Não me abandone jamais

Não me abandone jamais Kazuo Ishiguro




Resenhas - Não Me Abandone Jamais


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Rodrigo de Lorenzi 23/09/2019

Não me pegou
Adorei os personagens e a história é sensível, mas não me comoveu. Consigo ver as qualidades do livro e por que tanta gente ama, mas não bateu pra mim. :(
Roger 11/11/2019minha estante
Já li 2 livros do Ishiguro, mas não consigo gostar e ver o que todo mundo diz de maravilhoso sobre ele.


Rodrigo de Lorenzi 14/11/2019minha estante
Pois é, aconteceu comigo nesse livro!


Roger 15/11/2019minha estante
Esse até que eu não odiei tanto... mas O Gigante Enterrado, socorooo... é um tédio MORTAL do começo ao fim. Nem o dragão consegue salvar a história... aí vc já imagina, se nem o dragão consegue te cativar, imagina os outros personagens.




Eduardo 13/11/2022

A cultura do conformismo
Comecei a ler este livro por causa da UERJ que escolheu o título para a redação. Não entendi o porquê da escolha, mas creio que mesmo tendo algumas características do gênero ficção-científica, pode-se fazer comparações com a nossa sociedade atual.

A obra de Kazuo traz história narrada pela personagem Kath que é uma ?cuidadora de doadores?, a qual relembra seus tempos de infância e adolescência com os melhores amigos Tommy e Ruth. Todos foram criados juntos em uma espécie de orfanato, onde eram preparados para um determinado objetivo.

A dinâmica entre os três vai passando pela ingenuidade, raiva, amizade, descobrimentos, inveja, passividade e perdão.

A história é triste e melancólica, adianto, pois os personagens vivem em uma distopia que, diferente de outras, os eles são resignados à realidade em que vivem. Tirando alguns sobressaltos de alguns personagens, não há uma tentativa de se rebelar contra o sistema.

Fica-se a questão da cultura que predomina na vida tanto dos personagens como a nossa, a qual naturalizamos acontecimentos que não deveríamos ou que não temos nenhuma reação àquilo que nos oprime. Mesmo sem perceber, contribuímos para um sistema que muitas vezes favorece poucos. Profunda reflexão.
edu basílio 13/11/2022minha estante
muito bacana seu comentário =) não sei se é seu primeiro do autor, mas eu acho "o gigante enterrado" e "os vestígios do dia" os seus dois 'chefs-d??uvre'. os mais recente, "klara e o sol", é super denso e há quem identifique similaridades com "não me abandone jamais"... enfim, sou suspeito, gosto demais de ishiguro! :-)


Eduardo 14/11/2022minha estante
É o meu primeiro do autor. Gostei muito da escrita. Fiquei instigado o tempo todo e lerei os outros do Kazuo. Obrigado pelo comentário;-)


Amadeu.Rebouças 24/11/2022minha estante
Amo esse livro.




Raiane.Priscila 21/12/2023

Decepção
O autor teve um tema muito bom na mão, mas aproveitou? Comprei esse livro esperando que fosse maravilhoso, mas que decepção.
Junior Rodrigues 21/12/2023minha estante
Estou lendo ele. E está bem arrastado mesmo. Sei que tem a questão da narradora que gosta de detalhar tudo, mas só estou insistindo porque quero fazer o paralelo entre livro e filme


Raiane.Priscila 21/12/2023minha estante
Nossa, não sabia que existia o filme.


Junior Rodrigues 21/12/2023minha estante
Existe sim e tem um elenco interessante: Carey Mulligan, Andrew Garfield e Keira Knightley




Amanda Azevedo 25/08/2012

Não me abandone jamais - Kazuo Ishiguro

Sempre me preocupei sobre como eu estaria no fim da minha vida. Terei trabalhado com o que sonhei? Vou conhecer os lugares que planejei? Meus grandes amigos serão os mesmos? Vou ter a sensação de dever cumprido ou vou pensar: “caramba, como é que eu cheguei a esse ponto?”. Devaneios demais? Paranoia? Sei lá, talvez... Mas você, provavelmente, já parou pra pensar nisso também. E mesmo com tantos questionamentos possíveis um em especial me atormenta mais, a solidão.

Não importa se viverei com um marido e filhos ou rodeada de amigos, contanto que eu tenha alguém ao meu lado. Alguém que eu me importe e que se importe comigo, isso basta. Tenho medo do que ainda nem aconteceu. Tenho medo de perceber que perdi tempo, de perceber que não fiz o que deveria ou o que gostaria. Porque, sejamos honestos, temos que reconhecer que pode sim, ser tarde demais. Contrariando Renato, não, nós não temos todo o tempo do mundo.

