Não me abandone jamais

Não me abandone jamais Kazuo Ishiguro




Resenhas - Não Me Abandone Jamais


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Regis 29/02/2024

Doses cavalares de melancolia...
Que melancolia, que solidão, que sensação de vazio existencial eu senti durante essa leitura que aborda temas tão sensíveis e carregados de reflexões.
O livro transborda melancolia por todas as páginas e ao final, estamos completamente empregnados desse sentimento mórbido de desencanto e depressão.

Kathy, Tommy e Ruth são alunos de Hailsham (uma espécie de internato) onde estudam, praticam esportes e, principalmente, fazem trabalhos artísticos. Eles são incentivados, com muito afinco, (pelos guardiões de Hailsham) a se expressarem através de poesia, desenhos e pinturas.
Kathy é apaixonada por Tommy desde pequena e sua melhor amiga Ruth sempre esteve entre os dois. No decorrer da narrativa vamos presenciando pequenas e esporádicas rusgas entre Kathy e Ruth.

O livro é narrado em primeira pessoa por uma Kathy de trinta e um anos, que tenta, a todo custo, reunir suas memórias do passado em Hailsham, enquanto vai nos contando sua vida desde a infância, até seus últimos anos como "cuidadora".

Acompanhar o desenrolar dos acontecimentos na vida desses três personagens, através das memórias de Kathy, devasta completamente nosso espírito, pois, aos poucos, as memórias de Kathy vai nos mostrando que nada nessa história é o que parece e as dicas sobre a verdadeira realidade desse lugar vão sendo apresentadas dosadamente durante a torrente irregular das lembranças dela... e quando fica claro quem são as crianças de Hailsham e a que elas estão destinadas, fica difícil aceitar que seja possível que a sociedade permita tamanha desumanidade com pessoas dotadas de inteligência e sentimentos.

A bioética não existe nesse universo, onde parece que o fim passou a justificar os meios e a conduta dos seres humanos em relação a outros seres humanos e outras formas de vida deixou de importar completamente. Condicioná-los desde pequenos a aceitar o sofrimento, de forma que não haja nenhum sentimento de revolta com o destino que os aguarda, foi a parte mais difícil de aceitar. Existe outras "escolas" onde as coisas não são tão boas como onde Kathy e seus amigos foram criados, Hailsham tentou proporcionar uma infância tranquila e "normal" para essas crianças e saber que ela foi fechada e que as próximas crianças não terão nem isso, é devastador.

No início o autor dá a impressão de que estamos passeando pelas memórias de Kathy apenas para conhecer o triângulo amoroso que se formou entre ela, Tommy e Ruth, mas a cada parte da vida deles que é rememorada vamos descobrindo, junto com os três, o real significado de suas existências e apesar deles parecerem totalmente conformados com seus destinos é quase impossível para nós nos sentirmos da mesma maneira. Até aqui, achei que o sentimento que a leitura queria extrair de mim era de revolta, mas fui seguindo a narrativa e ao final os sentimentos que mais ficaram comigo foram o de extrema melancolia, solidão e finitude.

O livro é desprovido de grandes reviravoltas e de momentos de catarse, é apenas uma história sendo narrada com uma inocência quase infantil, mas que carrega um ar umbrífero e soturno, e os sentimentos que nos abarcam provocam uma intensa sensação de desalento.
A ficção científica figura, mas, como pano de fundo para discutir assuntos como: a natureza humana, a memória, a amizade, o amor e a preciosidade do agora; pois as oportunidades não devem ser deixadas para depois, ou o que restará será apenas o desespero de resgatar as memórias em busca de analisar o que poderia ter sido.

A música "Never Let Me Go" de Judy Bridgewater fica pairando acima da leitura como uma profecia sombria prenunciando o momento em que Kathy e Tommy tentam agarrar-se um no outro o máximo que podem, mas no fim eles precisam se soltar, se separar e permitir que o propósito de suas vidas seja... concluído.

Não me Abandone Jamais é o livro mais conhecido de Kazuo Ishiguro, autor ganhador do Prêmio Nobel de 2017, e certamente foi uma leitura que mexeu intimamente comigo me deixando profundamente tocada e pensativa. Adorei esse livro!

Recomendo.
Adri/Diana 29/02/2024minha estante
Linda demais! Gostei muito de ter feito essa leitura.


mpettrus 01/03/2024minha estante
?A ficção científica figura, mas como pano de fundo para discutir assuntos como: a natureza humana, a memória, a amizade, o amor e a preciosidade do agora; [?]?

