ninth House, minha nova leitura favorita. O mundo é meio complicado e denso no início, mas acaba sendo tão legal e interessante a medida que a Bardugo desenvolve ele mais. É um mundo sombrio e o cenário do campus só contribuí com isso, se bem que eu gostaria de ter um pouco mais sobre as sociedades que existem nesse meio. Talvez no próximo livro?

O mistério é muito bom! É bem escrito e trabalhado. Eu fiquei muito sem conseguir descobrir o que estava realmente acontecendo então as revelações foram bem impactantes pra mim. Elas servem muito bem pra avançar a trama. A revelação sobre a Alex, em particular, é bem intrigante.

O final também é maravilhoso! A Alex ainda é uma personagem bem misteriosa com poderes que funcionam de um jeito mais misterioso ainda. O fim também estabelece uma missão bem clara para ser desenvolvida no próximo livro e eu to suuuper curiosa sobre como isso vai acontecer.
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Lidi 07/06/2020

Um dos melhores livros de Leigh!
Incrivelmente bem escrito. O universo é tão bem escrito que chega a ser palpável. Os personagens são muito profundos e bem desenvolvidos.

Alerta para gatilhos: estupro; violência; uso de drogas
Camila.FArias 07/06/2020minha estante
Eu gostei,mas uma coisa q me prejudicou foi a alta expectativa. Então esperando de mais dele oq foi ruim pra mim. Eu não gostei muito da alex,mas adorei daniel e por ele q quero ler o próximo.


Lidi 08/06/2020minha estante
Não gosto de ler esperando muito por isso, acaba decepcionando, mesmo que o livro seja bom.. eu só sabia que era um suspense misturado com fantasia kkk acabei gostando muito. A narrativa é lenta no início, mas, quando engata, é de vez. Eu particularmente achei o universo muito interessante




Carolina 22/05/2020

Sombrio e maravilhoso!
Este livro foi uma viagem bem diferente. E eu adorei!

Eu tinha começado a ler esse livro assim que foi lançado, em outubro de 2019, mas acho que na época eu não estava muito na vibe. Acho que estava entrando em uma ressaca literária de novo e o início do livro é muito expositivo sobre a organização de Yale, a arquitetura, nomes de casas... Recentemente, resolvi tentar de novo, porque tinha a sensação de que ia gostar. E adorei!

Antes de mais nada, preciso avisar que este livro pode conter gatilhos para estupro, violência contra a mulher, uso de drogas e algumas outras coisas.

A história segue Galaxy "Alex" Stern, uma jovem que começou a estudar em Yale. Entretanto, ela não "pertence" a Yale. Ela cresceu em Los Angeles, sendo criada por sua mãe hippie e, desde muito jovem (acredito que com uns 12 anos), ela começou a usar drogas e se meteu com pessoas complicadas. Até que, aos 20 anos, ela foi a única sobrevivente de um homicídio múltiplo. Na cama do hospital, oferecem a ela a chance de estudar em Yale, uma das melhores universidades dos EUA. Mas por quê?

Acontece que, desde pequena, Alex consegue ver fantasmas. Ela foi chamada para fazer parte da Casa Lethe, onde ela ganhará conhecimento do oculto para monitorar as atividades das oito sociedades secretas de Yale e garantir que eles não estejam passando dos limites com seus rituais.

A narrativa segue dois pontos de vista diferentes e duas linhas do tempo diferentes. Uma delas é na primavera, no passado, quando Alex chega a Yale e começa a treinar sob a supervisão do estudante chamado Darlington. Neste momento, vemos tudo pela perspectiva de Darlington, um rapaz que é considerado um cavalheiro, com imenso respeito pelas tradições e estudos da Casa Lethe. Vemos as primeiras impressões dele de Alex, uma garota quebrada, com um passado não muito "glorioso". A segunda narrativa é no inverno, no presente, sob o ponto de vista de Alex, onde Darlington está desaparecido e ela precisa investigar o assassinato de uma garota chamada Tera Hutchins.

