Drácula

Drácula R. F. Lucchetti
Bram Stoker




Resenhas - Drácula


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Jônthala 28/01/2022

Leitura ótima
Achei que por ser antigo seria uma leitura difícil, mas essa edição é muito bem traduzida. Recomendo!
Rafael Kerr 28/01/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor.  Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria  - O oráculo.  Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




louise118 11/02/2022

marcante, mas final decepcionante.
fiquei encantada com esse livro porque esperava abandoná-lo antes de terminar. foi, surpreendentemente, uma leitura muito prazerosa, leve e fluida, e não houve qualquer momento em que eu me sentisse entediada (apesar da minha demora pra ler, mas isso se deu por outras questões e enrolação minha, e não pelo livro em si).

os personagens são muito interessantes e você consegue criar um elo de empatia com eles. a narrativa, através de diários e anexos, é muito instigante e torna a leitura ainda mais fluida e te faz querer mais. porém vamos ao ponto principal: a história. o terror em si não é daqueles que te dão medo, o que prevalece é o sentimento de mistério e de curiosidade; porém entendemos o por quê a figura do drácula se eternizou ao longo dos séculos por meio do cinema e da mídia em geral.

o final, como já vi muitas pessoas afirmando, é realmente o único defeito deste livro. o clímax ocorre apenas nas páginas finais, e ele acaba de forma muito...repentina. o desagrado foi total quanto a isso, porque, de certa forma, vai contra tudo que foi cuidadosamente construído ao longo de numerosas páginas.

não obstante o final seja dessa forma, o livro é muito interessante e vale muito a pena ser lido. os meus personagens preferidos são a mina harker e o dr. seward, mas gostei muito de acompanhar a trajetória de cada um e de ler este clássico. eu leria novamente, sem dúvidas.
nessava 12/02/2022minha estante
resenha de milhoes




Mika 27/01/2022

Enrolado...
Drácula foi um livro que comprei por impulso e esse ano coloquei na minha meta de leitura. A história é contada através de epístolas e registros de diários. Os personagens são interessantes, porém eu gostaria de ter a visão do próprio vampiro, saber mais da história desse personagem que atravessa séculos como o sugador de sangue mais famoso da literatura. Apesar de não ter uma grande reviravolta, a aventura envolve. Vale a pena a leitura.
Isamf 29/01/2022minha estante
Simm, super concordo!! Queria um visão do Drácula principalmente em sua visão de sobre mina




anacarolina.spalla 29/12/2021

Resenha para o desafio
É INCRÍVEL como o livro não tem nada a ver com qualquer coisa que você possa imaginar que vai ser.

A figura do vampiro se tornou extremamente popular e o que os vampiros podem ou não fazer é algo que varia muito, dependendo de onde está sendo retratado (Crepúsculo, Hotel Transilvânia, The Vampire Diaries, etc).

Todos sabemos que o fato do Edward, de Crepúsculo, brilhar no sol, é algo extremamente ironizado pelas pessoas. Mas será que não tem uma fundamentação disso em uma das histórias mais originais sobre vampiros (Drácula)?

A narrativa desse livro pode se tornar arrastada em alguns momentos pois ficamos aflitos desejando ver alguma ação, mas, caso você tenha alguém para comentar sobre o livro e debater suas teorias, então a leitura se torna mais prazerosa.

Recomendo.
Isabelarp 24/01/2022minha estante
Amei a resenha!




Rafa P. 10/11/2021

Drácula
Foi com alegria que conclui essa leitura, que me surpreendeu muito. Achei o estilo de escrita muito criativo e fácil de acompanhar, com personagens marcantes e uma narrativa envolvente. Minha única ressalva é com relação com o tamanho da história, eu acho que o autor foi prolixo em muitos pontos, e acredito que umas 100 páginas a menos teria deixado a história com um ritmo mais dinâmico e menos cansativo, mas ainda assim é um livro que vale muito a pena
Leitora em série 12/11/2021minha estante
A primeira coisa que eu pensei quando comprei drácula foi " Eu não digo blá blá blá" kkk




Micaele 22/01/2022

Agora tô viciada e obecada por Bram Stoker e o seu vampiro.
Surpreendeu do começo ao fim. Me deu um "novo" conceito de vampiro, foi a primeira vez que tive medo de verdade dessa lenda. A escrita é otima e o ritmo melhor ainda, mesmo sendo um romance epistolar não fica cansativo. É impossível nao se apaixonar pelo casamento de Mina e Jonathan Harker, eu desejei durante toda a leitura ter um relacionamento como o deles. Se for ler após ver o filme vá com a mente livre de qualquer pre - conceito que tenha, tem coisas que são MUITO diferentes. Espero que gostem e se apeguem a esse livro como eu.
Beatriz.Queiroz 25/01/2022minha estante
EXATAMENTE




Fábio Nogueira 29/12/2021

Um clássico pra lá de contemporâneo
Confesso que de tanto saber da história sem nunca ter lido este clássico, comecei a leitura de forma despretensiosa.