Ficção Científica é um gênero incrivelmente magnífico tanto na literatura quanto na Sétima Arte. Sou apaixonado por esse gênero. E autores que sabem utilizar bem esse gênero tem minha total atenção.

Colocando na minha lista 2024 porque - mais uma vez, outra resenha bem escrita -, fiquei totalmente curioso para ler essa história.

Parabéns pela resenha ????


Léo 01/03/2024minha estante
A resenha está perfeita como sempre, Régis, adorei e me deixou curioso para pegar esse livro ou A Clara e o Sol do autor. Parabéns pela resenha. ??


Fabio 01/03/2024minha estante
Uau, resenha primorosa, Regis, minha querida!
Irretocável sua escrita!???????
Adorei quem imprimiu a melancolia do livro na sua resnha!


Regis 01/03/2024minha estante
Obrigada, Diana! Eu também gostei muito de ter feito essa leitura. ??


Regis 01/03/2024minha estante
Obrigada, mpettrus, também penso o mesmo sobre ficção científica e cada vez mais estou adorando o gênero. ??


Regis 01/03/2024minha estante
Obrigada, Léo! Meu próximo livro do autor será justamente Klara e o Sol. ?


Regis 01/03/2024minha estante
Agradeço muitíssimo, Fábio Querido! ???
Terminei o livro com a melancolia entranhada em mim acho que isso passou para a resenha.


HenryClerval 05/03/2024minha estante
Você sempre transmite tudo que sente com as leituras em suas resenhas e isso me encanta, Régis. ??


Regis 05/03/2024minha estante
E você sempre lê tudo que escrevo e é sempre muito lisonjeiro. Obrigada por isso, Leandro. ???




Pandora 12/12/2019

Não acredito que consegui terminar esta tortura!, digo, leitura. É um livro que eu teria abandonado com toda certeza, mas fui até o fim, bravamente, porque fará parte da discussão de um grupo de leitura.

A terceira parte é até boa, mas a segunda é bem irregular e a primeira - a mais longa - é tão sofrível, que eu só conseguia abandonar o livro a cada poucos parágrafos, bufando e revirando os olhos com tantas tolices.

A ideia é interessante, mas a escrita é pueril no pior sentido da palavra. A protagonista tem 31 anos e parece ter 12. Os personagens não são carismáticos, a trama não é envolvente... é tudo morno, sem sentido, chato e cansativo. Ishiguro gasta quase todo o primeiro capítulo - quase 12 páginas - numa cena escolar perfeitamente descartável!

A narradora devaneia o livro todo e vive reconhecendo que só está enrolando a gente:

Pág. 28 Mas voltando a Tommy.
Pág. 60 Mas como eu ia dizendo...
Pág. 61 Mas não é sobre isso que eu quero falar.
Pág. 110 Mas me afastei um pouco do ponto.
Pág. 127 Bem, mas eu estava falando de antigamente (...)
Pág. 150 Bom, mas o que eu queria dizer...
Pág. 157 Bom, mas como eu ia dizendo...

No tempo em que tentei, desesperadamente, me concentrar na primeira parte, li outros quatro livros; mas a cada vez que voltava, tinha vontade de atirar o livro na parede... rs... e eu nem sou dessas coisas. Um desses livros foi a distopia de Karin Boye, Kallocaína, que sem enrolação, em enxutas 251 páginas, disse a que veio. Há inclusive uma semelhança na temática: doadores neste Não Me Abandone Jamais (até o nome é uma praga!) e cobaias em Kallocaína. Só que o desenvolvimento é totalmente diferente.

Pra não dizer que não falei das flores, a cena final é emotiva e delicada, mas não salva esta história.

A melhor frase do livro está na página 231: “E que importância tem isso, afinal?”. Isso resume o livro, cheio de passagens e diálogos inúteis.

Importância nenhuma, meus caros.
Thiago275 13/12/2019minha estante
Minha primeira (e única) experiência com Ishiguro foi o livro O Gigante Enterrado e também não foi das melhores rsrsrs


Pandora 13/12/2019minha estante
Vixi! Tenho ele aqui, mas estou traumatizada... rs... nada de Ishiguro por enquanto. :D


cid 11/04/2020minha estante
Estou lendo, e sinto o mesmo. Tento me concentrar mas não é facil.