Somos introduzidos à história pela narrativa de Kathy, quando a história começa ela tem 31 anos, mas através de suas lembranças vamos conhecer sua infância e adolescência, época de sua vida que ela passou em Hailsham — um internato no interior da Inglaterra — ao lado de seus amigos Ruth e Tommy. Nós pouco sabemos sobre esse internato, sobre os professores — ou melhor, Guardiões — sobre os três amigos e sobre as outras pessoas que lá residem. O que fica perceptível logo no início é o fato de que os alunos de Hailsham são especiais, mas demora um pouco para descobrirmos o porquê disso.

É um momento gélido, esse, o da primeira vez em que você se vê através dos olhos de uma pessoa assim. É como passar diante de um espelho pelo qual passamos todos os dias de nossas vidas e perceber que ele reflete outra coisa, uma coisa estranha e perturbadora. — Página 50

Não me abandone jamais é um livro essencialmente triste. E eu o considero assim, pois, ele nos remete a centenas de questionamentos. São questionamentos necessários e engrandecedores, eu diria. Sobre o ser humano, de um modo geral, sobre como muitas vezes temos uma visão turva e superficial das coisas e nos julgamos profundos conhecedores dela. Sobre os nossos valores e como eles podem estar equivocados, às vezes.

E eu me arrisco a te perguntar: o que nos faz “pessoas”? Pode parecer uma questão vaga e sem propósito, mas fará todo o sentido ao término dessa leitura. E todos aqueles meus devaneios presentes no início dessa resenha talvez se façam presentes em seus pensamentos quando você — que me lê agora — iniciar a leitura deste livro, ou talvez, os seus devaneios sejam totalmente diferentes dos meus, mas é fato que: você não chegará ao fim desse livro sem, pelo menos, uma pergunta que, provavelmente, o assombrará por alguns dias.


PS: Tem um filme, de mesmo nome, baseado no livro. Logo que terminei a leitura assisti a adaptação, gostei bastante! Mas, se tiverem intenção de ler o livro não recomendo que assistam nem ao trailer, pois fatos que só descobrimos na metade do livro pra lá são revelados nesses poucos minutos.
Cris 04/12/2012minha estante
exatamente! assim que terminei de ler o livro pensei no filme "a ilha". não sou fan de ficção científica, mas a narrativa do livro é boa e não me cansou.A minha aflição foi em tentar imaginar o que havia por trás de tanto mistério ao redor daqueles alunos naquela escola. No todo é um livro triste sim,porque ,creio, a empatia acaba sendo inevitável por imaginarmos como seria estar no lugar deles buscando aquelas respostas,mesmo que o mundo deles se resumem somente àquela escola e vida, e o nosso,como leitor e humanos tendo experimentado e sabendo bem mais da Vida , faz brotar dentro da gente uma certa melancolia.é uma obra que abre fronteiras ,é difícil não pensarmos em transpô-la para questões de nossas próprias vidas, digo, limitações ou complexas questões,talvez nem preciso ir ao mais complexo para admitir que até nas coisas mais simples nos vemos refletidos em seus personagens. cada um com sua característica sem deixar de nos parecer (e seriam ? ) humanos. O filme AI (inteligência artificial) que põe em xeque o seguinte : o robô (clone ou o que quer que ponhamos no lugar, SE podemos considerá-los a mesma coisa) sente mesmo tudo aquilo ou é uma simulação dos nossos sentimentos?Na realidade o perturbador é que os mesmos sentimentos possam não existir como existem em nós e sim ser apenas reflexos do que ,para nós, parecem sentimento ou inteligência.Mas o clone seria uma cópia de nossos genes então não deixariam de ser humanos, mas humanos modificados com ,no caso, a mesma reação a dor e a sentimentos ,o que diferencia do cerne de um robô (onde a vida, dor é apenas uma simulação não um fato)que é justamente como muitos, pelo que o livro me fez entender, acreditavam que esses clones seriam. Vejam bem , em nenhum momento foi mencionada a palavra robô, é apenas uma condição psicológica e física usada como comparação e exemplo.


Talita 29/07/2022minha estante
Sou nova no APP e não sei como entrar para ler , só aparece a sinopse


haylla.with.an.h 06/08/2022minha estante
Oi Talita! Não é possível ler por aqui...