De forma magistral, está obra prima me fisgou e mostrou-se por demais o quanto é geniosa e por mais que se tenham inúmeros filmes, etc... Nunca chegarão aos pés deste maravilhoso livro.

Super recomendo!
@eu_sandroka 28/03/2022minha estante
S2




Eliza.Beth 01/11/2021

Gostei bastante ????
O começo desse livro é arrebatador, todo um clima nefasto e medonho, com o leitor sabendo tanto ou até mais que o protagonista na parte inicial do livro. Achei bem interessante.

A construção em diários, cartas, partes de jornais nos permite ter vários pontos de vistas dos acontecimentos e também criar um certo apego por cada um dos personagens.

Existem partes problemáticas na obra principalmente em relação ao papel da mulher. Algumas passagens chegam a dar uma irritada, mas eu sempre procuro deixar a obra no seu contexto histórico. Se hoje em dia ainda convivemos com tanto abusos, imagine em uma sociedade extremamente conservadora e radical, muito mais do que a nossa atual.

Algumas cenas nesse livro me trouxeram um sentimento de horror, não de medo. Mas as cenas eram tão bem escritas que eu sentia como se fosse realidade.

Apesar do ritmo um pouco mais lento, não chegou a ser algo que me incomodasse. Tirei meia estrela pq achei que o final podia ser um pouco mais emocionante. E também achei que alguns acontecimentos poderiam ter sido evitados se houvesse um pouco mais de comunicação entre os personagens.

Um excelente livro e merece o título de clássico! ????
Michela Wakami 03/11/2021minha estante
Muito bom!??




Coruja 19/04/2012

Esse ano marca o centenário de morte de Bram Stoker – e que forma melhor de marcar tal acontecimento do que reler aquela que é considerada não apenas sua obra-prima, mas um clássico do gênero do horror? Mesmo quem nunca pensou em lê-lo conhece o sombrio e sedutor Conde Drácula – e, se vampiros já existiam na mitologia e já tinham aparecido na literatura antes, ainda assim, não podemos deixar de sentir que, de verdade, tudo começou ali.

O que é curioso, quando você afinal aceita o desafio e se senta para ler o livro – achando que já sabe o final e por que mesmo que decidiu começar? – Stoker leva por terra a maior arte daquilo que você achava que sabia.

Drácula é um livro surpreendente – da história que conta ao estilo com que é narrado, ele pega o leitor desprevenido e o faz exatamente porque você começa achando que sabe tudo o que precisa saber sobre ele. Você pensa em Bela Lugosi, em Nosferatu e Coppola, mas o conde que nos é apresentado por Stoker não é nenhum desses e, ao mesmo tempo, é todos eles.

Quando Bram Stoker publicou Drácula, em 1897, o público era bem diferente do de hoje. Deixando de lado os pontos óbvios dessa comparação, há o fato de que a figura do vampiro não era então um ícone pop, conhecido e explorado. O horror por trás do que o conde representava era desnudado aos poucos e, mesmo assim, apenas através de sombras e sussurros. Exceto pela primeira parte do livro, quando recepciona Jonathan Harker em seu castelo, Drácula é apenas uma presença, uma ameaça quase invisível, ainda que sempre iminente e mortal.

A ironia é que tendo dado seu nome ao título, e estando por trás de todas as ações orquestradas na história – seja como presa ou predador, causa ou conseqüência – Drácula é o único personagem de quem não ouvimos a voz.

Escrito em formato epistolar, entre cartas, diários, telegramas e notícias de jornal, o livro tem ao mesmo tempo um tom intimista, de quem convida a fazer confidências (pobre Dr. Seward...) e documental, com todos os fatos anotados e cientificamente analisados. Num crescendo de suspense, temos primeiro a experiência de Jonathan na Transilvânia, seguida dos relatos que nos apresentam Mina Murray e Lucy Westenra – e é em torno das duas que toda a ação se concentra – até a perseguição desesperada para parar o conde através do leste europeu.