Pandora 06/06/2020minha estante
Cid, você conseguiu terminar?


cid 06/06/2020minha estante
Acabei amando o livro. Não sei como, mas as coisas começaram a fazer sentido e me envolvi na estória. Fi super surpresa. Vai entender. As vezes penso que não nos conhecemos...


Dani 27/07/2020minha estante
Estou na pagina 82 do epub e "Meu Deus, parece que nunca acaba", contei 17 paginas ate o fim do capitulo. E o que que aconteceu até agora???? NADA! Apenas a protagonista enrolando sobre picunhinhas infantis e blá blá blá blá blá blá blá. Ainda não decidi largar, mas já estou negociando comigo mesma pra ver se leio outra coisa mais prazerosa ao ms tempo... já prevejo "Estou lendo" no Skoob a 4 anos


Rond 12/06/2023minha estante
Eu fico bastante aliviado em ler esta resenha. Muito obrigado por compreender a minha angústia! Hahaha. Eu tenho suspeitas que muitos dos escritores agraciados com um Nobel de literatura são bem chatinhos. Há os Saramagos, Gabos e outros que possuem uma coleção de coisas impressionantes. Embora eu não tenha lido a maioria dos vencedores, uma boa parte dos que li, não agradaram.


Pandora 17/06/2023minha estante
Rond, este aqui me traumatizou! Depois, ainda não consegui me aventurar em ler outro livro do Ishiguro. Acho que não é só o Nobel. Marilynne Robinson ganhou um Pulitzer e eu abandonei Em casa, o único livro dela que tentei ler.




Nina 27/08/2021

Uma melancólica reflexão sobre a Alma Humana
"Não me abandone jamais" de Kazuo Ishiguro é um mergulho melancólico na condição humana.

O livro se trata de uma ficção, uma espécie de distopia, aos moldes da série Black Mirror, que se passa em algum tempo histórico de bastante avanço na área médica.

Avanço este com uma repercussão grande no modo de vida das pessoas e que traz a tona aquilo que já conhecemos do ser humano: sua capacidade de ser bestial mas também de ser puro e inocente, como crianças.

É uma espécie de alegoria para o quanto o nosso mundo atual é egoísta e sem alma, capaz de atrocidades por não saber lidar com seus medos e suas limitações.

Ao mesmo tempo, o quanto nesta dualidade de alguém que explora e alguém que é explorado, pessoas se abandonam, não se amam, se submetem a um vida terrível por não verem saída.

Difícil ver que é um retrato muito bem acabado do nosso momento e da nossa sociedade.

Para além de toda tristeza e melancolia, o livro trás uma mensagens muito bela. É através da arte que a Alma se expressa e assim podemos enxergar que apesar de todas as atrocidades, ainda somos humanos.
Correio.Mataverdense 11/02/2022minha estante
Quem abandonou quem ao longo do livro?


Correio.Mataverdense 11/02/2022minha estante
Você acredita que o amor ou a paixão entre Tommy e Kathy ? não que não houvera interesses pretéritos entre o casal ? em face da notícia do adiamento, deu-se justamente motivado por ele?


Correio.Mataverdense 11/02/2022minha estante
Hailsham parece ter sido fechada, desaparecida, até restar somente uma lembrança dela. Quais as correlações que podem ser feitas entre essa desconstrução da instituição e a vida que se prosseguiu para os ex-alunos de Hailsham? Ou, ainda, podendo-se se concentrar nessa última proposta: ? qual o sentido que o fechamento ou o desaparecimento de Hailsham pode ter para todo o enredo?


Correio.Mataverdense 11/02/2022minha estante
Como o mecanismo do ?adiamento?, no livro expresso, era em verdade? Mais uma porta para a melancolia tão bem desenhada por Ishiguro?


Correio.Mataverdense 11/02/2022minha estante
Qual a analogia que você faz entre a sociedade atual e a ?utilidade? das crianças de Hailsham?


Correio.Mataverdense 11/02/2022minha estante
As ?esquisitices? de Miss Lucy (relatado em certo momento e deste modo por Kathy), na verdade, diziam respeito a quê?


Correio.Mataverdense 11/02/2022minha estante
Por que a ?falta de criatividade? de Tommy foi um ponto de certo modo destacado na época de Hailsham? Debata as hipóteses que pensar serem possíveis.