É um app pra organizar melhor as leituras e incentivar o hábito. Você pode cumprir metas, estabelecer desafios, fazer históricos de leitura, escrever resenhas, trocar livros e também participar de sorteios.

Como se fosse uma rede social para leitores, porém não disponibiliza os livros em si para ler. Seja bem-vinda




Kemilly128 12/11/2017

Resumo da obra (sem spoiler)
Uma ideia ótima, um plot excelente e uma narrativa muito, muito tediosa e mal executada.
PinkPaulaS 15/02/2018minha estante
Não poderia estar mais de acordo.


Kemilly128 15/02/2018minha estante
PinkPaulaS acho que não tenho gosto refinado porque não entendi o Nobel ? ? ?


PinkPaulaS 16/02/2018minha estante
Somos duas então, Kemmy. Eu até desisti de ler o outro livro dele que tenho aqui em casa. Vai pra doação.




Evy 07/05/2018

NUNCA MAIS ESQUECI!
"Quando a vi dançando aquele dia, enxerguei uma outra coisa. Enxerguei um novo mundo chegando muito rápido. Mais científico, mais eficiente, é verdade. Mais cura para as velhas doenças. Muito bem. Mas um mundo duro, um mundo cruel. E vi uma menina novinha, de olhos bem fechados segurando no colo o mundo antigo e bom de antes, o mundo que ela sabia, lá no fundo, que não poderia continuar existindo, e ela segurando esse mundo no colo e pedindo pra ele não deixa-la partir… Aquela cena me partiu o coração. Nunca mais esqueci”.

Eu vi o filme primeiro. Em 2010. Assim que foi lançado. Lembro de ter ficado olhando pra parede uns bons minutos depois que o filme acabou sem saber o que fazer. Sem saber como é que se vive depois daquilo, de verdade. Uma cena, específica do filme, e juro que não é spoiler, pode ler: estrada vazia, faróis ligados, Tommy desce do carro vai até a frente dos faróis e começa a berrar e berrar até que cai no chão e Kathy desce do carro e o abraça. Foi aí, nesse ponto que eu perdi minha alma. Eu sei que está parecendo dramático, mas é. É mesmo. O assunto é sério, é dramático, é atual e distópico ao mesmo tempo. Ele traz a tona muitos questionamentos e reflexões. E medos. O filme abriu um buraco que eu tinha que preencher com a leitura do livro que ainda não tinha no Brasil. Mas eu PRECISAVA DELE.

Quando finalmente consegui ler, me apaixonei ainda mais pelo tema e pela história. Se eu já tinha gostado do filme, o livro era (que surpresa, né gente? rs) ainda melhor. A escrita de Kazuo é delicada e começa tão branda, tão tranquila como um diário de memórias de Kathy H. e você vai se apaixonando por ela, pela forma como ela vai se lembrando dos dias no instituto, da amizade, de Tommy, das relações, dos professores, das sensações. É como uma amiga que você faz ao longo da leitura, que te dá a mão e vai te levando por um passeio tranquilo e você vai se deixando levar.

Ao longo da leitura aparecem algumas palavras como doador, cuidadora e você fica se perguntando o que seriam exatamente essas coisas, mas a verdade chega de mansinho e acho que é isso que impacta ainda mais. Você não está preparado pra verdade quando ela chega. E é um soco no estômago, como diria tão bem Clarice Lispector (sobre outro assunto, mas cabe bem aqui).

Certeza de que estão apaixonados? E como é que você sabe disso? Então acha que o amor é coisa assim tão simples?”.

Quando você descobre o que é ser um doador, uma cuidadora, já é tarde demais. Você se envolveu tanto na narrativa, com os personagens, que não tem mais jeito de voltar atrás. E a agonia também é sua, aliás, mais sua. A apatia geral te dá desespero e você se vê querendo entrar lá e chacoalhar aquele mundo de pessoas que no fundo não querem ser chacoalhadas, que aceitaram de uma forma ou de outra um sistema tão bem amarrado, tão bem planejado que não há uma forma de escapar… Nem vontade.

Eu sei que o que estou escrevendo parece confuso, mas não posso escrever mais que isso sem sem estragar a experiência literária de quem for ler esse livro pela primeira vez. É, falando bem basicamente, uma história de amor e perdas, com um plano de fundo digno de uma ficção científica e uma distopia capaz de remexer com tudo dentro de você! A narrativa é misteriosa, você sente que algo precisa e vai ser revelado, mas nada te prepara o suficiente para a verdade.