Drácula é o ápice do romance gótico, com seus castelos sombrios, passagens secretas, paisagens sublimes e heroínas virginais ameaçadas por um vilão maligno (que pode ou não estar enrolando os bigodes). Mas é, ao mesmo tempo, uma quebra dos padrões convencionais, no que traz a trama para Londres – pulsante, viva, moderna – e centra o debate nas ansiedades da época: o medo da vingança colonial, da emancipação e sexualidade feminina e, acima de tudo, na repercussão dos avanços científicos frente às crenças tradicionais.

A ameaça que o conde representa está fundada, em grande parte, nesse embate: sob o império da razão, a realidade das superstições representadas pelo conde Drácula são simplesmente ignoradas. Sem equilíbrio entre fé e ciência – equilíbrio esse traduzido na figura de Van Helsing, o grande mentor por trás da caça ao vampiro – ele está livre para agir impunemente.

Surpreendente, clássico, diferente, atemporal – Drácula permanece fascinante, aberto a um sem número de interpretações e capaz de agradar aos mais diferentes públicos; quer estejam eles atrás de uma grande aventura, quer de reflexões mais sérias. A pergunta então é... e você? Está disposto a arriscar o pescoço e se perder na obra-prima de Stoker?
Aline 26/10/2013minha estante
Confesso que sentir falta de alguma narrativa que fosse do personagem Drácula, mas o livro é envolvente não ti deixa preso a detalhes.




Luciana 03/02/2022

Muito conceito
Eu percebi que esse livro era realmente bom quando estava o lendo às três da madrugada e comecei a sentir medo kkkk.

O livro tem como principal abordagem a caça e combate ao vampiro mais famoso da cultura pop: o Conde Drácula.

Certamente uma obra prima da literatura e uma das precursora do gênero de terror. Neste livro, escrito por Bram Stoker em 1897, é possível perceber vários elementos do gênero de terror que posteriormente seriam consagrandos pela cultura pop, como a arma Winchester usada na caça ao vampiro conduzido por um grupo de jovens liderados pelo experiente e excêntrico médico holandês, Van Helsing (eu me lembrei dos irmãos Winchester, de Supernatural).

Embora tenha achado que o livro fica um pouco enrolado em certas partes, a leitura flui bem, apesar dos capítulos extensos. Adorei os elementos góticos e principalmente o clima de tensão e angústia que o livro consegue despertar em nós.
mhysafey 03/02/2022minha estante
Perfeitinho




Poli 31/01/2022

Bom, porém poderia ser melhor
É uma ótima leitura, mas enrola demais, tem coisas que poderia ser ditas em um parágrafo mas ocuparam uma página.
E no final, depois de muita enrolação, as coisas acabam rápido e confusas, como se tivesse que ter mais páginas para explicar o que aconteceu.
Sei que foi feito a um tempo considerável atrás, mas não pude deixar de me sentir incomodada com o fato dos homens fazerem tudo e as mulheres serem frágeis e precisarem ficar seguras, mas são espertas e com "o cérebro de um homem" segundo o livro.
Enfim, tirando esses pontos, é uma ótima leitura e quase me fez derramar uma lágrima com a morte de dois personagens, leria novamente, mas não tão cedo.
Briciio 31/01/2022minha estante
O final foi bem arrastado mesmo kk Eu achei que teria mais ação entre os mocinhos e o vilão , fiquei pouco desapontando com isso




Mila F. @delivroemlivro_ 09/09/2012

Drácula – O Vampiro da Noite, Bram Stoker, São Paulo: Martim Claret, 2012, 4ª. edição,406 pág. (traduzido por Maria Luísa Lago Bittencourt)

Com o título original: Drácula, esta obra do escritor irlandês Bram Stoker (1847-1912) foi publicada pela primeira vez o ano de 1897. Bram Stoker foi um escritor irlandês que viveu de 1847 a 1912, é o autor do grande mito do vampiro, pois criou o vampiro mais conhecido de todos os tempos: Drácula. Antes de escrever seu tão célere livro, Bram, aprofundou-se através de pesquisas sobre folclore europeu e as mitológicas histórias dos vampiros.

Drácula – O Vampiro da Noite, é verdadeiramente uma história fascinante, contada através de epistolas, apesar de ser bem interessante essa forma de narrativa ela deixa de fora as verdadeiras origens do conde Drácula, sabe-se contudo que ele provém da Transilvânia e muda-se para Londres onde a maior parte dos relatos acontecem.