Correio.Mataverdense 11/02/2022minha estante
Kathy, acreditamos, fez um movimento pendular, este a oscilar entre a desmitificação e a idealização sobre sua vida... Como ela operou este movimento pendular inquisitório?




Bruno236 01/10/2023

A premissa desse livro é incrível, uma das mais fortes e originais que eu já vi mas a execução não foi das melhores.

Apesar de bem escrito achei ele bem arrastado, cheio de situações que ao meu ver eram muito bobinhas quando comparadas a magnitude do que os personagens (que tbm achei bem chatinhos) SABIAM que iam enfrentar.

Além disso não curti o conformismo deles em relação ao seu destino. Quando o plot principal é revelado não há qualquer tipo de catarse, não há revolta, não há surpresa. Eles até tentam fazer algo a respeito mas é uma coisa tão boba que olha?

A impressão que tive lendo é que se o rolê ?principal? não fizesse parte da história, não faria tanta diferença.

Pra mim, foi uma ideia genial desperdiçada numa história bem qualquer coisa.
Luu 09/11/2023minha estante
to achando a mesma coisa kkk


Bruno236 15/11/2023minha estante
maior decepção esse livro kkkk


Rogeris.Barreto 14/12/2023minha estante
Exatamente minha percepção. Parecia que estava lendo um YA. Triste.


Luu 26/12/2023minha estante
terminei o livro bem decepcionada kkk


Bruno236 27/12/2023minha estante
luu, eu te entendo kk e o pior é que tinha tudo pra ser um livraçao


Luu 28/12/2023minha estante
siim, gosto mt de distopias assim. Tem algum pra indicar?


Bruno236 28/12/2023minha estante
sou meio por fora das distopias mas tô terminando agora a trilogia scythe. é meio teen/juvenil mas msm assim tô curtindo bastante, viu? recomendo!




Ana 29/01/2018

Pensei muitas vezes em como começar essa resenha e não consegui. Desculpem-me por introduzi-la assim, mas não encontrei outra forma de expressar o quanto esse livro foi difícil. Não digo isso porque foi uma leitura ruim, e sim porque foi pesada. Já faz um bom tempo que eu li esse livro, na edição antiga, e eu não me arrependo por nenhum minuto de ter lido.

Logo no início do livro, conhecemos Kathy H, 31 anos, cuidadora há quase. É um tempo relativamente longo, mas é uma tarefa que ela mesma e muitos outros acreditam que ela desempenha muito bem. Prestes a ser tornar uma doadora, Kathy narra de uma forma atemporal e bastante nostálgica sua infância e adolescência em Hailsham, uma espécie de internato que se localiza no interior da Inglaterra, onde as crianças são educadas para ser cuidadoras ou doadoras.

Ao longo da narrativa, Kathy nos apresenta seus amigos Tommy e Ruth. Para falar a verdade, não sabemos muitas coisas sobre Hailsham, sobre os guardiões (que são como os nossos professores) e sobre as crianças que lá residem. Porém, desde o início a protagonista deixa claro que os alunos de Hailsham eram diferentes, especiais, se só vamos saber o porquê dessa denominação um pouco mais para frente.

É complicado falar desse livro porque qualquer informação que eu possa dar sobre ele pode, de certo modo, prejudicar a leitura. Inclusive, a própria descrição da obra no Skoob e site da Companhia das Letras revela demais sobre ele. É uma estória para ser degustada, para se descobrir aos poucos todos os mistérios que rondam as crianças de Hailsham, e é isso que move a leitura.

O livro me trouxe muitos questionamentos, coisas que antes nunca haviam passado pela minha cabeça. O que nos torna essencialmente humanos? O que é o amor de verdade? Há forma de recuperar o tempo perdido? E se houvesse, será que eu o faria? O tempo que nós temos é suficiente para fazer todas as coisas que desejamos e, principalmente, para amar as pessoas? Aliás, o que é mesmo o tempo?

Há também um filme homônimo, que foi dirigido por Mark Romanek e tem um elenco muito bom. Apesar de eu ainda não ter assistido, só pelo trailer dá para perceber que muitos fatos que descobrimos só após algum tempo no livro, são deixados claros desde o início na adaptação. Por isso, aconselho que, se você tiver o interesse de ler a obra, não assista ao trailer. Aliás, não procure saber muitas coisas a mais porque sim, pode tirar o brilho da estória.