É como passar diante de um espelho pelo qual passamos todos os dias de nossas vidas e de repente perceber que ele reflete outra coisa, uma coisa estranha e perturbadora”.

Os próprios protagonistas só entendem completamente o que lhes acontece quando não há mais como voltar atrás. Qual o motivo de viverem no internato? Como foram escolhidos pra isso? O que o futuro guarda pra eles? Tudo isso vai ser respondido na narrativa extremamente bem construída de Ishiguro até a ultima página.

Fico na esperança de passar pra vocês o quanto esse livro me tocou, como pessoa. As sensações e reflexões que ele me trouxe como ser humano. O quanto isso não é tão distante de realidades que já vivenciamos em nosso planeta de outras formas, mas que estão aí e não enxergamos. Também estamos apáticos. E como eu adoro esse tipo de livro/filme que nos tira da zona de conforto e balança tudo que a gente tem por dentro!

Porque em algum lugar, lá no fundo, uma parte de nós permaneceu igual: receosos do mundo em volta e — por mais que nos envergonhássemos disso — incapazes de deixar o outro partir de uma vez por todas".

SUPER recomendo a leitura!


Victoria591 19/08/2020minha estante
Lembro de ter assistido o filme alguns anos atrás e me deixou com esse mesmo sentimento. Por ser marcante, nunca esqueci e quando soube do livro fiquei com vontade e por algum motivo acabei nunca lendo, mas agora com essa sua resenha maravilhosa entrou para a minha tbr. Obrigada! Foram belas palavras escolhidas e me proporcionou a lembrança do misto de sentimentos que senti ao assistir o filme pela primeira vez.


Evy 20/08/2020minha estante
Que lindo seu comentário!! Fico muito feliz de incentivar a leitura com minhas palavras!! Eu que agradeço você por me falar!! Depois me conte o que achou :)




Carolinad 15/07/2022

Não me abandone jamais
Vou fazer uma breve análise + resumo aqui para ajudar quem também vai fazer a UERJ, mas com pouquíssimos spoilers. :)

Ganhador do prêmio Nobel de 2017, "Não me abandone jamais" é uma obra com muitas camadas. Foi popularizado por ter se tornado um filme, mas ainda assim não se tornou uma leitura óbvia.

O Kazuo Ishiguro nasceu no Japão e ainda criança partiu com a família para a Inglaterra. A formação dele leva muito a cultura japonesa, porém muita cultura inglesa também. O Ishiguro já era um dos mais importantes escritores ingleses antes do Nobel, o prêmio apenas solidificou sua importância na literatura.

O livro vai ser narrado em primeira pessoa por Kath, a protagonista, que é uma cuidadora de doadores (existem alguns termos importantes, como doadores, cuidadores e possíveis). Ao longo da história, vamos descobrindo quem são os cuidadores e doadores e também percebemos que essas pessoas fazem parte da vida dela, que fizeram parte da infância dela. Apesar do livro realizar uma narrativa no presente, ele situa-se em diversas páginas no passado da Kath - ela conta sua infância, adolescência e suas relações no internato.

O internato é um ponto bastante importante. Hailsham que, à primeira vista, parece um colégio comum, esconde vários mistérios. Contudo, percebemos que os internos não recebem visitas de parentes, não se referem a nenhum laço familiar e eles também não saem - de férias ou para visitar alguém.

"Qualquer lugar além de Hailsham era, para nós, uma terra de fantasia; tínhamos uma noção muito vaga do mundo exterior e do que era ou não era possível lá fora." - 85

Outra coisa que dá para perceber na escrita é que os personagens não apresentam sobrenomes, ou seja, torna-se mais difícil identificar qualquer laço familiar.

As crianças de Hailsham têm um futuro traçado desde o seu nascimento, e a distopia em que vivem traz à tona o egoísmo humano, a distorção da ideia de igualdade e uma metáfora sobre como viver é incerto e como vivemos sob a sombra de uma única certeza: de que todos vamos morrer um dia.

No internato eles fazem arte; e isso é muito importante na obra.

"Ela disse para o Roy que coisas como pintura, poesia, esse tipo de coisa, revelam como a gente é por dentro. Ela disse que elas revelam a alma" - 214

O livro não apresenta grandes sobressaltos; são apresentados fatos para abrir espaço para discussões sobre emoção, amor, relacionamento, memória e finitude - a morte é bem discutida, porém não com a palavra "morte" em si.