Há momentos em Ninth House que a narrativa se torna quase visceral. Acredito que seja um livro que, além de falar do oculto, de fantasmas e coisas do tipo, é muito focado em falar sobre abuso, e como as mulheres são constantemente vítimas de algum tipo de abuso. Algumas cenas foram bem difíceis de ler e causam repulsa e revolta, principalmente porque sabemos que coisas assim acontecem o tempo todo.

"Há sempre desculpas para o porquê de mulheres morrerem."

Tiveram momentos em que pensei que, para alguns homens, nossas vidas não valem nada.

Mas o livro não é sobre isso. Tem elementos disso. Fala também sobre privilégios, sobre o contraste de vidas de pessoas que têm tudo e pessoas que não têm nada. Foi maravilhoso ler sobre as sociedades secretas de Yale. Tive muita vontade de saber ainda mais sobre cada uma. São pessoas muito poderosas e, quando mistura elementos do oculto, são jovens ricos com muito poder na mão, inclusive poder sobrenatural.

"Pessoas não precisam de magia para serem horríveis umas com as outras."

"Garotos bonitos que deviam ser felizes, que não precisam de nada, mas ainda encontram coisas para pegar."

Os personagens são muito cativantes e vou sentir falta deles. O final me fez querer a continuação para ontem.

Parece que vai virar um filme. A tradução para o português deve sair ainda esse ano. Só aconselho que, antes de ler, você tenha em mente que o livro toca em temas bem sombrios e que tem algumas cenas bem fortes, que podem causar algum gatilho. Não é um livro YA. É um livro adulto.

Foi para a minha lista de favoritos.
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@livrostasticos 26/04/2020

Meu livro favorito do ano?
Meu livro favorito do ano? Talvez. Com certeza minha maior surpresa. Eu embarquei nessa história sem saber muito a respeito do que se tratava. Sabia apenas que era uma fantasia urbana adulta, ao contrários dos outros trabalhos da autora.
A autora fez um Trabalho fantástico, Galaxy ou Alex Stern, a personagem principal, me conquistou desde os primeiros capítulos. A única coisa que eu posso usar para descrevê-la é ?brutal?. Dito isso, acho bom avisar que esse livro aborda mesmo assuntos bem pesados que podem ser gatilhos.
Alex é uma personagem super realista moldada por vários acontecimentos em seu passado que realmente impactaram em quem nos foi apresentado. O enredo, apesar de simples, foi muito bem montado e direcionando, de moldo que toda a tensão criada no livro teve a sua compensação no final. Narrativa com várias reviravoltas inesperadas e que terminou me deixando muito ansioso pelo próximo livro.
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Sarah 26/04/2020

Incrível
Senti que demora um pouquinho p engatar mas é uma leitura maravilhosa. Estou apaixonada por Ninth House e mal posso esperar pela continuação.
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Carol 02/03/2020

De tirar o fôlego
Galaxy Stern consegue ver espíritos daqueles que já partiram, mas ela não pode falar sobre sem as pessoas acharem que ela é louca. Até que ela é encontrará outras pessoas que entendem desse dom que a assista.
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Luiza Helena (@balaiodebabados) 03/12/2019

Originalmente postada em https://www.balaiodebabados.com.br/
"Nós somos os pastores."*

Ninth House é o mais novo trabalho da Bardugo. Como super fã da autora, claramente eu iria conferir, mesmo tendo uma pegada diferente dos outros livros já lançado. Esse é seu primeiro trabalho adulto; um thriller com uma pegada sobrenatural.

De primeira, já se percebe uma diferença na escrita da autora. Aqui tem uma pegada um pouco mais sombria, o que super combina com o clima da história. O tom também melancólico também é condizente com a história, visto que a personagem principal - Alex - está se recuperando de uma situação bem tensa que passou.

"New Haven era uma cidade para sempre à beira das coisas."*

A narração em terceira pessoa é alternada entre Alex Stern e Daniel “Darlington” Arlington. Os capítulos se alternam entre as estações do ano, sendo o presente (Winter) focado em Alex e o passado (Last Autumn) focado em Darlington.

Alex é uma personagem bastante peculiar, assim como uma capacidade que ela possui. Vinda de um passado abusivo e bastante tóxico, vemos sua dificuldade em se adaptar à nova realidade em Yale e deixar velhos hábitos no passado. Alex é uma mulher determinada e um tanto teimosa; sempre segue seus instintos e, pelo menos aqui, foi uma boa decisão.