Não Me Abandone Jamais é um livro com um tom naturalmente melancólico. Acho que já comentei sobre isso aqui algumas vezes, mas apesar de não ter muitos planos para o futuro, tenho muito medo de ficar sozinha, no fim. Não romanticamente falando, necessariamente, mas sem alguma pessoa próxima. Apesar de a obra não retratar exatamente isso, terminei com esse sentimento de solidão. Foi bem angustiante ir descobrindo as coisas por trás da vida dos protagonistas. Assustador, até. Mas esse fato não é para intimidar vocês, e sim para deixá-los mais curiosos.

É um livro denso e sofrido, mas ao mesmo tempo real. Não no sentido de ser uma história real, mas sim no sentido de que ele consegue passar uma verdade por trás daquelas coisas que estão sendo contadas. Em todo tempo durante a leitura, me senti uma amiga muito próxima da Kathy, uma pessoa em quem ela confiava para contar os segredos sombrios. E é claro que, como boa amiga que sou, não os contarei, mas vocês sabem a melhor maneira de descobri-los.

site: http://www.roendolivros.com.br
Bárbara 29/01/2018minha estante
Guria que coincidência eu tava abrindo o skoob pra marcar esse livro como quero ler e apareceu tua resenha!!!


Drica 29/01/2018minha estante
Eu assisti ao filme e fiquei muito impactada pelo assunto que aborda! Vou ler o livro! História sofrida e linda!


Ana 29/01/2018minha estante
Acho que é um sinal, Bárbara! Lê, acho que vai gostar muito.
Acho o livro mais legal que o filme, Drica. Espero que goste!


Drica 30/01/2018minha estante
Ana, também espero curtir o livro!


Bárbara 30/01/2018minha estante
Vpi colocar nas metaa desse anoo




spoiler visualizar
Magasoares 03/06/2018minha estante
Manuela, já leu Os Vestígios do Dia, do mesmo autor? Leia, totalmente diferente deste. Até entrou para os meus favoritos.


Manuela Marques Tchoe 03/07/2018minha estante
Oi Magali, obrigada pela dica! Vou checar!


Léo 20/08/2018minha estante
Manuela, também não gostei do livro, r estou decepcionado já que o autor é ganhador do Nobel. Minha principal questão é a narrativa, não empolga, não convence, os diálogos não são inspirados etc. Literariamente, não me convenceu, apesar do enredo ser bom.


EF 15/11/2018minha estante
Olha, estou passando dos 30% do livro e minha única motivação era a curiosidade...Agora já nem isso. Decepção total mesmo. Parece um livro juvenil. Tlz eu estivesse mto empolgada se tivesse aí uns 16 anos..Vou ler outra coisa do autor.


Jana 21/09/2019minha estante
O que mais está me incomodando no livro é justamente essa apatia dos personagens diante do futuro que espera por eles. Simplesmente aceitam.




belaffig 10/11/2017

Ironicamente, quase abandonei.
E pensei nisso várias vezes. Devo admitir que estou desapontada.

Levado de um modo extremamente maçante e distante, o maior erro de Ishiguro é a narrativa por memórias. Expressões como "como veremos mais pra frente" e "como eu ia dizendo" quebravam a história e traziam uma certa irritação ao enredo, e, má construída, a narrativa não apresenta traço algum de profundidade psicológica - salvo raros momentos. A impressão deixada durante *toda* a leitura do livro é que são resquícios desconexos de lembranças que não ativam nenhum senso de empatia e amabilidade para com os personagens. A impressão que se arrasta é que a principal apenas jogava comentários em seu presente que não serviam para conectar-nos com Ruth, Tommy e todos os outros; além de tentar envolver o leitor com frases soltas como "não sei como eram as coisas onde você esteve", que nada fazem para ajudar na imersão da trama.

A abordagem tem originalidade: observar o outro lado da ficção científica, o lado emotivo e humano da minoria que sofre do que seria, de outra forma, uma distopia à la Huxley. Os momentos finais tem um quê de sentimentalismo e uma mensagem melancólica que se infiltra no seu coração, mas depois de passar quase toda a imensidão de páginas arrastadas, é difícil aproveitar o momento e o que o livro trouxe como significado por completo.