"Que espécie de homem será ele, ou que espécie de criatura disfarçada em homem? Sinto que os pavores deste lugar tenebroso me dominam; tenho medo... um medo horrível... e não posso fugir. Estou cercado de terrores tais que nem ouso pensar neles..." (p.52)

É através da obra de Bram que ficamos sabemos como se matar um vampiro, quais amuletos de proteção usar e como ele pode hipnotizar e controlar as pessoas, animais e até mesmo as condições ambientais.

A história começa com os relatos de Jonathan Harker que por ter sido contratado do Conde Drácula vai para Transilvânia e sofre o mais terrível pesadelo acordado. Após uma sucessão de fatos, ficamos a par que Lucy Westenra amiga de Mina Murray, futura senhora Harker, adoece e coisas estranhas acontecem nesse período. Nesse ínterim, o Dr. Seward solicita a presença do doutor Abraham Van Helsing, este percebe o que está acontecendo ali e toma todas as providencias necessárias para “cortar o mal pela raiz”, mas o tempo é implacável e nem sempre se pode mudar o destino!

"O sangue de um homem bravo é a melhor coisa na terra para uma mulher em dificuldade. Não há dúvida de que você é o homem. Bem, o diabo pode voltar-se contra nós com todas as suas forças, mas Deus nos envia homens quando deles necessitamos." (p.175)

A narrativa é bastante interessante e as cartas e relatos dão uma dinâmica à obra. Ademais os personagens são complexos, pois por mais que eles estivessem vendo que alguns fatos eram inconcebíveis, eles acreditavam duvidando (se é que me entendem).

"Deus tem Seu modo e tempo próprios de agir. Não se regozije nem receie no presente, pois aquilo que desejamos talvez nos cause a destruição." (p.329)

Uma coisa que achei muito interessante foi saber que o personagem Van Helsing está na obra de Bram, pois eu não fazia ideia de que ele era um personagem da obra clássica. Com certeza fiquei fascinada pelo livro e achei de uma maestria a composição, criatividade e os aspectos fantásticos e góticos.

Muito indicado Drácula – O Vampiro da Noite, para todas as pessoas que tem curiosidade de conhecer a história que originou todas as outras histórias de vampiros. Sei que muita gente já lei algo sobre vampiro, mas é sempre bom saber como tudo começou.

Camila Márcia
http://delivroemlivro.blogspot.com.br/
Aline 18/07/2013minha estante
Foi um dos primeiros livros que li na vida, gostei muito.




Alek 25/02/2022

Não é perfeito, mas isso não o faz deixar de ser grande
O livro possui falhas inerentes à época em que foi escrito, como sexismo e determinismo biológico sobre o ato criminal, e em certos momentos o diálogo e os próprios personagens se tornam rasos, desnecessariamente teatrais. Porém ao ler esse livro se torna ÓBVIO como ele se consagrou como uma obra atemporal da literatura mundial. Os trechos aterrorizantes são bem escritos e a escolha precisa dos adjetivos mais adequados torna as cenas vívidas pra quem lê, Drácula é o cerne de toda uma tendência da ficção. Creio que seja um problema pessoal mas sempre acabo tendo mais interesse pelo Vilão que pelos heróis, e uma coisa que me decepcionou neste livro foi a falta de aprofindamento no Conde Drácula. Por sorte esse livro gerou milhares de "fanfics" que saciam esse meu desejo kkkkkkkkk
GiSB 25/02/2022minha estante
Gostei da sinopse. Resumiu.




Veronika Platkevicius 23/01/2022

Nunca foi tão demorado ler 470 páginas.
Livro muito bom e história muito boa, porém não curti a narrativa. Muito lenta.
Tentativa de suspense acabou deixando a obra muito lenta e cansativa.
Rafael Kerr 23/01/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Me chamo Rafael Kerr e sou escritor. Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria - O oráculo. Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




Dany 31/10/2021

Medo e amor imortais!
Para mais resenhas e conteúdos literários, visitem minha página no Instagram: @vontade.deler

SINOPSE: Um jovem advogado chamado Jonathan Harker é enviado a residência de Conde Drácula, um antigo castelo na Transilvânia. Durante sua estadia, contudo, ele percebe não só no local, mas na figura do seu anfitrião, muitas coisas sinistras e suspeitas que vão criando um clima de mistério e tensão crescentes. Com o desenrolar da narrativa, os temores de Jonathan vão se provando verdadeiros e o leitor vai conhecendo novos lugares e personagens que também terão de lidar com a ameaça constante de um ser terrível, cheio de artimanhas inteligentes e de uma eterna sede de sangue.