Apesar de ter aparecido pouco, Darlington é um personagem bastante cativante. Nas suas narrações, vemos como é verdadeiro o sentimento de lealdade que ele tem não somente por sua casa - Lethe -, mas pelo que todas as casas proporciona. O quanto ele realmente é devoto ao seu papel de Vigil. De início ele é um tanto hostil em relação à Alex, mas aos poucos os dois vão se tornando uma ótima dupla com ótimas interações.

Ninth House é envolto de mistérios do início ao fim. Há o mistério da sobrevivência de Alex em um triplo homicídio, há o mistério das próprias casas, há o mistério de um assassinato e há o mistério do desaparecimento de um membro importante da casa Lethe. Os mistérios são interligados entre si e muito bem desenvolvidos.

O início da história foi um pouco complicado. Demorei a me conectar com os personagens, com a ambientação, com a história em si… Assim como Alex, caímos de cabeça nessa história de sociedades secretas e magias que ocorrem na Universidade de Yale. Junto com a personagem, vamos nos familiarizando com todas as sociedades que compõem a chamada Houses of Veil (tradução livre, Casas do Véu). Passados alguns capítulos, a história tomou um bom ritmo. A alternância entre passado e presente fez com que a história se tornasse mais envolvente.

"Todos vocês, crianças brincando com fogo, parecendo surpresos quando a casa queima."*

Creio que esse é o trabalho mais pesado da autora. Fica aí o gatilho para uso de drogas, estupro, assassinato, abuso físico e psicológico, exposição da imagem feminina sem consentimento e mais alguns outros. Bardugo também trabalha a questão do privilégio tanto masculino quanto de classe social e misoginia.

"Apenas duas coisas mantêm você seguro: dinheiro e poder."*

Aos que estão esperando algo mais dinâmico da autora, como nos seus trabalhos anteriores, devo dizer para baixar a expectativa. Como falei, a história tem uma cadência bem melancólica até praticamente o final do livro, onde forninhos caíram e revelações foram feitas. Confesso que uma delas eu já desconfiava, mas a outra foi um tiro que eu não previa. O livro termina com um bom gancho para a continuação, a qual estou bastante ansiosa.

Ninth House já teve seus direitos de publicação comprados pela editora Minotauro e está com lançamento previsto para o primeiro semestre do ano que vem. Ele também teve seus direitos de adaptação também foram comprados, dessa vez sendo uma série a ser desenvolvida pela Amazon Studios.

"Mors irrumat omnia. A morte fode a todos nós."*

* Tradução feita por mim

site: https://www.balaiodebabados.com.br/2019/12/resenha-457-ninth-house.html
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Samira Zorkot 25/11/2019

Melhor livro de fantasia de 2019
Admito que demorei um tempo para pegar Ninth House. Eu já li praticamente todos os trabalhos da Leigh Bardugo, e fiquei curiosa com seu primeiro livro de fantasia para adultos.Quando sentei e li o primeiro capítulo, não esperava me encantar com a Alex logo no início. Não é todo livro que nos apaixonamos pelo personagem principal, e o que eu mais gostei na "Galaxy" é o quão defeituosa ela é. O tipo de personagem que você ama pelos defeitos dele, que são mostrado desde o inicio, mesmo que de forma sútil.
Temas muito pesados são abordados em Ninth House, alguns podem despertar gatilhos, então é bom ter consciência disso quando iniciar a leitura. A história toda se passa em uma intercalação de passado e presente, acho que a Leigh dominou essa estrategia muito bem, porque não ficou cansativo ou confuso em momento algum.
Amei demais o Darlington e não esperava mesmo gostar tanto desse personagem. Em alguns aspectos, ele me lembrou o Nikolai de King of Scars, apesar de os dois não terem muito em comum.
Gente, Leigh Bardugo é muito rainha. Eu amei demais essa história e fiquei pensando nela por muito tempo. O final foi inesperado, porque mesmo ligando os pontos e prestando atenção em cada detalhe, eu ainda não imaginei aquilo acontecendo.
Ninth House definitivamente, é meu livro preferido desse ano.
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Gabriela 25/11/2019

"I want to survive this world that keeps trying to destroy me"
Mais uma resenha amadora. Eu tô fazendo isso certo? Leia por sua conta e risco.