Li o livro especialmente pela adaptação do cinema, que contém alguns de meus atores queridos. Espero que seja melhor, porque o livro deixou muito a desejar.
[*P.S.: a adaptação é de fato melhor, mas por muito pouco.]
Kemmy 12/11/2017minha estante
Se eu tivesse lido o primeiro capítulo e a terceira parte teria entendido tudo e passado menos raiva. Oh livrinho tedioso.


belaffig 19/11/2017minha estante
tedioso é o adjetivo certo. realmente senti que perdi meu tempo.


Guilherme 24/02/2018minha estante
Acabei de ler o livro e concordo totalmente.


Léo 20/08/2018minha estante
Concordo totalmente. Dá muita vontade de sair do meu costume e resenhar, porque, afinal, se trata de um Nobel, e por esse livro não vejo méritos para isso. O filme é melhor que o livro, o enredo foi mais bem aproveitado.


Pandora 12/12/2019minha estante
Expressou exatamente o que eu achei.




Maria17758 10/08/2023

Meio chocho
Com uma temática tão boa como essa (sem entrar em detalhes porque qualquer coisa que eu disser é spoiler), esse livro tinha muito potencial e solo pra caminhar por várias direções e abordar vários pensamentos e filosofias, mas ele propositalmente se nega a fazer tudo isso e fica só no superficial, abordando apenas a rotina super monótona dos personagens nada carismáticos. Entendo o por quê de o autor ter optado por não se aprofundar nas questões que poderiam ser abordadas, mas discordo muito dele.
A impressão que eu tive foi que o livro andou e andou (e aaaaandoooou) e não foi para lugar nenhum, e isso tendo uma temática que poderia (e deveria) chegar em tantos lugares e conclusões? Enfim, já estava impaciente para o desfecho e fiquei bem frustada.
A única parte que significou algo para mim foi uma cena, ao final do livro, em que a protagonista tem uma conversa com outra personagem a respeito de um acontecimento passado entre as duas e cada uma das. interpretações que elas tiveram sobre ele. Uma cena belíssima e forte em meio a 400 páginas de nadas.
camphalfblood 10/08/2023minha estante
eitaa esse tá na minha lista


Maria17758 10/08/2023minha estante
ai amg ? eu tinha certeza que eu ia gostar, mesmo uma amiga minha já tendo lido e não tendo gostado muito, mas não rolou? não achei ruim, mas acho que faltou muito, sabe?? mas não se deixa levar pela minha opinião não, vai que você goste!!


maria 13/08/2023minha estante
amo as suas resenhas!!! me entretenho muito com você macetando o livro ou super elogiando


Maria17758 14/08/2023minha estante
ai que fofaaa!! muito obrigada amg fico feliz de ler isso ??


valeria.kasper 03/12/2023minha estante
não poderia concordar mais!




jade martins 08/06/2020

Não tenho muito o que dizer sobre o livro, apenas que me arrebatou de uma forma incrível. Não o vejo apenas como ficção e muito menos que este tenha sido o objetivo do autor, apenas que toda essa história é apenas um plano de fundo para o que realmente importa: a condição e a essência humana. Descobrir o que nos faz intrinsecamente humanos é uma tarefa árdua, mas é inegável o papel que relações interpessoais possuem na construção da nossa mentalidade e que faz com que nos sintamos no direito de nos declararmos parte do grupinho "humanos".
Aninha 08/06/2020minha estante
Oi, o livro é bom?


jade martins 08/06/2020minha estante
É muito bom!! Pode ser um pouco lento no começo, como vi algumas pessoas dizerem, mas uma vez que voce engata no livro voce nao quer que acabe mais, recomendo muito!!


Aninha 08/06/2020minha estante
Que bom gosto de livros assim..vai para a minha listinha


jade martins 08/06/2020minha estante
Que bom, espero muito que goste da leitura




Kaylane 09/11/2022

vamos lá.. ainda tô digerindo e pensando muito sobre esse livro, li ele pra fazer um vestibular e apesar da leitura super arrastada no início, ele foi me prendendo aos poucos, quando derrepente me peguei lendo até mais da minha meta por dia kkkk

Ele trata da história praticamente toda no passado, narrado peka katy, não curto muito esse tipo de escrita de pensamentos mas besse eu até gostei.

Achei que durante a história, principalmente na terceira parte há muitos furos, por exemplo, não sabemos quem são os possíveis -inclusive eles quase não apareceram- e as coisas ficam meio confusas quando vc pega pra ler sem ter prestado mta atenção na sinopse, acho que poderia ter aprofundado muito mais em alguns mistérios.

