Ricardo e Vânia

Ricardo e Vânia Chico Felitti




Resenhas - Ricardo e Vânia


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Dany Dias 19/01/2023

Já conhecia a história do Ricardo por ter lido a matéria que deu origem ao livro. Gostei muito de ter conhecido Vânia. O ponto negativo vai para algumas informações desencontradas. Em uma página é dito que uma personagem nasceu em um lugar e páginas depois é dito que ela nasceu em um outro lugar. Fora isso gostei bastante.
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hugozei 09/01/2023

Livro perfeito
Sempre vivi no centro de são Paulo e as vezes me depara com o personagem principal desse livro, é incrível como esse livro conseguiu mudar o meu pensamento perante o Ricardo.
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maria6637 06/01/2023

Ricardo e Vânia
Um livro lindo, sobre reinvenção e descobertas, principalmente para comunidade LGBT dos anos 90.
Pra mais que acompanhar a vida de Ricardo e Vânia, podemos reconstruir esse pedaço de história através dos outros personagens que contam suas versões.

"Vânia voltou para o Brasil mais seis vezes. Em nenhuma delas viu Ricardo. Até o dia no fim de 2017 em que liguei para ela do meu telefone e, pela câmera do celular, eles se falaram.
? É claro que eu me lembro de você. Você é o amor da minha vida ? disse Ricardo, que morreria duas semanas depois."
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Adriano.Cury 03/01/2023

Recomposição da estória de Ricardo e Vânia. Preconceito. Reinvenção. Nascer em outro corpo. Querer mudar de cara e de vida. Chico Felitti recompõe os fatos na medida em que os descobre, o que nos coloca no papel do autor. Vivendo o que viveu. Sentindo o que sentiu.
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dudasedrez 28/12/2022

Simplesmente um dos livros-reportagem mais incríveis já produzidos. Pra mim, está no páreo com Holocausto Brasileiro. Gosto muito de como o Chico se coloca e conta a história de outro com bastante pessoalidade, isso faz com que a gente também se aproxime das personagens.
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Aegla.Benevides 28/12/2022

"Fofão da Augusta? Quem me chama assim não me conhece.? Essa frase é de Ricardo Corrêa da Silva, dono de um dos rostos mais conhecidos de São Paulo. Contrariando o jornalismo por dinheiro e por mídia - reforçados pelas notícias dos últimos dias -, Chico Felitti constrói nesse livro um trabalho humano e incrível sobre a vida de Ricardo, conhecido por muitos como Fofão da Augusta (por conta do silicone injetado sob seu rosto), e Vânia, o amor da sua vida.

Ricardo foi um homem gay nascido no interior de São Paulo. Muito novo mudou-se para a capital e logo ficou conhecido por seu talento como cabeleireiro, profissão através da qual atingiu o auge da vida e conheceu Vânia, na época chamada de Vagner. Os dois jovens, apaixonados, artistas e obcecados pela beleza, começaram então a injetar silicone no próprio corpo, e a partir daí tudo mudou ? quando faleceu em 2018, calcula-se que Ricardo tinha cerca de 1,5L de silicone sob o rosto.

Tendo sua trajetória e vida pessoal homenageados por Felitti (a forma como o destino dos dois se cruza é uma coisa fantástica de se ler), Ricardo teve em seus últimos meses de vida, enfim, um pouco de descanso. Não satisfeito com o trabalho magnífico entregue na primeira metade do livro, o autor traz também um pouco sobre a história de Vânia, mulher trans que teve um longo relacionamento com Ricardo no passado e que hoje vive na Europa ? como e por quê seus destinos foram tão diferentes, se na juventude eram tidos como iguais?

O sentimento ao fim da leitura é a admiração. Por Ricardo, que teve coragem para correr atrás dos seus objetivos e que não tinha vergonha de viver; por Vânia, que sempre foi uma mulher decidida e uma grande artista; e por Chico, que emociona o leitor com seu trabalho sensível e respeitoso. Por fim, acho que não preciso falar, mas foi a melhor leitura do ano até agora.
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Dandara Virgínia | @dandaravmachado 23/12/2022

Livro muito bom, que vem dar um nome a uma das figuras mais emblemáticas de São Paulo. É triste ver a incompreensão com a qual era tratado Ricardo, entendendo que nem sempre é fácil lidar?
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Gabriel 12/11/2022

A mitologia urbana do abandonados é uma lenda de amor
Movido por uma sutil curiosidade, Chico Felitti vai em busca da história de um personagem mitológico da metrópole paulista, o Fofão da Augusta, um homem de feições irreconhecíveis pela sequência brutalizante de procedimentos estéticos mal supervisionados por décadas somados às sequelas da violência das ruas. Até sua morte, Ricardo Corrêa da Silva era uma criatura quase etérea de tão improvável, ao mesmo tempo em que profundamente real, pois produto direto das iniquidades às quais o Brasil submeteu aqueles que perambulavam para fora das normas retrógradas de comportamento de gênero.

Natural de Araraquara, foi na capital paulistana que Ricardo conheceu o apogeu e, logo em seguida, uma solitária decadência. Devido à sua agravada situação de saúde física e mental, pouco do perfil traçado pelo jornalista autor do livro se dá através dos depoimentos do próprio personagem. O que conta sua história é a marca que deixou na vida de tanta gente, na família que deixou, nas travestis e prostitutas das cidades que ajudou, com quem festejou e se acolheu, testemunhas de seu incontestável talento como cabelereiro e maquiador, mas também de seu temperamento intempestivo e instabilidade emocional.