"Ninth House" é um livro de fantasia urbana/mistério/terror, o primeiro da Leigh Bardugo que não se encaixa na categoria Young Adult – o que significa que não se deve esperar uma leitura leve e tranquila. É sombrio, macabro e mágico e eu não consegui parar de lê-lo. Sou suspeita para falar da Leigh, fã do Grishaverse que sou, mas este livro virou um dos meus favoritos do ano. É válido dizer que tem temas de abuso, drogas e violência que podem servir de gatilhos para algumas pessoas.

Já sabia que o livro iria envolver magia, e ocultismo, e sociedades secretas, e terror, e fantasmas, mas logo no primeiro capítulo levei um baque, porque não sabia o quão sinistro o livro realmente seria – não costumo ler a fundo as sinopses ou resenhas, gosto de ser surpreendida. Já me vi logo de cara num ritual obscuro que envolve tripas, previsões da bolsa de valores e membros encapuzados envolta de uma mesa cirúrgica. Quem diria? E, no meio disso tudo, Galaxy "Alex" Stern sendo responsável por manter o círculo de proteção livre da interferência dos fantasmas (que só ela consegue ver), já que, afinal, ela é um membro da Lethe, a "nona casa", a organização (secreta) responsável por manter todas sociedades (secretas) da Universidade de Yale na linha. Porém não pensem que Alex se encaixa nesse ambiente – muito pelo contrário: ela está o tempo todo atuando.

As sociedades de Yale podem ser resumidas em uma frase: gente rica e poderosa brincando com mágica e para ficar ainda mais rica e poderosa. Mas quem paga o preço por essa mágica? Esse poder todo é às custas de quem?

Alex corre atrás dessas respostas, com unhas e dentes, ao se deparar com o cadáver de Tara Hutchins, uma garota traficante da cidade que é assassinada em pleno dia de ritual, mas ninguém está afim de fazer as perguntas certas, principalmente com Darlington (não confundir com "Darkling"), o mentor de Alex – garoto de ouro, nerd, amorzinho – sumido. Afinal, é ano de financiamento e a Lethe conta com o dinheiro das sociedades para se manter de pé. Inclusive, acho que um dos maiores erros da dinâmica entre a Lethe e as sociedades é o fato dela depender economicamente das casas. Por mais que ajude as sociedades protegendo os rituais, sua função também é puni-las. Não seria muito fácil as sociedades boicotarem a Lethe por não concordar com uma das suas decisões?

O livro é fora da ordem cronológica, divididos em três períodos de tempo que se entrecruzam. Bardugo começa a história com muita construção de mundo trazendo muita informação sobre as sociedades, a universidade, referências a figuras famosas estadunidenses, descrições de lugares e arquiteturas do campus – detalhes que requerem pesquisa à parte e tempo e energia para serem processados. Desta forma, o início foi, para mim, um pouco cansativo e complexo – sei que isso levou muitos a abandoná-lo já no começo. Porém, passados esses capítulos mais densos, a tensão só aumenta e a vontade de parar de ler é zero.

O humor ácido de Alex, o contraste na relação entre Alex – deslocada, "vulgar", feroz – e Darlington – o garoto rico e culto num belo casaco, a dinâmica com Dawes, a pesquisadora da Lethe (desconfio de que ela tenha ansiedade social) faz a história ainda mais imersiva e fascinante e, mais uma vez, Leigh explora de maneira sensível e eloquente o passado dos personagens, levando-nos a não querer sair do lado deles. Uma cena específica do passado da Alex me deixou muito afetada e triste.

O final pode ser pouco catártico para algumas pessoas, mas não deixa de ser interessante e de levar a uma boa reflexão. Há pontas soltas sim, lógico: a ideia é fazer essa história uma série de cinco livros. Só digo uma coisa: quero logo o próximo livro e não sei como vou sobreviver até lá. Ah, "Ninth House" vai virar série pelo serviço de streaming da Amazon. A Leigh tá rica.
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