Um drama contemporâneo com uma certa complexidade psicológica, profundo e melancólico. É uma história muito boa e fácil de se envolver e ter empatia com os personagens. Além de que o livro deixa uma reflexão por dias na cabeça e uma certa crítica ao nosso "sistema".

Fiquei pensando por um bom tempo se eu soubesse que só tenho, sei lá, uma semana para viver. Será que iria continuar fazendo as mesmas coisas que faço hoje? Quem eu escolheria para estar do meu lado? Enfim, é um livro incrível e repito: que deixa inúmeros reflexões.
Alê | @alexandrejjr 28/08/2022minha estante
A tua breve análise ficou excelente, Carolina! Parabéns!


Carolinad 28/08/2022minha estante
Obrigada, Alexandre!




Lou 05/11/2022

Chato
Li pq é uma leitura obrigatória para o vestibular da UERJ porém o livro é muito chato, minha leitura foi lenta pois não conseguia me prender na história, parece que nada acontece nele, 343 páginas que poderiam ser resumidas a bem menos que isso
Carla 09/11/2022minha estante
to lendo por causa do vestibular tbm e tô odiando


Carla 09/11/2022minha estante
to lendo por causa do vestibular tbm e tô odiando




spoiler visualizar
Bea.3 07/03/2022minha estante
bota aviso de spoiler, acabei de levar um ??


Kaju 08/03/2022minha estante
? sorry, não tinha me atentado! Mas vale muito a leitura, porque tem muitos outros acontecimentos.




Nicolas388 27/12/2022

"Crianças devem ser enganadas para crescerem sem traumas"
Tenho que confessar que foi uma leitura muito diferente do que eu esperava. Trata-se de um livro de memórias e, sendo sincero, não era a escrita que eu esperava de um Nobel, o que não necessariamente quer dizer que seja ruim. Pelo contrário, a história é instigante, além de uma das construções mais reais que já vi de personagens, como se realmente os conhecesse e estivesse ali durante cada pequeno evento cotidiano.

Particularmente, gostei de certas escolhas narrativas do autor, como se demorar ao máximo para explanar as engrenagens de sua distopia. Em geral, histórias de ficção-científica sempre têm capítulos e capítulos só de explicações só para exibir o quanto o escritor criou um mundo doido e complicado, mas Ishiguro não tem essa preocupação. Ele está focado em seus personagens, seus sentimentos, sua vida.

É interessante notar que, como clones criados para doarem seus órgãos até "concluírem", isto é, morrer, eles em momento algum colocam suas esperanças num outro destino que não este. Apenas pedem um adiantamento.

Kathy, a narradora-protagonista, relata-nos suas memórias como se nós também fizéssemos parte desse mundo estranho... e será que não fazemos mesmo?
dani 13/02/2024minha estante
Sua resenha me fez querer dar outra chance para a literatura de Ishiguro. Achei bem interessante a premissa desse livro.


Nicolas388 15/02/2024minha estante
Ahh, fico feliz de ter desperta esse sentimento ^^




Higor 09/12/2017

'Lendo Nobel': sobre livros que aquecem o coração e nos deixam nostálgicos
A escolha da Academia Sueca, depois de ousar com o controverso Bob Dylan, teria de ser, no mínimo, tradicional e que certamente agradasse a maioria; o nome de Kazuo Ishiguro foi uma surpresa que não empolgou de início, apesar de alguns elogios e prêmios que abocanhou ao longo da carreira. Parecia, na verdade, entrar no gigantesco rol de autores Nobel esquecíveis.

A leitura de ‘Não me abandone jamais’, foi postergada ao máximo, por conta disso e por receio e falta de entusiasmo, mas agora, depois de lido, o autor mostrou porque foi o escolhido para resgatar a credibilidade que a Academia precisava obter novamente perante o mundo. ‘Não me abandone jamais’, antes de tudo, é sincero, uma história limpa e intensamente elegante. Necessária e acertada, como o Nobel busca.

As primeiras páginas intrigam por aparentar trazer uma história boba de escola, em que crianças lidam com acessos de bullying, como o amável Tommy e a manipuladora Ruth, além de encarar professores amados e odiados, e um tanto de aventuras. A diferença deste dentre os demais livros que abordam o assunto, e o que cativa o leitor a cada página, é a sofisticação com que Kathy, com então 31 anos, recorda tais momentos saudosos.