RESENHA: Drácula foi, se não o primeiro, um dos primeiros livros de terror que li na vida. Ainda no início da adolescência, li uma adaptação, dessas para jovens leitores, versão condensada, para mais tarde, ler a versão integral, uma vez em inglês e outra em português. A cada vez que lia ia me apaixonando mais pela figura do vampiro, pela maneira como a história é contada, revezando os pontos de vista de diferentes personagens através de suas cartas e diários e pela atmosfera gótica e sombria da história.
Também assisti o filme de Coppola, Drácula de Bram Stoker, inúmeras vezes, visto que é um dos meus favoritos da vida, e diferente do que alguns fãs do livro comentam, não acho que os elementos que foram incluídos na adaptação “estragaram” ou “destoaram” do tom do original, acho, inclusive, que o romance criado para o filme se encaixou muito bem na história, dando um tom trágico para toda a narrativa que funciona muito bem com o terror gótico na qual se desenrola.
O que temos na obra original é exatamente isso: uma história que conta com um pano de fundo gótico para desenvolver personagens marcantes que terão que lidar com a constante ameaça de um ser sobrenatural da qual, a princípio, nem eles, nem o leitor, sabem muito a respeito. As pistas que contam com o que estamos lidando são dadas aos poucos, muitas vezes de maneira quase imperceptível na narrativa e, é claro que, hoje em dia, é quase impossível pensar em alguém ler o livro sem já saber de antemão do que se trata, afinal, a figura do vampiro se tornou extremamente conhecida e explorada na cultura mundial. De qualquer forma, Bram Stoker escreveu tão bem essa história que, mesmo hoje, é impossível não sentir a inquietação e a tensão que pairam na atmosfera, que se traduzem no sentimento de urgência, que o leitor compartilha com os personagens, a cada novo relato.
Ao contrário do que muitos pensam, Stoker não criou a figura do vampiro e nem foi o primeiro escritor a escrever um romance sobre ela. Apesar disso, a forma como ele delineou as características da criatura, de fato, funcionaram como um manual para todos aqueles que vieram depois, e esses elementos são apresentados no romance de forma gradual, conforme os personagens se deparam com eles e tentam interpretá-los. Isso acaba conferindo um tom científico para algumas partes da narrativa, algo que também era comum no horror da época e que foi visto em seus contemporâneos como O Médico e o Monstro e Frankenstein.
Outra característica marcante e que, apesar de se tratar de uma história sobre uma criatura ficcional, confere verossimilhança à narrativa, é a escolha do autor de mencionar diversos lugares reais e de mergulhar no folclore, lendas e cultura deles. Assim, ele nos apresenta as raízes das crenças do vampirismo e da licantropia, por exemplo, quase como se prestando homenagem a tais povos e culturas mais antigas para, então, incluir tais fenômenos na sua contemporaneidade; afinal, Stoker trouxe a figura de Drácula para a Londres de seus dias atuais.
E foi dessa forma, que ele conseguiu inserir na história algumas questões bem reais a serem refletidas, como o desenvolvimento das sociedades e sua “modernização”, e a forma como algumas pessoas mais “da antiga” ou “tradicionais” temiam tudo isso. Quando a figura do Conde reflete sobre a perda do seu poderio, do que o grande nome, da sua importante família, uma vez já significara, é de se pensar que todo esse medo seja, na verdade, o reflexo do medo que camadas mais altas da sociedade sentiam ao verem um mundo mais globalizado e industrializado que tinha início na virada do século em que a obra foi escrita. A leve ascensão do proletariado, as descobertas científicas, pequenas descobertas e empreendimentos tecnológicos, resultavam em reinvindicações que “dificultavam” o modo de vida da aristocracia, e Bram Stoker não deixou de criticar isso mesmo que dentro de um contexto bastante ficcionalizado.
Mas, tudo isso surge na história como pequenas reflexões aqui e ali. A verdadeira grandeza dessa história está, com certeza, na capacidade de prender o leitor do início ao fim, sempre com uma sensação de suspense, com a presença, ainda que não física, sempre constante, de uma ameaça aterrorizante que gera medo e aflição e, de condensar em suas páginas, elementos que vão do gótico ao científico, em um mistério no qual somos, ao mesmo tempo, leitores, pesquisadores, detetives, vítimas e, inevitavelmente, amantes, de uma criatura que se faz, a cada leitura, mais imortal.

site: https://www.instagram.com/vontade.deler/
lumybea 31/10/2021minha estante
essa edição deve ficar lindíssima na estante




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