Mare 11/05/2024
A vaidade é corruptiva
Um verdadeiro deleito de arte clássica que Oscar Wilde entendia muito bem e deixou bem claro na obra.
É a vaidade e o narcisismo que corromperam a alma de Dorian Gray, penso que Basil e Henry eram o anjinho e o demoninho na consciência do personagem, que claramente escolheu um lado.
Adorei a leitura, as frases e as reflexões. Amei o final de ?auto destruição?, já que aquela imagem depravada na verdade era ele próprio, e que era impossível tentar mudar/destruir a si mesmo.
Mas algo que me incomoda muito é como o fato de essa obra ter sido alterada diversas vezes muda completamente a história e a compreensão do leitor.
Li a versão ?não censurada?, a que Wilde originalmente concebeu antes de ser bombardeado pela crítica, mas também é a mais curta, com 13 capítulos. E sinto que muitos detalhes são aflorados nas versões posteriores que li apenas alguns trechos mas que já escancararam um preconceito de classe, por exemplo. Até porque são 20 capítulos, 7!! a mais que o original, então é de se esperar mais detalhes.
Acredito que o livro deve ser lido com as duas versões lado a lado, para que absolutamente nada se perca e o leitor consiga ter a melhor experiência possível.