Sobre os personagens, o tomy foi o meu preferido, ele é um fofo, a katy não fede nem cheira e a rute... confesso que não gostei dela não, principalmente no final

No mais, gostei do livro, achei muito legal q ele aborda uns temas tipo ética na ciência e tals q eu acho interessante, é isso gostei
Juju 09/11/2022minha estante
vai fazer a UERJ também? achei o início bem arrastado também, tô terminando de ler ainda


Juju 09/11/2022minha estante
(na esperança de ficar melhor)


Kaylane 09/11/2022minha estante
amg eu juro que a leitura flui melhor a partir da parte 3, agora tenho q ler o niketche :') pelo menos vejo um pessoal falando mt bem dele, tomara q seja bom


Juju 09/11/2022minha estante
aiiii que bom, tô chegando na parte 3!!!! então, o niketche eu tô curtindo mas tô esperando aquele UAU sabe




Cíntia Mara 07/10/2016

insignificativo.com.br - Livros que eu acho que todo mundo deveria ler
NÃO ME ABANDONE JAMAIS é uma história distópica, que eu li justamente durante a moda das distopias no Brasil. Porém, ao contrário da maioria, o foco dele não é alguém querendo mudar a sociedade, mas aquelas pessoas que passam por ela querendo apenas viver o melhor que podem e isso foi o mais impactante para mim. Normalmente, a melancólica Kathy seria apenas uma figurante sem nome na história de uma Katniss, mas aqui ela tem voz, ela tem história. Ao mesmo tempo em que o livro te faz questionar o porquê deles aceitarem tudo daquela forma, ele desperta a empatia por essas pessoas invisíveis, que também existem aos montes no nosso mundo.

site: http://www.insignificativo.com.br/2016/08/d52-livros-que-todo-mundo-deveria-ler.html
Luciana Mara 07/10/2016minha estante
Baixei esse no kindle por causa da sua resenha há um tempão...


Cíntia Mara 08/10/2016minha estante
Que legal! Eu amo demais esse livro, espero que você também goste.


Luclecia.Santos 13/01/2017minha estante
Curiosa agora para ler. Já vi o filme. Não sabia que tinha livro


Luclecia.Santos 27/02/2017minha estante
Terminei de ler. Gostei muito!




Ana Alice | @soprodepaz_aa 11/01/2023

Uma das leituras mais estranhas que já fiz
"Enxerguei um mundo novo chegando muito rápido. Mais científico, mais eficiente, é verdade. Mas um mundo duro, um mundo cruel. E vi uma menina novinha, de olhos bem fechados, segurando no colo o mundo antigo e bom de antes, o mundo que ela sabia, lá no fundo, que não poderia continuar existindo, e ela segurando esse mundo no colo e pedindo pra ele não deixá-la partir."


  Comecei esse livro pra usar como base na redação do vestibular da UERJ. Acho que, se eu não tivesse essa motivação, não teria continuado a leitura. Assim que percebi sobre o quê se tratava, fiquei negativamente impressionada. É uma resenha difícil de escrever porque foi um livro difícil de ler e entender.
  Em um mundo cientificamente avançado, concretizou-se a ideia de clonar pessoas para que essas cópias humanas siervissem de banco vivo de órgãos a serem doados para o mundo. A história da existência dos doadores é contada sob o ponto de vista da Kath, um dos clones. Através de lembranças da infância, adolescência e início da vida adulta, o leitor passa a conhecer as pessoas-clones que protagonizam o livro. Principalmente, Kath, Tommy e Ruth - alunos de Hailsham (um dos internatos para futuros doadores).
   Desde que foram trazidos ao mundo, os alunos dos internatos especializados em cuidar dos próximos doadores sabem seu propósito. Eles precisariam ter uma vida saudável para que pudessem doar o máximo de seus órgãos em vida até "concluir"(morrer). Embora esse destino tenha me assustado, o assunto é tratado pelas crianças e adolescente como algo natural - já que elas só convivem com quem tem o mesmo caminho traçado. No final da adolescência, esses alunos saem do internato, passam um tempo cuidando de clones já em processo de doação para só depois começaram a doar. Nesse momento, há uma interação maior com o mundo externo e as pessoas que não são clones.
    A partir daí, questionamentos sobre existência, propósito e humanidade são intensificados nos personagens principais. Assim como Kath, vamos relacionando gradualmente as lembranças que ela traz nos primeiros capítulos com as descobertas que são feitas nos últimos. Se no início eu estranhei os indivíduos dessa obra, no final, me vi reflexiva e apegada a eles. Não sou a maior fã dos diálogos entre aspas, mas - sabendo que todos os capítulos são recheados de memórias - fez sentido. Pela quantidade de acontecimentos e informações que precisam estar ativas na mente para que a história faça sentido, achei a leitura difícil e cansativa. Também pelo meu objetivo, precisei estar mais atenta a cada detalhe.
    Além disso, algo que me agradou foi passar páginas e páginas tentando entender o porquê do título e - finalmente - descobrir. Essa explicação agrega muito à história de forma que integra o título à experiência de leitura em si. Por se tratarem constantemente de fatos passados, a narrativa tem um tom nostálgico e melancólico que eu gostei. Pode ser levado em consideração que a obra não foi vencedora de um prêmio Nobel de Literatura à toa.
   Indico a leitura principalmente aos vestibulandos da UERJ, por ter bastante repertório útil pra redação. E indico também a quem queira uma reflexão sobre a vida com um tom tecnológico não tão distante da realidade.
iris 11/01/2023minha estante
Não sei se sabe, mas tem filme no Star+ também, com o Andrew Garfield, Carey Mulligan e Keira Knightley, não li o livro então não sei se é uma boa adaptação, mas eu amei o filme em si