O fio condutor desta história trágica é sintoma de um país que abandonou a própria sorte todo um grupo marginalizado - com requintes de crueldade no auge da epidemia de AIDS nos anos 80, inviabilizando para muitos LGBTQIA+ uma oportunidade de vida digna. Apesar da melancolia acerca de Ricardo, o Chico jamais se dá por satisfeito em apenas contemplar de cerca distância essa tristeza, fazendo vários caminhos inusitados para investigar onde Ricardo também plantou e colheu afeto, seja em São Paulo, seja em Paris, na figura do maior amor de sua vida, a Vânia.

Vânia compartilha com a história de Ricardo as mesmas infelicidades e abandonos do núcleo familiar, mas também igualmente a ambição de uma vida mais glamurosa, que faça valer todo o sufoco transcorrido, todo choro do trajeto. No que seus caminhos se divergem, Vânia constrói diversas novas personas em sua experiência europeia, mudando constantemente de nome, aprendendo outro idioma na marra, sendo posta a prova a sua sede de viver. O livro se divide com belo equilíbrio entre esses dois principais focos que sintetizam uma experiência marginal e sexual não só do Brasil, mas do mundo ocidental. Contudo, essas diferentes partes do texto não se apartam, mas sim se costuram pelo amor trocado entre ambos, mesmo nas feridas das injeções de silicone, nas tentativas bárbaras de transmutar o próprio corpo em algo aos moldes da alta sociedade, apenas para serem rejeitados por ela no primeiro espanto.

É um relato extremamente gentil e cuidadoso, de uma proeza ímpar por parte do Chico, não apenas narrando a jornada angustiante, mas convicta do Ricardo e da Vânia para serem quem são em sua integridade, mas encapsulando do quão longe vem a luta LGBTQIA+ nesse país e de quanta maldade tantos antes foram vítimas para abrir as cortinas para os que hoje perduram amando irrevogavelmente.
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Diego Piu 24/10/2022

Separa uma caixa de lenços
Não recordo de ter chorado tanto em um livro, mas ele me fez sorrir também. Talvez a palavra que resuma as duas situações seja: emocionante!

Desde que a matéria sobre o Ricardo foi publicada na internet, foi uma história que despertou o meu interesse. Pois numas das minhas idas a SP, lembro de alguém comentar no táxi: Olha ali o Fofão da Augusta (forma pejorativa como era conhecido), mas como eu tava do lado do carro que não favorecia vê-lo, não entendi direito a referência, mas o nome ficou gravado na memória.

Ganhei o livro de aniversário de uma amiga que amo muito. E nele conheci a história de Vânia.

Falando em amor, esse livro foi lido em voz alta do início ao fim, pois queria dividir essa experiência com o meu marido.

Embora nossas vidas tenham sido bem diferentes das vidas de Ricardo e Vânia, foi impossível não nos encontrarmos nas histórias deles: os medos, as violências (verbais ou não), as rejeições, mas tbm os closes.

Enfim, mexeu muito com a gente!
Ana Sá 24/10/2022minha estante
Que resenha sensível, Diego! Eu tb achei a reportagem muito interessante, agora fiquei com vontade de ler o livro...


Diego Piu 24/10/2022minha estante
O Felitti narra a história de uma forma tão fluida que o tempo passa voando e é difícil fechar livro pra fazer qualquer outra coisa.




Luana.Rayalla 13/10/2022

Razoável
É um livro interessante, confesso que para mim ele é uma figura que não conhecia fui até atrás de amigos paulistas para saber se conhecia a história dele. Eu li esse livro porque conheci o autor através do podcast a mulher da casa abandonada, portanto esperava uma história no mesmo impacto, confesso que não atendeu minhas expectativas porém não é um livro ruim.
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Reeh 07/10/2022

Ricardo e vânia
Sem palavras... Quanta sensibilidade, quanto toque, quanta vida, quanta elegância. Me emocionei com a história de Vânia, desses amores e violências sofridas.

Leiam com o coração aberto, sem pré-julgamento, eu amei essa narrativa da vida dos dois. Sem dúvida um livro chocante. Apenas leiam. ??
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Caio.Guip 18/09/2022

O auge
Pra quem vivia pelas noites paulistanas e cruzou com Fofão diversas vezes pela Rua Augusta, esse livro é sucesso não só por desvendar uma personagem que a gente nunca imaginou de onde vinha mas, também, pra entender um pouco da história da própria noite de São Paulo.
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Julia 06/09/2022

Sensível, triste, repleto de luta e superação!
Adoro o Chico Felitti. Ele me encanta com sua escrita fácil e com toda a sua pesquisa, para ir a fundo em cada história.

Aqui vemos uma história sensível, triste, repleta de luta e superação!
Se hoje não é fácil ser LGBTQIA+, imagina nos anos 70?
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Felibalex 27/08/2022

Uma agradável surpresa
"Ricardo e Vânia" é um livro que te emociona e te cativa. Conforme o autor vai desvendando a vida de Ricardo, você se sente ali, do lado dele nessa investigação. A história é linda e forte e te hipnotiza. Eu que sou apaixonado por leituras bibliográficas, amo uma boa história de um desconhecido. E melhor ainda é uma história que conta toda a luta da galera lgbtqia+ lá no começo, na década de 70/80. O livro é incrível e super recomendo
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