Eu particularmente me senti com o coração inteiramente aquecido diante de tantas lembranças gostosas que a personagem compartilhava comigo, tanto que eu parava em diversos momentos a leitura apenas para sorrir para o nada, satisfeito com a beleza do mundo que Ishiguro criara e compartilhara comigo.

As boas sensações que o livro proporciona, no entanto, são divididas com a angústia diante da solidão desoladora que acompanha a protagonista. Talvez seja a intensidade do sentimento, tão grande, que faz com que o leitor, único ouvinte de Kathy, se veja preso em sua história. A necessidade de ter alguém próximo dela é tão necessária, que ela faz de tudo para que a ouçamos, e que aquilo nos seja interessante; daí o zelo de Ishiguro e a sofisticação simples em manter o leitor grudado a cada página.

Leitores que esperam uma ficção cientifica mirabolante, como o livro é erroneamente vendido, certamente irão se decepcionar: não é o foco apresentar uma roupagem sofisticada de algo que geeks já adoram e que poderia conquistar novos interessados no gênero. Embora o mistério seja envolto no que eles são e no que poderiam ser, as consequências de suas decisões para o mundo assustador a qual se habitarão é o foco do livro. A intensidade dos sentimentos é mais importante que a mirabolante possibilidade do mundo futuro ser.

E é com tanta saudade dos personagens, quanto à própria Kathy, que sofre por eles, que somos obrigados a finalizar o livro, e então o abraçamos após a última palavra, gratos pela simplicidade e elegância em contar uma história pura e simples sobre saudades, solidão e possessão/submissão.

Com tal livro, Ishiguro demonstra que é sim, um autor que mereceu o Nobel, mas ainda restam tantos outros livros a serem lidos, o que é necessário conhecer para dar uma confirmação e solidez diante de tal escolha, afinal, a Academia elege pelo conjunto da obra, e não livros avulsos. Mas que livro, meus caros, que livro!

Este livro faz parte do projeto 'Lendo Nobel'. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
Alexandre Silveira 09/12/2017minha estante
Boa defesa ao Ishiguro. Acho que é uma tarefa muito difícil também por parte da academia que garimpa os livros escolher, dentre os inúmeros autores maravilhosos que temos por aí (e outros tantos a serem descobertos), apenas um para ser o laureado.Penso que, mesmo com todas as controvérsias que permeiam a escolha de autores para ganhar o Nobel, o Ishiguro deve ter algo ali nas suas obras que chama a atenção,né? rs


Higor 14/12/2017minha estante
Verdade, e assim: o Ishiguro não foi a melhor escolha, embora não tenha sido a pior; foi, para o momento, propícia, condizente para acalmar os nervos dos mais exaltados. Estou no segundo livro dele, e adorando.




ElisaCazorla 29/12/2018

Novelinha bobinha de adolescentes bobinhos
Sou obrigada a ir na contramão da maior parte das resenhas aqui mas eu achei esse livro profundamente CHATO! Terminá-lo foi um desafio. A cada capítulo terminado, revirava os olhos e ficava indignada com tantos elogios à essa obra. Fizeram até o filme! Nem quero ver! Deve ser filminho de sessão da tarde. O livro é um draminha sem graça, bem devagar e muito adolescente. A prosa do autor me cansa muito. Ele tem a mania de fazer anúncios do tipo: "agora vou falar sobre uma coisa importante mas antes preciso falar de uma outra coisa importante que vai explicar aquela outra coisa importante lá do começo e prestem atenção porque algo que vou dizer logo depois que falar a coisa importante vai explicar uma coisa que vou dizer mais adiante." Nossa, não podia ser mais chato.
Os personagens são bege, o tema é bege. Não tem nada de sci-fi (li várias resenhas aqui dizendo que esse livro é ficção científica hehehe) Não tem absolutamente nada de sci-fi e nem de futuro e nem de nada que não pudesse acontecer ou que já acontece de alguma forma.
As coisas acontecem num marasmo, numa lentidão, numa apatia. Não consigo entender como esse autor ganhou o nobel de literatura. Não é a primeira obra dele que leio mas essa é a pior. Uma das piores leituras do ano.
William.Almeida 12/12/2023minha estante
Amei sua resenha kkkk, me salvou de perder tempo de vida


ElisaCazorla 14/12/2023minha estante
Obrigada pela leitura William! Você deu uma olhada nos meus livros preferidos para saber se, talvez, nós temos preferências de leituras parecidas? Eu tinha uma alta expectativa sobre esse autor e, como você leu, fiquei muito frustrada. Abraços




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