iamlucaz 11/01/2023minha estante
pra mim foi um desperdício de plot. pura enrolação, narrativa enfadonha e terminou com o autor enfiando o dedo no meio do meu cy, ne pq eu não engoli esse final. Frustrante


Ana Alice | @soprodepaz_aa 11/01/2023minha estante
Oi iris, eu quero ver o filme desde que estava lendo mas não tinha Star+. Se você não falasse eu ia esquecer disso kkkk


Ana Alice | @soprodepaz_aa 11/01/2023minha estante
Oi iamlucaz, acho que para um estilo que não estou acostumada, gostei. Não sei se você lê mais sci-fi/suspense e está acostumado com outros tipos de plot! Mas realmente, quis abandonar várias vezes e só terminei por causa do vestibular.




Elizabeth 14/08/2022

Não me abandone jamais
Li por causa da prova da UERJ (foi um dos livros recomendados).

Ouvi falar sobre um plot twist ou uma revelação muito grande mas não vi nada de surpreendente, era algo que já dava pra imaginar com a leitura.

Um pouco confuso, mas essa é a intenção do livro, que revela as coisas no passar da história.

Recomendo.
saraiva 14/08/2022minha estante
preciso ler tambem, é uma leitura fluida/interessante?


Elizabeth 14/08/2022minha estante
Mais ou menos, em algumas partes você consegue pegar um ritmo bom mas principalmente no começo eu tive dificuldade


saraiva 15/08/2022minha estante
entendo, obrigada!!




Kemmy 12/11/2017

Resumo da obra (sem spoiler)
Uma ideia ótima, um plot excelente e uma narrativa muito, muito tediosa e mal executada.
PinkPaulaS 15/02/2018minha estante
Não poderia estar mais de acordo.


Kemmy 15/02/2018minha estante
PinkPaulaS acho que não tenho gosto refinado porque não entendi o Nobel ? ? ?


PinkPaulaS 16/02/2018minha estante
Somos duas então, Kemmy. Eu até desisti de ler o outro livro dele que tenho aqui em casa. Vai pra doação.




Rodrigo de Lorenzi 23/09/2019

Não me pegou
Adorei os personagens e a história é sensível, mas não me comoveu. Consigo ver as qualidades do livro e por que tanta gente ama, mas não bateu pra mim. :(
Roger 11/11/2019minha estante
Já li 2 livros do Ishiguro, mas não consigo gostar e ver o que todo mundo diz de maravilhoso sobre ele.


Rodrigo de Lorenzi 14/11/2019minha estante
Pois é, aconteceu comigo nesse livro!


Roger 15/11/2019minha estante
Esse até que eu não odiei tanto... mas O Gigante Enterrado, socorooo... é um tédio MORTAL do começo ao fim. Nem o dragão consegue salvar a história... aí vc já imagina, se nem o dragão consegue te cativar, imagina os outros personagens.




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